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Processo penal 1

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MIDIÃ BATISTA DOS SANTOS 
PRCESSO PENAL I 
 Aula 1 
CONCEITO DO PROCESSO PENAL
CONJUNTO DE NORMAS JURIDICAS CUJA FINALIDADE É REGULAR O MODO, MEIOS E ORGÃOS ENCARREGADOS DE PUNIR DO ESTADO, REALIZANDO-SE POR INTERMEDIO DO PODER JUDICIARIO, CONSTITUCIONALMENTE INCUBIDO DE APLICAR A LEI AO CASO CONCRETO. 
CONCUI-SE: QUE O PROCESSO PENAL SERVE PARA DAR VIDA AO DIREITO PENAL, NÃO SE PREOCUPANDO TAO SOMENTE COM O PROCESSO, MAS SIM, COM OS ORGÃOS DE PERSECUSSOES, QUAIS SEJAM, POLICIA CIVIL, MINISTERIO PUBLICO, DENTRE OUTROS. 
EXISTEM DOIS GRANDES MODELOS DO SISTEMA PROCESSUAL:
SISTEMA PROCESSUAL INQUISITIVO
O sistema inquisidor possui as seguintes características:
 a) reunião das funções: o juiz julga, acusa e defende;
 b) não existem partes – o réu é mero objeto do processo penal e não sujeito de direitos; 
c) o processo é sigiloso, isto é, é praticado longe “aos olhos do povo”;
 d) inexiste garantias constitucionais, pois se o investigado é objeto, não há que se falar em contraditório, ampla defesa, devido processo legal etc.;
 e) a confissão é a rainha das provas (prova legal e tarifação das provas); 
 f) existência de presunção de culpa? O réu é culpado até que se prove o contrário.
O juiz, gestor da prova, busca a prova para confirmar o que pensa (subjetivismo) sobre o fato (ideia pré-concebida), onde as provas colhidas são utilizadas apenas para comprovar seu pensamento. Ele irá fabricar as provas para que confirme sua convicção sobre o crime e o réu. Para tanto, utiliza-se principalmente da confissão do réu, obtida mediante tortura ou outro meio cruel, para obter as respostas que lhe convir. Em outras palavras, o julgador – representante de Deus na Terra – produz provas para confirmar o fato, utilizando-se de todos os meios – lícitos ou não (máxima de Maquiavel) – para obter a condenação do objeto da relação processual.
SISTEMA PROCESSUAL ACUSATÓRIO
Definições: 
a) as partes são as gestoras das provas;
 b) há separação das funções de acusar, julgar e defender;
 c) o processo é público, salvo exceções determinadas por lei; 
d) o réu é sujeito de direitos e não mais objeto da investigação; 
e) consequentemente, ao acusado é garantido o contraditório, a ampla defesa, o devido processo legal, e demais princípios limitadores do poder punitivo;
 f) presume-se a não culpabilidade (ou a inocência do réu); 
g) as provas não são taxativas e não possuem valores preestabelecidos.
PRINCÍPIOS 2ºaula 10/08/17
São proposições básicas que orientam a construção da legislação processual penal. 
CLASSIFICAÇÕES: 
Princípio do devido processo legal CF ART. 5º, LIV
Esse princípio, é como se fosse uma reunião de vários princípios, podendo ser analisada de duas maneiras.
- formal -> correspondendo o rito processual previsto em lei (começo, meio e fim), não basta somente a observância, ele deve ser também analisado. 
- material-> tem o objetivo de garantir durante o processo, dar máxima eficácia nos direitos fundamentais. 
 2- Principio do juiz natural art 5º LIII e XXXVII
 Saber quem vai julgar, para não ocorrer indicações casuísticas. 
Princípio do defensor natural 
Evitar indicações casuísticas do defensor. 
Princípio do contraditório ART. 5º, LV 
Direito da parte contrapor argumentos e provas da parte contraria da relação jurídica. Dando também a oportunidade da outra parte se manifestar. 
Duas espécies:
Imediato- aquele que ocorre no momento da produção de provas
Diferido- é aquele postergado/adiado. Quando a risco de ineficácia da medida ou em caso de urgência. 
