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Aula atividade 01.05.2014 (feriado)

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UNOPAR VIRTUAL 
Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos 
Disciplina: Economia e Modelos de Gestão 
Prof.(a): Mônica Maria Silva 
Aula: 04 – Teorias da Administração 
 
Aula Atividade – Aluno 
 
Orientações: 
Caro Aluno: 
O objetivo desta atividade é levar os alunos a entender a evolução da 
gestão das pessoas dentro das organizações e a relação desse aspecto com as 
Teorias da Administração. 
 
Apresentação da atividade: 
Os alunos deverão ler o texto abaixo, em grupos de no máximo 4 (quatro) 
alunos. Em seguida, deverão discutir e elaborar pareceres sobre os seguintes 
questionamentos: 
1) Identifique no texto e explique: Dentro o departamento chamado de Relações 
Industriais da Era Industrial Clássica, como as pessoas eram tratadas dentro 
das organizações? Qual era o papel das pessoas e qual a contribuição delas 
para o desempenho das empresas naquela época? 
2) Agora vamos analisar o contexto atual, dentro do seu ambiente de trabalho. 
Como você descreveria o setor relacionado às pessoas na empresa: identifica-
se mais com “relações industriais”, “recursos humanos” ou “gestão de 
pessoas”? Qual a contribuição das pessoas para o desempenho da empresa? 
Quanto a empresa valoriza o seu capital humano. 
3) Agora faça um prognóstico do futuro: Qual a tendência no futuro para as 
pessoas dentro das organizações? Serão elas dispensáveis ou irrelevantes 
para o funcionamento e o seu desempenho ou o contrário? 
 
Observações: 
Caro Aluno, 
 
 
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Não perca a oportunidade de expressar seu ponto de vista e ouvir e 
respeitar o ponto de vista de seus colegas. Peça para seu Tutor de Sala enviar 
suas dúvidas pelo Chat Atividade para que o professor possa esclarecê-las. 
 
Bom trabalho para todos!!! 
Profa. Mônica Maria Silva 
 
 
O Processo Evolutivo da Área de Recursos Humanos: o papel e as 
competências do gerente 
 
Texto extraído de: Morikoshi, E.; Periotto, A. J. Um estudo prospectivo sobre a 
educação corporativa na UNESP. Dissertação de Mestrado em Administração - 
UEM/UEL. Londrina/Maringá-Pr.: 2003. 
 
O século XX trouxe grandes mudanças e transformações que influenciaram 
as organizações, a sua administração e o seu comportamento. Segundo 
Chiavenato (1999, p. 27), “é um século que pode ainda ser definido como o século 
das burocracias ou o século das fábricas, apesar da mudança que se acelerou nas 
últimas décadas.” 
Essas mudanças também mudaram a maneira de administrar as pessoas; 
assim, o mesmo autor sugere um olhar para o século XX, através de três eras 
organizacionais sucessivas: a Era Industrial Clássica, a Era Industrial 
Neoclássica, e a Era da Informação. 
Em correspondência com as três eras organizacionais, a área de 
recursos humanos passou por três etapas distintas: relações industriais, 
recursos humanos e gestão de pessoas. 
A abordagem de cada etapa ajusta-se aos padrões de sua época, à 
mentalidade predominante e às necessidades das organizações. 
 
1 VISÃO HISTÓRICA DA ADMINISTRAÇÃO E DA ÁREA DE RECURSOS 
HUMANOS 
 
 
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O estudo da Administração, segundo Moraes (2000, p. XV), começou “no 
início do século, apesar de a prática administrativa ser muito mais antiga”, porém, 
tanto o estudo quanto a prática da administração têm provado, ao longo do tempo, 
não só a sua utilidade, mas também a sua necessidade. 
Recursos escassos, empreendimentos conjuntos e esforço organizado 
demandam a presença de um administrador, seja em organização privada ou 
governamental. 
Em suas ações, esse profissional utiliza técnicas que visam integrar 
pessoas na busca de objetivos institucionais, já que “são as ideias e a criatividade 
humana que impulsionam o mundo, fazendo a história” (MORAES, 2000, p. XV). 
Na concepção de Maximiano (2000, p. 27), os administradores, ou 
gerentes, “são as pessoas que tomam decisões de administração. Podem ser 
indivíduos (como um presidente de empresa) ou grupos (como a assembleia de 
acionista que nomeia esse mesmo presidente)”. O autor acrescenta ainda que 
todas as pessoas que administram sistemas de recursos e objetivos são 
administradores (ou gerentes) e, como as ações do Administrador (ou gerente) 
acontecem através de pessoas, elas então “ocupam posição primordial nos 
negócios de todas as organizações”. 
O pensamento e as práticas administrativas evoluem provocando 
transformações não só na estrutura administrativa da organização, mas também 
em sua cultura. Essas alterações são promovidas através das ações das pessoas 
que compõem a organização, uma vez que elas tomam decisões, compartilham o 
processo decisório com outras pessoas ou são afetadas pelas decisões que 
outras tomam (ROBBINS, 2000). 
 
