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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE TEIXEIRA SOARES - PARANÁ. 
PROCESSO Nº
 
 FERNANDO CABRAL,(nacionalidade),(estado civil),(profissão), portador da Cédula de Identidade RG nº 10000-2345,SSP/PR e inscrito no CPF sob o número 20130507-3,residente e domiciliado no Município de Fernandes Pinheiro, RuaCarlos Machado Nº 20, 22000-230 - Curitiba/PR,vem por intermédio de sua Advogada que está subscreve inscrita na OAB Nº (80802) com endereço na Rua Martins Neto, Teixeira Soares – Curitiba/PR Nº 753 onde recebe intimações e notificações,perante Vossa Excelência,oferecer RESPOSTA Á ACUSAÇÃO com fulcro nos Artigos 396 e 396 – A do Código Processo Penal pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir: 
DOS FATOS
 No dia 7 de Fevereiro de 2017 na área Central de Fernandes Pinheiro, o suspeito Fernando Cabral de apenas 20 anos de idade após percorrer 12 km de bicicleta foi preso, pois a mesma tinha sido furtada naquele mesmo dia.
 Por conseqüência, o mesmo foi levado a Delegacia de Teixeira Soares, lá foi detectado que o suposto não possui antecedentes criminais, tendo assim confessado o crime no momento da abordagem, por fim o bem foi devolvido á proprietária. 
DO DIREITO
TESES DE MÉRITO
DA ATIPICIDADE DA CONDUTA: APLICAÇÃO DO PRINCIPIO DA INSIGNIFICANCIA AO PRESENTE CASO 
 Conforme consta na Denúncia o réu teria subtraído uma bicicleta no valor equivalente á 100,00,sendo pois devolvida ao proprietário duas horas após o crime. Mediante o caso concreto, podemos conceituar que o princípio da Insignificância ou Bagatela é um princípio penal limitador, logo ele não está na dogmática jurídica, sendo certo que resulta da criação exclusivamente doutrinaria. 
 Logo podemos concluir Vossa Excelência, que o Principio da Insignificância consiste na idéia de que o Direito Penal não deve se preocupar com bagatelas, do mesmo modo que não podem ser admitidos tipos incriminadores que descrevam condutas incapazes de lesar o bem jurídico, já que a tipicidade exige um mínimo de lesividade a esse.
 Capez comenta que: “se a finalidade do tipo penal é tutelar um bem jurídico, sempre que a lesão for insignificante, a ponto de se tornar incapaz de lesar o interesse protegido, não haverá adequação típica.”
 
 Vale ressaltar que: ‘’a despeito de restar patente a existência da tipicidade formal (perfeita adequação da conduta do agente ao modelo abstrato previsto na lei penal) — não incide no caso a tipicidade material, que se traduz na lesividade efetiva e concreta ao bem jurídico tutelado, sendo atípica a conduta imputada ao (réu)”, tendo em vista que o objeto é considerado de pequeno valor. Gilmar Mendes 
 Sendo assim, Excelência mediante os fatos apresentados e mencionados conforme legislação vigente deverá o mesmo ser absolvido Sumariamente conforme o art. 397 lll do Código de Processo Penal.
DESCLASSIFICAÇÃO DO CRIME DE FURTO SIMPLES PARA FURTO PRIVILEGIADO 
 Não entendendo esse Douto Julgador pela atipicidade da conduta face o reconhecimento do Princípio da Insignificância, pede-se subsidiariamente, a desclassificação do crime de furto consumado no art. 155, caput do Código Penal,para furto privilegiado que encontra-se no parágrafo segundo do mesmo artigo. 
 DO PEDIDO 
Diante do exposto requer: 
Requer que seja recebida a Resposta á acusação com base nos art. 397 lll;
Requer-se a Absolvição Sumária face a Atipicidade da conduta decorrente do Princípio da Insignificância;
Em caso de não aplicação do Principio da Insignificância que ao menos Desclassifique o furto simples caput para furto privilegiado previsto no parágrafo segundo do artigo 155 do Código Penal;
Que seja feita a oitivas de testemunhas que apreciaram os fatos;
	
	Nestes termos, pede deferimento.
	Paraná, 07 de Fevereiro de 2017.
 ADVOGADO/OAB.
	Rol de Testemunhas: 
	1.	
	2.

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