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Material de Processo do Trabalho

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Prova de Processo do Trabalho – AV2 
Audiência de Conciliação
O primeiro ato será a tentativa de conciliação. Havendo acordo o processo é encerrado. O termo de acordo vale como decisão irrecorrível e só pode ser impugnado por ação rescisória. Deve haver proporcionalidade entre o valor do pedido e o valor do acordo.
Momento de ouvir as partes. É publica mas pode ser limitada a presença das partes e advogados. Realizada das 8 às 18hs na sede do juízo ou tribunal ou local designado devendo fixar edital de aviso com mínimo de 14hs de antecedência. As partes são chamadas por pregão. Prazo de 5 dias para elaborar defesa e chamar testemunha. Se não respeitar o prazo pode remarcar.
Audiência Una ou Fracionada
A audiência de julgamento será continua. Por motivo relevante pode ser designada nova audiência. Quem defende a audiência una diz que há maior possibilidade de acordo. Quem defende a fracionada diz que atende melhor os requisitos para andamento do processo.
Rito sumaríssimo... aberta a sessão o juiz esclarecera as vantagens de conciliação e tentará faze-la a qualquer tempo da audiência. O reclamante terá 20 minutos para aduzir a sua defesa após a leitura da reclamação. Se o juiz entender que a audiência será fracionada o juiz dará o prazo para produção de provas e remarcará uma audiência de prosseguimento. Já na audiência una, após a fase de conciliação já ocorre a instrução. Terminada a instrução as partes poderão aduzir as razões finais em 10 minutos e logo após será proferida a decisão.
Ausência das Partes
No processo do trabalho a pessoa é chamada para comparecer em audiência e não para apresentar defesa. Revelia é deixar de comparecer em audiência. Mas o não comparecimento não faz de imediato a outra parte ser vencedora. A presença do advogado com ausência do réu não descaracteriza à revelia pois esta é o não comparecimento. 
Confissão ficta: é uma punição pela parte não ter comparecido ou não ter respondido algo. É a negativa do depoimento. É presumida a veracidade dos fatos
Confissão real é o reconhecimento, a confissão propriamente dita. 
A confissão é aplicável a depender da audiência. Se a audiência for una e ele faltar, automaticamente se ausenta das duas e se aplica a confissão. Se for fracionada o réu só pode faltar na primeira audiência. A revelia só ocorre quando falta na primeira audiência. A confissão é quando falta na segunda audiência. Se o reclamante não for na primeira audiência o processo será arquivado. 
Resposta do Reclamado
Não importa o tipo de resposta, deve ser apresentada em audiência e o reclamado tem 20 minutos para aduzir a sua defesa oral ou pode juntar a defesa antes em segredo de justiça. 
Contestação
É o mecanismo utilizar para impugnar os fatos alegados pela outra parte na petição inicial. Se não houver contestação parte se do pressuposto que a matéria é incontroversa. Na contestação é possível aceitar o que diz na petição. Fazer defesa processual indireta apontado vícios que podem gerar a extinção do processo (art.337 NCPC). Ex.: perempção (quando a parte busca a justiça duas vezes e não comparece, a punição é a perempção), conexão (pedido e causa de pedir iguais), litispendência (pedido, causa de pedir e partes iguais).
Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser responsável pelo prejuízo invocado, o autor terá 15 dias para fazer o aditamento da petição. 
Defesa indireta de mérito: ataca a pretensão do autor sem analisar a sua substância, é a indicação de fatos impeditivos e seus efeitos e sendo fato impeditivo a decisão que os analisa será sempre de mérito. As hipóteses mais comum são de prescrição (fim do prazo) e decadência (não respeitar prazo legal).
Defesa direta de mérito: impugnação dos fatos indicados na ação. 
- Principio da eventualidade: toda matéria de fato deve ser impugnada na contestação, se não fizer tornara incontroversa e não poderá ser alegada novamente salvo se ocorrer fato superveniente. Se alegar fato superveniente abre provas para a outra parte.
- Principio da impugnação especificada: cada fato deve ser impugnado de forma especifica. Se for de forma genérica o juiz não reconhecerá a impugnação.
