Buscar

Curso exames laboratoriais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INTERPRETAÇÃO DE 
EXAMES LABORATORIAIS NA 
VIVÊNCIA CLÍNICA DO 
NUTRICIONISTA 
 
KARLA JEANE S. M. DANTAS 
NUTRICIONISTA CLÍNICA – UFRN E UnP 
ESTUDANTE DE MEDICINA - UFRN 
 
 REGULAMENTAÇÃO DA 
SOLICITAÇÃO DE EXAMES 
LABORATORIAIS PELO 
NUTRICIONISTA 
 
 Lei Federal nº. 8.234/1991, art. 4º, 
Inciso VIII. 
I - HEMOGRAMA 
 CONCEITO 
Série de testes efetuados em amostra de sangue 
periférico, fornecendo inúmeras informações 
sobre o sistema hematológico e muitos outros 
sistemas orgânicos. PAGANA, 1998 
 VANTAGENS 
◦ Baixo custo. 
◦ Fácil execução. 
◦ Pouco invasivo. 
 COMPOSIÇÃO 
◦ Contagem de eritrócitos 
◦ Hemoglobina e 
◦ Hematócrito. 
◦ Índices hemantimétricos 
 Volume corpuscular médio - VCM 
 Hemog. Corpusc. Média - HCM 
 Concentração de hemoglobina corpuscular 
média – CHCM 
◦ Leucograma 
 Neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e 
basófilos. 
◦ Contagem de plaquetas 
 
 
A. CONTAGEM DE ERITRÓCITOS 
 Indicação 
◦ Ligada à hemoglobina e ao hematócrito - avaliação de 
número de eritrócitos no sangue. 
◦ Pacientes com anemia ou sangramento. 
 Importante 
◦ Pac. renal – deficiência de eritropoietina – queda. 
◦ Sobrevida de 120 dias. 
◦ Variável com o sexo e a idade. 
◦ Redução de mais de 10% - anemia 
 Hemorragia, hemólise, deficiência dietética, anemia 
falciforme, doenças crônicas: DPOC; NEOPLASIAS 
 Referência 
◦ Homens - 4,6 a 6,2 milhões de hemácias/ml de sangue 
◦ Mulheres: 4,2 a 5,4 milhões de hemácias/ml de sangue 
 
 
 
• Acima do normal 
◦ Grandes altitudes, Cardiopatias congênitas – 
hipóxia, policitemia. 
• Fatores de interferência 
◦ Gravidez – aumento dos líquidos: verificar 
outros dados; 
◦ Hidratação; 
◦ Desidratação - falsos aumentos; 
◦ Hiper-hidratação – diminui a contagem; 
◦ Drogas: 
 
 
 
 
 
AUMENTAM: 
Gentamicina - ATB – inibe 
síntese protéica. 
Metildopa - anti-hipertensivo. 
DIMINUEM: 
Clorafenicol, quimioterápicos 
B. HEMOGLOBINA - Hb 
• Indicação 
◦ Quantidade total de hemoglobina no sangue. 
◦ Repetido seriadamente em paciente com hemorragia. 
• Importante 
◦ Mede a capacidade de transporte de O2. 
◦ Tampão ácido-base. 
◦ Anormalidades na cadeia das globinas – anemia 
falciforme/síntese da cadeia – talassemia. 
◦ Diminuição de hb – sobrecarga cardiopulmonar – 
angina, taquicardia, ICC, AVC. 
◦ Aumento excessivo: risco de infartos de órgãos e AVC. 
 Transfusão 
◦ NÃO: Hb superior a 8g/dL, em jovens: superior a 6g/dL 
◦ SIM : idoso com hb inferior a 10g/dL 
 
 Referência 
◦ Homens: 13 a 18g/dl e Mulheres: 12 a 15g/dl 
 
 Fatores de interferência – Hb. 
◦ Sexo e idade 
◦ Gravidez 
◦ Variação diurna: 
• Mais altos às 8 horas e Diminuídos às 20h. 
•Variação de até 1g/dL 
◦ Tabagismo 
• Valores mais altos do que em não fumantes. 
◦ Altitudes 
• Aumentam 
◦ Drogas 
• Aumentam: metildopa e gentamicina. 
• Diminuem: antineoplásicos, aspirina, 
sulfonamidas 
 
 
 Valores aumentados - Hb 
◦ Grandes altitudes, Cardiopatias congênitas, 
DPOC, policitemia, desidratação grave. 
 
