Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TV Morena Núcleo Pantanal Campo Grande, 08 de NOVEMBRO de 2017 REVISÃO GERAL- parte 1REVISÃO GERAL- parte 1 Teoria da geração espontânea – Abiogênese Teoria da geração espontânea – Abiogênese A teoria da geração espontânea é também chamada de Abiogênese. não/sem vida origem/início Foi uma das primeiras hipóteses sobre a origem da vida.Foi uma das primeiras hipóteses sobre a origem da vida. ABIOGÊNESE – significa que um SER VIVO vem de um SER NÃO VIVO. Essa teoria também conhecida como geração espontânea. Baseada na ideia de que a vida poderia surgir da matéria orgânica, essa teoria começou a partir de experimentos e foi supostamente comprovada pelo surgimento de moscas em uma carne em decomposição e ratos em trapos sujos. Experimentos de Redi e a Biogênese Em 1668, Francesco Redi, iniciou a observação de carnes em decomposição e percebeu que: •Larvas apareciam somente em potes destampados; •Moscas eram atraídas pelas carnes em decomposição. Experimentos de Redi e a Biogênese Com este experimento, Redi concluiu que asCom este experimento, Redi concluiu que as larvas não surgiam, espontaneamente, na carne em decomposição, mas, sim, a partir de moscas. Sua teoria foi muito contestada e ainda perdurou por mais de um século. Experimentos de Pasteur e a Biogênese Pasteur considerou que os microrganismos estavam no ar e, em contato com o caldo, proliferavam. Pasteur demonstrou que os micróbios são responsáveis pela deterioração dos alimentos, conduzindo os pesquisadores à conexão entre micróbios e doenças. • Seus experimentos e observações forneceram as bases para as técnicas de assepsia, que são utilizadas na prevenção da contaminação microbiana Biossegurança A Biossegurança é “o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados". (Biossegurança: uma abordagem multidisciplinar, 1996). • 73% das pessoas saem do banheiro com as mãos contaminadas. • Após duas horas 77% exibem o mesmo germe na boca • 50% das pessoas saem do banheiro sem lavar as mãos. ASSEPSIA x ANTISSEPSIA Técnica assépticaTécnica asséptica • Limpeza: manter estado de asseio. • Sanificação: destruição de microrganismos de uma superfície inanimada. • Desinfecção: agente físico ou químico destruindo microrganismos patogênicos. • Esterelização: remove todas as formas de vida microbiana de um objeto ou espécie. Os equipamentos de proteção individual (EPI) são instrumentos usados por profissionais, quando expostos a riscos. Cada profissão apresenta uma necessidade específica, por meio de normas regulamentadoras, frente à demanda de trabalho e exposições. Todas as normas regulamentadoras (NR) são estabelecidas e fiscalizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Equipamentos de proteçãoEquipamentos de proteção individual (EPI) e coletivo (EPC) A NR 32 é a principal normaA NR 32 é a principal norma regulamentadora de normas de segurança aos profissionais de saúde. Alguns instrumentos são equipamentos proteção coletiva (EPC), como lavadores orbitais, chuveiros de emergência, câmaras de fluxo laminar, extintores de incêndio, placas sinalizadoras etc. Equipamentos de proteçãoEquipamentos de proteção individual (EPI) e coletivo (EPC) Manipulação de Instrumentos e Materiais Cortantes e de Punção Os materiais perfurocortantes – todos os objetos e instrumentos contendo cantos, bordas, pontos ou protuberâncias rígidas e agudas capazes de cortar e perfurar ao mesmo tempo. – precisam de descarte especial para que não tragam riscos ao ambiente, ao usuário e nem comprometam a biossegurança do experimento. Manipulação de Instrumentos e Materiais Cortantes e de Punção Instrumentos perfurocortantes devem ser descartados em caixas apropriadas, rígidas e impermeáveis que devem ser colocadas próximo a área em que os materiais são usados. 