# Compensação: resposta que suscita a existência de direitos recíprocos entre autor e réu. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações se extinguem até onde se compensarem. A compensação não pode exceder o valor de 1 mês de salário do empregado. A compensação não se confunde com a dedução que é a verificação do que já foi pago e abater. 
Exceção de Incompetência 
A CLT faz confusão entre a incompetência absoluta e relativa. No CPC/73 a incompetência absoluta é matéria preliminar e pode ser alegada de oficio ou a qualquer tempo pelas partes. Nos tribunais superiores só poderá ser arguida se a matéria for prequestionada. A competência territorial no processo do trabalho é relativa. E a exceção de incompetência, hoje, é só uma preliminar de contestação. Apresentada a incompetência o juiz dará 24 horas para apresentar provas. 
# Suspeição e Impedimento: tem por objetivo preservar a imparcialidade do magistrado. A suspeição se dá quando há um laço de amizade entre parte e juiz e esta pode ser superada. No impedimento o juiz é incompetente para julgar a matéria. Pela CLT o próprio magistrado analisa a sua suspeição ou impedimento. Mas o entendimento mais pacifico é que deva ser julgada por órgão superior. A suspeição e impedimento devem ser comprovadas e alegadas em até 15 dias da tomada de conhecimento dos fatos.
Reconvenção
É a demanda ajuizada pelo réu contra o autor no mesmo processo requerendo a resolução das duas lides. É necessário que o juízo seja competente para reconhecer, ritos compatíveis, existência de processo pendente, conexão da ação com a defesa. O contrato de trabalho é determinante para a reconvenção. E não é cabível em cautelar, execução pois ocorre a substituição ativa. Pode ocorrer de não ter contestação e ter reconvenção. 
MAURA SCHAIR
- Ações de dupla natureza: 
Provas
- Depoimento pessoal: o juiz pode requerer ou não a depender do seu convencimento. As partes também podem requerer. O objetivo é obter a confissão real ou ficta. Não é possível aceitar só a parte do depoimento que a beneficia e excluir o resto pois a confissão é indivisível. 
- Oitiva das testemunhas: meio de prova mais utilizado pela informalidade do processo do trabalho. Os requisitos para ser testemunha são o pleno exercício da capacidade, não ser impedido ou suspeito, ter conhecimento dos fatos, ser pessoa física e estranha a lide. A parte que for parente até o terceiro grau, amigo ou inimigo da parte não presta compromisso e o seu depoimento só serve como simples informação. 
De acordo com a sumula 357 TST que não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou ter litigado contra o mesmo empregador. O que não é permitido é a troca de favores. Ex.: A testemunha de B e B testemunha de A. 
As testemunha compareceram independente de notificação, as que não comparecerem serão intimadas de oficio ou a requerimento da parte ficando sujeitas a condução coercitiva se não atender a notificação sem justificativa.
Carta convite: Só cabe no rito sumaríssimo. Exige se porque a audiência não deve ser adiada, então deve se enviar a carta convite para provar que a testemunha foi convocada.
Rito sumaríssimo (2), rito sumario (3), apuração de falta grave (6).
Uma testemunha não pode ouvir a outra e é possível flexibilizar a ordem de ouvida das testemunhas.
Contradita: impugnação da testemunha. Deve ocorrer antes de prestar compromisso e depois da qualificação. 
- Documento: é uma coisa que representa um fato. Deve ser apresentada com a inicial e a defesa. A petição deve ser instruída com os documentos que provam suas alegações. Documentos originais que podem ser autenticados pelo próprio advogado.
Sumula 8 TST: Só pode apresentar documento novo de fato novo. Na fase recursal só pode juntar documento se comprovar o justo impedimento. 
Tem matérias que a provaé exclusivamente documental. Ex.: salario (só prova com recibo), gestação (só prova com laudo médico), aviso de férias.
As anotações na carteira profissional anotadas pelo empregador tem presunção relativa. 
O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre em seu poder.
- Perícia: aplica se o CPC pois a previsão da CLT foi revogada. O juiz, na audiência, acessa o sistema e faz a marcação. Abre o prazo de 5 dias para indicação de quesitos e assistente. O perito emite o laudo. As partes apresentam o laudo do assistente e se manifestam. Ocorre o depoimento do perito para esclarecer quesitos complementares quando insatisfeito com o laudo. 
