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Aula 10 FC SOCIAIS

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Tema: A sociologia crítica de Karl Marx (II). Luta de classes, ideologia e práxis. A relação Estado-sociedade na concepção marxista. A atualidade do pensamento marxista.
Objetivos: 
Entender a luta de classes como “motor da História” na concepção marxista.
Reconhecer a ideologia como mascaramento da realidade e a práxis como instrumento de transformação social.
Entender a relação Estado-sociedade na perspectiva marxista.
Problematizar a importância do pensamento marxista no mundo contemporâneo.
FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
AULA 10:
De acordo com Maria Lúcia de Arruda Aranha e M. Helena Pires Martins, em Introdução à Filosofia (São Paulo, Ed. Moderna, Filosofando, 1993), a luta de classes é o confronto entre duas classes antagônicas quando lutam por seus interesses de classe. Na visão marxista, no modo de produção capitalista, a relação antagônica se faz entre o burguês, que é o detentor dos meios de produção, do capital e o proletariado que nada possui e só vive porque vende sua força de trabalho.
Contudo, para que os explorados possam empreender a luta de classes, é preciso que tenham o que Marx chamava de consciência de classe, ou seja, que se percebam como partes (indivíduo) de um todo (classe). Dessa forma, a consciência de classe possibilita a união dos grupos mais explorados na sociedade em diferentes instituições (partidos políticos, sindicatos, movimentos sociais) buscando a transformação do quadro de exploração, que é, a seu ver, estrutural no sistema capitalista.
Luta de classes
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De acordo com Marilena Chauí (O que é ideologia, São Paulo, Brasiliense, 1981), ideologia é “o conjunto de proposições existentes com a finalidade de fazer aparentar os interesses da classe dominante com o interesse coletivo, construindo uma hegemonia daquela classe, tornando-se uma verdade absoluta e natural.” 
 Dessa forma, a manutenção da ordem social requer dessa maneira menor uso da violência. A ideologia torna-se um dos instrumentos da reprodução do status quo e da própria sociedade, à medida que nos faz perceber apenas parcialmente – e de forma mascarada – a totalidade das relações sociais.
“O vencedor ou poderoso é transformado em único sujeito da história não só porque impediu que houvesse a história dos vencidos (ao serem derrotados, os vencidos perderam o “direito” à história), mas simplesmente porque sua ação histórica consiste em eliminar fisicamente os vencidos ou, então, se precisa do trabalho deles, elimina sua memória, fazendo com que se lembrem apenas dos feitos dos vencedores”.
Ideologia
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É um conceito central no pensamento de Marx. A Práxis não se confunde com a prática. A Práxis é a união da interpretação da realidade (teoria – conhecimento científico) à prática (realização efetiva, atividade); em outras palavras, é a ação consciente do sujeito na transformação de si mesmo e do mundo que o cerca. 
É por meio da práxis que se dá o combate à alienação, permitindo não apenas interpretar o mundo, mas transformá-lo. 
Práxis
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A alienação é originada na vida econômica. O bem produzido não pertence ao trabalhador. Não é mais o operário que projeta o trabalho. Há separação entre planejamento e execução, entre pensar e agir. Tem-se como consequência um saber mecânico e fragmentado. Como mostrado no clássico filme de Charles Chaplin, “Tempos Modernos”, o operário acaba se tornando um apêndice das máquinas, sempre desenvolvendo tarefas monótonas, sem se sentir parte do processo de produção da riqueza.
Alienação
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Segundo Marx e Engels, A ideologia Alemã – Feuerbach. (São Paulo: Hucitec, 1987), o Estado é a forma na qual os indivíduos de uma classe dominante fazem valer seus interesses comuns e na qual se resume toda a sociedade civil de uma época, segue-se que todas as instituições comuns são mediadas pelo Estado e adquirem através dele uma forma política. Daí a ilusão de que a lei se baseia na vontade e, mais ainda, na vontade destacada de sua base real – na vontade livre. Da mesma forma, o direito é reduzido novamente à lei. 
Marx afirmava que o aparelho jurídico do Estado, nesse tipo de sociedade, tem como objetivos: (i) organizar e justificar a dominação da burguesia sobre o proletariado; (ii) favorecer os negócios da classe dominante.
A relação Estado e sociedade na concepção marxista
FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
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Dessa forma, para Marx, não existe Estado representativo do conjunto da sociedade. Seu papel é o representante dos interesses da burguesia. 	
Nesse sentido, podemos pensar que na perspectiva marxista, a democracia representativa seria uma espécie de engodo, visto que a participação popular é reduzida e os processos eleitorais acabam por designar como “representantes do povo”, em sua maioria, políticos comprometidos com o poder econômico.
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