 Valores diminuídos 
◦ Anemia, hiper-hidratação, gravidez, 
hemoglobinopatia, cirrose, anemia 
hemolítica ou não, hemorragia, deficência 
dietética – Fe: diminuição do número e 
tamanho das hemácias; insuficiência 
medular, protese valvar e doença renal. 
 
C. HEMATÓCRITO - HT 
 Indicações 
◦ Para medir a percentagem do volume total de 
eritrócitos no sangue 
 Transfusão 
◦ Não: ht acima de 24. Jovens – acima de 18. 
◦ Sim: Idosos: abaixo de 30 
 Fatores de interferência 
◦ Anormalidade no tamanho do eritrócito – 
maiores, mais porcentagem do volume 
sanguíneo. 
◦ Contagem alta de leucócitos – falsa anemia. 
◦ Elevadas altitudes – aumentam 
◦ Após hemorragia: valores não 
confiáveis – perda de líquido e células. 
 
 Valores elevados - HT 
◦ Eritrocitose, cianose crônica, desidratação 
grave, DPOC. 
 
 Valores diminuídos 
◦ Anemia, hiper-hidratação, gravidez, 
hemoglobinopatia, cirrose, anemia hemolítica 
ou não, hemorragia, deficência dietética – 
Fe: diminuição do número e tamanho das 
hemácias; insuficiência medular, prótese 
valvar e doença renal. 
 
 
 
D. ÍNDICES HEMANTIMÉTRICOS 
◦ Tamanho - VCM, peso - HCM, e a concentração de hemoglobina nos 
eritrócitos - CHCM. 
◦ Classificação das anemias. 
◦ Depende da contagem de eritrócitos, da hemoglobina e do hematócrito. 
 VCM – Volume corpuscular médio 
◦ Tamanho de um eritrócito. 
◦ Hematócrito(%) / eritrócitos(milhões/mL) x 10. 
◦ Variam: 
• Idade 
• Sexo 
• Classificação 
◦ Macrocitose – eritrócitos grandes: 
• anemias megaloblásticas/macrocítica. 
◦ Microcitose – 
• eritrócitos pequenos: anemia ferropriva e talassemia. 
◦ Normocitose – eritrócitos em tamanho normal. 
• Referência - 84 a 99mm3. 
 
 VCM - elevado 
◦ Anemias macrocíticas – principais causas: 
• Deficiência de B12 – anemia perniciosa. 
• Deficiência de ácido fólico. 
 
◦ Antimetabólitos clássicos - metotrexato 
• Inibição da B12 e Ácido fólico – anemia macrocítica 
 
◦ Hepatopatia crônica – desnutrição / alteração da 
eritropoietina 
 
 VCM reduzido 
◦ Doenças mais comuns associadas com microcitose 
• Anemia ferropriva. 
• Talassemia. 
• Anemias de doenças crônicas. 
 
 
 HCM 
◦ Quantidade média de hemoglobina no eritrócito. 
 
◦ Hemoglobina (g/dL) / eritrócitos 
(milhões/mm3) x 10 
 Referência - HCM: 26 a 32 pg. 
 
◦ HCM aumentada 
• Anemia macrocítica – eritrócito grande, muita 
hemoglobina. 
 
◦ HCM diminuída 
• Anemia microcítica. 
• Anemia hipocrômica. 
 Tamanho do eritrócito pequeno ou quantidade 
de hemoglobina diminuída. 
 
 
 
 CHCM 
◦ Porcentagem de hemoglobina dentro de um eritrócito 
◦ Hemoglobina (g/dL) / Hematócrito(%) x 100 
 Classificação 
◦ Deficiiência de hemoglobina: hipocromia 
◦ Normalidade de hemoglobina: normocromia 
 Obs.: 
 Não existe hipercromia – Eritrócito só comporta até 37g/dL de 
hemoglobina 
 
◦ CHCM aumentada 
 Hipercromatismo - resultado acusado pelo contador 
automático, já que não existe 
 Na hemólise há extravasamento de hemoglobina que é 
contabilizada como estando no eritrócito, por exemplo. 
• CHCM reduzida 
◦ Anemia ferropriva. 
◦ Talassemia 
 
 Fatores de interferência nos Índices 
◦ Tamanho do eritrócito pode afetar o VCM e 
HCM 
◦ Precussores eritrocitários grandes – 
reticulócitos – VCM elevado em anemias 
sem patologia de medula óssea. 
◦ Drogas: 
 Aumentam o VCM: 
Zidovudina – AZT; 
Fenitoína – anticonvulsivante; 
Azatioprina – antileucêmicas, 
antiinflamatórias e imunossupressoras. 
 
