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Texto 11 - Cultura de Massas no Século XX

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Cultura de Massas no Século XX – Edgar Morin.
A Cultura
	- Há um sentido antropológico em que cultura se opõe a natureza e engloba tudo que não depende do comportamento inato.
	- outra definição antropológica faria depender da cultura tudo que é dotado de sentido
	- Há um sentido etnográfico, em que cultura reagruparia crenças, ritos, normas, valores, modelos de comportamento.
	- O sentido sociológico: envolve a personalidade e suas aderências culturais, às vezes se resume à cultura ilustrada, isto é, a concepção que centra a cultura nas humanidades clássicas e no gosto literário artístico. Esta concepção é valorizada, o culto se opõe ao inculto.
O sistema cultural
	- Precisamos considerar a cultura como um sistema que faz comunicar uma experiência existencial e um saber constituído. Tratar-se-ia de um sistema indissociável em que o saber seria assimilável apenas pelos detentores do código, os membros de uma dada cultura, o saber seria ligado a padrões-modelos.
	- Tal concepção tem a grande vantagem de poder aplicar-se a todas as noções de cultura, desde a mais global (oposta à natureza) até a mais estreita (cultura ilustrada). 
	- Nossa sociedade é policultural: há a cultura das humanidades, matriz da cultura ilustrada, a cultura nacional, que alimenta e exalta a identificação com a nação, as culturas religiosas, políticas, de massas. Cada uma destas é atravessada por correntes antagônicas.
A cultura ilustrada
	- Ao mesmo tempo segunda (por não ter a mesma importância da cultura nacional ou religiosa) e secundária (cultura vivida no plano estético, e não portadora de verdades imperiosas, como as da fé ou da ciência).
	- Essa cultura que se proporcionava nos colégios aos filhos das famílias das elites dominantes, e a partir de agora se quer espalhá-la como se ela devesse ter alguma função secreta e maravilhosa.
	- o uso monopolístico aparece aos seus beneficiários da intelligentsia ou das classes superiores, não como um privilégio sociológico, mas como um dom pessoal. Os padrões-modelos desta cultura se conjugam para formar a imagem ideal do homem culto.
A intelligentsia 
	- Está ligada por suas raízes às classes burguesas, mas uma fração dela pode opor-se à classe originária ou mesmo combatê-la e procurar um novo enraizamento no principio de uma nova sociedade sem classes.
	- A intelligentsia é uma classe que se vê intelectualmente superior e economicamente dependente.
	- assim, a cultura, se tem, por um lado, um aspecto sofisticado ligado ao seu elitismo, tem, ao mesmo tempo, um aspecto arcaico, ligado à pesquisa do contato existencial com as verdades.
	O mito da criação permite conciliar o duplo elitismo, o da intelligentsia, que vê coroados como quase deuses seus gênios criadores, o das classes superiores que, transformando-se em mecenas e apropriando-se das obras originais justificam-se, enobrecem-se. 
	- Mais amplamente, a negatividade cultural se torna positividade.
	- A cultura procura suas fontes de satisfação (estética, filosofia, etc.) nas fontes de insatisfação da sociedade (nos guetos, nos “desequilibrados”).

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