 Atenção!
 Em todo processo deve sempre haver o princípio do contraditório. 
 Inquérito policial não é processo, mas sim um mero procedimento. 
Princípio da ampla defesa 
Desdobra-se em: 
Auto defesa- defesa própria do acusado
Possibilidade de ajuizamento sem intervenção de um advogado
Defesa técnica – constituído por defensor publico, dativo ou particular. 
É obrigatório a presencia de um desses acima citado. A ausência de um defensor do processo penal, leva a sua nulidade. 
Defesa plena- somente argumentos jurídicos, devendo ter uma maior preocupação com a defesa art. 497, V CPP
6-Princípio da igualdade ou da paridade de armas art 5º caput
Igualdade de oportunidades. Ex: se o juiz dá ao MP oportunidades de testemunhas, investigações, tem que dá igualmente ao defensor de igual forma. 
7-Princípio da verdade real 
O processo é um instrumento de recognação (reconstrução do passado), quando o processo ocorre, o fato já ocorreu. Exige uma maior preocupação na reconstrução do fato, para se chegar o mais próximo da verdade. Tendo o intuito de não favorecer um bandido, ou até mesmo condenar um inocente. Exceções: 
Na busca de provas, não pode violar direitos fundamentais do acusado, caso viole essas provas não serão validas. No processo penal só existe revisão penal “pro reo” 
Trata-se da reconstituição do processo já transitado e julgado. Só existindo a favor do réu. Obs. Se o MP descobre que o réu realmente era culpado e não conseguiram provar, não cabe prisão, pois descobriram depois. A lei entende que eles tem uma estrutura bem abrangente justamente para não ter erro algum. 
8- Princípio da presunção de inocência art. 5º LVII
Pode haver o início da pena mesmo antes do processo ser transitado em julgado. 09 STJ- as prisões cautelares não violam o princípio da presunção de inocência.
9-Princípio invisibilidade de provas obtidas por meios ilícitos.
São inadmissíveis as provas obtidas com decorrência de violência ou ameaça, em alguns casos é admissível a ilicitude em princípio da proporcionalidade “pro reo” ilicitude por derivação ou teoria dos frutos da arvore envenenada. 
10- Princípio da publicidade art. 5º LX
Os atos processuais em regras são públicos. Em alguns casos as regras serão restringidas. Para a preservação da intimidade, ou quando existir interesse social, podendo decretado o sigilo processual. Não incide o princípio da publicidade em caso de inquérito policial.
11- Princípio da motivação art. 93, XI CF
Toda decisão judicial deve ser motivada/fundamentada existe uma exceção em casos de tribunal do júri. 
12- Princípio da não auto incriminação NEMO TENETUR SE DETEGERE
Ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo. Ex: não é obrigado a fazer o teste do bafômetro, exames médicos, salvo se já foi descartado. 
13- Princípio da identidade física do Juiz art. 399CPP
O juiz que coletar as provas, ele mesmo deve dá a sentença.
14- Principio do duplo grau de jurisdição
Direito de submeter a reanalise de uma decisão judicial por outro órgão jurisdicional. “Direito de recorrer”. 
15- Princípio da iniciativa das partes/princípio da inercia
A jurisdição é inerte, devendo haver provocação das partes, para poder dar início ao processo.
16- Princípio da duração razoável do processo art. 5ª LXXVIII
A duração do prazo de cada processo, deve ter relevância quando o acusado estiver preso. O excesso de prazo pode levar o relaxamento da prisão, ou seja, a prisão se torna ilegal. 
17- princípio da economia processual 
Nesse princípio, deve buscar a maior efetividade do processo com a produção de menor quantidade de atos processuais. 
18- Princípio do favor rei/réu
Presume-se que o acusado é o mais débil, garantindo algumas prerrogativas ao acusado para tentar melhorar sua situação de vulnerabilidade. Pois na dúvida sempre será a favor do réu. 
19- Princípio da soberania do Tribunal do júri art. 5º XXXVIII CF
A decisão dos jurados é soberana, não podendo ser modificada através de recursos. 