 E. CONTAGEM DE LEUCÓCITOS 
◦ Avaliação laboratorial de rotina; 
◦ Importante avaliar na infecção, neoplasia, alergia, 
imunossup. 
 Dois componentes: 
◦ Número total de leucócitos em mm3; 
 
◦ Contagem diferencial 
 Porcentagem de cada. 
 Qualquer aumento de um, implica em diminuição 
do outro. 
 Neutrófilos e linfócitos constituem de 75% a 95% 
do total. 
 Maior que 10000 – inflamação, necrose ou 
leucemia, trauma ou estresse. 
 
 
 
 
 Obs.: 
◦ SEPSE – Leuco semelhante a leucemia – 
resposta leucemóide 
 
 Redução da contagem – leucopenia 
◦ Pós-quimioterapia, pós-radioterapia, 
doenças infiltrativas medulares, infecções 
maciças, deficiências dietéticas e doenças 
autoimunes. 
 Função: 
◦ Lutar contra infecções; contra corpos ou 
tecidos estranhos. 
 
 Elementos Mielóides 
◦ Granulócitos ou Polimorfonucleares 
 Neutrófilos → reação inflamatória/ infecçãobacteriana; 
 Eosinófilos → parasitas/ alergias 
 Basófilos → alergia/ mediadores para a circulação. 
 
 Células fagocitárias – neutrófilos, macrófagos, monócitos e 
eosinófilos. 
 
◦ Macrófagos = histiócitos – conjuntivo; células 
gliais; Kupffer – fígado; dendríticas – epitélios; 
cél. Mensang. glomerulares; osteoclasto; e os 
macrófagos em cada órgão. 
◦ Monócitos → dão origem aos Macrófagos – produção e 
permanência maior que dos neutrófilos 
 
 
 
 
 Elementos Linfóides 
◦ Linfócitos; 
◦ Tipo B 
◦ Tipo T - T auxiliar – cd4 e T citotóxico – cd8. 
 
 Resposta imune: 
 Linfócito T – maturação no timo (Cél. 
APC): 
◦ Tcd8 ou Tcd4 
 
 Tcd8 – imunidade citotóxica. 
 
 Tcd4 – liberação e substância - 
 Ativa Linfócito B: imunidade Humoral 
◦ Linfócito B de memória. 
◦ Linfócito B ativado ou Plasmócito - antígenos 
 Inflamação 
Resposta versátil e 
localizada do organismo à 
agressão que envolve: 
 
Componente vascular: 
- Aumento do fluxo sanguíneo 
no tecido lesado; 
- Aumento da permeabilidade 
nos capilares e vénulas 
(rubor,calor, inchaço e dor). 
 
Componente celular 
Transmigração de leucócitos 
especializados (neutrófilos e 
monócitos/macrófagos) para 
os espaços intercelulares onde 
inativam agentes infecciosos e 
removem detritos celulares. 
 
 
 
 
 Fatores de interferência - LEUCOGRAMA 
◦ Ingestão de alimentos, atividade física e o estresse. 
◦ Gravidez. 
◦ Esplenectomia. 
◦ Alterações no dia – menor pela manhã e maior à tarde. 
◦ Diminui com a idade. 
◦ Recém-nascidos e lactentes – maior quantidade. 
 
 Elevação 
◦ Processo inflamatório agudo ou crônico. 
◦ Drogas – adrenalina, aluporinol, aspirina, quinina. 
 
 Diminuição 
◦ Toxicidade farmacológica; insuficiência medular; 
infcções maciças; desnutrição; aplasia medular 
congênita, quimioterapia ... 
 LINHAS DE DEFESA CELULAR 
 
 Leucócitos 
 
 Polimorfonucleares 
◦ Neutrófilo 
◦ Eosinófiilos 
◦ Basófilos 
 
 Mononucleares 
◦ Linfócitos 
◦ Monócitos 
 
 
 Componentes do Leucograma 
 
 Contagem global dos leucócitos 
 
◦ Valores normais: 4.000 a 11.000 por mm3 
 
 Contagem diferencial dos leucócitos 
 
◦ Valores relativos e absolutos 
 
•Patológicas - infecções. 
 
