Buscar

Artigo 6

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Faculdade de Ciências Contábeis e Administração do Vale do Juruena 
Bacharelado em Ciências Contábeis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTROLE INTERNO E DE ESTOQUES: UM ESTUDO DE 
CASO EM UM SUPERMERCADO 
 
 
 
 
 
 
BEATRIZ TEREZINHA DAL PIVA SELHORST 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juina – MT 
2009 
 
 
BEATRIZ TEREZINHA DAL PIVA SELHORST 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTROLE INTERNO E DE ESTOQUES: UM ESTUDO DE 
CASO EM UM SUPERMERCADO 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao curso de 
graduação Ciências Contábeis, da 
Faculdade de Ciências Contábeis e 
Administração do Vale do Juruena 
Instituto Superior de Educação do Vale do 
Juruena como requisito parcial para 
obtenção do título Bacharel em Ciências 
Contábeis. 
 
 
 
 
Profª. Ms Ahiram Cardoso Silva Lima 
Orientadora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juina – MT 
2009 
 
 
BEATRIZ TEREZINHA DAL PIVA SELHORST 
 
 
 
 
 
 
CONTROLE INTERNO E DE ESTOQUES: UM ESTUDO DE 
CASO EM UM SUPERMERCADO 
 
 
 
 
Monografia apresentada em 24 de Junho de 2009 e aprovada pela Banca 
Examinadora, constituída pelos professores: 
 
 
 
 
_______________________________ 
Profª. Ms. Ahiram Cardoso Cilva Lima 
Orientadora – Presidente da Banca 
 
 
 
___________________________ 
Profª. Ms.Cleiva Schaurich Mativi 
Membro 
 
 
 
 
_________________________________ 
Prof. Esp.Claudio Luis Lima dos Santos 
Membro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juina – MT 
2009 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho à minha família em 
especial minhas filhas Gabriela e Bárbara 
pela força, incentivo e compreensão nas 
horas de estresse e na ausência da mãe 
em muitas ocasiões neste período de 
estudos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço primeiramente a Deus pela sabedoria a mim concebida, e a 
oportunidade da realização de um sonho, de cursar uma faculdade. 
A minha orientadora Prof. Mestre Ahiram Cardoso Silva Lima pelo 
conselhos, incentivos e pela paciência nas inúmeras explicações e orientação, aos 
demais professores que fizeram parte da minha formação. 
Aos colegas que estiveram comigo nas horas de estudo, lazer, estresse, 
preocupação, desabafos dividindo as batalhas, desafios e as conquistas 
incentivando uns aos outros para que não desistisse no meio do caminho. Em 
especial as colegas Andréia e Shirlei que sempre estiveram do meu lado 
compartilhando todos os momentos, minhas cúmplices e companheiras para todas 
as horas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Trata-se de um trabalho que versa sobre a contribuição do controle interno 
como ferramenta de auxilio gestão controle de estoques, detalhando um estudo de 
caso de uma empresa no ramo de supermercados, localizada no município de Juína, 
estado do Mato Grosso, Brasil. Investiga-se como o Controle Interno pode contribuir 
na gestão dos estoques em Supermercados. Esta pesquisa teve como objetivo geral 
identificar como o controle interno pode contribuir para a auditoria interna, 
analisando os controles em diversos setores ligados ao estoque da empresa do 
ramo de supermercado. Tiveram como objetivos específicos identificar os 
procedimentos de um supermercado; estudar sobre controle interno e descrever 
como implantar o sistema de controle adequado. A metodologia utilizada foi a 
pesquisa bibliográfica, descritiva, estudo de caso, método de abordagem indutivo. O 
trabalho está estruturado em tópicos e sub-tópicos abordando sobre controles 
internos, estruturas, ambientes, atividades, sistemas contábeis e de controle interno, 
fraudes e erros, controles de estoques, auditoria e auditoria de estoques, desde 
conceitos até detalhamento do sistema de estoque. Através da implantação de 
estratégias e adequados, o controle interno pode contribuir com a contenção de 
perdas, redução de riscos, desvios, fraudes, furtos e conluio entre o quadro de 
colaboradores, clientes e fornecedores. 
 
