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3.2 Semiologia do Sistema Respiratório Inspeção

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Semiologia do Sistema Respiratório
Curso de Graduação em Fisioterapia
Disciplina: Fisioterapia Respiratória
Professora Aline Ramos
1) Inspeção
Divide-se em estática e dinâmica
Deve ser feita com o paciente despido até a cintura
Exame anterior: Decúbito dorsal
Exame posterior: Sentado ou em Posição Anatômica / MMSS cruzados sobre o peito com mãos sobre os ombros (afastamento parcial das escápulas dos campos pulmonares). 
Paciente acamado: análise nos 2 decúbitos laterais
1) Inspeção – Regiões do Tórax
Linhas de delimitação torácicas:
Esternal (margens laterais do esterno)
Escapular (Trajeto vertical pelo ponto médio da clavícula)
Vertebral (processos transversos das vértebras torácicas)
Axilar anterior (vertical a partir da prega axilar anterior)
Axilar média (a partir do ponto mais profundo da axila)
Axilar posterior (vertical a partir da prega axilar posterior)
Fonte: https://pt.slideshare.net/JuciVasconcelos/cpia-de-semiologia-do-trax
Fonte: https://pt.slideshare.net/JuciVasconcelos/cpia-de-semiologia-do-trax
Fonte: https://pt.slideshare.net/JuciVasconcelos/cpia-de-semiologia-do-trax
1) Inspeção – Regiões do Tórax
FACE ANTERIOR:
Esternal (linhas esternais laterais)
Supraesternal (acima da esternal)
Supraclavicular
Infraclavicular
Mamária (Sup: linha da 3ª articulação condroesternal; Inf: Linha esternal; Lat: Linha axilar anterior)
Inframamária (Sup: linha da 6ª articulação condroesternal; Inf: borda costal; Lat: linha axilar anterior)
Fonte: Universidade Federal do Triângulo Mineiro - http://slideplayer.com.br/slide/2533202/ 
Fonte: https://pt.slideshare.net/JuciVasconcelos/cpia-de-semiologia-do-trax
1) Inspeção – Regiões do Tórax
FACE POSTERIOR:
Escapular (área de cada escápula)
Interescapulovertebral (entre as linhas vertebral e escapular, superior e inferiormente delimitadas pelas linhas das bordas sup. e inf. das escápulas)
Infraescapular (Sup: linha da borda inferior da escápula; Inf: borda costal; Med: linha vertebral; Lat: linha axilar posterior)
Supraclavicular
Fonte: https://pt.slideshare.net/JuciVasconcelos/cpia-de-semiologia-do-trax
Fonte: Universidade Federal do Triângulo Mineiro - http://slideplayer.com.br/slide/2533202/ 
1) Inspeção – Regiões do Tórax
FACE LATERAL:
Axilar (Lat: linhas axilares anterior e posterior; Sup: côncavo axilar; Inf: linha da 6ª articulação condroesternal)
Infra-axilar: Lat: linhas axilares anterior e posterior; Sup: linha da 6ª articulação condroesternal; Inf: borda costal)
Fonte: https://pt.slideshare.net/JuciVasconcelos/cpia-de-semiologia-do-trax
1.1) Inspeção Estática
Forma do tórax e suas anormalidades
Localizadas ou difusas
Simétricas ou assimétricas
Exame tegumentar, subcutâneo, muscular, ósseo e articular
Pele: erupções cutâneas, placas de eczema, placas de ptiríase, etc.
Cicatrizes
Fístulas e suas localizações
Circulação venosa colateral
Edema
Atrofias musculares
Alterações ósseas e articulares
1.1) Inspeção Estática
Formas do Tórax
Verificar forma e simetria dorsal e ventral: um lado usado para comparação com o outro.
Tórax Normal:
Forma varia com o biotipo:
Normolíneos: simétrico, regularmente arqueado, com diâmetro anteroposterior menor do que o transverso (2x o valor do primeiro).
Brevilíneos: diâmetro vertical mais curto, tórax assume forma inspiratória.
Longilíneos: tórax mais longo do que nos normolíneos, assume a forma expiratória.
Padrões normais de tórax
1.1) Inspeção Estática
Deformidades do tórax:
Tórax chato ou plano: longo e estreito, com grande redução do diâmetro anteroposterior, sobretudo na parte superior da caixa torácica. Pode ser encontrado em indivíduos caquéticos e em algumas distrofias musculares progressivas.