◦Infecções agudas, locais e gerais: 
 cocos, outras bactérias. Fungos, protozoários 
◦Infecções e destruição tissular: 
 Queimados, necroses 
◦Neoplasias 
◦Intoxicações e envenenamentos 
◦Patologias reacionais metabólicas 
 Diabetes, uremias 
◦Hemólises agudas 
◦Uso de corticóides 
◦Doenças proliferativas 
 leucemias, policitemia vera 
CAUSAS DE NEUTROFILIA 
•Fisiológicas - mobilização do compartimento 
marginal. 
 
◦Recém nascidos (3º e 4º dia) 
◦Exercícios exaustivos 
◦Gravidez e parto 
◦Emoções fortes 
◦“STRESS ” coleta 
◦Febre ou frio 
◦Calor 
◦Anestesia 
CAUSAS DE NEUTROFILIA 
CAUSAS DE NEUTROPENIA 
Na medula óssea Produção medular 
Nos tecidos Mobilização (exaustão das reservas) 
No baço Hiperesplenismo 
 
 
1- NEUTROPENIA VERDADEIRA : 
1.800 neutrófilos/mm3 
 
 
2- NEUTROPENIA CENTRAL: 
Neutropenia pura , Auto-imune, Tóxica, Constitucional 
Infiltração medular , Leucemias e outras 
Insuficiência medular global, Aplasia 
CAUSAS DE NEUTROPENIA 
 Doenças infecciosas e parasitárias 
◦ Malária, calazar; 
◦ Febre tifóide, brucelose; 
◦ Hepatite viral. 
 
3 - Neutropenia periférica 
◦ Hiperesplenismo; 
◦ Auto-imune (Lúpus); 
◦ Idiopáticas. 
 
EOSINÓFILOS 
 Eosinofilia 550/mm3 de sangue 
 Eosinopenia 0/mm3 de sangue 
 Doenças alérgicas 
◦ Asma, alergia à drogas 
 Sindrome de leoffler 
◦ Pneumonia eosinofílica pulmonar 
 Convalescência 
◦ Doenças infecciosas agudas 
 Dermatites 
◦ Ecsemas, psoríases, doença do fogo selvagem 
 Doenças hematológicas 
◦ Policitemias, Leucemias eosinofílicas, LMC 
 Doenças parasitárias 
 
CAUSAS DE EOSINOPENIA 
 Stress”; 
 Infecções agudas; 
 Hormônios ou drogas (corticóides); 
 Doenças endócrinas; 
 Anemias aplásticas; 
 Lúpus; 
 Nos processos infecciosos agudos a 
eosinopenia indica gravidade. 
 Na presença de bactérias. 
CAUSAS DE EOSINOPENIA 
 Organismo libera adrenalina que atua na 
hipófise. 
 Hipófise libera ACTH que atua na supra-
renal. 
 Supra renal libera hormônio corticóide: 
◦ Inibe a saída de eosinófilos da medula 
óssea. 
 Lisa linfócitos. 
 
MONÓCITO 
 Monocitose 1100/mm3 de 
sangue. 
 
 Monocitopenia 160 /mm3 de 
sangue. 
 
CAUSAS DE MONOCITOSE 
 Infecções virais 
◦ Mononucleose infecciosa 
 
 Infecções bacterianas 
◦ Tuberculose, brucelose, endocardite sub-aguda 
 
 Infecções parasitárias e fúngicas 
◦ Calazar, toxoplasmose, tripanossomíase, malária, 
blastomicose, ricketsioses 
 
 Doenças granulomatosas e do colágeno 
◦ Artrite reunmatóide e lúpus 
 
 Doenças neoplásicas 
◦ Linfomas, leucemias monocíticas 
 
LINFÓCITOS 
 Linfocitose 3800/mm3 de 
sangue 
 Linfocitopenia 1000 /mm3 de 
sangue 
 Adulto normal 
◦ 80% Linfócitos pequenos (8µmØ ) 
◦ 20% Linfócitos médios (10-12µmØ) 
◦ < 0,5% Linfócitos atípicos 
(Imunoblastos 15-25µmØ) 
 
 
CAUSAS DE LINFOCITOSE 
 Infecções agudas por vírus 
◦ Sarampo, rubéola, mononucleose infecciosa, 
hepatite ... 
 
 Convalescência de infecção bacteriana 
 
 Pocessos infecciosos crônicos 
 
 Toxoplasmose 
 
 Leucemias linfocíticas 
 
 
LINFOCITOPENIA 
 Menos que 1000/mm3 de sangue. 
 
