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INTERPRETAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS NA VIVÊNCIA CLÍNICA DO NUTRICIONISTA KARLA JEANE S. M. DANTAS NUTRICIONISTA CLÍNICA – UFRN E UnP ESTUDANTE DE MEDICINA - UFRN REGULAMENTAÇÃO DA SOLICITAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS PELO NUTRICIONISTA Lei Federal nº. 8.234/1991, art. 4º, Inciso VIII. I - HEMOGRAMA CONCEITO Série de testes efetuados em amostra de sangue periférico, fornecendo inúmeras informações sobre o sistema hematológico e muitos outros sistemas orgânicos. PAGANA, 1998 VANTAGENS ◦ Baixo custo. ◦ Fácil execução. ◦ Pouco invasivo. COMPOSIÇÃO ◦ Contagem de eritrócitos ◦ Hemoglobina e ◦ Hematócrito. ◦ Índices hemantimétricos Volume corpuscular médio - VCM Hemog. Corpusc. Média - HCM Concentração de hemoglobina corpuscular média – CHCM ◦ Leucograma Neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos. ◦ Contagem de plaquetas A. CONTAGEM DE ERITRÓCITOS Indicação ◦ Ligada à hemoglobina e ao hematócrito - avaliação de número de eritrócitos no sangue. ◦ Pacientes com anemia ou sangramento. Importante ◦ Pac. renal – deficiência de eritropoietina – queda. ◦ Sobrevida de 120 dias. ◦ Variável com o sexo e a idade. ◦ Redução de mais de 10% - anemia Hemorragia, hemólise, deficiência dietética, anemia falciforme, doenças crônicas: DPOC; NEOPLASIAS Referência ◦ Homens - 4,6 a 6,2 milhões de hemácias/ml de sangue ◦ Mulheres: 4,2 a 5,4 milhões de hemácias/ml de sangue • Acima do normal ◦ Grandes altitudes, Cardiopatias congênitas – hipóxia, policitemia. • Fatores de interferência ◦ Gravidez – aumento dos líquidos: verificar outros dados; ◦ Hidratação; ◦ Desidratação - falsos aumentos; ◦ Hiper-hidratação – diminui a contagem; ◦ Drogas: AUMENTAM: Gentamicina - ATB – inibe síntese protéica. Metildopa - anti-hipertensivo. DIMINUEM: Clorafenicol, quimioterápicos B. HEMOGLOBINA - Hb • Indicação ◦ Quantidade total de hemoglobina no sangue. ◦ Repetido seriadamente em paciente com hemorragia. • Importante ◦ Mede a capacidade de transporte de O2. ◦ Tampão ácido-base. ◦ Anormalidades na cadeia das globinas – anemia falciforme/síntese da cadeia – talassemia. ◦ Diminuição de hb – sobrecarga cardiopulmonar – angina, taquicardia, ICC, AVC. ◦ Aumento excessivo: risco de infartos de órgãos e AVC. Transfusão ◦ NÃO: Hb superior a 8g/dL, em jovens: superior a 6g/dL ◦ SIM : idoso com hb inferior a 10g/dL Referência ◦ Homens: 13 a 18g/dl e Mulheres: 12 a 15g/dl Fatores de interferência – Hb. ◦ Sexo e idade ◦ Gravidez ◦ Variação diurna: • Mais altos às 8 horas e Diminuídos às 20h. •Variação de até 1g/dL ◦ Tabagismo • Valores mais altos do que em não fumantes. ◦ Altitudes • Aumentam ◦ Drogas • Aumentam: metildopa e gentamicina. • Diminuem: antineoplásicos, aspirina, sulfonamidas Valores aumentados - Hb ◦ Grandes altitudes, Cardiopatias congênitas, DPOC, policitemia, desidratação grave. Valores diminuídos ◦ Anemia, hiper-hidratação, gravidez, hemoglobinopatia, cirrose, anemia hemolítica ou não, hemorragia, deficência dietética – Fe: diminuição do número e tamanho das hemácias; insuficiência medular, protese valvar e doença renal. C. HEMATÓCRITO - HT Indicações ◦ Para medir a percentagem do volume total de eritrócitos no sangue Transfusão ◦ Não: ht acima de 24. Jovens – acima de 18. ◦ Sim: Idosos: abaixo de 30 Fatores de interferência ◦ Anormalidade no tamanho