14 Descarte de instrumentos perfurocortantesDescarte de instrumentos perfurocortantes Os objetos perfuro cortantes incluem lâminas de barbear, bisturis, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, vidrarias, lancetas e outros assemelhados, contaminados ou não por agentes químicos ou biológicos. • Não quebrar, entortar ou recapear agulhas ou qualquer material perfurocortante após o uso; • Não é permitido retirar manualmente a agulha da seringa. Caso seja indispensável, a sua retirada só é permitida utilizando-se procedimento mecânico; • No caso das seringas de vidro, é necessário levar a seringa juntamente com a agulha para efetuar o processo de descontaminação; 15 Descarte de instrumentos perfurocortantesDescarte de instrumentos perfurocortantes Definição de vírus • Os vírus são agentes infecciosos acelulares, que fora das células hospedeiras são totalmente inertes, sem metabolismo próprio, mas dentro delas, seu ácido nucleico torna-se ativo, podendo se reproduzir. CARACTERÍSTICAS VIRAIS 1. São acelulares 2. São parasitas intracelulares obrigatórios 3. Apresentam DNA ou RNA 4. Possuem um capsídeo proteico 5. O parasitismo é específico Hospedeiros Vivemos em uma “nuvem” de vírus. Nós comemos e respiramos bilhões de vírus regularmente. Praticamente todos os organismos vivos podem ser infectados pelos vírus. Como: cellules de animais, vegetais, fungos, bactérias e protistas. Célula Animal Célula Vegetal Bactéria Fungo Protozoário Vírus Principais características dos vírus que causam a Principais características dos vírus que causam a hepatite Os vírus pertencentes à família Herpesviridae são chamados de herpes vírus. Apresentam características como formação de vesículas (herpes simples e varicela-zoster) ou de linfadenopatias (citomegalovírus e mononucleose). Vírus: •Herpes simples 1 e 2 (HSV-1 e HSV-2), que causam as herpes labial e genital. •Varicela-zoster (HHV-3), que causam a catapora e o herpes- zoster. •Citomegalovírus (HCMV), que causa a citomegalovirose. •Epstein-Barr, que causa a mononucleose. Herpes vírusHerpes vírus 1- FLAVOVIROSES: DENGUE E FEBRE AMARELA 2- RETROVIROSES: HIV E HTLV (oncovírus-leucemia) 3- VIROSES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO: GRIPE E RESFRIADO 4- VIROSES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO: PNEUMONIAS 5- VIROSES DA INFÂNCIA: SARAMPO, RUBÉOLA E CAXUMBA VIROSES IMPORTANTESVIROSES IMPORTANTES PRIONS = Proteinaceous Infectious Only Particle (Partícula Infecciosa Puramente Proteica). Em 1982, o neurobiologia a norte-americano Stanley Prusiner sugeriu que proteínas infecciosas teriam sido a causa de uma doença neurológica em ovelhas, denominada scrapie. Os PRIONS são proteínas infecciosas, que não apresentam ácido nucleico conhecido. Todas as nove são doenças neurológicas chamadas de encefalopatias espongiformes devido aos grandes vacúolos que se desenvolvem no cérebro. - Doença da vaca louca (doença priônica em bovídeos e a ingestão da carne contaminada provoca doença humana -Insônia familiar fatal -Kuru, -Doença de Creutzfeld-Jacob (confundida com casos de Alzheimer) -Síndrome de Gerstmann-Sträussler-Scheinker São doenças priônicas humanas, com diagnósticos feito por coleta do liquido encefaloraquidiano ou necropsia. PRIONS = Proteinaceous Infectious Only Particle (Partícula Infecciosa Puramente Proteica). Algumas doenças priônicas acometem os humanos, causando quadros de demência rápida e progressiva Estruturas bacterianasEstruturas bacterianas Bactérias possuem membrana celular e citoplasma como as demais células Apresentam estruturas obrigatórias, presentes em todos os gêneros e estruturas facultativas, presentesem algumas espécies bacterianas. Estruturas bacterianasEstruturas bacterianas OBRIGATÓRIASOBRIGATÓRIAS FACULTATIVASFACULTATIVAS Parede celular Ribossomos Plasmídeos DNA cromossômico Flagelo Fíbrias e pili Endósporo Cápsula • Formas de transição: – Cocobacilos: bacilos muito curtos • Ex: Acinetobacter (septcemia) – Vibriões: espirilos muito curtos. Forma de vírgula • Ex: Vibrio cholerae Morfologia Bacteriana Morfologia Bacteriana Arranjo: Cocos a) Diplococos agrupados aos pares Ex: Neisseria (gonorreia) a) Estreptococos: agrupamento em cadeia Ex: Streptococcus pyogenes (erisipela) b) Tétrades: agrupamento de 4 cocos Morfologia Bacteriana Arranjo: Cocos c) Sarcinas: agrupamento de 8 cocos (em forma cúbica) d) Estafilococos: agrupamentos irregulares em forma cacho de uva Ex: Staphylococcus aureus Importância dessas estruturas! - Características de formato - Classificação - Proteção - Locomoção - Patogenicidade O estudo dessas estruturas nos ajuda a entender as suas funções e assim controlar o crescimento celular quando necessário. – Endósporos – Podem permanecer por muitos anos de forma latente e, ao entrarem no organismo vivo, voltam à forma viva (vegetativa). Componentes