1.1) Inspeção Estática
Deformidades do tórax:
Tórax em tonel, barril, globoso ou enfisematoso: aumento exagerado do diâmetro anteroposterior, maior horizontalização dos arcos costais e abaulamento da coluna dorsal, o que o torna mais curto. Encontrado em enfisematosos, mas pode acompanhar o envelhecimento gradual.
1.1) Inspeção Estática
Deformidades do tórax:
Tórax cifótico: acentuação da curvatura da coluna dorsal, formando uma gibosidade. Pode ter origem congênita ou adquirida por hábitos posturais. A tuberculose óssea, a osteomielite ou a neoplasia óssea também podem ser responsáveis por essa deformidade.
1.1) Inspeção Estática
Deformidades do tórax:
Tórax escoliótico: a coluna vertebral desvia-se lateralmente e as dimensões da caixa torácica encurtam-se do lado da convexidade.
Tórax cifoescoliótico: além da cifose, apresenta desvio da coluna para um lado (escoliose)
1.1) Inspeção Estática
Deformidades do tórax:
Tórax infundibuliforme ou de sapateiro (pectus escavatum): ocorre uma depressão na porção inferior do esterno e da região epigástrica. Em geral, é de origem congênita. Quando adquirida, a depressão limita-se à extremidade inferior do esterno ou ao processo xifóide. É de origem mecânica ou compressiva.
1.1) Inspeção Estática
Deformidades do tórax:
Tórax de pombo ou em quilha (pectus carinatum): o esterno é proeminente e as costelas horizontalizadas, resultando em um tórax semelhante ao das aves ou à quilha de um navio. Pode ser de origem congênita, associado a malformações cardíacas, ou adquirido devido a raquitismo na infância.
1.1) Inspeção Estática
Deformidades do tórax:
Tórax raquítico: 3 alterações podem ser encontradas, mas nem sempre simultaneamente: rosário raquítico (saliências ósseas nas junções costocondrais), sulco de Harrison (devido à redução das curvaturas das articulações costocondrais) e depressão horizontal na porção inferior do tórax (inserção do diafragma às costelas).
1.1) Inspeção Estática
Deformidades do tórax:
Tórax piriforme: largo e distendido no terço superior, estreito e achatado nos 2/3 inferiores.
Tórax cônico ou em sino: parte inferior exageradamente alargada, lembrando um tronco de cone ou um sino. Encontrado em hepatomegalias e ascites volumosas.
1.1) Inspeção Estática
Deformidades do tórax:
Deformidades unilaterais: abaulamentos (distensão total de um hemitórax secundário a grande derrame pleural líquido, grande pneumotórax, neoplasias de pulmão ou pleura) ou retrações (processos que reduzem o parênquima pulmonar – atelectasias por obstrução, derrames pleurais sero-hemorrágicos ou purulentos com compressão do parênquima e atelectasia).
Deformidades localizadas: abaulamentos (derrames pleurais líquidos ou pneumotórax encistado, tumores de pleura ou pulmão, aneurismas da aorta e epiema) ou retrações (mais comuns nas fossas supra e infraclaviculares, associadas a retrações dos lobos superiores).
1.2) Inspeção dinâmica
Tipos respiratórios:
Observar movimentação do tórax e do abdome, identificando onde os movimentos são mais amplos.
Respiração torácica ou costal: predominante em pessoas sadias, em posição ortostática ou sentada – movimentação predominante da caixa torácica.
Respiração diafragmática: predominante em posição deitada, onde prevalece a movimentação da metade inferior do tórax e parte superior do abdome.
1.2) Inspeção dinâmica
Tipos respiratórios:
Em respiração basal, os movimentos do gradil costal são de baixa amplitude. A expansão da porção superior não é visível, mas a parte inferior movimenta-se nitidamente para fora e para cima. Associado, ocorre expansão do abdome (descida do diafragma). 
Expansão exuberante do gradil costal durante a inspiração é anormal, principalmente se associada a movimento toracoabdominal assincrônico.
Depressão da parede abdominal durante a inspiração caracteriza respiração paradoxal, indicativa de fadiga diafragmática.
1.2) Inspeção dinâmica
Tipos respiratórios:
Expansibilidade deve ser normal entre os dois lados do tórax. Doenças que acometam apenas um lado do gradil (parede torácica, musculatura, pleura ou pulmão) podem ser percebidas pela assimetria dos movimentos torácicos ventilatórios.
A assimetria
é mais facilmente reconhecida na inspiração profunda. O hemitórax comprometido move-se menos. 
O aumento do trabalho respiratório geralmente resulta em uso dos músculos acessórios da respiração (ECM, trapézio, peitorais e serrátil).