do eritrócito – maiores, mais porcentagem do volume sanguíneo. ◦ Contagem alta de leucócitos – falsa anemia. ◦ Elevadas altitudes – aumentam ◦ Após hemorragia: valores não confiáveis – perda de líquido e células. Valores elevados - HT ◦ Eritrocitose, cianose crônica, desidratação grave, DPOC. Valores diminuídos ◦ Anemia, hiper-hidratação, gravidez, hemoglobinopatia, cirrose, anemia hemolítica ou não, hemorragia, deficência dietética – Fe: diminuição do número e tamanho das hemácias; insuficiência medular, prótese valvar e doença renal. D. ÍNDICES HEMANTIMÉTRICOS ◦ Tamanho - VCM, peso - HCM, e a concentração de hemoglobina nos eritrócitos - CHCM. ◦ Classificação das anemias. ◦ Depende da contagem de eritrócitos, da hemoglobina e do hematócrito. VCM – Volume corpuscular médio ◦ Tamanho de um eritrócito. ◦ Hematócrito(%) / eritrócitos(milhões/mL) x 10. ◦ Variam: • Idade • Sexo • Classificação ◦ Macrocitose – eritrócitos grandes: • anemias megaloblásticas/macrocítica. ◦ Microcitose – • eritrócitos pequenos: anemia ferropriva e talassemia. ◦ Normocitose – eritrócitos em tamanho normal. • Referência - 84 a 99mm3. VCM - elevado ◦ Anemias macrocíticas – principais causas: • Deficiência de B12 – anemia perniciosa. • Deficiência de ácido fólico. ◦ Antimetabólitos clássicos - metotrexato • Inibição da B12 e Ácido fólico – anemia macrocítica ◦ Hepatopatia crônica – desnutrição / alteração da eritropoietina VCM reduzido ◦ Doenças mais comuns associadas com microcitose • Anemia ferropriva. • Talassemia. • Anemias de doenças crônicas. HCM ◦ Quantidade média de hemoglobina no eritrócito. ◦ Hemoglobina (g/dL) / eritrócitos (milhões/mm3) x 10 Referência - HCM: 26 a 32 pg. ◦ HCM aumentada • Anemia macrocítica – eritrócito grande, muita hemoglobina. ◦ HCM diminuída • Anemia microcítica. • Anemia hipocrômica. Tamanho do eritrócito pequeno ou quantidade de hemoglobina diminuída. CHCM ◦ Porcentagem de hemoglobina dentro de um eritrócito ◦ Hemoglobina (g/dL) / Hematócrito(%) x 100 Classificação ◦ Deficiiência de hemoglobina: hipocromia ◦ Normalidade de hemoglobina: normocromia Obs.: Não existe hipercromia – Eritrócito só comporta até 37g/dL de hemoglobina ◦ CHCM aumentada Hipercromatismo - resultado acusado pelo contador automático, já que não existe Na hemólise há extravasamento de hemoglobina que é contabilizada como estando no eritrócito, por exemplo. • CHCM reduzida ◦ Anemia ferropriva. ◦ Talassemia Fatores de interferência nos Índices ◦ Tamanho do eritrócito pode afetar o VCM e HCM ◦ Precussores eritrocitários grandes – reticulócitos – VCM elevado em anemias sem patologia de medula óssea. ◦ Drogas: Aumentam o VCM: Zidovudina – AZT; Fenitoína – anticonvulsivante; Azatioprina – antileucêmicas, antiinflamatórias e imunossupressoras. E. CONTAGEM DE LEUCÓCITOS ◦ Avaliação laboratorial de rotina; ◦ Importante avaliar na infecção, neoplasia, alergia, imunossup. Dois componentes: ◦ Número total de leucócitos em mm3; ◦ Contagem diferencial Porcentagem de cada. Qualquer aumento de um, implica em diminuição do outro. Neutrófilos e linfócitos constituem de 75% a 95% do total. Maior que 10000 – inflamação, necrose ou leucemia, trauma ou estresse. Obs.: ◦ SEPSE – Leuco semelhante a leucemia – resposta leucemóide Redução da contagem – leucopenia ◦ Pós-quimioterapia, pós-radioterapia, doenças infiltrativas medulares, infecções maciças, deficiências dietéticas e