1.1 ERA INDUSTRIAL CLÁSSICA 
 
A Revolução Industrial teve um significado profundo para o surgimento da 
Administração, considerado pelos historiadores como um marco histórico da 
transformação de uma economia agrária, predominantemente artesanal na forma 
 
 
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de produção, para uma economia industrial com sistemas operacionais 
mecanizados. A Revolução Industrial teve início na Inglaterra, no século XVIII, e 
então se difundiu para os países da Europa continental, transformando a vida do 
homem ocidental e seu relacionamento com o resto do mundo. Dessa forma, nas 
fábricas, havia de um lado o empregador, que fornecia o equipamento e 
supervisionava o seu uso e, de outro lado, o trabalhador, reduzido a condição de 
operário. Isso sugeria uma relação funcional de supervisão e disciplina do 
trabalhador (BATEMAN; SNELL, 1998; MONTANA; CHARNOV, 2001; MORAES, 
2000). 
Em 1900, dentro desse contexto, surge a Administração Científica, por 
Frederick Winslow Taylor, nos Estados Unidos, que buscava melhorar a 
eficiência do trabalhador, fazendo uso do estudo de tempos e movimentos e de 
um sistema de pagamento por peça produzida. Um pouco mais tarde, em 1916, 
surge, na Europa, a Teoria Clássica da Administração, por Henri Fayol, 
também conhecida como Gestão Administrativa, que identificava as funções do 
administrador (planejamento, organização, comando, coordenação e 
controle), e os princípios gerais de administração, aplicáveis a todas as 
organizações (CHIAVENATO, 1983). 
Na década de 20, após a Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos 
firmaram-se como potência, “reafirmando os pressupostos democráticos, base 
principal da sociedade americana, enquanto, em outros países, o liberalismo 
econômico passa a ser substituído por uma crescente interferência do Estado na 
economia” (MORAES, 2000, p. 4). 
A preocupação com a eficiência nas organizações aumentou, na Grande 
Depressão de 1929, o que provocou uma reavaliação dos princípios de 
administração até então totalmente aceitos pelo seu caráter dogmático e 
prescritivo. 
 
A partir do final da década de 30, as empresas crescem e se tornam 
mais complexas, exigindo modelos organizacionais mais bem adaptados a 
 
 
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essa nova realidade. Era um período de transição dos velhos paradigmas da 
Teoria Clássica da Administração. Paragrafo inserido por Januzzi, U. A. (2012) 
 
Mesmo depois de duas guerras mundiais, predominou, nessa era, um 
ambiente empresarial, descrito por Chiavenato (2000, p. 33), como sendo 
 
estável, previsível, tranquilo, exigindo uma postura de permanência e 
de definição das organizações. Nas décadas iniciais desse período, 
prevaleceram as três abordagens tradicionais da administração: a 
AdministraçãoCientífica, que enfatizava as tarefas no nível do 
operário, a Teoria Clássica, e o Modelo Burocrático, que valorizava a 
estrutura organizacional. 
 
Nesse contexto, a cultura organizacional predominante era voltada para o 
passado e para a conservação das tradições e valores tradicionais. Dessa forma, 
as pessoas eram consideradas recursos de produção, juntamente com outros 
recursos da organização, tais como máquinas, equipamentos e capital. 
Na Industrialização Clássica, surgem os antigos departamentos de 
pessoal e, posteriormente, os departamentos de relações industriais. Cabia ao 
departamento de pessoal cumprir as exigências legais com respeito ao emprego 
(admissão através de contrato individual, anotação em carteira de trabalho, 
contagem das horas trabalhadas para efeito de pagamento etc.). Ao departamento 
de relações industriais foram acrescidas outras tarefas, como o relacionamento 
da organização com os sindicatos e a coordenação interna com os demais 
departamentos, para enfrentar problemas sindicais de conteúdo reivindicatório. 
Estes departamentos tinham suas atividades restritas à operacionalização e à 
burocracia, recebendo instruções da cúpula quanto aos procedimentos a serem 
adotados. As pessoas eram consideradas “apêndices das máquinas e meras 
fornecedoras de esforço físico e muscular, predominando o conceito de mão de 
obra” (CHIAVENATO, 1999, p. 34). 
Durante a Era Industrial Clássica, sob a ótica do taylorismo-fordismo, as 
organizações criaram áreas de treinamento vinculadas ao departamento de 
pessoal, que propiciavam oportunidades de treinamento através de programas de 
 
 
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formação, qualificação, desenvolvimento e aperfeiçoamento para que os 
trabalhadores adquirissem as habilidades, e os conhecimentos essenciais ao 
desempenho do cargo. 
Após duas guerras mundiais e um período de profunda depressão 
econômica, os preceitos organizacionais do mundo corporativo 
amadureceram e passaram a exigir quebra dos paradigmas da era industrial 
clássica. Era o preludio para uma nova abordagem organizacional, a 
Abordagem Neoclássica. Nessa trajetória evolutiva sofrendo fortes 
influencias da globalização, nos deparamos hoje às portas de uma nova era 
industrial, a Era da Informação e do Conhecimento. Paragrafo inserido por 
Januzzi, U. A. (2012) 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
BATEMAN, T. S.; SNELL, S. A. Administração: construindo vantagem 
competitiva. Tradução de Celso A. Romoli. São Paulo: Atlas, 1998. 
 
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. São Paulo: 
McGraw-Hill do Brasil, 1983. 
 
______. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas 
organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999. 
 
MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da administração: da escola científica à 
competitividade na economia globalizada. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000. 
 
MONTANA, P. J.; CHARNOV, B. H. Administração. Tradução de Robert Brian 
Taylor. São Paulo: Saraiva, 2001. 
 
MORAES, A. M. P. Iniciação ao estudo da administração. São Paulo: MAKRON 
Books, 2000. 
 
ROBBINS, S. Administração: mudanças e perspectivas. Tradução de Cid Knipel 
Moreira. São Paulo: Saraiva, 2000.

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