1.2) Inspeção dinâmica
Retrações torácicas inspiratórias
Tiragem: retração inspiratória dos espaços intercostais, das regiões supraesternal e supraclaviculares, durante toda a inspiração (não somente no início do processo). Indica dificuldade na expansão pulmonar, o que resulta em pressão intrapleural extremamente negativa que ocasiona a retração. Pode ocorrer por obstrução brônquica regional (unilateral) ou traqueal ou laríngea, ou por redução da complacência pulmonar (bilateral). Deve ser observada no ato respiratório espontâneo.
1.2) Inspeção dinâmica
Retrações torácicas inspiratórias
Sinal de Hoover: observado em pacientes portadores de hiperinsuflação pulmonar grave – o diafragma se mantem retificado e rebaixado. Durante a inspiração, ou em seu final, a contração das fibras diafragmáticas promove, paradoxalmente, diminuição do diâmetro transverso do tórax inferior. Observa-se, assim, retração do terço inferior do tórax, e não expansão. Não há correlação desse sinal com a gravidade da obstrução brônquica.
1.2) Inspeção dinâmica
Frequência Respiratória:
Recomenda-se a verificação em repouso, preferencialmente em decúbito dorsal e da forma mais discreta possível, para diminuir risco de modificação voluntária pelo paciente.
Método recomendado: contagem dos movimentos respiratórios, enquanto se confere o pulso periférico. Deve ser contado por, pelo menos, 30 segundos.
FR normal: 14 a 20 incursões por minuto (irpm).
1.2) Inspeção dinâmica
Frequência Respiratória:
Alterações da FR:
Bradipneia: redução da FR
Taquipneia: aumento da FR
Hiperpneia: aumento do VC
Hipopneia: redução do VC
Polipneia: aumento do VC e FR
Oligopneia: redução do VC e FR
Apneia: parada da respiração.
1.2) Inspeção dinâmica
Frequência Respiratória:
De modo geral, o aumento da FR e/ou VC ocorre por:
Acidose metabólica
Lesões do SNC (Ponte)
Ansiedade
Intoxicação por AAS
Hipoxemia
Dor
1.2) Inspeção dinâmica
Frequência Respiratória:
Por outro lado, a redução da FR e/ou VC pode indicar:
Alcalose metabólica
Lesões do SNC (Cérebro)
Miopatias
Intoxicação por narcóticos
Obesidade acentuada
1.2) Inspeção dinâmica
Ritmo respiratório
A inspiração dura quase o mesmo tempo da expiração, ambos movimentos com a mesma amplitude, intercalados por breves pausas. Mudanças nessas características indicam padrão respiratório anormal.
1.2) Inspeção dinâmica
Ritmo respiratório – Padrões anormais:
Respiração de Kussmaul: 4 fases – inspiração, apneia em inspiração, expiração e apneia em expiração. Acidose é a principal causa.
Respiração de Biot: apneia seguida de movimentos inspiratórios e expiratórios anárquicos quanto a ritmo e amplitude. Relacionada a hipertensão craniana, lesões do SNC (tronco cerebral) e coma induzido por fármacos.
1.2) Inspeção dinâmica
Ritmo respiratório – Padrões anormais:
Respiração de Cheyne-Stokes: fase de apneia seguida de incursões inspiratórias cada vez mais profundas até um nível máximo, a partir do qual há posterior decréscimo progressivo, até nova pausa. Pode ocorrer durante o sono de idosos e crianças. Causas mais frequentes são ICC grave, doença cerebral ou encefalopatia por fármacos.
1.2) Inspeção dinâmica
Ritmo respiratório – Padrões anormais:
Respiração suspirosa: série de movimentos inspiratórios de amplitude crescente, seguidos de expiração rápida e breve. Os movimentos respiratórios normais também podem ser interrompidos por suspiros isolados ou agrupados. Normalmente reflete tensão emocional.
Resumo de Inspeção
Nas principais síndromes pulmonares, as seguintes alterações podem ser observadas na inspeção:
Redução da movimentação do hemitórax do lado da lesão: consolidação pulmonar, pneumotórax, derrame pleural e atelectasia
Desvio da traqueia para lado contrário ao da lesão e abaulamento dos espaços intercostais do lado da lesão: pneumotórax e volumoso derrame pleural.
Desvio da traqueia para o lado da lesão e retração dos espaços intercostais do mesmo lado: atelectasia
Tórax em tonel ou enfisematoso: DPO.

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