 
 SUJEITOS PROCESSUAUS ART. 251 A 281 CPP Aula 3
Umarelação jurídica processual, são as devidas pessoas que intervém na relação jurídica processual de forma direta ou indireta.
Dividem-se:
Principais – são aqueles essenciais a relação jurídica processual, ou seja, sem uma delas não a relação. 
Ex: 
 JUIZ 
 
 MP defensor 
 
Juiz- sujeito processual, mas não é parte
MP – assistente de acusação – vitima
Acusado – acompanhado de um defensor público ou particular. 
 ACESSORIOS – São aqueles não essenciais a relações jurídicas processuais, que eventualmente intervém nesta relação. 
Qualidades que o juiz deve ter: 
Investidura – o ingresso na carreira de um Juiz, em regra, se dar a partir de um concurso publico 
Imparcialidade – o Juiz deve ser imparcial, deve tratar as partes igualmente.
Art. 252 a 254 CCP. 
O Juiz não pode jugar parentes que estão em linha rela ou colateral, que estejam até o 3º grau.
Exige um rol taxativo, exemplificativo – art. 253, cpp
Motivo de foro íntimo- o Juiz pode alegar que não se sente bem em continuar a ação, que será substituído por um outro juiz e o mesmo ira continuar com o processo. 
PODERES: 
ADMINISTRATIVOS – ART. 251 CPP – poder voltado a manutenção. (fora do processo)
JURISDICIONAL – são próprios da atividade jurisdicional.
Poderes meio – para que se chegue ao final do processo.
>> atos ordinários – são atos de movimentação
>> atos institórios – coleta de provas 
Poderes fim
>> atos decisórios – decisão dada pelo Juiz 
>> atos executórios – atos para dar eficácia aos atos decisórios. 
PRERROGATIVAS ART. 95 CF
Vitaliciedade – garante ao juiz, o desligamento, somente em decisões transitada em julgado.
Inamovibilidade – em regra, o juiz não pode ser removido compulsoriamente, para que possa garantir a imparcialidade. 
Irredutibilidade – o salário do juiz não pode é irredutível. 
 MINISTERIO PUBLICO AT. 128, CF
Define-se em dois: 
Ministério público da união- formado pelos procuradores da república.
MINISTERIO PUBLICO ESTADUAL – formado pelos promotores (que atoa na 1º instancia) e procuradores (atua na 2º instancia)
 FUNCOES DO MINISTERIO PUBLICO 
>> A principal função do MP é atuar no órgão acusatório, devendo ser uma parte imparcial. Art. 129, I CF. 
>> Deve ter um controle externo da atividade policial, ou seja, serve para investigar, apurar os fatos. Art. 129 VII CF
 
 PRERROGATIVAS DO MINISTERIO PUBLICO
Princípios que orientam o MP:
UNIDADE
INDIVISIBILIDADE
OBS: OS membros do mp constituem um único e indivisível, eles não apresentam instituições eles são as instituições do mp. 
Independência funcional- O membro do mp é livre nas suas convicções jurídicas, ele é independente administrativamente. 
O ACUSADO, sempre deve ter a ampla defesa.
Auto defesa- é facultativo e é o próprio acusado que se defende 
Defesa técnica- realizada por um defensor, que tem que ser obrigatória
DIREITO DE PRESENÇA (direito de audiência) - O direito de se defender pessoalmente se acha vinculado com o direito de presença (direito de estar fisicamente presente, de forma direta ou remota, o que se tornou possível por meio da videoconferência) durante todo processo, mas, sobretudo, nas audiências.
Obs. Condução coercitiva para fins de interrogatório é inconstitucional. O acusado em determinada situação pode iniciar uma ação sem intervenção de um advogado. 
CONTRADITÓRIO – É exigida pela própria estrutura dialética do processo. Art 5º IV CF
Abandono do defensor art. 265 CPP
Consequências: multa ao defensor e responsabilização administrativa perante a OAB caso não justifique seu abandono.
Caso a ausência seja justificada a audiência será adiada e o defensor será substituído.