doenças autoimunes. Função: ◦ Lutar contra infecções; contra corpos ou tecidos estranhos. Elementos Mielóides ◦ Granulócitos ou Polimorfonucleares Neutrófilos → reação inflamatória/ infecçãobacteriana; Eosinófilos → parasitas/ alergias Basófilos → alergia/ mediadores para a circulação. Células fagocitárias – neutrófilos, macrófagos, monócitos e eosinófilos. ◦ Macrófagos = histiócitos – conjuntivo; células gliais; Kupffer – fígado; dendríticas – epitélios; cél. Mensang. glomerulares; osteoclasto; e os macrófagos em cada órgão. ◦ Monócitos → dão origem aos Macrófagos – produção e permanência maior que dos neutrófilos Elementos Linfóides ◦ Linfócitos; ◦ Tipo B ◦ Tipo T - T auxiliar – cd4 e T citotóxico – cd8. Resposta imune: Linfócito T – maturação no timo (Cél. APC): ◦ Tcd8 ou Tcd4 Tcd8 – imunidade citotóxica. Tcd4 – liberação e substância - Ativa Linfócito B: imunidade Humoral ◦ Linfócito B de memória. ◦ Linfócito B ativado ou Plasmócito - antígenos Inflamação Resposta versátil e localizada do organismo à agressão que envolve: Componente vascular: - Aumento do fluxo sanguíneo no tecido lesado; - Aumento da permeabilidade nos capilares e vénulas (rubor,calor, inchaço e dor). Componente celular Transmigração de leucócitos especializados (neutrófilos e monócitos/macrófagos) para os espaços intercelulares onde inativam agentes infecciosos e removem detritos celulares. Fatores de interferência - LEUCOGRAMA ◦ Ingestão de alimentos, atividade física e o estresse. ◦ Gravidez. ◦ Esplenectomia. ◦ Alterações no dia – menor pela manhã e maior à tarde. ◦ Diminui com a idade. ◦ Recém-nascidos e lactentes – maior quantidade. Elevação ◦ Processo inflamatório agudo ou crônico. ◦ Drogas – adrenalina, aluporinol, aspirina, quinina. Diminuição ◦ Toxicidade farmacológica; insuficiência medular; infcções maciças; desnutrição; aplasia medular congênita, quimioterapia ... LINHAS DE DEFESA CELULAR Leucócitos Polimorfonucleares ◦ Neutrófilo ◦ Eosinófiilos ◦ Basófilos Mononucleares ◦ Linfócitos ◦ Monócitos Componentes do Leucograma Contagem global dos leucócitos ◦ Valores normais: 4.000 a 11.000 por mm3 Contagem diferencial dos leucócitos ◦ Valores relativos e absolutos •Patológicas - infecções. ◦Infecções agudas, locais e gerais: cocos, outras bactérias. Fungos, protozoários ◦Infecções e destruição tissular: Queimados, necroses ◦Neoplasias ◦Intoxicações e envenenamentos ◦Patologias reacionais metabólicas Diabetes, uremias ◦Hemólises agudas ◦Uso de corticóides ◦Doenças proliferativas leucemias, policitemia vera CAUSAS DE NEUTROFILIA •Fisiológicas - mobilização do compartimento marginal. ◦Recém nascidos (3º e 4º dia) ◦Exercícios exaustivos ◦Gravidez e parto ◦Emoções fortes ◦“STRESS ” coleta ◦Febre ou frio ◦Calor ◦Anestesia CAUSAS DE NEUTROFILIA CAUSAS DE NEUTROPENIA Na medula óssea Produção medular Nos tecidos Mobilização (exaustão das reservas) No baço Hiperesplenismo 1- NEUTROPENIA VERDADEIRA : 1.800 neutrófilos/mm3 2- NEUTROPENIA CENTRAL: Neutropenia pura , Auto-imune, Tóxica, Constitucional Infiltração medular , Leucemias e outras Insuficiência medular global, Aplasia CAUSAS DE NEUTROPENIA Doenças infecciosas e parasitárias ◦ Malária, calazar; ◦ Febre tifóide, brucelose; ◦ Hepatite viral. 