O pagamento do perito é dividido em duas partes: quem solicita a perícia paga os honorários provisionais que são as despesas que o perito tem para realizar a perícia; a remuneração do perito pelo trabalho dele é paga pela parte que perde. Se determinada de oficio quem paga é a parte autora pela regra de sucumbência. 
Sumula 341 TST: Como a indicação do assistente técnico é faculdade, quem paga a remuneração é a parte que a solicita, ainda que vencedora. 
OJ 98: É ilegal a exigência de depósito prévio para custeio dos honorários periciais, dada a incompatibilidade com o processo do trabalho, sendo cabível o mandado de segurança visando à realização da perícia, independentemente do depósito.
Sumula 453: O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas.
- Inspeção Judicial: Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas (art. 765 CLT).
- Razões finais:  Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão. É facultativo então deve ser requerido. É a última manifestação da parte antes da sentença. Pode ser apresentado por escrito, em memoriais. O juiz fixa a data apenas para apresentar. É importante para chamar a atenção do juiz aos pontos fulcrais e arguir nulidade. No rito sumario serve para impugnar o valor da causa. Não tem previsão no sumaríssimo mas é aplicado. 
Conversão do julgamento em diligencia 
Tem a finalidade de saneamento do processo. Economia processual. Pratica de atos indispensáveis. Significa que o processo que o juiz entendia estar pronto para sentença precisa ainda de algum outro elemento antes de ser julgado. Então o juiz converte o julgamento em diligência, que deve ser especificada na sua decisão. Após a diligência cumprida, o processo retorna ao julgamento, para apreciação do mérito da questão. Exemplo: converter o julgamento em diligência para que se produza uma prova que o juiz entenda necessária para a elucidação da verdade, e cuja produção não havia anteriormente sido determinada.
Sentença nos dissídios individuais 
A CLT utiliza o termo decisão de forma indiscriminada (decisão interlocutória e sentença) ou seja, não há diferença. 
Requisitos: Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa, a apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão (Art. 832).
Relatório: nome das partes, resumo do pedido e da defesa. Se for ação plúrima deve ter o nome de todos. Se for substituição processual (sindicato), não é necessário, basta ter o nome do sindicato. Serve como índice das peças no processo. Só é dispensado no rito sumaríssimo, nos demais ritos a falta de relatório gera nulidade. 
Fundamentação: obrigação em decorrência de princípios constitucionais. Deve examinar todas as teses, preliminares e de mérito. 
Dispositivo: parte da sentença protegida pela coisa julgada. Pode ser direta (defere o pedido de forma expressa) ou indireta (faz referência a qual pedido foi aceito).
Requisitos complementares: fixação do prazo para cumprimento da decisão. Menção as despesas e custas que devem ser pagas pela parte vencida. Indicar quem deve pagar as contribuições previdenciárias. Se houver um valor fixado a obrigação de pagar as contribuições é do empregador. 
Ciência da união: será intimada da decisão homologatória de acordo que contenham parcelas indenizatórias, facultada a interposição de recurso relativo aos tributos que lhe forem devidos. Nem todos os processos a união é notificada, tem que ser fixado pelo ministério da fazenda. 
Possibilidade de decisão ultra, extra e citra petita.
Extra petita: pedido diverso do pleiteado
Art. 496 - Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o grau de incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o empregador pessoa física, o tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação em indenização devida nos termos do artigo seguinte.
Possível nas hipóteses previstas em lei.
Ultra petita: além do pleiteado
Pode ser conferido pelo juiz independente de pedido. Ex.: multas processuais, juros (S.211 TST).
Citra petita: menos do que foi pedido
Não cabível no processo do trabalho. Se o juiz não analisar parte do pedido, recorre por embargo de declaração pois o magistrado deve analisar de forma completa. 
Intimação da audiência: em regra, na publicação. Se houver audiência, será na audiência.
Coisa julgada: material (efeito fora do processo), formal (efeito fora da ação). Ação transitada em julgado não cabe recurso, cabe ação rescisória. 
Recurso no Processo do Trabalho
A CLT não traz o conceito de recurso. Tem a ideia de prolongamento do direito de ação, e não ação autônoma. Doutrina: ideia de reapreciação. Objetivo de anular vicio, reformar, integrar ou esclarecer a decisão. Direito das partes d evitar a coisa julgada. Meio de controle estatal. Reapreciar significa que a decisão pode ser substituída por outra. Reforma quando não há analise do mérito, rever o mérito. Integrar ou esclarecer é completar a decisão. 
