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embalagens ativas e inteligentes

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Centro de Ciências Químicas, Farmacêuticas e de Alimentos
Bacharelado em Química de Alimentos
Disciplina de Embalagens para Alimentos
Profª Francine Novack Vitoria
Embalagens ativas e inteligentes.
Fernanda Mülling Mülling
Pelotas, junho de 2016.
Embalagens ativas e inteligentes.
As embalagens ativas são definidas como aquelas que mudam as condições do ambiente que cerca o alimento a fim de prolongar a sua vida útil e manter as propriedades sensoriais e de segurança (Vermeiren et al., 1999, citado por Antoniolli, s.d.).
Essas embalagens evitam as deteriorações química e microbiológica de frutas e garantem a segurança de vários outros tipos de alimento, inibindo o crescimento de micro-organismos patogênicos (causadores de doenças) e melhorando as características sensoriais. O princípio básico de atuação dessas embalagens é a adição de uma barreira extra (microbiológica) às barreiras físicas (oxigênio e umidade), aumentando, assim, o tempo de validade. Os materiais usados na fabricação dessas embalagens vão desde os tradicionais plásticos sintéticos aos polímeros biodegradáveis, como amido, ou ainda materiais obtidos a partir da adição de nanocompostos.
Ao passo que as embalagens inteligentes, constituem um sistema que monitora as condições do alimento. São incorporados sensores que podem ser internos ou externos, capazes de monitorar essas condições e fornecer informações sobre sua qualidade durante o transporte, armazenamento ou comercialização. Selos ou etiquetas mudam de cor para identificar qualquer tipo de alteração – por exemplo, se o produto foi aberto ou se sofreu descongelamento. Eles podem informar também detalhes da origem e da qualidade do transporte e a distribuição por meio de códigos de barras inteligentes, ligados a sistemas de rastreamento por GPS. Assim, o fabricante consegue rastrear o produto e se informar sobre suas reais condições.
Sachês e filmes plásticos absorvedores de etileno, sachês absorvedores de umidade, filmes que eliminam o excesso de umidade e controlam os níveis de oxigênio (O2), dióxido de carbono (CO2) e etileno, filmes com permeabilidade sensível à temperatura e embalagens antimicrobianas com emissores de dióxido de cloro e dióxido de enxofre são exemplos de componentes de embalagens ativas. Os sistemas absorvedores de etileno constituem um grande aliado na manutenção da qualidade de frutas e hortaliças em pós-colheita. A remoção do etileno pode ser efetuada por meio de sachês à base de aluminossilicatos cristalinos, sílica gel, permanganato de potássio, óxido de alumínio, argilas e zeólitos. Entretanto, outros sistemas encontram-se atualmente disponíveis, tais como “pads” e etiquetas para incorporação em caixas ou contentores plásticos, bem como a incorporação de absorvedores diretamente às caixas de papelão corrugado ou à matriz de embalagens plásticas. Ao passo que os indicadores de tempo temperatura, bem como os de amadurecimento e frescor são ótimos exemplos de componentes de embalagens inteligentes (Sarantópoulos e Morais, 2009, citado por Antoniolli, s.d.).
Outro tipo de embalagem ativa é aquela capaz de absorver a umidade; um produto especialmente indicado para alimentos secos como as bolachas, por exemplo. Também estão cada vez mais em evidência os sacos plásticos para pão de forma, enriquecidos com substâncias com propriedades antibacterianas, muito eficazes na prevenção do mofo, como o álcool etílico combinado ou não com um absorvente de oxigênio. 
Outro exemplo de embalagem inteligente é uma técnica desenvolvida pelos pesquisadores do Polylab, laboratório regional para aplicações industriais de polímeros do Centro Nacional de Pesquisas (CNR) da cidade de Pisa, na Itália, consiste na aplicação de moléculas fluorescentes de um corante de grau alimentício nos filmes de polipropileno e polietileno, durante o seu processamento por extrusão. Assim que um produto sofre uma deformação ou um aquecimento excessivo, a estrutura supramolecular dos agregados de moléculas cromofóricas se rompe, gerando uma visível mudança de cor nas embalagens – de verde transforma-se em azul facilmente identificável –, assim que forem expostas a uma simples luz UV.
Em um artigo publicado por Anelise Sanches de Roma, em 2009, descreve-se que este tipo de embalagem é um novo aliado para as indústrias alimentícias da Europa, mas as normas que regulam o setor de embalagens ativas e inteligentes são relativamente recentes e isso explica a liderança de outros países como os Estados Unidos ou o Japão nesse segmento; até 2005 o número de produtos denominados “embalagens ativas” patenteados nos Estados Unidos chegava a 7.613, enquanto que outros classificados como “embalagens inteligentes” somavam apenas 169 no mesmo período.
Um exemplo concreto de um supermercado que já utiliza as embalagens inteligentes ou smart packaging é a rede francesa Monoprix, que para os produtos com a própria marca adotou embalagens que indicam a sua histórica térmica.
Segundo um estudo realizado pelo instituto de pesquisas americano BCC, o mercado mundial das embalagens ativas e inteligentes registra, anualmente, um crescimento médio de 10% e, somente em 2008, movimentou cerca de 134 bilhões de dólares. (Rocha, 2009).
O crescente interesse do mundo empresarial pelas embalagens ativas e inteligentes deriva, sobretudo, da necessidade de moderar o emprego de aditivos e conservantes em produtos alimentares, evitando seus possíveis efeitos colaterais.
Referências: 
ANTONIOLLI, L. R., Embalagens Ativas e Inteligentes – Avanços e Perspectivas. Embrapa Uva e Vinho, Rua Livramento, 515, 95700-000, Bento Gonçalves, RS, Brasil. Disponível em: https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/1024127/1/antoniolliXIVENFRUTEP4maio2015.pdf>
MARCAL, Rogério. Tecnologia em embalagens “inteligentes” e “ativas”. 12 de julho de 2010. Disponível em: https://paineltecnologico.wordpress.com/2010/12/07/tecnologia-em-embalagens-inteligentes-e-ativas/>
ROMA, A. S. de., Embalagens ativas e inteligentes: as novas aliadas da indústria alimentícia europeia. 30 de agosto de 2009. Disponível em: http://www.plastico.com.br/plastico/embalagens-ativas-e-inteligentes-as-novas-aliadas-da-industria-alimenticia-europeia/2/>

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