Defensoria pública art. Art. 134 CF
União- defensores públicos da união perante a justiça Federal
Estado – defensoria pública estaduais
 FUNÇÃO DO DEFENSOR PUBLICO
Função de prestar assistência ao acusado, não importando se tem ou não condições de constituir um advogado. Caso o acusado tenha condições financeiras de constituir um advogado, o mesmo terá a obrigação de pagar os honorários ao defensor. Art. 263 P.U. 
OBS. Em casos de ações penais privadas, o defensor poderá atuar. 
 PRINCIPIOS QUE REGEM O DEFENSOR PUBLICO
UNIDADE
INDIVISIBILIDADE – os defensores não atuam em nome proprio, mas em nome da DEF. PUB.
INDEPENDECIA FUNCIONAL – Independência do defensor, a liberdade que o mesmo tem em relação as suas convicções jurídicas. 
 PRERROGATIVAS
Inamovibilidade- o DP não pode ser removido, sem o desejo de ir para outra comarca.
Intimação pessoal com carga dos atos
Prazo em dobro 
VEDAÇÕES – fazer leitura do art. 134§ 1 CF
 SUJEITOS PROCESSUAIS ACESSORIOS
Assistente de acusação- figura que pode existir nos crimes de ação penal pública. Para auxiliar o MP na função de acusado, o assistente de acusação, em regra, é vítima, caso a vítima venha a falecer, os assistentes de acusação poderá ser os familiares da vítima. Art. 31 e 268 cpp.
Obs. Duas correntes em que a vítima pode ingressar no processo criminal:
 A vítima ingressa no processo criminal, pq o mesmo tem interesse na condenação do acusado.
O interesse da vítima, não é somente buscar a condenação, mas quer tambem a imposição de uma pena justa. 
Obs. O assistente de acusação somente atua no processo, na chamada fase pre processual, NÃO ATUA. E para ser assistido no processo tera que entrar com um pedido perante o Juiz não cabe rcurso, mas cabe mandato de segurança. art. 273 CPP 
 PODERES DA ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO ART. 271 CPP
Propor meios de provas 
Pode interpor recursos desde que seja limitada
Direito de recorrer (somente em decisão de prescrição ou extinta a punibilidade)
Pode interpor ação de sentença acusatório e absolutória. Art. 598 CPP
 
 AUXILIARES DA JUSTICA ART. 277 ss
Permanentes-> São aqueles que atuam em todos os processos, auxiliando o Juiz (oficial de justiça, escrivão)
Eventuais-> são aqueles que atuam em alguns processos auxiliando o Juiz (peritos, interprete)
 
 LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO (princípio da territorialidade)
Aos processos criminais, que forem cometidos em nosso território será processado e jugado em nosso território. Não é absoluta É relativa ou mitigada. 
Exceções art. 1 CPP: 
Tratados ou convenções e regras de direito internacional 
Crimes de responsabilidade – CF 
Competência da justiça militar 
 LEI PROCESSUAL NO TEMPO
 Princípio da irretroatividade – não retroage, salvo se for para beneficiar o réu
Lei processual penal – Aplica-se de imediato. Art. 2 CPP 
Considerando-se atos praticados na vigência da lei anterior. 
NATUREZA DA NORMA- tem que saber se a lei é penal ou processual 
OBS. Normas que estão no local errado, não chamadas de normas heterotróficas normas de conteúdo material (penal) em diploma processual, ou vice-versa.
NORMA PROCESSUAL- É aquela que trata de forma ou de procedimentos dos atos processuais. Ex art. 400 CPP 
NORMA PENAL OU MATERIAL – É aquele que trata sobre direitos e garantias, bem como tratam da pretensão punitiva estatal “poder de punir” ex. art. 186 P.U 
 NORMAS HIBRIDAS OU MISTAS 
São aquelas que tem ao mesmo tempo conteúdo penal e processual art. 366 CPPP
 INQUERITO POLICIAL
Persecução criminal (persecutio criminis)
Jus puniendi – poder de punir do estado
Obs: toda vez que ocorre uma infraçãopenal, surge a obrigação do Estado processar e julgar, por órgãos competentes para que possa realizar todo o processo. Sendo assim, é o caminho percorrido pelos órgãos de persecução para INVESTIGAR, PROCSSAR E JULGAR determinada infração. 