 Casos agudos de infecções bacterianas. 
 
 Uso de corticóides. 
 
 Neoplasias malígnas. 
 
 Raio x. 
 
 Imunossupressores. 
 
 Imunodeficiência. 
 
 
PLASMOCITOSE 
 Mieloma múltiplo. 
 Mononucleose infecciosa. 
 Sarampo. 
 Cachumba. 
 Varíola. 
 Rubéola. 
 Meningite bacteriana. 
 
F. Contagem de plaquetas 
 Plaquetas: 
◦ Deve ser realizada em pacientes com 
petéquias, sangramento espontâneo, 
menstruações intensas, doenças que 
cursem com propensão hemorrágica. 
◦ 25% fígado e baço. 
◦ Maior parte na corrente sanguínea. 
◦ 7 a 9 dias de vida. 
 Utilidade do teste: 
◦ Monitorizar evolução da doença. 
◦ Observar a função medular. 
◦ Eficácia da trombocitopenia. 
 
 Função 
◦ Hemostasia – agregação plaquetária . 
◦ Integridade vascular. 
◦ Contribuição para a coagulação. 
 
 Referência - 150.000 a 400.000 por mm3 
 
 Fatores de interferência: 
◦ Altitude, exercício intenso – aumenta a 
contagem. 
◦ Drogas podem aumentar – estrógenos e 
anticoncepcionais orais ou reduzir a contagem 
– quimioterápicos e tiazídicos. 
 
 
 Trombocitose 
◦ Alguns tipos de câncer – leucemia, linfoma, 
de cólon. 
◦ Policitemia. 
◦ Pós- esplenectomia 
◦ Anemia ferropriva – estimulação máxima da 
medula que na carência de ferro, produz 
outras células que não hemácia. 
 Trombocitopenia 
◦ Hiperesplenismo. 
◦ Hemorragia. 
◦ Auto-imune. 
◦ Leucemia – redução de megacaríócitos. 
◦ Quimio. 
◦ Lupus. 
 
II - TRIGLICERÍDEOS 
 Gordura - transportada por proteína de muito 
baixa densidade – VLDL. 
 
 Produção hepática a partir do glicerol e ácidos 
graxos. 
 
 Deposição em tecido adiposo. 
◦ Relacionado ao risco cardiovascular. 
 
 
III-COLESTEROL TOTAL E FRAÇÕES 
 Objetivo 
◦ Avaliar risco cardiovascular. 
◦ Controle da hiperlipidemia. 
◦ Principal lipídeo associado ao risco 
arteriosclerótico. Função 
◦ Componente de membrana; 
◦ Integrante dos hormônios sexuais e ácidos 
biliares. 
◦ Mielina. 
◦ 25% no cérebro. 
 
 
 LDL 
◦ Transporta colesterol e um pouco de 
triglicerídeos do sangue para os tecidos. 
◦ Doença coronariana. 
 VLDL 
◦ Transporta triglicerídeos e um pouco de 
colesterol. 
 HDL 
◦ Transportador diferente, ele faz o caminho 
inverso, tira colesterol dos tecidos e devolve 
para o fígado que vai excretá-lo nos intestinos 
- BILE. 
◦ Proteção contra doença arterial coronariana. 
 
 
 Fatores de interferência: 
◦ Gravidez – eleva; 
◦ Menopausa e retirada de ovários – eleva; 
◦ Drogas: 
 Aumentam - hormônios 
adrenocorticotrópicos, anabolizantes, 
corticóides, anticoncepcionais... 
 Diminuem – aluporinol, andrógenos, 
fixadores de sais biliares, lovastatina, 
sinvastatina. 
 Valores diminuídos 
 Mal absorção; 
 Desnutrição; 
 Câncer avançado. 
 
 
 
 
IV- EXAME DE URINA 
 Razões da utilização 
◦ Não invasivo; baixo custo; fácil operacionalização. 
 
◦ Diagnóstico/controle de doenças renais ou das vias 
urinárias – proteinúria – glomerulonefrite; infecção 
urinária – com urocultira. 
 
◦ Detectar doenças metabólicas - diabetes/Cushing. 
 
◦ Quando realizada nas 24 horas – melhor noção da 
homeostase ou de doença em relação ao sangue. 
 
◦ Quando um produto tem depuração rápida, melhor 
detectado na urina. 
 