3 - Neutropenia periférica ◦ Hiperesplenismo; ◦ Auto-imune (Lúpus); ◦ Idiopáticas. EOSINÓFILOS Eosinofilia 550/mm3 de sangue Eosinopenia 0/mm3 de sangue Doenças alérgicas ◦ Asma, alergia à drogas Sindrome de leoffler ◦ Pneumonia eosinofílica pulmonar Convalescência ◦ Doenças infecciosas agudas Dermatites ◦ Ecsemas, psoríases, doença do fogo selvagem Doenças hematológicas ◦ Policitemias, Leucemias eosinofílicas, LMC Doenças parasitárias CAUSAS DE EOSINOPENIA Stress”; Infecções agudas; Hormônios ou drogas (corticóides); Doenças endócrinas; Anemias aplásticas; Lúpus; Nos processos infecciosos agudos a eosinopenia indica gravidade. Na presença de bactérias. CAUSAS DE EOSINOPENIA Organismo libera adrenalina que atua na hipófise. Hipófise libera ACTH que atua na supra- renal. Supra renal libera hormônio corticóide: ◦ Inibe a saída de eosinófilos da medula óssea. Lisa linfócitos. MONÓCITO Monocitose 1100/mm3 de sangue. Monocitopenia 160 /mm3 de sangue. CAUSAS DE MONOCITOSE Infecções virais ◦ Mononucleose infecciosa Infecções bacterianas ◦ Tuberculose, brucelose, endocardite sub-aguda Infecções parasitárias e fúngicas ◦ Calazar, toxoplasmose, tripanossomíase, malária, blastomicose, ricketsioses Doenças granulomatosas e do colágeno ◦ Artrite reunmatóide e lúpus Doenças neoplásicas ◦ Linfomas, leucemias monocíticas LINFÓCITOS Linfocitose 3800/mm3 de sangue Linfocitopenia 1000 /mm3 de sangue Adulto normal ◦ 80% Linfócitos pequenos (8µmØ ) ◦ 20% Linfócitos médios (10-12µmØ) ◦ < 0,5% Linfócitos atípicos (Imunoblastos 15-25µmØ) CAUSAS DE LINFOCITOSE Infecções agudas por vírus ◦ Sarampo, rubéola, mononucleose infecciosa, hepatite ... Convalescência de infecção bacteriana Pocessos infecciosos crônicos Toxoplasmose Leucemias linfocíticas LINFOCITOPENIA Menos que 1000/mm3 de sangue. Casos agudos de infecções bacterianas. Uso de corticóides. Neoplasias malígnas. Raio x. Imunossupressores. Imunodeficiência. PLASMOCITOSE Mieloma múltiplo. Mononucleose infecciosa. Sarampo. Cachumba. Varíola. Rubéola. Meningite bacteriana. F. Contagem de plaquetas Plaquetas: ◦ Deve ser realizada em pacientes com petéquias, sangramento espontâneo, menstruações intensas, doenças que cursem com propensão hemorrágica. ◦ 25% fígado e baço. ◦ Maior parte na corrente sanguínea. ◦ 7 a 9 dias de vida. Utilidade do teste: ◦ Monitorizar evolução da doença. ◦ Observar a função medular. ◦ Eficácia da trombocitopenia. Função ◦ Hemostasia – agregação plaquetária . ◦ Integridade vascular. ◦ Contribuição para a coagulação. Referência - 150.000 a 400.000 por mm3 Fatores de interferência: ◦ Altitude, exercício intenso – aumenta a contagem. ◦ Drogas podem aumentar – estrógenos e anticoncepcionais orais ou reduzir a contagem – quimioterápicos e tiazídicos. Trombocitose ◦ Alguns tipos de câncer – leucemia, linfoma, de cólon. ◦ Policitemia. ◦ Pós- esplenectomia ◦ Anemia ferropriva – estimulação máxima da medula que na carência de ferro, produz outras células que não hemácia. Trombocitopenia ◦ Hiperesplenismo. ◦ Hemorragia. ◦ Auto-imune. ◦ Leucemia – redução de megacaríócitos. ◦ Quimio. ◦ Lupus. II - TRIGLICERÍDEOS Gordura - transportada por proteína de muito baixa densidade – VLDL. Produção hepática a partir do glicerol e ácidos graxos. Deposição em tecido adiposo. ◦ Relacionado ao risco cardiovascular. III-COLESTEROL TOTAL E FRAÇÕES Objetivo ◦ Avaliar risco cardiovascular. ◦ Controle da hiperlipidemia. ◦ Principal lipídeo associado ao risco arteriosclerótico. Função ◦ Componente de membrana; ◦ Integrante dos hormônios sexuais e ácidos biliares. ◦ Mielina. ◦ 