DUAS ETAPAS:
Fase de investigação criminal – realizada pela policia
Justiça – que será provocada 
POLICIA: 
POLICIA ADM.-> não tem função investigatória, tem natureza ostensiva “busca manter a ordem social 
POLICIA JUDUIARIA -> tem natureza investigatória o papel é de apuração ao fato criminoso
OBS. Quem exerce a função de investigar é a polícia federal e policias civis do Estado. 
CONCEITO DE INQUERITO POLICIAL 
Procedimento administrativo inquisitório e preparatório, prescindindo pela autoridade policial, com o objetivo de identificar e colher elementos de informação quanto a autoridade e a materialidade da infração penal a fim de permitir que o titular da ação penal possa ingressar em juízo.
ELEMENTOS INFORMATIVOS # PROVAS 
ELEMENTOS INFORMATIVOS -> Processo inquisitivo, não se trabalha com o contraditório.
PROVAS-> São produzidas ao decorrer do processo em virtude do contraditório. Art. 155
Provas cautelares-> são aquelas obtidas ainda na fase de investigação policial que devido a uma urgência o contraditório é deferido. Ex. interceptação telefônica.
Três exceções onde os elementos informativos serão levados ao processo. 
Provas não repetíveis -> são aquelas que necessariamente são realizadas na investigação e não serão repetidas perante o processo. 
Prova antecipada-> é aquela que se dá quando há perigo de perecimento da prova. Ex. uma testemunha que está em fase terminal de uma doença ou quando exige perigo de perecimento. 
Finalidade -> buscar provas de materialidade e os elementos constitutivos, apurações das circunstancias da materialidade e de autoria circunstanciais. 
Características: É um procedimento inquisitório pois o delegado reúne a função de julgador e acusador, não cabe contraditório nem ampla defesa. 
Obs. Não há nulidade no inquérito policial, pois é inerente ao processo. 
Atos de defesa é possível na fase de inquérito policial. 
Hexaginia -> realizada fora do inquérito. Ex impetração de habeas corpus
Endógena -> realizada dentro do inquérito. Ex. o acusador ir acompanhado de um adv. Para ser ouvido. 
Inquérito policial- > é um procedimento discriminatório, quer dizer que o delegado tem a liberdade para determinar as estratégias para realizar o inquérito. Art. 6 CPP. Liberdade de atuação dentro dos limites da lei. Obs. Não se confundir com arbitrariedade, caso haja abuso poderá responder administrativamente. 
Procedimento sigiloso 
Para não prejudicar as investigações, para não expor a figura de um suspeito. Existe 2 tipos de sigilo. 
Sigilo externo -> sigilo para a sociedade
Sigilo interno -> não haverá sigilo entre as partes envolvidas. Os defensores devem ter acesso ao conteúdo do inquérito, assim, os promotores de Juízes. Sum. Vinculante 14
Obs. Somente as informações já documentadas, se houver negativa do acesso, as informações por parte do delegado para com o defensor – mandato de segurança, habeas corpus, reclamação.
Inquérito policial é dispensável – se o titular da ação tiver elementos suficientes da acusação e materialidade “apnis delicto” poderá dispensar o inquérito
Inquérito policial-> é um procedimento indispensável. Art. 17 cpp. Uma vez instaurado o inquérito ele deve ser concluído, não podendo ser arquivado. Uma vez instaurado o inquérito ele deve ser remetido ao juiz. 
O inquérito é um procedimento temporário -> tem um tempo para a sua conclusão. Art. 10 CPP. 
O Inquérito É um procedimento unidirecional -> porque se destina a uma única finalidade ao titular da ação penal. 
Obs. 
Na denúncia anônima não se pode instaurar o inquérito antes de verificar as informações. VPI (verificação de procedimento de informação).
Inqualificada -> é a denúncia anônima em casos de notícias Inqualificada, não podendo instaurar inquérito. 
Noticia crime -> ciência por parte da autoridade policial “toma conhecimento do crime” 
- > noticia do crime de cognição direta – é aquela que a ciência do crime se dá através das atividades rotineiras do delegado. (Noticia crime Inqualificada)
- > noticia crime de cog. Indireta –quando o delegado tem conhecimento do crime através de uma peca escrita.