V- FERRITINA 
 Teste mais sensível para a anemia 
ferropriva. 
 No soro indica o armazenamento de ferro. 
 Referências 
◦ Homem – 12 a 300ng/ml. 
◦ Mulher – 10 a 150ng/ml. 
◦ Criança/adolescente 
 Recém-nascidos – 25 a 200ng/ml. 
 1 a 5 meses – 50 a 200ng/ml. 
 6m a 15 anos – 7 a 142ng/ml. 
 
 
 
 Fatores de interferência 
◦ Transfusão ou alimentação recente rica 
em ferro aumenta a síntese; 
 
◦ Doenças hemolíticas ferro da 
hemólise + síntese. 
 
◦ Distúrbio do armazenamento 
hemocromatose, hemossiderose. 
 
◦ Menstruação. 
 
◦ Doenças inflamatórias elevam. 
 
 
 
Resultado do teste e importância clínica 
 Valores aumentados 
◦ Anemia megaloblástica; 
◦ Anemia hemolítica; 
◦ Hemocromatose e hemossiderose; 
◦ Doença inflamatória - muita atenção!!! 
◦ Alguns tipos de câncer: 
 Hepático, leucemia. 
 
 Valores reduzidos 
◦ Anemia ferropriva; 
◦ Deficiência protéica; 
◦ Hemodiálise. 
VI- TRANSFERRINA 
 Função 
◦ Carreia o ferro no plasma e no líquido para suprir 
as necessidades teciduais. 
 Alterações: 
◦ Diminuída: 
 Doenças hepáticas, perdas protéicas, 
enteropatias, síndrome nefrótica e desnutrição, 
 Inflamação aguda e crônica; malignidade. 
◦ Aumentada 
 Deficiência crônica de ferro - alteração 
simultânea ou anterior às do ferro. 
 30 a 40% dos pacientes com anemia ferropriva 
crônica – limites da normalidade. 
 
 A transferrina não é uma das proteínas de 
fase aguda - bom parâmetro para 
acompanhamento. 
 
 Dosagem de transferrina - avaliação 
das anemias. 
 Ferropriva 
 Nível elevado - saturação é baixa. 
Anemia das doenças crônicas 
• Transferrina normal e o percentual de 
saturação está aumentado. 
 
 Níveis elevados também 
◦ Estágios iniciais de hepatites agudas, na 
gravidez e no uso de estrogênios. 
 
 
 Nas hemocromatoses e hemossideroses 
por sucessivas transfusões sangüíneas 
◦ Níveis elevados de saturação (acima de 90%). 
 
VII- TESTE DE TOLERÂNCIA À LACTOSE 
 Medida de glicemia pré e pós ingestão de carga 
de lactose. 
 
 Administração de 50g de lactose (2g/Kg para 
crianças até 50g). 
 
 A glicemia é dosada em 0, 30 e 60 minutos. 
 
 A mal-absorção da lactose é confirmada com 
um aumento da glicemia menor que 20mg %. 
VIII- CREATININA 
 Junto com os níveis de uréia – função renal. 
 Produto final não-protéico do metabolismo da 
creatina. 
 Aparece no soro em quantidades proporcionais à 
massa muscular corpórea. 
 Objetivos da dosagem 
◦ Avaliar a filtração glomerular renal. 
◦ Rastrear lesão renal. 
 Valores de referência 
◦ Crianças até 12 anos: 0,3 a 0,8 mg/dl; 
◦ Adultos do sexo feminino: 0,6 a 1,0 mg/dl; 
◦ Adultos do sexo masculino: 0,8 a 1,2 mg/dl; 
 
XI- URÉIA 
  Produto final principal do metabolismo de proteína. 
 Constitui 40 a 50% do nitrogênio não-protéico do 
sangue. 
 O nível de uréia reflete a ingestão de proteína e a 
capacidade excretora renal. 
 
 Objetivos 
◦ Avaliar a função renal e auxiliar no diagnóstico de 
doença renal. 
◦ Auxiliar na avaliação de hidratação. 
 
 Valores de referência: 10 a 45 mg/dl. 
 
 Ligeiramente mais altos em pacientes mais idosos. 
 
 
 
 
 Níveis de uréia elevados 
 Doença renal, fluxo sangüíneo renal 
reduzido (desidratação, por exemplo), 
obstrução do trato urinário e em 
catabolismo de proteína aumentado 
(queimaduras). 
 