25% no cérebro. LDL ◦ Transporta colesterol e um pouco de triglicerídeos do sangue para os tecidos. ◦ Doença coronariana. VLDL ◦ Transporta triglicerídeos e um pouco de colesterol. HDL ◦ Transportador diferente, ele faz o caminho inverso, tira colesterol dos tecidos e devolve para o fígado que vai excretá-lo nos intestinos - BILE. ◦ Proteção contra doença arterial coronariana. Fatores de interferência: ◦ Gravidez – eleva; ◦ Menopausa e retirada de ovários – eleva; ◦ Drogas: Aumentam - hormônios adrenocorticotrópicos, anabolizantes, corticóides, anticoncepcionais... Diminuem – aluporinol, andrógenos, fixadores de sais biliares, lovastatina, sinvastatina. Valores diminuídos Mal absorção; Desnutrição; Câncer avançado. IV- EXAME DE URINA Razões da utilização ◦ Não invasivo; baixo custo; fácil operacionalização. ◦ Diagnóstico/controle de doenças renais ou das vias urinárias – proteinúria – glomerulonefrite; infecção urinária – com urocultira. ◦ Detectar doenças metabólicas - diabetes/Cushing. ◦ Quando realizada nas 24 horas – melhor noção da homeostase ou de doença em relação ao sangue. ◦ Quando um produto tem depuração rápida, melhor detectado na urina. V- FERRITINA Teste mais sensível para a anemia ferropriva. No soro indica o armazenamento de ferro. Referências ◦ Homem – 12 a 300ng/ml. ◦ Mulher – 10 a 150ng/ml. ◦ Criança/adolescente Recém-nascidos – 25 a 200ng/ml. 1 a 5 meses – 50 a 200ng/ml. 6m a 15 anos – 7 a 142ng/ml. Fatores de interferência ◦ Transfusão ou alimentação recente rica em ferro aumenta a síntese; ◦ Doenças hemolíticas ferro da hemólise + síntese. ◦ Distúrbio do armazenamento hemocromatose, hemossiderose. ◦ Menstruação. ◦ Doenças inflamatórias elevam. Resultado do teste e importância clínica Valores aumentados ◦ Anemia megaloblástica; ◦ Anemia hemolítica; ◦ Hemocromatose e hemossiderose; ◦ Doença inflamatória - muita atenção!!! ◦ Alguns tipos de câncer: Hepático, leucemia. Valores reduzidos ◦ Anemia ferropriva; ◦ Deficiência protéica; ◦ Hemodiálise. VI- TRANSFERRINA Função ◦ Carreia o ferro no plasma e no líquido para suprir as necessidades teciduais. Alterações: ◦ Diminuída: Doenças hepáticas, perdas protéicas, enteropatias, síndrome nefrótica e desnutrição, Inflamação aguda e crônica; malignidade. ◦ Aumentada Deficiência crônica de ferro - alteração simultânea ou anterior às do ferro. 30 a 40% dos pacientes com anemia ferropriva crônica – limites da normalidade. A transferrina não é uma das proteínas de fase aguda - bom parâmetro para acompanhamento. Dosagem de transferrina - avaliação das anemias. Ferropriva Nível elevado - saturação é baixa. Anemia das doenças crônicas • Transferrina normal e o percentual de saturação está aumentado. Níveis elevados também ◦ Estágios iniciais de hepatites agudas, na gravidez e no uso de estrogênios. Nas hemocromatoses e hemossideroses por sucessivas transfusões sangüíneas ◦ Níveis elevados de saturação (acima de 90%). VII- TESTE DE TOLERÂNCIA À LACTOSE Medida de glicemia pré e pós ingestão de carga de lactose. Administração de 50g de lactose (2g/Kg para crianças até 50g). A glicemia é dosada em 0, 30 e 60 minutos. A mal-absorção da lactose é confirmada com um aumento da glicemia menor que 20mg %. VIII- CREATININA Junto com os níveis de uréia – função renal. Produto final não-protéico do metabolismo da creatina. Aparece no soro em quantidades proporcionais à massa muscular