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resumo civil iv

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OBS: Res nullius – coisa de ninguém 
Res derelictae – coisa abandonada
Res communes omnium – coisa comum aos homens
 
Usofruto: Tirar vantagem da coisa. É o direito real pelo qual o proprietário concede o uso e fruição a alguém, guardando para si o direito abstrato da propriedade
Nu proprietário: está sem o uso e fruto
Usufrutuário: Tem uso e fruto.
CARACTERÍSTICAS: Apesar de não existir consenso na doutrina, podemos apontar as seguintes:
a) a oponibilidade erga omnes ( arts 1226 e 1227 CC): O seu direito é com a coisa, mas manifestado contra todos, que dele devem ter conhecimento.
b) o direito de seqüela (art. 1228 CC): Perseguir a coisa nas mãos de quem quer que a detenha
c) a exclusividade ( art. 1231 CC): A propriedade presume-se plena e exclusiva, até prova em contrário
d) a preferência (art. 1477 CC): Hipoteca (ônus real) tem preferência sobre aval.
e) a taxatividade (art. 1225 CC): Lista dos direitos reais
f) A possibilidade de abandono da coisa: Pode-se renunciar o direito sobre a coisa
g) Previsão da usucapião (arts. 1238 a 1244, 1260 a 1262 e 1379 CC);
h) Aplicação do princípio da publicidade dos atos: Títulos registrados são de conhecimento público
 
DIFERENÇA ENTRE DIREITO REAL E OBRIGACIONAL :
DIREITO REAL (ou das COISAS) : DIREITO OBRIGACIONAL (ou PESSOAL) :
Absolutos (eficácia erga omnes) Relativos (eficácia entre as partes)
Vincula o titular à coisa Vincula a pessoa do credor à pessoa do devedor Possuem sujeito passivo indeterminado Possuem sujeito passivo determinado: devedor Princípio da publicidade (tradição e registro) Princípio da atonomia privada (liberdade)
A coisa é objeto imediato da relação A coisa é objeto mediato da relação
O exercício se dá sem intermediários O exercício se dá por intermédio de outro sujeito
Relação permanente; típica Ex. propriedade Relação transitória; atípica Ex. contratos
 
Direito das Coisas – Civil IV – Resumo Completo para Provas
Objeto do direito das coisas: – Corpóreas (móveis ou imóveis), e incorpóreas.
Produções nos domínios das letras, das artes, das ciências ou da indústria.
Direitos de propriedade intelectual é um direito sui generis (patrimonial + extrapatrimonial).
 
SUJEITOS DA RELAÇÃO JURÍDICA DE DIREITO REAL
Sujeito ativo: titular do direito subjetivo absoluto sobre o bem. Exerce direito de seqüela e é possuidor
Sujeito passivo: sobre quem ( toda a coletividade) recai o dever de respeito ao direito do sujeito ativo.
 
OBRIGAÇÕES RELACIONADAS AO DIREITO REAL
Obrigações propter rem: (acompanham a coisa). Ex. taxa de condomínio
Ônus reais: limitações impostas ao exercício de um direito real, constituindo gravames ou diretos oponíveis ergas omnes. Para existir o ônus real é necessário que o titular da coisa seja o devedor e não apenas o garantidor da dívida de terceiro.
Obrigações com eficácia real: relações obrigacionais que produzem eficácia erga omnes.
Ex: compromisso de compra e venda de imóvel, registrado do cartório imobiliário.
 
AÇÃO REIVINDICATÓRIA: O proprietário tem o poder de reaver a coisa das mãos daquele que injustamente a possua ou detenha. É a ação reivindicatória, tutela (poder conferido por lei para que uma pessoa capaz proteja a propriedade) específica da propriedade, que possui fundamento no direito de seqüela. A ação de imissão de posse, por exemplo, tem natureza reivindicatória. A ação reivindicatória é imprescritível, uma vez que a sua pretensão versa sobre o domínio, que é perpétuo, somente se extinguindo nos casos previstos em lei (usucapião, desapropriação etc.).
A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE Utilidade se dá através do exercício da posse. O direito de propriedade, assegurado constitucionalmente como um direito fundamental, apresenta a função social como elemento estrutural. Normas que asseguram o cumprimento da função social e as que reprimem seu descumprimento integram o conjunto que representa a instituição propriedade no direito brasileiro. O Art.1228, CC fala desapropriação do propriedade para utilidade pública ou interesse social.
 