- > noticia crime de cog coercitiva -> o delegado tem conhecimento do crime através de uma prisão em flagrante do investigado. 
Obs. 1- A portaria é o primeiro ato para determinar a instauração de inquérito. (No caso da notícia crime direto ou indireto).
Obs. 2- Em caso de prisão em flagrante é preciso levar a auto prisão em flagrante. Esse auto de prisão é o que autoriza a abertura do inquérito. 
Art. 5 § 2 CPP 
REQUISIÇÃO – É uma determinação mediante de uma requisição. O delegado tem o dever de instaurar inquérito. 
REQUERIMENTO: 
PEDIDO DO OFENDIDO 
O DELEGADO NÃO É OBRIGADO A INSTAURAR INQUERITO.
DILIGENCIAS;
Trata-se de atuação de figura judicial, normalmente da polícia, que se dá fora da repartição pública para diversos fins. O juiz, por exemplo, poderá requerer diligências a fim de formar sua convicção acerca de determinado fato que não ficou totalmente comprovado, ou para dirimir algumas dúvidas sobre algum ponto relevante do processo. É a realização de algum ato de ofício por funcionário da justiça, tais como vistorias, citações, avaliações, penhora etc. É a investigação feita fora dos cartórios.
Reprodução simulada- > art. 7 CPP. O investigado não é obrigado a participar da simulação, porém, a condução ao local é possível a forma coercitiva. 
Identificação criminal -> art. 5º § 58 CF|88 – salvo nas causas da lei 12.034|2009 art. 3ª, hipótese em que o mesmo, o indivíduo portando os documento de identificação será submetido a identificação criminal consiste na coleta digital, coleta fotográfica, material, biológica, para saber o perfil genético. 
Indiciamento -> consiste na indicação formal por parte da autoridade policial de quem ela entende ser o autor do crime. Se ao final do inquérito o delegado ao encontrar o suspeito acusado o mesmo será indiciado. Indirecionamento não vincula o titular da ação penal.
Indirecionamento direto -> é aquele que se dá na presença do investigado. 
Indirecionamento indireto -> aquele que ocorre na ausência do investigado. 
Desindiciamento-> tornar sem efeito o indiciamento quando se alega a conclusão de que determinado indivíduo não poderá mais ser investigado, poderá ser: 
Voluntario-> quando se dá pelo delegado 
Desindiciamento coacto -> quando o delegado é obrigado a desindiciar o investigado através de uma ordem judicial. 
Prazo do inquérito -> art. 10 CPP, regra geral (10 dias para o preso)
Prazo máximo de 30 dias (salvo se estiver solto) prorrogado pelo juiz no prazo que o juiz entender necessário para a conclusão. O mesmo pode ouvindo o MP prorrogar por vezes. se o investigado estiver preso é de 10 dias não podendo ser prorrogado, caso o preso precise de mais prazo terá que solta-lo. 
 Sum\66 JUSTIÇA 
LEI DE DROGAS se estiver 30 + 30 dias, seja o investigado preso ou solto.
Ao final do inquérito o delegado faz um relatório e remete ao judiciário. Art. 11	 CPP
MP recebe o inquérito
1ª caminho – oferecimento da denuncia 
2ª caminho – o MP acha que não tem elementos suficientes e mande retornar o inquérito a delegacia para fazer novas diligências. 
3ª caminho – o pedido de arquivamento quando o MP conclui que não existe cabimento para oferecer a denúncia e pede o arquivamento. Caso o juiz não concorde ira remeter ao procurador do processo geral, caso o juiz concorde o inquérito será arquivado.
Obs. A decisão de julgamento se faz coisa julgada formal “em regra” pois pode-se reabrir o inquérito. 
 Já decisão de coisa julgada material, por conta da atipicidade da conduta, não poderá ser desarquivada. 
QUANDO É POSSIVEL O DESARWQUIVAMENTO DO PROCESSO??? ART. 186 SUM 524 STF
Se surgirnovas provas, o responsável pelo desarquivamento é o MP. 
ATENÇÃO – somente é possivel o desarquivamento se o crime estiver

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