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TRABALHO ESCRITO ASMA 2017

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Asma
Conceito:
A asma é uma doença inflamatória das vias aéreas, onde muitas células e seus produtos celulares estão envolvidos, na qual participam os mastócitos, os eosinófilos, os linfócitos T e os neutrófilos. Estes já identificados como participantes da obstrução das vias aéreas e do processo inflamatório da asma, frente a diversos estímulos e episódios recorrentes de sibilância, dispneia, aperto no peito e tosse, principalmente pela manha e à noite. Quando à redução ou obstrução no fluxo de ar respirado, existe edema da mucosa dos brônquios, hiperprodução de muco nas vias aéreas e a contração da musculatura lisa dessa região. A obstrução ao fluxo aéreo é difusa, e muitas vezes, reversível espontaneamente ou com o tratamento adequado.
De acordo com o III Consenso Brasileiro no Manejo de Asma (2002), a asma é o resultado da alterações entre fatores genéticos e ambientais, ou seja, expressão aumentada de genes inflamatórios define a alterações celulares e estruturas do aparelho respiratório enquanto o meio ambiente modula os diferentes fenótipos asmáticos.
Incidência:
A prevalência da asma afeta tanto crianças quanto adultos, um problema mundial e na maioria dos países ocidentais, Entretanto, a prevalência da doença na população varia de acordo com o gênero, a idade, a raça e a exposição ambiental. No Brasil estima-se que, existam 20 milhões de asmáticos, isso se for considerado uma prevalência global entre 5 e 10%. Outros estudos estima-se que aproximadamente 30% das crianças asmáticas ficarão livres dos sintomas na puberdade a até 2/3 poderão permanecer asmáticas tanto na adolescência quanto na vida adulta.
Em 2011 foram registrado pelo DATASUS 160 mil hospitalizados em todas as idades. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ocorreram cerca de 180 mil mortes por asma em 1997, das quais 2 a 3 mil só no Brasil. E de acordo com pesquisas de Teles Filho (2002), estes óbitos tendem a ocorrer mais em jovens e idosos.
Fatores de risco:
No Brasil, os antígenos inaláveis mais frequentes são os ácaros das espécies. Outros alérgenos inaláveis são os polén, os fungos e os pelos de animais domésticos. O ataque agudo da asma pode ser desencandeado por uma série de fatores como os irritantes ambientais, a poluição atmosférica, notavelmente nos grandes centros urbanos. Um outro fator de risco é o uso de corticosteroide sistêmico. O exercício físicso também parece ser um fator mais desencadeador do processo, denominado broncoespasmo induzido por exercício.
Tabela da pagina 416
Fisiopatogia:
 Sua fisiopatologia está relacionada à interação entre fatores genéticos e ambientais. A asma na maioria das vezes é de causa hereditária, estímulos internos e externos. Cerca de um terço possui casos familiares e outro por fatores de alterações climáticos.
Dos fatores inflamatórios já identificados como participantes na asma, destaca-se quimiocinas, citocinas, eiscosanoides, HISTAMINA que é um potente vasodilatador e broncoconstritor, liberado por Imunoglobolina E (IgE) quando a pessoa é sensibilizada por um determinado antígeno e o óxido nítrico. Diversas células estão envolvidas, destacando-se os macrófagos e os linfócitos T. Entre as células brônquicas estruturais na patogenia da asma, figuram as células epiteliais, as musculaturas lisas e as endoteliais. O processo inflamatório tem como resultado as manifestações clínico funcionais característicos da doença. O estreitamento brônquico intermitente e reversível é causado pela contação do músculo liso brônquico, pelo edema da mucosa e pela hipersecreção da mucosa. A hiper responsividade brônquica é a resposta broncoconstritora exagerada ao estímulo que seria inócuo em pessoas normais. A inflamação crônica da asma é um processo no qual existe um ciclo contínuo de agressão e reparo que pode levar a alterações estruturais irreversível, isto é, o remodelamento das vias aéreas.
Figura da musculatura
Sinais e sintomas;
Presença de sibilos, tosse, chiado, respiração rápida e curta (falta de ar)- dispnéia, aceleração do ritmo respiratório - taquipnéia e aperto no peito. Ocorrendo com mais frequência a noite e pela manhã no período mais cedo.
Lactantes e crianças pré- escolares:
Lactantes e crianças pré-escolares com sibilâncias recorrentes apresentam evoluções variadas, que estão provavelmente vinculadas a diferentes mecanismos imunopatológicos subjacentes que levam a limitação ao fluxo aéreo. Não se sabe ao certo ainda se a limitação ao fluxo aéreo associada a asma já existe desde o nascimento ou se essa se desenvolve juntamente com os sintomas. Não é clara tampouco a associação entre hiperresponsividade brônquica na criança e o desenvolvimento de asma ou sibilância. As principais características que têm sido utilizadas para prevê se a sibilância recorrente na criança irá persistir na vida adulta são as seguintes: diagnótico de eczema nos três primeiros anos de vida; pai ou mãe com asma; diagnótico de rinite nos três primeiros anos de vida; sibilância sem resfriado (virose) e eosinifilia sanguínea.
Diagnótico:
O diagnótico da asma é principalmente clínico, baseado nos sinais e sintomas, principalmente durante as crises, a presença de sibilos nos pulmões, tosse, dispneia, sobretudo à noite ou nas primeiras horas da manhã. Há uma variabilidade dos sintomas, desencadeamento de sintomas por irritantes inespecíficos ou por aeroalérgenos. Destaca-se que a asma de inicío recente em adultos pode estar relacionada por exposições ocupacionais. A presença de sibilos é indicativa de obstrução ao fluxo aéreo, contudo pode não ocorrer em todos os pacientes.
Exames:
Os exames complementares podem auxiliar no diagnótico. Dentre eles, a radiografia do tórax, exames de sangue e a espirometria, que identifica e qualifica a obstrução ao fluxo de ar e o teste de broncoprovocação, com substâncias pró- inflamatórias. O exame mais importante é a análise dos valores exalados de óxido nítrico, os quais permitem também avaliar a resposta ao tratamento.
Espirometria:
O diagnótico da asma é dado através da espirometria no qual irá fornecer duas medidas importantes para o diagnótico: CVF é o máximo de volume expirado com máximo de força possível; VEF1 é o volume expirado no primeiro segundo forçado. A intensidade da limitação é determinada pela diminuição percentual do VEF1 em relação ao padrão de normalidade sendo reversível após o uso do broncodilatador.
Condutas:
A reabilitação do asmático se efetua seguindo uma ordem de prelação: adoção de posturas corretas, relaxamento muscular (em especial do pescoço e da cintura escapular), prática do exercício respiratório fundamental realizado a partir das posições corretas, reabilitação da mobilidade costal inferior e diafragmática, diminuição da mobilidade costal alta e clavicular e reabilitação da musculatura abdominal. Resultados espirométricos realizados antes e depois de tratamento fisioterápico mostraram aumento da capacidade vital, em 20% dos pacientes, aumento do volume expiratório forçado, em 40% dos pacientes. Os efeitos da cinesioterapia e da hidrocinesioterapia em crianças asmáticas através de questionários de Qualidade de Vida e de parâmetros inflamatórios broncoalveolar obtém como resultado uma melhoria na qualidade de vida de crianças com asma, com uma redução do número de crises e hospitalizações e uma redução da atividade inflamatória pulmonar.

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