EXTENSÃO DO DIREITO DE PROPRIEDADE: A) propriedade móvel: recai sobre a coisa por inteiro, delimitada espacialmente pelos próprios limites materiais da coisa. B) propriedade imóvel (arts. 1.229 e 1.230, CC): abrange o solo e o subsolo, em altura e profundidade úteis ao proprietário.
 
RESTRIÇÕES LEGAIS DE INTERESSE PARTICULAR E PÚBLICO: São várias as restrições, impostas pela Constituição Federal, pelo Código de Mineração, Florestal, Lei de Proteção ao Meio Ambiente etc. Ex.: Servidão administrativa; propriedade da União das jazidas e recursos minerais e os potenciais de energia elétrica; Tombamento
 
POSSE: É a exteriorização do direito de propriedade. Precisa ser protegida para evitar violência
Objeto da posse: Incide sobre bens corpóreos e incorpóreos. Ex: direitos do autor, propriedade intelectual, passe atlético, direito real de uso sobre linha telefônica.
Sujeitos da posse: São as pessoas naturais ou jurídicas. (Possuidor e o Confinante)
 
Entre os modernos há duas teorias importantes:
Teoria de Savigny (subjetiva): A posse é o poder de dispor fisicamente (corpus) da coisa, com ânimo de considerá-la (animus) sua propriedade e defendê-la contra a intervenção de outrem.
Teoria de Ihering (objetiva): Exige-se tão somente a conduta de proprietário. Não sendo necessária a apreensão física da coisa ou a vontade de ser dono dela
O C.C. adotou a Teoria de Ihering (objetiva) no Art 485 que considera possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno, ou não, de algum dos poderes inerentes ao domínio, ou propriedade.
 
Espécies e Qualificações da Posse:
1.Posse Direta e Indireta: 
Direta: A pessoa que tem a coisa em seu poder. Usufrutuário, depositário, o credor pignoratício, o locatário e o comodatário são possuidores diretos, pois todos detêm a coisa que lhes foi transferida.
Indireta: Quando o seu titular, afastando de si por sua própria vontade a detenção da coisa, continua a exercê-la imediatamente após haver transferido a outrem a posse direta.
Composse: Simultaneidade da existência da posse por mais de um possuidor. Ex. Cônjuges no regime de comunhão de bens e condôminos
Quanto aos vícios: Posse justa: É mansa, pacífica, pública e adquirida sem violência.
Posse injusta: Com pelo menos um dos vícios da posse (violência, clandestinidade ou precariedade).
Posse violenta: adquirida através do emprego de violência contra a pessoa.
Posse clandestina: adquirida às escondidas. Estas duas são relativas e podem virar de Boa-Fé
Posse precária: decorrente da violação de uma obrigação de restituir (abuso de confiança).
Não é posse jurídica, não produz efeitos contra o legítimo possuidor. Absoluta (C.P. Apropriação Indébita)
Posse de Boa Fé e Posse de Má Fé: Art. 490, CC: É de boa fé a posse, se o possuidor ignora o vício ou o obstáculo que lhe impede a aquisição da coisa, ou do direito possuído.
É de má-fé: Quando o possuidor sabe que a posse tem vício
Detenção da Coisa: Simples detenção material não produzindo consequencias jurídicas
Aquisição e Perda da Posse: Aquisição ou Início: Se dá quando ocorrem seus dois elementos constituintes: fato externo – o corpus (apreensão) e um fato interno – animus (intenção).
 
Aquisição da posse originária: Não há cadeia de produção. Ato unilateral e sem transmissão negocial.
Posse por apreensão da coisa:
a.1 “res nullius” (coisa sem dono): Por exemplo, caçar um animal para se alimentar. Este animal, tratado como coisa no Direito brasileiro, é tido como espécie de aquisição originária.
a.2 “res derelicta” (coisa abandonada): por exemplo, pertences encontrados no lixo.
a.3 Apreensão econômica ou em razão de violência ou clandestinidade
Aquisição unilateral pelo exercício de direito
Aquisição da posse derivada :
a.Tradição: É a entrega da coisa.
a.1 Tradição real: consubstancia-se por intermédio da entrega efetiva da coisa (é o caso do bem móvel).
a.2 Tradição simbólica: a transferência é por um ato representativo, ex. entrega das chaves de imóvel.
Sucessão(art. 1.207 CC/02): Ex. Herança pode ser transmitida sem nenhum ato do herdeiro.
 
