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INFARTO AGUDO do MIOCÁRDIO INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Alexandre Estrela Ana Paula Amorim Pabliane Souza Maria de Lourdes Rayssa Carvalho Sarha Chagas Thayssa Bruna Professora: Msc. Pâmella Karoline INFARTO AGUDO do MIOCÁRDIO ANATOMIA e FISIOLOGIA ARTÉRIAS CORONÁRIAS Artéria Coronária Direito→ irriga a maior parte do VD Artéria Coronária Esquerda→ irriga parte anterior do VE Art. Descendente Anterior e Art. Circunflexa CIRCULAÇÃO CORONARIANA Sangue bombeado pelo VE (durante a sístole) para a artéria aorta Fechamento das válvulas aórticas Refluxo (não entra novamente para o coração)→ artérias coronárias. Seio Coronário atua no retorno venoso (MACHADO, 2004). Interrupção da irrigação sanguínea nas artérias coronárias Fator etiológico: Aterosclerose (COLOMBO; AGUILLAR, 1997; MANFROI et al., 2002; MANSUR et al., 2006). EPIDEMIOLOGIA DAC → 80% do número de óbitos; Fatores de Risco (COLOMBO; AGUILLAR, 1997; DANTAS; COLOMBO; AGUILLAR, 1999; MAIA et al., 2007; PINHO et al., 2010; ROCHA; SILVA, 2000). Modificáveis (reversíveis) Hipercolesterolemia Hipertensão arterial Tabagismo Diabetes mellitus Alcoolismo Uso de contraceptivos orais Vida sedentária Obesidade Estresse Não modificáveis (irreversíveis) História familiar de doença aterosclerótica Idade Sexo Raça Menopausa CLASSIFICAÇÃO Exame eletrocardiográfico IAM com supradesnivelamento do segmento ST IAM sem supradesnivelamento (infradesnivelamento) do segmento ST Classificação clínica de Killip Fonte: PESARO; SERRANO JUNIOR; NICOLAU, 2004; TORRES, 2008. (FRANCO et al., 2008; PESARO; SERRANO JUNIOR; NICOLAU, 2004; TORRES, 2008). FISIOPATOLOGIA Oclusão coronariana Isquemia Necrose Fonte: OLIVEIRA, 2010. Acúmulo de células inflamatórias e edema→ processo inflamatório Proliferação de fibroblastos→ deposição de colágeno Tecido necrótico→ tecido fibroso (cicatrização) (PESARO; SERRANO JUNIOR; NICOLAU, 2004; STUMM et al., 2009). Remodelamento Ventricular (RV) Perda do tecido de sustentação →Região afetada mais distensível e propensa a deformações Expansão do infarto Realinhamento dos miócitos na parede infartada; Região acometida mais fina e dilatada Pode ocorrer: Ruptura ventricular Arritmias Formação de aneurismas Piora funcional (ZORNOFF; SPADARO, 1997). Fonte: DALLAN, 2014. Ventrículo esquerdo ↑ Pressão de enchimento ventricular ↑Tensão parietal no ventrículo contralateral Distribuição em paralelo de sarcômeros ↓ Espessura da parede Fonte: DALLAN, 2014. (ZORNOFF; SPADARO, 1997). SINAIS E SINTOMAS Apresentação típica Dor: Intensa Longa duração ↑20 minutos Causado por esforço Lado esquerdo do tórax → irradiada para o MSE; Opressão no peito; Tontura; Suor em excesso; Falta de ar; Possível o aparecimento de irradiação para epigástrio, dorso, mandíbula, membro superior direito e ombros . (CRUZ, 2012; FREIREICH, 2003; PESARO; SERRANO JUNIOR; NICOLAU, 2004). Outros Pacientes no período pós-operatório, diabéticos, ou idosos: Sinais mascarados: Náuseas Dispnéia Taquicardia Mal-estar Confusão mental (CRUZ, 2012; PESARO; SERRANO JUNIOR; NICOLAU, 2004). DIAGNÓSTICO Anamnese Tipo de dor (pressão ou desconforto) Tempo desde o início até seu mais alto nível de intensidade Histórico de