 Níveis deprimidos de uréia 
 ocorrem em comprometimento hepático 
grave, desnutrição e super-hidratação. 
 
X- ÁCIDO ÚRICO 
 Utilidade 
◦ Medir os níveis séricos de ácido úrico. 
 Objetivo 
◦ Confirmar o diagnóstico de gota. 
◦ Auxiliar na detecção de disfunção renal. 
 Valores de referência 
◦ Sexo masculino: 3,4 a 7,0 mg/dl (202 a 416 nmol/l). 
◦ Sexo feminino: 2,4 a 6,0 mg/dl (143 a 357 nmol/l). 
 Os níveis aumentados 
◦ Gota ou função renal prejudicada;ICC, doença de 
armazenamento de glicogênio, infecções, anemia 
hemolítica ou falciforme. 
 Os níveis deprimidos 
◦ Absorção tubular defeituosa, atrofia hepática aguda, 
alguns tipos de cânceres... 
IX- HEPATOGRAMA 
 Fornecem indicações sobre o funcionamento 
do fígado e das vias biliares. 
◦ AST (aspartato aminotransferase - TGO) 
◦ ALT (alanina aminotransferase - TGP), 
◦ Fosfatase alcalina 
◦ GGT ou Gama GT (Gama glutamil transpeptidase) 
◦ Bilirrubinas (direta, indireta e total) 
◦ TAP (tempo de protrombina ativada) ou TP (tempo 
de protrombina) e INR 
◦ Albumina 
◦ 5' nucleotidase (5'NTD) 
◦ LDH (lactato desidrogenase) 
 
 
 Transaminases (TGP e TGO) 
◦ Lesão das células do fígado – extravasamento 
das enzimas 
 As principais doenças que causam 
elevação das transaminases são: 
◦ Hepatites virais 
◦ Cirrose 
◦ Esteato-hepatite 
◦ Abuso de bebidas alcoólicas 
◦ Lesão do fígado por drogas e medicamentos (hepatite 
medicamentosa). 
◦ Insuficiência cardíaca 
◦ Isquemia do fígado (hepatite isquêmica). 
◦ Câncer do fígado. 
◦ Doenças musculares. 
 
 
 
 Os valores de referência – TGO E 
TGP: 
◦ Limite superior - 40 e 50 U/L 
 
 Doenças mais raras que frequentemente 
cursam com lesão hepática: 
 
◦ Hepatite autoimune. 
◦ Doença de Wilson. 
◦ Deficiência de alfa-1-antitripsina. 
◦ Hemocromatose 
 
 
 Obs.: 
◦ É possível ter uma doença hepática crônica e 
possuir transaminases normais. 
 Pessoas com hepatite C crônica, por exemplo . Portanto, 
a ausência de alterações na TGO e TGP não descarta 
doenças do fígado. 
 Clínica é soberana! 
 LDH 
◦ Presente em vários tecidos do corpo. Nos casos 
de lesão hepática, seus valores também 
aumentam. 
◦ Menos específica para o fígado do que a TGO e 
TGP - mais um dado a ser levado em conta. 
 
 
 Fosfatase alcalina (FA) e Gama GT 
(GGT) 
◦ Elevam-se juntas quando há lesão das vias 
biliares. 
 
◦ Encontrada em grande quantidade em vários 
outros órgãos, principalmente nos ossos, 
placenta e intestinos. 
 
◦ A Gama GT também encontra-se no coração, no 
pâncreas e no próprio fígado. 
 
As principais doenças que cursam com 
elevação conjunta de GGT e fosfatase 
alcalina são: 
 
◦ Obstrução das vias biliares. 
◦ Cirrose biliar primária. 
◦ Colangite (infecção das vias biliares). 
◦ Câncer das vias biliares. 
◦ Uso de alguns medicamentos (corticoides, 
barbitúricos e fenitoína). 
 
 
 Bilirrubinas 
 
◦ Produto da destruição das hemácias velhas e 
defeituosas pelo baço. 
 
◦ Bilirrubina do baço - bilirrubina indireta. 
 
◦ B. transformada no fígado - direta. 
 
◦ Doença hemolítica - aumento da bilirrubina indireta 
no sangue. 
 