Perda da posse:
Abandono: não basta a omissão do possuidor.
Tradição: é causa hibrida, pois, se de um lado gera perda da posse, do outro gera a aquisição
Perda, destruição ou colocação da coisa fora de comércio.
Desapossamento: Hipótese de perda ilícita, mas com efeitos práticos. Por exemplo, esbulho.
 
Os Efeitos da Posse: São as conseqüências jurídicas por ela produzidas, ou seja:
Dentre os efeitos da posse, destacam-se: percepção de frutos; O direito à percepção dos frutos varia conforme a classificação da posse quanto à subjetividade e está disciplinado nos arts. 1.214 a 1.216, CC
– Frutos; Colhidos; Pendentes; Percipiendos
– Boa-fé – Direito do possuidor à Restituição com o direito à dedução das despesas.
– Má-fé – Indenização ao possuidor legítimo, com direito à dedução das despesas. Só lhe assiste o direito às despesas. O pagamento feito ao possuidor de má-fé pelas despesas de produção e custeio é devido tendo em vista o princípio do direito civil que proíbe o enriquecimento sem causa.
 
DIREITO ÀS BENFEITORIAS: Assim como ocorre com os frutos, a indenização pelas benfeitorias depende da classificação da posse quanto à sua subjetividade (vide arts. 1.219 e 1.220, CC):
Boa-fé: Necessária – Indenização + Retenção
Útil – Indenização + Retenção
Voluptuária – Jus tollendi, sem direito de retenção
Má-fé: Apenas restituição do valor gasto pelo possuidor
Obs: as benfeitorias são compensadas com os danos.
 
Interdito possessório: Ações possessórias que visam combater as seguintes agressões à posse:
Esbulho: agressão que culmina da perda da posse. Interdito adequado: Reintegração de Posse (efeito restaurador). CPC, arts. 926 a 931.
Turbação: agressão que embaraça o exercício normal da posse. Interdito adequado: Manutenção de Posse (efeito normalizador). CPC, arts. 926 a 931.
Ameaça: risco de esbulho ou de turbação. Interdito adequado: Interdito Proibitório. CPC, 932 e 933.
Condições das ações possessórias: – Interesse de Agir e Legitimidade do Possuidor.
Detentor não tem legitimidade ativa nem passiva.
 
DESFORÇO POSSESSÓRIO: Desforço incontinenti: defesa imediata da posse pelo possuidor agredido. Deve estar assentado no binômio imediatismo-proporcionalidade. A doutrina costuma classificar a autotutela da posse em duas espécies:
desforço imediato: ocorre nos casos de esbulho, em que o possuidor recupera o bem perdido.
legítima defesa da posse: Casos de turbação, em que o possuidor normaliza o exercício de sua posse.
 
DISTINÇÃO ENTRE POSSE E DETENÇÃO : • Posse: exercício do poder de fato em nome próprio, usando a propriedade e fazendo uso econômico da coisa e intenção de usar a coisa tal qual o proprietário.
Detenção (posse natural): exercício do poder de fato sobre a coisa em nome alheio.
Detentor é servo da posse, pois mantém uma relação de dependência com o verdadeiro possuidor.
 
INTERVERSÃO DO CARÁTER DA POSSE: Continuidade do caráter da posse (art. 1.203, CC): a posse que se inicia justa permanece justa; a posse que se inicia injusta, permanece injusta ao longo do tempo, a menos que se opere a interversão do caráter da posse.
Inversão do caráter da posse: Violência e clandestinidade são vícios relativos, enquanto que a precariedade é vício absoluto. Cessada a violência ou a clandestinidade a posse pode deixar de ser injusta e passa a ser justa, mas a precariedade sempre será injusta.
 