sintomas apresentados Exame físico Ausculta cardíaca →Taquicardia (fator de mau prognóstico) Sopros valvares (devida a disfunção valvar isquêmica) 3ª bulha Obs: Em pacientes dispneicos a ausculta de estertores pulmonares é um preditor de falência ventricular. Hipotensão → choque cardiogênico inicial. (FREIREICH, 2003; PESARO; SERRANO JUNIOR; NICOLAU, 2004). Eletrocardiograma Bloqueio agudo de ramo esquerdo (BRE). Supradesnível do segmento ST, caracterizando a fase superaguda do IAM. MANSUR et al., 2006; PESARO; SERRANO JUNIOR; NICOLAU, 2004). Ecocardiograma Detectar trombos nos átrios e ventrículos; Quantificar a função cardíaca do VE → Análise da fração de ejeção Disfunção segmentar no VD Marcadores de necrose Coleta de enzimas miocárdicas no soro CKMB (creatinoquinase total (CK) e sua fração MB (CK-MB) Determinada a partir da 4ª hora após o início da dor torácica. Angiografia (cateterismo cardíaco) Lesões obstrutivas graves (estenoses > 50% a 70%) Número de vasos com estenose Estado da função sistólica do ventrículo Identifica se há necessidade de revascularização miocárdica (CAVALCANTI et al., 1998; LIMA, 2007; PESARO; SERRANO JUNIOR; NICOLAU, 2004; SCHEICHER; SOLOGURAN, 2002). TRATAMENTO Cirurgia de revascularização do miocárdio ↑ circulação nos casos de oclusão coronariana; Acessos venosos (veia safena) e arteriais (artéria mamária interna). Dor e ansiedade Associadas → hiperatividade do SNS → consumo de O2 pelo miocárdico → taquiarritimias atriais e ventriculares; Sulfato de morfina (via intravenosa). Betabloqueadores ↓ FC e PA ↓ O2 ↑ Perfusão miocárdica Trombolítico Dissolução de coágulo → Reperfusão das artérias coronárias trombosadas. (MIYAKE; FERREIRA, 2000; NICOLAU et al, 2007; PIEGAS et al, 2009; SILVA; LIMA; VIRGÍNIO, 2008). FISIOTERAPIA Fase I (até alta hospitalar) Preservação de uma ventilação adequada; Preservação do retorno venoso; Prevenção de tromboembolismos; Minimização da perda dos reflexos vasomotores; Manutenção do tônus e trofismo muscular. Pacientes acamados ↓ VC Fraqueza dos músculos respiratórios: ↑Dificuldade respiratória: ↑FC São monitorados sinais vitais como SpO2, gasometria arterial e também possíveis dispnéia ou cianose. (PASCHOAL, 2010). 17 Oxigênio Dispnéia, choque, hipóxia ou edema pulmonar; Máscaras de ventilação não invasiva (CPAP) ou intubação orotraqueal. Técnica de huffing Eliminação de secreções; Evita pressões intratorácicas elevadas; Mantém a higiene brônquica; Não ↑ FC. Exercícios Paciente hemodinamicamente estáveis, sem dor ou arritmias: Exercícios dos MMSS e MMIII em decúbito → sentado → ortostatismo; Grande amplitude, porém, lentos; Exercícios de extremidades: ↓ Edema e ↑ circulação. (PASCHOAL, 2010; PESARO; SERRANO JUNIOR; NICOLAU et al, 2007; TITOTO, 2005). Fase II (período de reestabelecimento da saúde) Fase IIa Sessões diárias, durando 30 minutos em média. Procedimentos: Aferição PA; Ausculta pulmonar e cardíaca; Prescrição de exercício (Fórmula de Karvonen): FCt = FCR + % (FCM - FCR). Fase IIb Sessões de 3 vezes na semana, com a duração de 40 minutos. Pequenos trajetos em terrenos com aclive leve e subida de escadas. (PASCHOAL, 2010). Fase III (fase de prescrição de exercícios físicos, recuperação e manutenção) Melhora das funções