Princípios do recurso trabalhista
Duplo grau de Jurisdição: não tem aplicação obrigatória. Existindo recurso deverá ser utilizado mas há decisões trabalhistas que não comportam recurso. 
Taxatividade: só é possível utilizar recursos específicos da área.
Singularidade: cada decisão comportará apenas uma espécie de recurso. Obs.: discursão sobre o embargo de declaração: questão de nova decisão e dos embargos não conhecidos.
Fungibilidade: natureza instrumental do processo, possibilidade de aceitar um recurso como se fosse outro. Requisitos: duvida objetiva quanto ao recurso; inexistência de erro grosseiro ou má fé; interposição no prazo certo. Ex.: sumula 421: conversão de embargo de declaração em agravo regimental.
Non reformatio in pejus: é proibido o agravo da situação do recorrente. Obs.: matérias de oficio podem ser reconhecidas. 
Variabilidade: modificar o recurso interposto dentro do prazo, visando apresentar o recurso correto. Não existe mais. Instituto do antigo CPC não adotado pelo NCPC. 
Recurso por simples petição
Desnecessidade de fundamentação. No TRT não precisa de advogado, pode ser feito por simples petição. Recurso que é possível atuar por jus postulandi.
Sumula 422 TST: Para recorrer no TST é obrigatório que apresente fundamentação e advogado.
Remessa de oficio: condenação em face da fazenda pública. 
Condição de eficácia da sentença que só transita em julgado após a apreciação do segundo grau de jurisdição. 
Hipóteses que é desnecessário o reexame: condenação inferior a 6 salarios mínimos; sumula STF, STJ, TST, OJ.
Pressupostos recursais 
Intrínsecos ou subjetivos: se relacionam com a decisão impugnada. 
Existir previsão do recurso para a decisão, escolha certa do recurso. Legitimidade, ideiade pessoas que podem interpor recurso. Interesse, possibilidade de benefício com o recurso, em regra cabe aos vencidos no processo, o vencedor pode pedir sentença de mérito.
Extrínsecos ou objetivos: relacionados a fatos externos a decisão.
- Preparo: pagamento de taxas e do valor das despesas. É preciso pagar custas para recorrer. Quem dispõe da justiça gratuita não paga. Deve ser comprovado no recurso através das guias de pagamento. O prazo para apresentar as guias é o mesmo do recurso e não precisa ser no mesmo ato.
-Deposito recursal: deposito junto a conta do FGTS do reclamante em valor fixado por lei como pressuposto recursal e garantia de execução futura e evita recursos protelatórios. Só aplica a recursos com obrigação de pagar e o teto é o valor da condenação. A cobrança não é feita na hora, quando sai a sentença com o valor a pessoa entra com um recurso para ver as condições e prazos para pagar. O processo do trabalho não tem efeito suspensivo, com a decisão já é possível executar. Se for recorrer para o TRT o valor é em dobro. Aplicável ao recurso ordinário, extraordinário e revista. Na execução só é necessário se não tiver havido garantia em juízo. Se na fase de execução o empregador recorre e ganha o dinheiro volta para ele. A comprovação do pagamento deve ser no prazo recursal, 8 dias. OJ 140: se faltar 1 centavo o recurso não é aceito.
- Regularidade formal: exigência própria para aquele recurso.
- Assinatura: da parte ou advogado
- Tempestividade: atender os prazos previstos para o recurso. 8 dias.
Efeitos dos Recursos
Efeito devolutivo: reapreciação da matéria pelo tribunal. Fica restrito a matéria impugnada em razão do princípio do dispositivo e do non reformatio in pejus. Duas ideias: extensão (matéria) e profundidade (questões da sentença). Devolução de todos os fundamentos.
Translativo: possibilidade de exame de matéria de ordem pública, independente de provocação.
Regressivo: juízo de retratação. Uma vez dado o mérito não pode mudar mas existem questões incidentais que permitem. 
Substitutivo: substituição da sentença pelo acordão, no que foi objeto do recurso, ainda que o acordão só a confirme.