corpórea. Objetivos da dosagem ◦ Avaliar a filtração glomerular renal. ◦ Rastrear lesão renal. Valores de referência ◦ Crianças até 12 anos: 0,3 a 0,8 mg/dl; ◦ Adultos do sexo feminino: 0,6 a 1,0 mg/dl; ◦ Adultos do sexo masculino: 0,8 a 1,2 mg/dl; XI- URÉIA Produto final principal do metabolismo de proteína. Constitui 40 a 50% do nitrogênio não-protéico do sangue. O nível de uréia reflete a ingestão de proteína e a capacidade excretora renal. Objetivos ◦ Avaliar a função renal e auxiliar no diagnóstico de doença renal. ◦ Auxiliar na avaliação de hidratação. Valores de referência: 10 a 45 mg/dl. Ligeiramente mais altos em pacientes mais idosos. Níveis de uréia elevados Doença renal, fluxo sangüíneo renal reduzido (desidratação, por exemplo), obstrução do trato urinário e em catabolismo de proteína aumentado (queimaduras). Níveis deprimidos de uréia ocorrem em comprometimento hepático grave, desnutrição e super-hidratação. X- ÁCIDO ÚRICO Utilidade ◦ Medir os níveis séricos de ácido úrico. Objetivo ◦ Confirmar o diagnóstico de gota. ◦ Auxiliar na detecção de disfunção renal. Valores de referência ◦ Sexo masculino: 3,4 a 7,0 mg/dl (202 a 416 nmol/l). ◦ Sexo feminino: 2,4 a 6,0 mg/dl (143 a 357 nmol/l). Os níveis aumentados ◦ Gota ou função renal prejudicada;ICC, doença de armazenamento de glicogênio, infecções, anemia hemolítica ou falciforme. Os níveis deprimidos ◦ Absorção tubular defeituosa, atrofia hepática aguda, alguns tipos de cânceres... IX- HEPATOGRAMA Fornecem indicações sobre o funcionamento do fígado e das vias biliares. ◦ AST (aspartato aminotransferase - TGO) ◦ ALT (alanina aminotransferase - TGP), ◦ Fosfatase alcalina ◦ GGT ou Gama GT (Gama glutamil transpeptidase) ◦ Bilirrubinas (direta, indireta e total) ◦ TAP (tempo de protrombina ativada) ou TP (tempo de protrombina) e INR ◦ Albumina ◦ 5' nucleotidase (5'NTD) ◦ LDH (lactato desidrogenase) Transaminases (TGP e TGO) ◦ Lesão das células do fígado – extravasamento das enzimas As principais doenças que causam elevação das transaminases são: ◦ Hepatites virais ◦ Cirrose ◦ Esteato-hepatite ◦ Abuso de bebidas alcoólicas ◦ Lesão do fígado por drogas e medicamentos (hepatite medicamentosa). ◦ Insuficiência cardíaca ◦ Isquemia do fígado (hepatite isquêmica). ◦ Câncer do fígado. ◦ Doenças musculares. Os valores de referência – TGO E TGP: ◦ Limite superior - 40 e 50 U/L Doenças mais raras que frequentemente cursam com lesão hepática: ◦ Hepatite autoimune. ◦ Doença de Wilson. ◦ Deficiência de alfa-1-antitripsina. ◦ Hemocromatose Obs.: ◦ É possível ter uma doença hepática crônica e possuir transaminases normais. Pessoas com hepatite C crônica, por exemplo . Portanto, a ausência de alterações na TGO e TGP não descarta doenças do fígado. Clínica é soberana! LDH ◦ Presente em vários tecidos do corpo. Nos casos de lesão hepática, seus valores também aumentam. ◦ Menos específica para o fígado do que a TGO e TGP - mais um dado a ser levado em conta. Fosfatase alcalina (FA) e Gama GT (GGT) ◦ Elevam-se juntas quando há lesão das vias biliares. ◦ Encontrada em grande quantidade em vários outros órgãos, principalmente nos ossos, placenta e intestinos. ◦ A Gama GT também encontra-se no coração, no pâncreas e no próprio fígado. As principais doenças que cursam com elevação conjunta de GGT e fosfatase alcalina são: ◦ Obstrução das vias biliares. ◦ Cirrose biliar primária. ◦ Colangite (infecção das