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UNOPAR VIRTUAL Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos Disciplina: Economia e Modelos de Gestão Prof.(a): Mônica Maria Silva Aula: 04 – Teorias da Administração Aula Atividade – Aluno Orientações: Caro Aluno: O objetivo desta atividade é levar os alunos a entender a evolução da gestão das pessoas dentro das organizações e a relação desse aspecto com as Teorias da Administração. Apresentação da atividade: Os alunos deverão ler o texto abaixo, em grupos de no máximo 4 (quatro) alunos. Em seguida, deverão discutir e elaborar pareceres sobre os seguintes questionamentos: 1) Identifique no texto e explique: Dentro o departamento chamado de Relações Industriais da Era Industrial Clássica, como as pessoas eram tratadas dentro das organizações? Qual era o papel das pessoas e qual a contribuição delas para o desempenho das empresas naquela época? 2) Agora vamos analisar o contexto atual, dentro do seu ambiente de trabalho. Como você descreveria o setor relacionado às pessoas na empresa: identifica- se mais com “relações industriais”, “recursos humanos” ou “gestão de pessoas”? Qual a contribuição das pessoas para o desempenho da empresa? Quanto a empresa valoriza o seu capital humano. 3) Agora faça um prognóstico do futuro: Qual a tendência no futuro para as pessoas dentro das organizações? Serão elas dispensáveis ou irrelevantes para o funcionamento e o seu desempenho ou o contrário? Observações: Caro Aluno, UNOPAR VIRTUAL Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos Não perca a oportunidade de expressar seu ponto de vista e ouvir e respeitar o ponto de vista de seus colegas. Peça para seu Tutor de Sala enviar suas dúvidas pelo Chat Atividade para que o professor possa esclarecê-las. Bom trabalho para todos!!! Profa. Mônica Maria Silva O Processo Evolutivo da Área de Recursos Humanos: o papel e as competências do gerente Texto extraído de: Morikoshi, E.; Periotto, A. J. Um estudo prospectivo sobre a educação corporativa na UNESP. Dissertação de Mestrado em Administração - UEM/UEL. Londrina/Maringá-Pr.: 2003. O século XX trouxe grandes mudanças e transformações que influenciaram as organizações, a sua administração e o seu comportamento. Segundo Chiavenato (1999, p. 27), “é um século que pode ainda ser definido como o século das burocracias ou o século das fábricas, apesar da mudança que se acelerou nas últimas décadas.” Essas mudanças também mudaram a maneira de administrar as pessoas; assim, o mesmo autor sugere um olhar para o século XX, através de três eras organizacionais sucessivas: a Era Industrial Clássica, a Era Industrial Neoclássica, e a Era da Informação. Em correspondência com as três eras organizacionais, a área de recursos humanos passou por três etapas distintas: relações industriais, recursos humanos e gestão de pessoas. A abordagem de cada etapa ajusta-se aos padrões de sua época, à mentalidade predominante e às necessidades das organizações. 1 VISÃO HISTÓRICA DA ADMINISTRAÇÃO E DA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS UNOPAR VIRTUAL Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos O estudo da Administração, segundo Moraes (2000, p. XV), começou “no início do século, apesar de a prática administrativa ser muito mais antiga”, porém, tanto o estudo quanto a prática da administração têm provado, ao longo do tempo, não só a sua utilidade, mas também a sua necessidade. Recursos escassos, empreendimentos conjuntos e esforço organizado demandam a presença de um administrador, seja em organização privada ou governamental. Em suas ações, esse profissional utiliza técnicas que visam integrar pessoas na busca de objetivos institucionais, já que “são as ideias e a criatividade humana que impulsionam o mundo, fazendo a história” (MORAES, 2000, p. XV). Na concepção de Maximiano (2000, p. 27), os administradores, ou gerentes, “são as pessoas que tomam decisões de administração. Podem ser indivíduos (como um presidente de empresa) ou grupos (como a assembleia de acionista que nomeia esse mesmo presidente)”. O autor acrescenta ainda que todas as pessoas que administram sistemas de recursos e objetivos são administradores (ou gerentes) e, como as ações do Administrador (ou gerente) acontecem através de pessoas, elas então “ocupam posição primordial nos negócios de todas as organizações”. O pensamento e as práticas administrativas evoluem provocando transformações não só na estrutura administrativa da organização, mas também em sua cultura. Essas alterações são promovidas através das ações das pessoas que compõem a organização, uma vez que elas tomam decisões, compartilham o processo decisório com outras pessoas ou são afetadas pelas decisões que outras tomam (ROBBINS, 2000). 