PROPRIEDADE: Direito que a pessoa física ou jurídica tem, dentro dos limites normativos, de usar, gozar e dispor de um bem corpóreo ou incorpóreo, bem como de reivindica-lo de quem injustamente o detenha (direito de sequela).
AÇÃO REIVINDICATÓRIA: O proprietário tem o poder de reaver a coisa das mãos daquele que injustamente a possua ou detenha. A ação de imissão de posse tem natureza reivindicatória. Os pressupostos da ação reivindicatória são três: a) a titularidade do domínio, pelo autor, da área reivindicada, que deve ser devidamente provada; b) a individualização da coisa, com a descrição atualizada do bem, seus limites e confrontações; c) a posse ilegítima do réu, carece da ação o titular do domínio se a posse do terceiro (réu) for justa, como aquela fundada em contrato não rescindido.
O art. 1.228 do CC/02 fala em posse injusta, que deve ser compreendida como posse sem título. Não há necessidade que a posse ou detenção tenha sido obtida através de violência, clandestinidade ou precariedade. A ação reivindicatória é imprescritível, uma vez que o domínio é perpétuo, somente se extinguindo nos casos previstos em lei (usucapião, desapropriação etc.- Súmula 237 do STF).
 
Direito das Coisas – Civil IV – Resumo Completo para Provas
A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE: (Art. 1228, CC) Propriedade: A) Enquanto bem móvel ou imóvel; B) Direito sobre um bem corpóreo ou incorpóreo; C) Instituição.
A função social nestas três situações: a) Quanto a propriedade está relacionada à utilidade conferida ao bem móvel, imóvel, corpóreo ou incorpóreo, que se dá através do exercício da posse.
b) O direito de propriedade, assegurado constitucionalmente como um direito fundamental, apresenta a função social como elemento estrutural (propriedade enquanto direito).
c) A função social impõe uma série de limitações que devem ser respeitadas pelo proprietário.
Exemplos: Desapropriação Judicial pela Posse-Trabalho e Usucapião 
 
EXTENSÃO DO DIREITO DE PROPRIEDADE A) Móvel: recai sobre a coisa por inteiro, delimitada espacialmente pelos próprios limites materiais da coisa. B) Imóvel (arts. 1.229 e 1.230, CC): abrange o solo e o subsolo, em altura e profundidade úteis ao proprietário. Incluem as jazidas, minas, recursos minerais, energia hidráulica e monumentos arqueológicos (propriedade da União).
 
CARACTERÍSTICAS DA PROPRIEDADE: Art. 1.231, CC: a plenitude e a exclusividade. A doutrina soma outras três: perpetuidade, elasticidade e oponibilidade erga omnes.
Plena quando estão nas mãos do proprietário todas as faculdades que lhe são inerentes. Limitada (não plena) : a) Estiver sujeita a algum ônus real; b) For resolúvel (extinguível)
Exclusividade significa que a mesma coisa não pode pertencer com exclusividade e simultaneamente a duas ou mais pessoas. Isso não se choca com a idéia de condomínio, pois cada condômino é proprietário, com exclusividade, de sua parte ideal.
Perpétua, pois não se extingue pelo não-uso. Só se perde se o proprietário alienar ou ocorrer usucapião, desapropriação, perecimento etc. É transmissível aos herdeiros
Elasticidade: Possibilidade de serem transferidos alguns dos poderes a terceiros. O fenômeno inverso chama-se retração. Por fim, a oponibilidade erga omnes (contra todos).
 
RESTRIÇÕES LEGAIS DE INTERESSE PARTICULAR E PÚBLICO: São restrições, impostas pela Constituição Federal, pelo Código de Mineração, Florestal, Lei de Proteção ao Meio Ambiente etc.
Há limitações nos direitos de vizinhança e de cláusulas voluntárias que atingem, a inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade. Limitações de interesse público: – Servidão administrativa; Propriedade da União: Jazidas e recursos minerais e os potenciais de energia elétrica; Tombamento; Desapropriação por utilidade ou necessidade pública ou por interesse social; requisição de bens particulares.
Limitações de interesse privado: No Art. 1.228 c/c disposições acerca do direito de vizinhança.
 