Suspensivo: suspensão da eficácia da decisão até o julgamento final. Em regra não há efeito suspensivo no processo do trabalho, sendo possível execução provisória. O presidente do TRT não pode dar efeito suspensivo ao recurso de revista. Pode começar a execução antes de transitar em julgado. Permite a execução provisória até a penhora. 
Extensivo: o recurso de um aproveita aos litisconsortes, salvo se facultativo.
Processamento dos Recursos
A regra é a interposição no juízo a quo mas pode haver exceções. Juiz verifica a presença dos pressupostos recursais e abre prazo para o recorrido. Em seguida encaminha ao juízo ad quem que também examina os pressupostos. O relator pode negar conhecimento do recurso ou colocar em pauta. 
Recurso adesivo: Cabível para recurso ordinário, de revista, agravo de petição e embargo. Se o principal não for acolhido o adesivo também não é. 
Recursos em Espécie
Recurso Ordinário: é equivalente a apelação do processo civil. 
-Finalidade: impugnar a decisão final e interlocutória proferida pela vara do trabalho ou pelos tribunais regionais, nos processos de sua competência originária. Abrange toda matéria de fato e de direito impugnada.
-Preparo: pagamento das custas fixadas pela sentença mediante guia. Se for empregador além desse pagamento tem que fazer deposito recursal. 
- Cabimento
a) sentenças terminativas e definitivas do juízo de 1º grau e juiz de direito investido de jurisdição trabalhista. Obs.: hipótese exemplificativa. A decisão que indefere inicial é terminativa, e algumas decisões interlocutórias tem natureza terminativa. 
b) acordão do TRT em competência originária: dissidio individual, coletivo, ação anulatória de acordo. Obs: decisão monocrática desafiam agravo regimental e não recurso ordinário. Cabe no julgamento de ação rescisória e do julgamento de mandado de segurança. Só cabe no rito sumaríssimo. Juízo a quo: juiz do trabalho. Juízo ad quem: TRT e TST.
-Efeito: apenas devolutivo. Para ter efeito suspensivo sugere manejar a cautelar se existir risco.
- Prazo: 8 dias. MPT e Fazenda pública tem prazo em dobro.
- Processamento: apresentado o recurso é feito o juízo de admissibilidade. Em caso de negativa o recurso fica trancado cabendo agravo de instrumento. Notificação da parte contraria para apresentar contra razões no prazo de 8 dias. O juiz pode rever a admissão. Garantido o contraditório o recurso sobe para segunda instancia sendo os autos remetidos ao MPT para emissão de parecer. O juiz, relator e revisor serão sorteados. Ao relator cabe estudar e preparar um relatório do processo, que é apresentado oralmente aos demais juízes da sessão de julgamento, podendo promover as diligencias necessárias. Ao revisor cabe examinar o processo para confirmar ou não o relatório. O presidente encaminha a votação e vota para desempate. Ao relator compete redigir o acordão. Redigido e assinado será publicado. 
Obs.: Rito sumaríssimo: distribuição imediata. Prazo para apreciação do relator é 10 dias. Não tem revisor. Parecer oral do MPT. Acordão dispensa ementa. Possibilidade de criar turmas apenas para apreciar os recursos no rito sumaríssimo. 
Recurso de Revista
A apresentação de recurso de revista sempre será em grau extraordinário. 
- Finalidade: proteção do direito objetivo. Impugnar decisão proferida pelos tribunais regionais em 2ª instancia, no julgamento de recurso ordinário na hipótese de interpretação divergente ou de violação de norma jurídica. 
- Cabimento: cabe recurso de revista para turma do TST das decisões proferidas em 2º grau de recurso e dissídios individuais pois os dissídios coletivos já começam no TRT em grau originário. Só cabe de acordão na execução (decisão de agravo de petição/ se ofender literalmente e diretamente a CF). 
Não cabe da decisão que julga o agravo de instrumento ou agravo regimental. Não cabe o recurso de revista se a matéria for alvo de decisão de acordo com a sumula 83, II, TST pois tem que ser atual. Caso não seja hipótese de cabimento ou falte pressuposto o presidente pode negar seguimento. A divergência apta enseja recurso de revista deve ser atual, não sendo ultrapassada por sumula ou OJ. 
