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caso concreto ciencias politica 5

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Esta é uma aula que pode despertar grande interesse em razão das atuais discussões que o tema vem despertando. Neste sentido, para mostrar a importância da temática, valeria a pena (e trata-se, como sempre, de uma mera sugestão) iniciar a Aula 10 com a leitura da reportagem na “Articulação teoria e prática”, a fim de situar o discente no contexto do que será apresentado. Tendo em vista que já foi tratada a questão da separação entre poderes, esta será uma ótima oportunidade para mostrar que pode haver, no processo de divisão de funções do Estado, maneiras diversas de relação entre os poderes (principalmente entre Executivo e Legislativo), dependendo do sistema de governo adotado.
 Aliás, a ideia de configurar como se dá a relação de poderes também estará presente no momento em que se for tratar, mais adiante, das novas perspectivas neoconstitucionais, quando a discussão será em torno da delimitação entre os espaços ocupados pelos Poderes Legislativo e Judiciário em uma ordem democrática. De toda forma, vale a pena ressaltar que os diversos modelos podem configurar formas específicas de organizar a relação entre os três Poderes, não havendo um modelo fixo “oficial”. Nesta linha, mais uma oportunidade para que mostremos que os modelos teóricos são meros nortes e que a realidade específica de cada Estado, mesmo que fundamentadas nestes parâmetros, jamais se enquadrará no exatos limites propostos pelas teorias.
 Outra análise que nos parece importante enfocar com maior cuidado é a da divisão de funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo que no Presidencialismo é concentrada em uma única pessoa (Presidente da República) e no Parlamentarismo é exercido por pessoas diversas. Esta é mais uma maneira de apontar para o papel reforçado do Presidente em um sistema presidencialista, esclarecendo, todavia, que a divisão de atribuição entre o Chefe de Estado e o Chefe de Governo no sistema parlamentarista também não seguem uma regra fixa. Na verdade, diferenciam-se de Estado para Estado, configurando-se de acordo com o estabelecido por cada uma de suas constituições. Como sabemos, os nossos alunos possuem especial dificuldade de entender os mecanismos de funcionamento do sistema parlamentarista. Neste sentido, a proposta é que se proceda a explicação sempre de forma correlata e comparativa com o sistema presidencialista, o que, entendemos, facilita sobremaneira o processo de compreensão das características e, principalmente, das diferenças entre os dois sistemas.
O governo Parlamentarista é um sistema que possui as seguintes as 
características: as relações entre os Poderes Legislativo e Executivo se 
estabelecem em nível mais flexível, sendo este último um órgão colegiado 
liderado pelo Primeiro-Ministro, que tem responsabilidade ministerial perante o 
Parlamento (princípio da responsabilidade do governo perante o parlamento); o 
Primeiro-Ministro não possui tempo de mandato definido expressamente pela 
Constituição, pois, sua duração depende do apoio da maioria parlamentar, 
sendo que se ausentando esta dá-se a dissolução do parlamento com a 
convocação de eleições gerais. 
Já o governo Presidencialista Presidencialismo tem as seguintes características: 
o Presidente da República é, a um só tempo, Chefe de Estado (função de 
representação e vínculo moral do Estado) e Chefe de Governo (direção do poder 
executivo); o Poder Executivo é unipessoal, sendo que o poder presidencial 
deriva da própria nação; o mandato presidencial tem prazo determinado; o 
Presidente da República, com seu poder de veto possui participação efetiva no 
processo de elaboração das leis; é um sistema típico das repúblicas; a 
separação entre os poderes executivo, legislativo e judiciário é rígida, embora 
estes poderes busquem manter a harmonia entre si. 
No sistema parlamentarista, as relações entre os Poderes Legislativo e 
Executivo se estabelecem em nível mais flexível, vez que não há uma separação 
rígida dos poderes. Já no sistema presidencialista, sendo o Poder Executivo 
unipessoal, é observável uma demarcação mais rígida entre os espaços de 
atuação dos Poderes Executivo e Legislativo.

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