1.1 ERA INDUSTRIAL CLÁSSICA A Revolução Industrial teve um significado profundo para o surgimento da Administração, considerado pelos historiadores como um marco histórico da transformação de uma economia agrária, predominantemente artesanal na forma UNOPAR VIRTUAL Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos de produção, para uma economia industrial com sistemas operacionais mecanizados. A Revolução Industrial teve início na Inglaterra, no século XVIII, e então se difundiu para os países da Europa continental, transformando a vida do homem ocidental e seu relacionamento com o resto do mundo. Dessa forma, nas fábricas, havia de um lado o empregador, que fornecia o equipamento e supervisionava o seu uso e, de outro lado, o trabalhador, reduzido a condição de operário. Isso sugeria uma relação funcional de supervisão e disciplina do trabalhador (BATEMAN; SNELL, 1998; MONTANA; CHARNOV, 2001; MORAES, 2000). Em 1900, dentro desse contexto, surge a Administração Científica, por Frederick Winslow Taylor, nos Estados Unidos, que buscava melhorar a eficiência do trabalhador, fazendo uso do estudo de tempos e movimentos e de um sistema de pagamento por peça produzida. Um pouco mais tarde, em 1916, surge, na Europa, a Teoria Clássica da Administração, por Henri Fayol, também conhecida como Gestão Administrativa, que identificava as funções do administrador (planejamento, organização, comando, coordenação e controle), e os princípios gerais de administração, aplicáveis a todas as organizações (CHIAVENATO, 1983). Na década de 20, após a Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos firmaram-se como potência, “reafirmando os pressupostos democráticos, base principal da sociedade americana, enquanto, em outros países, o liberalismo econômico passa a ser substituído por uma crescente interferência do Estado na economia” (MORAES, 2000, p. 4). A preocupação com a eficiência nas organizações aumentou, na Grande Depressão de 1929, o que provocou uma reavaliação dos princípios de administração até então totalmente aceitos pelo seu caráter dogmático e prescritivo. A partir do final da década de 30, as empresas crescem e se tornam mais complexas, exigindo modelos organizacionais mais bem adaptados a UNOPAR VIRTUAL Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos essa nova realidade. Era um período de transição dos velhos paradigmas da Teoria Clássica da Administração. Paragrafo inserido por Januzzi, U. A. (2012) Mesmo depois de duas guerras mundiais, predominou, nessa era, um ambiente empresarial, descrito por Chiavenato (2000, p. 33), como sendo estável, previsível, tranquilo, exigindo uma postura de permanência e de definição das organizações. Nas décadas iniciais desse período, prevaleceram as três abordagens tradicionais da administração: a AdministraçãoCientífica, que enfatizava as tarefas no nível do operário, a Teoria Clássica, e o Modelo Burocrático, que valorizava a estrutura organizacional. Nesse contexto, a cultura organizacional predominante era voltada para o passado e para a conservação das tradições e valores tradicionais. Dessa forma, as pessoas eram consideradas recursos de produção, juntamente com outros recursos da organização, tais como máquinas, equipamentos e capital. Na Industrialização Clássica, surgem os antigos departamentos de pessoal e, posteriormente, os departamentos de relações industriais. Cabia ao departamento de pessoal cumprir as exigências legais com respeito ao emprego (admissão através de contrato individual, anotação em carteira de trabalho, contagem das horas trabalhadas para efeito de pagamento etc.). Ao departamento de relações industriais foram acrescidas outras tarefas, como o relacionamento da organização com os sindicatos e a coordenação interna com os demais departamentos, para enfrentar problemas sindicais de conteúdo reivindicatório. Estes departamentos tinham suas atividades restritas à operacionalização e à burocracia, recebendo instruções da cúpula quanto aos procedimentos a serem adotados. As pessoas eram consideradas “apêndices das máquinas e meras fornecedoras de esforço físico e muscular, predominando o conceito de mão de obra” (CHIAVENATO, 1999, p. 34). Durante a Era Industrial Clássica, sob a ótica do taylorismo-fordismo, as organizações criaram áreas de treinamento vinculadas ao departamento de pessoal, que propiciavam oportunidades de treinamento através de programas de UNOPAR VIRTUAL Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos formação, qualificação, desenvolvimento e aperfeiçoamento para que os trabalhadores adquirissem as habilidades, e os conhecimentos essenciais ao desempenho do cargo. Após duas guerras mundiais e um período de profunda depressão econômica, os preceitos organizacionais do mundo corporativo amadureceram e passaram a exigir quebra dos paradigmas da era industrial clássica. Era o preludio para uma nova abordagem organizacional, a Abordagem Neoclássica. Nessa trajetória evolutiva sofrendo fortes influencias da globalização, nos deparamos hoje às portas de uma nova era industrial, a Era da Informação e do Conhecimento. Paragrafo inserido por Januzzi, U. A. (2012) REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BATEMAN, T. S.; SNELL, S. A. Administração: construindo vantagem competitiva. Tradução de Celso A. Romoli. São Paulo: Atlas, 1998. CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1983. ______. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999. MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da administração: da escola científica à competitividade na economia globalizada. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000. MONTANA, P. J.; CHARNOV, B. H. Administração. Tradução de Robert Brian Taylor. São Paulo: Saraiva, 2001. MORAES, A. M. P. Iniciação ao estudo da administração. São Paulo: MAKRON Books, 2000. ROBBINS, S. Administração: mudanças e perspectivas. Tradução de Cid Knipel Moreira. São Paulo: Saraiva, 2000.
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