- Hipóteses de Cabimento: 
a) quando houver divergência jurisprudencial na interpretação de lei federal: exigência de divergência com outro TRT, SDI ou sumula do TST e do STF. Não cabe de divergência de decisão com outra turma ou pleno do mesmo tribunal, com outro órgão da justiça ou outro órgão do poder judiciário, nem mesmo com o STF. Quando houver divergência interna cada tribunal deverá atuar para uniformizar. A divergência de interpretação tem que ser entre órgãos diferentes. 
b) divergência jurisdicional na interpretação de lei estadual, convenção coletiva, acordo coletivo, sentença normativa o regulamento da empresa. Mesma regra de divergência da letra “a”. aqui o objetivo são as decisões que ultrapassam a base territorial de uma região trabalhista. Não examina o contrato de trabalho, recurso de revista não analisa fatos e provas. O exame é sobre questões de direito. 
c) violação literal de dispositivo de lei federal ou da CF. Lei de abrangência nacional. Nesse caso é obrigatório indicar o dispositivo da lei ou CF foi violado. A violação tem que ser literal e não reflexa. Não se presume violação se a decisão esta de acordo com sumula ou OJ. 
No rito sumaríssimo somente será admitido recurso de revista por contrariedade a sumula do TST ou sumula vinculante do STF.
Requisitos genéricos 
Requisitos específicos 
Impugnação da decisão em recurso ordinário nos dissídios individuais. Pode ser definitiva ou terminativa ou nas hipóteses da sumula 214 TST: as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível deimpugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. 
Não cabe remessa ex oficio salvo se tiver recurso da fazenda pública. 
Impugnar fundamentos da decisão recorrida. Sumula 422: Não se conhece de recurso para o Tribunal Superior do Trabalho se as razões do recorrente não impugnam os fundamentos da decisão recorrida, nos termos em que proferida.
Prequestionamento: admissibilidade do recurso de revista pressupõe o pronunciamento explícito na decisão recorrida sobre a matéria veiculada. Em não havendo tal pronunciamento, cabe à parte interessada opor embargos de declaração, desde que a matéria tenha sido abordada no recurso ou nas contrarrazões, sob pena de preclusão. Se, ainda assim, persistir a omissão, será considerado prequestionado.
Impossibilidade de reexame de fatos e provas. Natureza técnica, proteção da coerência do ordenamento e não de correção de justiça ou injustiça. 
Transcendência: não é examinado pelo presidente do TRT (juízo a quo).
- Efeitos do Recurso de Revista
Só tem efeito devolutivo. O prazo para apresentar é de 8 dias no juiz a quo, direcionado ao presidente que ira analisar os pressupostos de admissibilidade. A folha de rosto é direcionada pra o presidente e as razões para a turma do TST. Abre se então o prazo para o recorrido. 
Pedido de Revisão
- Cabimento: o juiz fixa o valor da causa, uma das partes impugna o valor em razões finais e o juiz mantem. A utilização é bastante restrita, é só para discutir o valor arbitrado pelo juiz a causa para evitar a irrecorribilidade da sentença a ser proferida. Ex.: não concorda com o valor da causa, diz que tem que mudar o valor e o rito, se o juiz não alterar pode pedir revisão. 
Não possui efeito suspensivo e o prazo de processamento é de 48hs da decisão. 
Agravo de Instrumento
- Finalidade: destrancar recursos que não foram admitidos no juízo a quo. Quando um recurso não é processado o meio de continuar a tramitação é o agravo de instrumento.
- Cabimento:  Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos.
Ex: rejeitar recurso por ser intempestivo, sendo que é tempestivo, entra com agravo de instrumento.
Critica: não é correto o termo despacho, deveria ser sentença ou decisão interlocutória. 
- Efeitos: apenas devolutivo. Possiblidade de cautelar já que não suspende a execução definitiva. Regressivo pois permite a retratação da denegação de seguimento do recurso. 
- Processamento: é levado ao juízo a quo pois permite retratação, se o juiz não se retratar abre prazo para contra minuta. O agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo e ao recurso principal instruindo com peças que considera necessário para o julgamento do recurso. Se julgado procedente o agravo, o recurso principal deverá ser julgado no tribunal. 