◦ Doença hepática - fígado não conjuga - aumento da 
bilirrubina indireta. 
◦ Doença genética - incapacidade de conjugar a 
bilirrubina indireta em direta – Síndrome de Gilbert 
 
 Valor de referência, normais 
 
◦ Direta – até 0,4 mg/dL 
◦ Indireta – até 0,8 mg/dL 
◦ Total – até 1,2 mg/dL 
 
 Bilirrubina total (recém nascido): 
 
◦ idade prematuro a termo 
 
◦ Cordão 2,9mg/dL 2,5mg/dL 
 
◦ <24horas 8,0mg/dL 6,0mg/dL 
 
◦ <48horas 12,0mg/dL 10,0mg/dL 
 
◦ 3 a 5 dias 15,0mg/dL 12,0mg/dL 
 
◦ 7 dias 15,0mg/dL 10,0mg/dL 
 
XII- T3, T4 E TSH 
 Síntese do hormônio tireoidiano 
 
◦ Depende - iodo na dieta, do estímulo do TSH 
hipofisário e de tirosina. 
 
◦ Na tireóide o iodo liga-se ao ácido aminado tirosina. 
 
◦ Monoiodotirosina e diiodotirosina combinam-se 
para formar tiroxina (T4) e triiodotironina (T3). 
 
◦ Compostos iodados - tireoglobulina: o colóide - 
depósito do hormônio tireoidiano. 
 
◦ O TSH – proteólise - iodotironinas na corrente 
sanguínea. 
 
 Sangue - circula ligado a uma proteína (TBG). 
 
 Os estrogênios - elevação da TBG. 
 
 Gravidez ou medicação - estrogênio – altera a 
função tireoideana. 
 
 Com o aumento da capacidade TBG - 
normalidade depende do conceito de que a 
tiroxina livre é mantida em limites normais. 
 
 T4 secretado 20 vezes mais que T3. 
 
 T3 o responsável pela maioria, senão todas, as 
funções tireoidianas no organismo. 
 
 T3 é 3 a 4 vezes mais potente que T4. 
 
 Cerca de um terço do T4 secretado diariamente é 
convertido nos tecidos periféricos, 
particularmente fígado e rins, em T3. 
 
 40% de T4 é convertido na forma inativa, T3 
reverso. 
 
 São duas as razões para que T3 seja mais 
ativo que T4: 
 
◦ Os receptores celulares para hormônio tireoidiano 
tem cerca de 10 vezes mais afinidade por T3. 
 
◦ Proteínas sanguíneas ligam T4 mais fixamente que 
T3. 
 
 Valores Normais 
 
◦ TSH - 0,5 e 5,0 mUI/L. 
 
◦ Triiodotironina (T3): 80 a 200 ng/100ml. 
 
◦ Tiroxina (T4): 4,5 a 11,5 mcg/100ml. 
 
◦ Tiroxina livre (T4L): 0,8 a 2,0 ng/100ml. 
 
 Obs.: 
◦ Hipotireoidismo - TSH ELEVADO 
◦ Hipertireoidismo - TSH BAIXO 
 
 RETROALIMENTAÇÃO NEGATIVA 
 
 
XIII- GLICEMIA DE JEJUM 
 Teste bom??? 
◦ Muito suscetível 
 Mínimo – associar com insulina basal 
 Melhor: 
◦ Associar com a pós-prandial 
◦ Insulina basal e pós-prandial 
 Sempre associar à carga de estresse 
 Referência: 
 Abaixo do 100 mg/dL. 
 
 Glicemia em jejum 100 e 125 mg/Dl - Pré-
diabetes. 
 
 Quando a glicemia em jejum encontra-se acima 
do 126 mg/dL em pelo menos 2 análises de 
sangue coletadas em momentos diferentes, 
temos critério para o diagnóstico do diabetes. 
 
 A glicemia em jejum é atualmente usada apenas 
para o diagnóstico. 
 
 Pacientes com diabetes mellitus - hemoglobina 
glicosilada. 
 
 Pós-prandial - abaixo dos 140 mg/dL. 
 
 Valores entre 140 e 199 mg/dL indicam 
intolerância a glicose 
 
 Resistência à ação da insulina. 
 
 Estágio pré-diabetes, mesmo que a 
glicemia em jejum esteja abaixo de 100 
mg/dL. 
 
 Valores acima de 200 mg/dL são 
indicativos de diabetes. 
 
 
XIV - HEMOGLOBINA GLICADA 
 Valores de referência 
◦ 4% e 6%. 
 Indica como se manteve a glicemia 
nos últimos 120 dias. 
 
 Bom para acompanhamento e 
diagnóstico de DM. 
 
 
 
 
 
Obrigada!

Outros materiais