 
Palavras - chave: controle interno.controle de estoques.auditoria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
ABRAS Associação Brasileira de Supermercados 
DANFE Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica 
FGV Fundação Getulio Vargas 
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
ICC Índice de Confiança do Consumidor 
IPCA Índice Nacional de Preços ao consumidor Amplo 
NBCT Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas 
PIB Produto Interno Bruto 
SEFAZ Secretaria da Fazenda 
VMI Vendor-Managed Inventory (estoque controlado pelo fornecedor) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
 
Quadro 1 - Relação entre os objetivos e componentes de controles internos........... 19 
Quadro 2 - Tipos de Atividades de controle .............................................................. 22 
Quadro 3 - Principais distinções entre erro e fraude ................................................. 28 
Quadro 4 - Em caso de suspeita ............................................................................... 29 
Quadro 5 - Diferenças entre auditoria externa e auditoria interna. ............................ 36 
Quadro 6 - Os princípios e fundamentos do controle interno .................................... 37 
Quadro 7a - Procedimentos de controle nos estoques ............................................. 40 
Quadro 7b - Procedimentos de controle nos estoques ............................................. 41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 10 
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO .......................................................................................... 10 
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA ................................................................................... 12 
1.3 HIPÓTESES DA PESQUISA ................................................................................... 13 
1.4 OBJETIVOS ........................................................................................................ 13 
1.4.1 Objetivo geral ............................................................................................ 13 
1.4.2 Objetivos específicos ................................................................................ 13 
1.5 DELIMITAÇÕES DA PESQUISA ............................................................................... 13 
1.6 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 14 
1.7 ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................................. 14 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................ 16 
2.1 CONTROLE INTERNO ........................................................................................... 16 
2.1.1 Estruturas de Controles Internos ............................................................... 18 
2.1.1.1 Objetivos de controle interno .............................................................. 19 
2.1.1.2 Componentes de controle interno ....................................................... 20 
2.1.2 Ambiente de registros nos Controles Internos........................................... 21 
2.1.3 Atividades de Controle .............................................................................. 21 
2.1.4 Sistemas Contábeis e de ControleInterno ................................................ 23 
2.1.4.1 Amarrações do Sistema...................................................................... 23 
2.1.4.2 Características de um Eficiente Sistema de Controle Interno ............. 25 
2.1.5 Avaliação do Controle Interno ................................................................... 26 
2.1.6 Fraudes e Erros ......................................................................................... 27 
2.1.6.1 A detecção de fraudes e erros ............................................................ 28 
2.1.7 Limites Inerentes dos Controles Internos .................................................. 29 
2.2 ESTOQUES ........................................................................................................ 30 
2.2.1 Controle de Estoques ................................................................................ 31 
2.3 AUDITORIA ......................................................................................................... 33 
2.3.1.Auditoria externa ou independente ............................................................ 34 
2.3.2 Auditoria Interna ........................................................................................ 35 
2.3.3 Diferenças entre auditoria externa interna ............................................... 36 
2.3.4 Fraudes e Desfalques nas Empresas ....................................................... 37 
2.3.5 Fraudes e perdas nas empresas ............................................................... 38 
2.3.6 Auditoria dos Estoques ............................................................................. 39 
2.3.6.1 Revisão do Controle Interno de estoque ............................................ 39 
2.3.6.2 Procedimentos de controle nos Estoques .......................................... 40 
3 METODOLOGIA DA PESQUISA....................................................................... 42 
4 ANÁLISE DE DADOS ........................................................................................ 43 
4.1 ESTUDO DE CASO: EMPRESA NO RAMO DE SUPERMERCADO ................................... 43 
4.1.1 Áreas do setor de estoque ........................................................................ 43 
4.1.2 Rotinas e Procedimentos entre Setores .................................................... 46 
5 CONCLUSÃO .................................................................................................... 51 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 53 
 