cardiorrespiratórias do paciente Introduzidos exercícios mais intensos Sequência aos trabalhos de fortalecimento muscular Exercícios aeróbios de resistência muscular localizada (RML) MMSS são utilizados bastão ou halteres MMII o objetivo é o ganho de força e resistência da musculatura da coxa Atividades realizadas em forma de circuito A frequência é de 3 vezes semanais e a duração é de 45 à 60 minutos Fase IV Auxílio de um educador físico. (MAIR et al., 2008; PASCHOAL, 2010). INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Resultado da incapacidade do coração em gerar um débito cardíaco (DC) suficiente para fornecer uma oferta de oxigênio adequada aos tecidos. Pode ser uma IC nova ou devido ao agravamento de uma IC anterior (IC crônica) (MESQUITA et al., 2004; MONTERA et al, 2009; RABELO et al., 2007). EPIDEMIOLOGIA Aproximadamente 2.5 milhões de brasileiros foram diagnosticados com IC 72 e 73 anos 48% sexo masculino 6,3% de todas as mortes no estado de SP, sendo o mais populoso do Brasil Fatores de risco Hipertensão arterial sistêmica Coronariopatias Miocardia dilatada isquêmica Cardiopatia valvar Disfunção ventricular (BOCCHI et al, 2009; LESSA, 2001; MESQUITA et al., 2004; MONTERA et al, 2009; PASCHOAL, 2010). FISIOPATOLOGIA IC com função sistólica preservada Normal: ↓ pressão no VE → relaxamento do miocárdio (diástole) Patológico: Coração hipodiastólico→ Só vai ejetar o volume sanguíneo que conseguir acomodar na câmara Se diminuir pré-carga pode gerar o baixo DC Obs: Pré-carga: pressão que o volume sanguíneo faz na parede do ventrículo antes do início da contração Pós-carga: pressão necessária ao VE para superar a pressão da artéria aorta (MESQUITA et al., 2004; MONTERA et al, 2009). IC com disfunção sistólica Complicações mecânicas: ruptura septal e insuficiência mitral Se mais de 40% do VE for danificado: ↓ Bomba cardíaca ↓ DC (débito cardíaco) e VS (volume sistólico) ↑ Pressões de enchimento Congestão pulmonar e baixa perfusão tecidual IC congestiva Alterações da função no VE e VD Estágio final da IC (mecanismos para normalizar o DC em falência) Na ICC esquerda, o órgão que mais sofre pela retenção de líquidos é o pulmão, resultado da bomba ventricular esquerda, reduzindo a troca gasosa. DC = VS X FC (MONTERA et al, 2009; PASCHOAL, 2010). CLASSIFICAÇÃO Aguda IC aguda com pressão arterial normal Os sinais e sintomas se apresentam em questão de dias, e ocorre a geração de edema periférico. Nessa situação, a fração de ejeção reduzida comumente (MONTERA et al, 2009). IC aguda com pressão arterial baixa Apresenta sinais e sintomas de choque cardiogênico, baixa perfusão dos tecidos ou pressão arterial baixa (MONTERA et al, 2009). IC aguda com pressão arterial elevada Os sintomas aparecem de forma súbita. A pressão do capilar pulmonar é elevada e há recondução dos líquidos em direção ao pulmão. Os pacientes podem estar euvolêmicos ou com hipervolemia leve. Com a ausculta cardíaca, podem ser verificados estertores pulmonares mesmo na ausência de edema periférico e através da radiografia é diagnosticada uma congestão pulmonar (MONTERA et al, 2009). SINAIS E SINTOMAS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO FISIOTERAPIA
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