citoplasmáticas CARACTERÍSTICAS: • Um esporo resulta da perda de água da célula e da formação de uma parede grossa e resistente em todo o citoplasma desidratado; • O esporo consegue suspender completamente a sua atividade metabólica, sobrevivendo a situações adversas como calor intenso e falta de água; • O processo de formação do esporo chama-se esporulação ou esporogênese. CARACTERÍSTICAS: Principais doenças causadas por esporos bacterianos 1. Antraz: Bacillus anthracis 2. Tétano: Clostridium tetani 3. Botulismo: Clostridium botulinum CARACTERÍSTICAS: Uma das formas de eliminar definitivamente os esporos é a esterilização em autoclave, que consiste no uso de temperaturas de 121°C-134ºC de 15-30 minutos Célula vegetativa x esporo O gênero Clostridum, assim como o Bacillus, representam um fator de preocupação para saúde pública haja vista que as bactérias neles inclusas são capazes de realizar esporogênese. Respiração celularRespiração celular Glicólise – citoplasma Oxidação do piruvato -Face interna da membrana plasmática Ciclo de Krebs – citoplasma Cadeia respiratória - face interna da membrana plasmática MO CurvaCurva de de crescimentocrescimento As fases de curva de crescimento em sistema fechado são: Fase lag: período de repouso e adaptação ao meio. Fase log: ou exponencial: período de divisão celular intenso. Fase estacionária: período de equilíbrio, em que a quantidade de células novas equivale a de células mortas. Fase de declínio ou morte: período com progressão de células mortas Fisiologia bacteriana e metabolismo Fisiologia bacteriana e metabolismo Fisiologia bacteriana e metabolismo Fisiologia bacteriana e metabolismo bacterianobacteriano O metabolismo bacteriano é o resultado das reações anabólicas e catabólica bacterianas. FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO BACTERIANO De acordo com o uso do gás oxigênio e o padrão respiratório, as bactérias são classificadas em aeróbias e anaeróbias: Fatores (FQ) - Oxigênio Meios de culturaMeios de cultura São preparações especiais com a finalidade de cultura e isolamento de MO. Uma grande variedade de processo e de preparações nutrientes é utilizada para produzir o crescimento e as reproduções de MO. Meios de cultura -Meios de cultura - CLASSIFICAÇÃO Existem meios de cultura sólidos, líquidos ou semi sólidos. Os meios sólidos, em geral, são produzidos com a alga Agar-agar e são específicos para gêneros ou espécies bacterianas. De acordo com a consistência: Ágar – função Ágar – função permitir a solidificação do meio de cultura. Método de GramMétodo de Gram É uma técnica de coloração de preparações histológicas para observação ao microscópio óptico, utilizada para corar diferencialmente microrganismos com base na composição química e integridade da sua parede celular. É uma coloração diferencial, pois divide as células bacterianas em dois grandes grupos: Gram positivo e Gram negativo O que torna esta técnica um instrumento essencial para classificação, identificação e caracterização de microrganismos. Coloração GramColoração Gram 2 açúcares (ß 1-4) Aminoácidos- tetrapeptídeo Peptidoglicano MADIGAN et al., 2010 Estrutura da célula procariótica: Estrutura da célula procariótica: parede de Gram positiva Cor violeta Cor rosa Estrutura da célula procariótica: Estrutura da célula procariótica: parede de Gram negativa SOLUÇÕES EMPREGADAS: 1- CRISTAL VIOLETA - função: corante principal ( cora igualmente todas as bactérias ). 2- LUGOL (solução de iodo-iodeto de potássio) - função: mordente. O mordente tem a finalidade de aumentar a afinidade do corante pela célula, permitindo que ela se core mais intensamente. 3- ÁLCOOL ETÍLICO - função: agente descorante e diferenciador. Sua utilização permite que algumas células se descorem mais facilmente que outras. Este comportamento distinto de descoloração é que diferencia as bactérias. 