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PAVILHÃO BRASILEIRO FEIRA MUNDIAL DE 1939 Faculdade Estácio Arquitetura e Urbanismo Amanda de Azevêdo Moura A FEIRA: “THE WORLD OF TOMORROW” Aberta em 30 de abril de 1939 após 150 anos da posse do primeiro presidente dos EUA; Ocorreu em um terreno que era um pântano de 486 hectares, que depois transformou-se no Flushing Meadows Park, em Queens, NY; Reunia pavilhões de vários países do mundo; Recebeu a visita de cerca de 44 milhões de pessoas; Tratava-se de uma feira onde era apresentados os mais novos prodígios da tecnologia americana. A ORIGEM DO PROJETO Em meio a rumores de uma segunda guerra mundial, o Brasil por uma política de boa vizinhança foi convidado a participar com um pavilhão, gerando assim a promoção de um concurso junto ao Instituto de Arquitetos do Brasil para a criação deste. No julgamento foram avaliados o aspecto representativo, e a adequação técnica ao evento ( devido ao caráter arquitetônico provisório), esse caráter representativo não deveria remeter ao passado, mas uma nova “ forma arquitetônica que pudesse traduzir a expressão do meio brasileiro” segundo Bruand. O júri não encontrou um projeto que conciliasse as exigências, por isso em primeiro lugar ficou Lucio Costa por valorizar o espírito e em segundo Oscar Niemeyer por valorizar as condições técnicas essenciais. O PROJETO FINAL O projeto devia destacar tanto a unidade, originalidade e dinamismo da cultura brasileira quanto as bases da condição exportadora do país, suas riquezas agrícolas e minerais. Lúcio Costa renunciou o projeto original e se aliou com Oscar resultando em um projeto equilibrado da ideia dos autores. A soma da brasilidade + técnica, ou nacional + moderno. O PAVILHÃO O PAVILHÃO De autoria de Costa e Niemeyer, foi construído por uma firma americana no início de 1939; Influência francesa por Le Corbusier, na estrutura Dom-ino, (Pilotis, Terraço- jardim, planta livre, fachada independente, janelas em fita) A esquerda o pavilhão do Brasil de 1939, e a direita Villa de Savoye (projeto de Le Corbusier de 1927) COMPOSIÇÃO Composto por dois pisos principais ( e o mezanino), a projeção do edifício no terreno formava um “L”, com o jardim convertido em pátio interno, abrigado e ao mesmo tempo ponto focal. O primeiro piso foi destinado à maior parte do programa do pavilhão: as exposições de produtos e o restaurante. O segundo, onde se encontrava o salão principal de exposição, fazia uso de toda a área edificada do terreno. A cobertura funcionava como elemento flutuante, uma vez que seus apoios estavam “escondidos” dentro das áreas fechadas, reforçando a representação da Dom-Ino. PLANTA 1- TÉRREO TERRÉO Da esquerda para direita: Balcão de café, com produtos de exportação ao fundo, balcão do malte, e salão do restaurante. TÉRREO A FACHADA Na fachada foi utilizado o cobogó, que é o elemento vazado, feito em cerâmica ou cimento que faz referência direta aos muxarabis e treliças portuguesas. Sua escala é artesanal, e sua função é proteger o interior da construção da visada exterior, sem perder a propriedade de ventilação e luminosidade. A esquerda o pavilhão de 39, e a direita a fachada do ministério da educação e saúde 1936. A FACHADA Nas três fotos é demonstrada a sintaxe feita pelos arquitetos brasileiros: a mesma estrutura que gera um volume horizontal na primeira foto cria verticalidade “colossal” na segunda, e se “mescla”, sinuosa entre planos horizontais e linhas verticais, na terceira. PLANTA 2 Fachada externa (oeste) em curva, acompanhando a sinuosidade do terreno, e parte da fachada sul, com vazados. MAQUETE VIRTUAL Autores: Oigres e Lopes AUTORES LÚCIO COSTA (1902-1998) Lúcio Marçal Ferreira Ribeiro Lima Costa; Nasceu na cidade de Touln, França, no dia 27 de fevereiro de 1902. -Estudou no Royal Grammar School, em Newcastle, Inglaterra e no Collège National, em Montreal, Suíça; -Estudou arquitetura e pintura e posteriormente foi diretor na Escola Nacional Belas Artes. PRINCIPAIS OBRAS, LÚCIO COSTA OSCAR NIEMEYER BIOGRAFIA ARQUITETURA É ANTES DE MAIS NADA CONSTRUÇÃO, MAS CONSTRUÇÃO CONC EBIDA COM O PROPÓSITO PRIMORDIAL DE ORDENAR O ESPAÇO PARA DETERMINADA FINALI DADE E VISANDO DETERMINADA INTENÇÃO. LÚCIO COSTA BIBLIOGRAFIA Digital library USP, Construção diplomática, Missão arquitetônica: Os pavilhões do Brasil nas Feiras Internacionais de Saint Louis (1904) e Nova York (1939). Disponível em http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-20062012-155123/en.php Archdaily, Clássicos da Arquitetura: Pavilhão de Nova York 1939/ Lucio Costa e Oscar Niemeyer. Disponível em http://www.archdaily.com.br/br/615845/classicos-da-arquitetura- pavilhao-de-nova-york-1939-lucio-costa-e-oscar-niemeyer
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