- Preparo: antes eram apresentados os recursos principais e o agravo sem preparo. Estavam usando isso para atrasar o processo. Então, no ato da interposição do agravo o deposito recursal é de 50% do valor do deposito do recurso que se pretende destrancar. 
Obs.: se for para destrancar recurso de revista contra decisão contraria a sumula do TST não precisara de preparo. 
Agravo de Petição
É o recurso cabível na fase de execução. Pode ser interposto nos provimentos que causam prejuízos a uma das partes no processo de execução e ainda em decisões executórias definitivas ou terminativas. Obs.: professor entende que cabe para decisão interlocutória na fase de execução.
- Requisitos: delimitação da matéria impugnada para evitar o agravo genérico. 
- Preparo: não se exige pagamento de custas. O deposito recursal pode ser exigido se a execução não estiver garantida. Se já tiver penhora não é necessário. 
- Efeitos: apenas devolutivo e da matéria impugnada. Não possui o suspensivo permitindo a extração de carta de sentença, continua a execução. Possiblidade de execução imediata da parte incontroversa. Possibilidade de tramitação em autos apartados. 
- Procedimento: interposição perante a vara de execução. Prazo de 8 dias. Fazenda pública tem prazo em dobro. Remessa ao TRT, processamento semelhante ao recurso ordinário.
6) Agravo regimental 
Previsão no regimento interno dos tribunais.
Cabimento: contra decisão monocrática de relator. 
Finalidade: levar o processo para votação colegiada.
Prazo e processamento: previsto no regimento interno. Não possui preparo por falta de previsão. Será interposto perante o relator que proferiu a decisão. 
Embargos do TST 
- Previsão: regimento interno do TST, CLT e leis especiais. 
7.1) Embargos infringentes: 
- Cabimento: recurso com natureza ordinária. Decisão não unanime proferida pelo SDC. Apenas em matéria de direito coletivo do trabalho, de competência originaria do TST. Para que haja mudança do voto na decisão. Também conciliação, revisão ou extensão de sentença normativa. Não cabe de decisão que estiver de acordo com precedente ou OJ do TST. 
- Prazo e processamento: 8 dias. Julgado pela própria SDC TST. Apresentado ao presidente do SDC. 
- Efeito: tem efeito devolutivo amplo 
8) Embargo em sentido geral
No tribunal superior do trabalho, caberá embargo no prazo de 8 dias. Das decisões das turmas que divergem entre si, ou das decisões proferidas pelo SDI salvo se a decisão recorrida estiver em consonância com sumula ou OJ do TST OU STF. A seção de dissídios individuais (SDI) é a responsável pela unificação dos entendimentos do TST.
- Cabimento: divergência entre duas turmas e sumula do TST. Não cabe de divergência da mesma turma. Não cabe da decisão do agravo, pois não analisa o mérito e sim os pressupostos de admissibilidade. 
- Requisito: comprovação da divergência 
Prazo e processamento: 8 dias. É interposta perante a turma e não analisa os pressupostos e será remetida para julgamento pela SDI, TST. A partir de 2014 é necessário o juízo de admissibilidade. 
- Efeito: apenas devolutivo restrito (matéria de direito).
- Tese: restrição para o rito sumaríssimo. Apenas divergência constitucional ou contraria a sumula do TST.
- Fase de execução: somente quando violar ou tiver divergência com a CF. 
9) Embargo de Declaração
Caberá embargo de declaração da sentença ou acordão no prazo de 5 dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subsequente a sua apresentação. Casos de omissão e contradição do julgado. Com a finalidade de integração do julgado. Sera julgado pelo mesmo órgão. Não tem como finalidade modificar a decisão e sim esclarecer. Não se estende a decisão interlocutória. O professor entende que cabe. 
- Hipoteses: omissão (efeito de prequestionamento), obscuridade (esclarecer a decisão), contradição (interna da decisão), manifesto equivoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso. 
- Pressupostos: não tem preparo nem custas processuais mas deve indicar o vício na decisão. 
- Efeitos: integrativo (visa sanar omissão, contradição ou obscuridade da decisão), interruptivo (interrompe o prazo para demais recursos para ambas as partes). Depois de julgado o embargo começa a contar o prazo para recurso. 
10) Embargos Protelatórios 
Multa de 1 a 10%. E a interposição de novo recurso fica condicionada ao pagamento da multa.

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