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Introdução ao estudo do Direito Caso concreto 3

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CASO CONCRETO - 3 
“Quando Jesus de Nazaré, no seu julgamento perante o pretor romano, admitiu ser rei, disse ele: “Nasci e vim a este mundo para dar testemunho da verdade." Ao “que Pilatos perguntou: "O que é a verdade? ’. Cético o romano obviamente não esperava resposta a esta pergunta, e o santo também não a deu. Dar testemunho da verdade não era o essencial em sua missão como rei messiânico. Ele nascera para dar testemunho da justiça, aquela justiça que Ele desejava concretizar no reino de Deus. E, por essa justiça, morreu na cruz. Dessa forma, emerge da pergunta de Pilatos – o que é verdade? -, através do sangue do crucificado, outra questão, bem mais veemente, a eterna questão da humanidade: o que é justiça? ” (Kelsen, Hans. O que é justiça? 3º ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001).
Para Kelsen, o que é Justiça ?
Resposta: 
Para Kelsen trata-se de uma existência de valor absoluto do justo,tendo posicionamento sobre dois argumentos.
O primeiro fala sobre à independência da validade da norma positiva em face da norma de justiça, já o segundo diz respeito ao problema da justiça em função das normas de tipo metafísico e as normas de tipo racional. Em ambas podemos visar o valor absoluto.
A princípio Kelsen diz que é do ponto de vista da doutrina do direito natural que se opera um juízo de apreciação do direito positivo como justo ou injusto, por força da qual o direito positivo apenas seria válido quando correspondesse ao direito natural constitutivo de um valor de justiça absoluto.
Nesse sentido, sob o ponto de vista do direito natural, tornar-se-ia indispensável encontrar um ideal de justiça como a única forma de fundar uma ordem jurídica e dotá-la de validade, significando que, de acordo com esta teoria, só o direito natural poderia, na verdade, ser considerado válido, e não o direito positivo como tal.
Kelsen vai dizer que a validade das normas de direito positivo não depende da relação em que se encontram com a norma de justiça. Assim, o direito positivo vale enquanto tal, ou seja, retira a sua validade da objetividade, da norma posta. Em outras palavras, a sua validade se justifica no próprio sistema de normas positivas instituído. Se uma norma entrou com regularidade no sistema jurídico, automaticamente ela retira dele a sua validade subjetiva, sendo desnecessário pedir a sua adequação a um ideal de justiça.
Portanto, para Kelsen, não se pode deduzir de um ideal, que se quer absoluto, uma norma do dever-ser. O mundo do ser - de onde se pode pensar e imaginar um valor "universal" - não se comunica com o mundo do dever-ser. Logo, diante da perspectiva da ciência positiva surge o sentido do relativo, uma vez que para Kelsen, a ciência "não tem de decidir o que é justo, isto é, prescrever como devemos tratar os seres humanos, mas descrever aquilo que de fato é valorado como justo, sem se identificar a si própria com um destes juízos de valor".
QUESTÕES OBJETIVAS
1. Sobre a Teoria Tridimensional do Direito, assinale V para as corretas e F paras as falsas:
(F) A Teoria Tridimensional do Direito trouxe uma visão nova da realidade jurídica: compreende o direito
como sendo fato, valor e norma, a partir de uma concepção hierarquicamente superior da norma.
(V) O direito só se constitui quando determinadas valorações dos fatos sociais culminam numa integração
de natureza normativa, ou seja, as normas representam a integração de fatos sociais segundo múltiplos
valores.
(V) A tridimensionalidade realeana entende que fato, valor e norma devem ser considerados como sendo
componentes essenciais do fenômeno jurídico. Conseqüência disso é que eles estão indissoluvelmente
unidos entre si, não sendo possível apresentá-los cada um abstraído dos demais.
(V) Apesar de implícito na obra de vários autores, é com o professor Miguel Reale que o
tridimensionalismo encontra seu aperfeiçoamento e formulação ideal que o credencia como rigorosa
teoria.
(F) As três dimensões FATO, VALOR e NORMA, correspondem, respectivamente, a estas disciplinas:
FILOSOFIA ou AXIOLOGIA JURÍDICA, SOCIOLOGISMO JURÍDICO e NORMATIVISMO JURÍDICO.
2. (FEPESE - 2012 - DPE-SC - Defensor Público)
Alternativa : (A) o que é e como é o Direito.

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