4- FUCSINA DILUÍDA - função: corante de contraste, corante secundário ou contra corante. É o corante que dá às células descoradas uma cor diferente daquelas que mantêm a cor do corante principal. Os microrganismos que não se descoram facilmente retêm a cor do corante principal (cristal violeta) enquanto que aqueles que se descoram facilmente p MicobactériasMicobactérias Bactérias aeróbicas, forma de bastonetes Denominadas bacilos “álcool-ácido-resistentes” Agente etiológico: Mycobacterium tuberculosis - tuberculose Mycobacterium leprae – lepra (hanseníase) Bacilos álcool ácido resistentes (BAAR)Bacilos álcool ácido resistentes (BAAR) Possuem paredes celular com grande quantidade de lipídios e por esse motivo não são facilmente coradas sendo necessário passar por um processo de descoramento por uma solução álcool-ácido, por esse motivo levam esse nome. Bacilos álcool ácido resistentes (BAAR)Bacilos álcool ácido resistentes (BAAR) Técnica de coloração – Ziehl-Neelsen Material escarro e ou cortes de tecido Apresenta coloração vermelha As bactérias dos gêneros Mycobacterium e Nocardia são ácido resistentes. Partes ópticas do microscópio Sistema de Oculares e Sistema de Objetivas – o conjunto de lentes que permitem a ampliação do objeto. A ampliação dada ao microscópio é igual ao produto da ampliação da objetiva pela ampliação da ocular. Atualmente, o microscópio óptico composto (M.O.C.) é constituído por duas partes – uma parte mecânica e uma parte óptica. Cada parte engloba uma série de componentes constituintes do microscópio DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS • Tuberculose: causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis. • Hanseníase: transmitida pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium lepra). • Difteria: provocada pelo bacilo diftérico. • Coqueluche: causada pela bactéria Bordetella pertussis. • Pneumonia bacteriana: provocada pela bactéria Streptococcus pneumoniae. • Escarlatina: provocada pelo Streptococcus pyogenes. • Tétano: causado pelo bacilo do tétano (Clostridium tetani). DOENÇAS CAUSADAS PELA BACTÉRIA • Leptospirose: causada pela Leptospira interrogans. • Gonorreia ou blenorragia: causada por uma bactéria, o gonococo (Neisseria gonorrhoeae). • Sífilis: provocada pela bactéria Treponema pallidum. • Meningite meningocócica: causada por vários agentes etiológicos: bactérias, fungos e vírus. Bactérias: Neisseria meningitidis; Haemophyllus influenze tipo b; Streptococcus pneumoniae • Cólera: doença causada pelabactéria Vibrio cholerae , o vibrião colérico. • Febre tifoide: causada pela Salmonella typhi. AssepsiasAssepsias São metodologias utilizadas para o controle, minimização ou eliminação da carga microbiana. As assepsias são: esterilização, desinfecção e As assepsias são: esterilização, desinfecção e antissepsia. A escolha da metodologia irá depender do tipo de material ou superfície, carga microbiana e do nível de criticidade do artigo. Quando ao nível de criticidade, pode ser considerado como artigo crítico, semicrítico ou não crítico. Tipologia do material clínicoTipologia do material clínico Desinfecções: A capacidade diferenciada de eliminação de MO nos procedimentos de desinfecção, faz com que possam ocorrer em forma ALTA, MÉDIA ou BAIXA. Desinfecção de alto nível • Apenas endósporos continuam viáveis Ex.: glutaraldeído. Desinfecção de nível intermediário • Maioria dos microrganismos • Endósporos bacterianos e algumas micobactérias continuam viáveis. Ex.: álcool 70% Desinfecção de baixo nível • Maioria das bactérias • Alguns vírus (envelopados) e fungos • Não inativam vírus não envelopados, micobactérias e endósporos bacterianos. Ex.:Derivados de amoníaco. Desinfecções: Processos de validação de antissépticosProcessos de validação de antissépticos As metodologias assépticas precisam, regularmente, passar por processo de validação. Um erro no procedimento ou equipamento pode comprometer a esterilidade do material e, dessa forma, comprometer o trabalho e/ou acarretar infecções. Processos de validação de antissépticosProcessos de validação de antissépticos Os principais processos de validadação asséptica são: Uso de indicadores biológicos – culturas bacterianas submetidas à autoclavação ou radiações são colocadas em novos meios de cultura, onde deverá ocorrer ausência de crescimento. Fita termocrômica – fita crepe que apresenta mudança na coloração, quando submetida à temperatura ideal de autoclavação. Teste de Bowie-Dick – uso de cartelas ou discos que avaliam a esterilização em toda a extensão da autoclave. Sensores térmicos – distribuição geométrica de sensores térmicos no interior da autoclave. Processos de validação de antissépticosProcessos de validação de antissépticos Fita termocrômica Teste de Bowie-Dick
Compartilhar