DIREITOS DE VIZINHANÇA: Arts. 1.277 ao 1.313, CC. Estabelece limitações ao direito de propriedade, relativos ao direito de vizinhança. Nos direitos de vizinhança a norma jurídica limita as faculdades de usar e gozar por parte de proprietários e possuidores de prédios vizinhos, impondo-lhes um sacrifício para que a convivência social seja possível e para que a propriedade de cada um seja respeitada A noção de vizinhança remete à proximidade dos imóveis, independente de relação de contigüidade entre eles. Estabelecem regras para: a) controle e vedação do uso anormal da propriedade; b) propriedade das árvores limítrofese seus frutos; c) criação de passagem forçada; d) servidão para passagem de cabos e tubulações; e) águas ; f) limites entre prédios e regular o direito de tapagem g) direito de construir .
 
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL – Modos de aquisição:
Bem imóvel: Registro de título:
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante registro do título no Registro de Imóveis.
1°. Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel.
2°. Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invalidade do registro, e o respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono do imóvel.
Art. 1.246. O registro é eficaz desde o momento em que se apresentar o título ao oficial do registro, e este o prenotar no protocolo.
Art. 1.247. Se o teor do registro não exprimir a verdade, poderá o interessado reclamar que se retifique ou anule.
Parágrafo único. Cancelado o registro, poderá o proprietário reivindicar o imóvel, independentemente da boa-fé ou do título do terceiro adquirente.
O registro tem natureza aquisitiva do domínio (forma derivada de aquisição da propriedade imóvel). Sem registro, o direito do adquirente não é direito real, e sim direito pessoal de eficácia relativa entre os negociantes (adquirente e alienante), não produzindo efeitos, pois, contra terceiros. A eficácia erga omnes da propriedade imóvel só é atingida pelo registro, que confere a publicidade necessária à relação dominial.
 
O REGISTRO PÚBLICO: ( Lei de Registros Públicos – LRP)
Acepções da palavra registro: Registro de imóveis (LRP, Arts 167 a 171), tem duas acepções: a) a primeira, referente ao ofício público, determinadora da publicidade dos direitos reais; b) a segunda, relacionada ao ato ou assento praticado em livro desse ofício para realizar o referido fim. Finalidade do Registro Imobiliário: Conferir publicidade para que adquira eficácia perante terceiros.
Atributos do Registro: – publicidade; – presunção relativa de veracidade; fé pública. – legalidade
– obrigatoriedade – continuidade – força probante – prioridade – especialidade
 
Efeito do registro: Aquisição de direitos reais (propriedade, servidão, hipoteca etc.).
 
O REGISTRO PÚBLICO: Atos de Registro de Imóveis:
1) Matrícula: É o registro inaugural do imóvel (LRP Arts. 227 a 235), consistindo na especificação do estado de um imóvel, tanto em seus aspectos físicos (localização, dimensões etc.) quanto jurídicos (proprietário, forma de aquisição etc). A matrícula será efetuada por ocasião do primeiro registro A matrícula só pode ser cancelada por determinação judicial, desdobro ou fusão:
Desdobro: subdivisão de lotes.
Fusão: unificação de imóveis contíguos. No caso de fusão, o cancelamento da matrícula anterior e abertura de nova matrícula é uma faculdade do proprietário dos imóveis contíguos.
 
2) Registro: (Art. 167, I, LRP) Devem ser registrados todos os atos que influenciem no uso, gozo e disposição de um imóvel. O registro será feito sempre que houver alteração na titularidade de um imóvel ou quando houver limitação da propriedade pela formação de direitos reais limitados.
Devem ser registrados atos como: instituição de bem de família, hipotecas, servidões, usufruto, uso, habitação, contratos de compromisso de compra e venda, anticrese, superfície, incorporações, instituições e convenções de condomínio, compra e venda de imóvel, permuta, dação em pagamento, doação etc.
 
3) Averbação: Através da averbação é feita alteração em registro já existente. Assim, o art. 167, II da LRP determina que serão averbados atos como: – mudança de denominação e de numeração dos prédios, – da edificação, – da reconstrução, da demolição, – do desmembramento e do loteamento de imóveis; – restabelecimento da sociedade conjugal; – sentenças de separação judicial, – de divórcio e de nulidade ou anulação de casamento, – quando nas respectivas partilhas existirem imóveis ou direitos reais sujeitos a registro; – contrato de locação, para fins de exercício do direito de preferência; – extinção do direito de superfície; – cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade impostas a imóveis.

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