vias biliares). ◦ Câncer das vias biliares. ◦ Uso de alguns medicamentos (corticoides, barbitúricos e fenitoína). Bilirrubinas ◦ Produto da destruição das hemácias velhas e defeituosas pelo baço. ◦ Bilirrubina do baço - bilirrubina indireta. ◦ B. transformada no fígado - direta. ◦ Doença hemolítica - aumento da bilirrubina indireta no sangue. ◦ Doença hepática - fígado não conjuga - aumento da bilirrubina indireta. ◦ Doença genética - incapacidade de conjugar a bilirrubina indireta em direta – Síndrome de Gilbert Valor de referência, normais ◦ Direta – até 0,4 mg/dL ◦ Indireta – até 0,8 mg/dL ◦ Total – até 1,2 mg/dL Bilirrubina total (recém nascido): ◦ idade prematuro a termo ◦ Cordão 2,9mg/dL 2,5mg/dL ◦ <24horas 8,0mg/dL 6,0mg/dL ◦ <48horas 12,0mg/dL 10,0mg/dL ◦ 3 a 5 dias 15,0mg/dL 12,0mg/dL ◦ 7 dias 15,0mg/dL 10,0mg/dL XII- T3, T4 E TSH Síntese do hormônio tireoidiano ◦ Depende - iodo na dieta, do estímulo do TSH hipofisário e de tirosina. ◦ Na tireóide o iodo liga-se ao ácido aminado tirosina. ◦ Monoiodotirosina e diiodotirosina combinam-se para formar tiroxina (T4) e triiodotironina (T3). ◦ Compostos iodados - tireoglobulina: o colóide - depósito do hormônio tireoidiano. ◦ O TSH – proteólise - iodotironinas na corrente sanguínea. Sangue - circula ligado a uma proteína (TBG). Os estrogênios - elevação da TBG. Gravidez ou medicação - estrogênio – altera a função tireoideana. Com o aumento da capacidade TBG - normalidade depende do conceito de que a tiroxina livre é mantida em limites normais. T4 secretado 20 vezes mais que T3. T3 o responsável pela maioria, senão todas, as funções tireoidianas no organismo. T3 é 3 a 4 vezes mais potente que T4. Cerca de um terço do T4 secretado diariamente é convertido nos tecidos periféricos, particularmente fígado e rins, em T3. 40% de T4 é convertido na forma inativa, T3 reverso. São duas as razões para que T3 seja mais ativo que T4: ◦ Os receptores celulares para hormônio tireoidiano tem cerca de 10 vezes mais afinidade por T3. ◦ Proteínas sanguíneas ligam T4 mais fixamente que T3. Valores Normais ◦ TSH - 0,5 e 5,0 mUI/L. ◦ Triiodotironina (T3): 80 a 200 ng/100ml. ◦ Tiroxina (T4): 4,5 a 11,5 mcg/100ml. ◦ Tiroxina livre (T4L): 0,8 a 2,0 ng/100ml. Obs.: ◦ Hipotireoidismo - TSH ELEVADO ◦ Hipertireoidismo - TSH BAIXO RETROALIMENTAÇÃO NEGATIVA XIII- GLICEMIA DE JEJUM Teste bom??? ◦ Muito suscetível Mínimo – associar com insulina basal Melhor: ◦ Associar com a pós-prandial ◦ Insulina basal e pós-prandial Sempre associar à carga de estresse Referência: Abaixo do 100 mg/dL. Glicemia em jejum 100 e 125 mg/Dl - Pré- diabetes. Quando a glicemia em jejum encontra-se acima do 126 mg/dL em pelo menos 2 análises de sangue coletadas em momentos diferentes, temos critério para o diagnóstico do diabetes. A glicemia em jejum é atualmente usada apenas para o diagnóstico. Pacientes com diabetes mellitus - hemoglobina glicosilada. Pós-prandial - abaixo dos 140 mg/dL. Valores entre 140 e 199 mg/dL indicam intolerância a glicose Resistência à ação da insulina. Estágio pré-diabetes, mesmo que a glicemia em jejum esteja abaixo de 100 mg/dL. Valores acima de 200 mg/dL são indicativos de diabetes. XIV - HEMOGLOBINA GLICADA Valores de referência ◦ 4% e 6%. Indica como se manteve a glicemia nos últimos 120 dias. Bom para acompanhamento e diagnóstico de DM. Obrigada!
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