10 
1 INTRODUÇÃO 
 
1.1 Contextualização 
 
 
Devido à grande competitividade entre as empresas vive-se a necessidade 
de implantação de controles e planejamentos internos. Mudanças econômicas, 
culturais e sociais do país exigem alterações no perfil das empresas. No momento 
atual vive-se um período de crise mundial e suas conseqüências, para o Brasil a 
crise ainda não chegou no setor de supermercadista. Os Países desenvolvidos 
parecem viver um estado pré-apocalíptico. Os indicadores econômicos custam a 
melhorar e o cenário e as previsões parecem a piorar a cada mês. As perspectivas 
são de que as economias mais avançadas acusem uma recessão da ordem de 
menos 2%. A possível importação da crise parece vir mesmo do setor externo. No 
primeiro bimestre deste ano as exportações caíram 22% na comparação com igual 
período do ano passado apresentando reduções expressivas em alguns segmentos 
como siderurgia,couros,peles e ferro-liga.Apesar da queda da produção industrial, a 
demanda interna continua sustentando a manutenção de um ritmo razoável à 
economia brasileira. 
Conforme pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Supermercados 
– ABRAS, as vendas do setor supermercadista neste período cresceram 6,54%, em 
relação ao mesmo período do ano anterior, comparando com o mês anterior houve 
uma queda de – 22,96% esses índices já deflacionados pelo IPCA do IBGE. Os 
supermercados vivem em constante busca pelo aumento do capital de giro a partir 
da redução do custo com a mercadoria parada no estoque. De acordo com 
pesquisa, o custo de capital com estoques no Brasil representa cerca de 3,7% do 
PIB nacional. 
As constantes notícias sobre dificuldades na economia afetam a confiança 
do consumidor e podem alterar sua maneira de consumir, o que significa que ele vai 
procurar novas alternativas, comprando apenas o necessário, produtos que atendem 
toda a família optando por marcas mais baratas de olho sempre nas promoções. 
Em época de crise, economistas e supermercadistas falam das suas 
expectativas para este ano. Antes mesmo que os efeitos da crise financeira mundial 
11 
chegassem à realidade do brasileiro comum, jornais e revistas já previam 
perturbações e mudanças de âmbito internacional. Segundo o Presidente da 
ABRAS, Sussumu Honda, a bússola mais confiável da crise será a temperatura das 
vendas do dia-a-dia do comércio, o mesmo acredita que a crise, de um modo geral, 
não trará perdas de vendas, mas desaceleração, este ano será marcado pelo 
equilíbrio entre volume de vendas e receita o que não vinha acontecendo. 
O controle interno predominantemente é vinculado a atos fraudulentos; 
escândalos, propinas, manipulações contábeis. Existem duas visões de controles 
internos empresariais: Uma com foco anti-fraude e outra com foco de gestão. 
Controle interno é a expressão usada para descrever todas as medidas tomadas 
pela administração e gerência, para dirigir, planejar, organizar e controlar sua 
empresa, sem um controle eficaz, é possível que o administrador não consiga 
alcançar os objetivos pretendidos frente aos desafios e obstáculos encontrados na 
conquista de seu espaço na sociedade. No segmento de supermercados o 
crescente nível de competição tem levado as organizações a desenvolverem 
estratégias que visam a torná-las menos vulneráveis às mudanças que vêm 
ocorrendo nos ambientes externo e interno. A globalização, no setor varejista de 
supermercados, tem aumentado a competitividade devido às alterações no 
comportamento dos consumidores, e á instalação de redes internacionais, que a 
cada dia, aumentam a concorrência. Neste sentido algumas empresas buscam 
explorar técnicas inovadoras implantando controles em diversos setores onde pode-
se considerar de maior risco, estoques, armazenagem, compras, faturamento, 
contas a pagar. Em virtude da crescente competitividade, o controle interno, poderá 
contribuir para as empresas do setor de supermercadistas permanecerem no 
mercado. 
Nascer, sobreviver, fortalecer, cooperar e expandir são cinco verbos atuais e 
imprescindíveis no ambiente de negócios e no mercado corporativo, principalmente 
quando a meta consiste em crescer de forma robusta para firmar e aumentar a 
competitividade, ampliando a capacidade de gestão. Lideres empresarial e gestores 
dos mais diversos segmentos têm adaptado seus controles a um cenário de cautela 
em todas as áreas da economia em decorrência da crise mundial que, bem como, os 
reflexos que uma possível recessão poderá afetar a economia de países 
emergentes como o Brasil. Segundo artigo de Julio Lara publicado na revista do 
varejista ano VII nº 48 março/abril 2009: A crise é uma realidade e ainda vai 
12 
assombrar o varejo por algum tempo. A única certeza é que o cenário é instável e 
não há como garantir que as vendas vão corresponder ao esperado. O Índice de 
Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulga uma 
queda de 10% nas vendas neste período.Do lado do consumidor já é evidente que a 
crise gerou mudanças nos critérios de compras, do outro lado, na retaguarda a 
ordem é reduzir os riscos.Dolado dos estoques, é importante manter os inventários 
mais baixos possíveis, trocando níveis de estoques, ou seja reduzir estoques sem 
giro, diminuindo o capital de giro congelado e o risco de sobras ou encalhes, outro 
ponto que não pode descuidar é a prevenção permanente de perdas, pois é um 
dreno dos ganhos.No que se refere ao furto de produtos e à deterioração por 
descuido ou armazenagem inadequada ou quantidade estocada sem giro por mais 
de 30 dias.Há muito mais medidas a serem tomadas, examinadas e solucionadas 
onde qualquer descuido recai sobre a margem de lucro.Para terminar o autor deixa 
uma frase que se encaixa com o momento que o mercado financeiro vive:”Se não 
tem vento, reme”. 
 
1.2 Problema de Pesquisa 
 
Gil (2008, p.24), cita:”O problema de pesquisa pode ser determinado por 
razões de ordem prática ou ordem intelectual.Pode-se formular problema cuja 
resposta seja importante para subsidiar determinada ação. 
Continuando o mesmo autor na p. 27, “Um problema não pode ser 
solucionado se não for apresentado de maneira clara e precisa, a maneira mais fácil 
e direta de formular um problema é através de pergunta”. 
Segundo Marconi e Lakatos (2002, p.139) “Formular o problema consiste em 
dizer, de maneira explicita, clara, compreensível e operacional, qual a dificuldade 
com a qual nos defrontamos e que pretendemos resolver, limitando o seu campo e 
apresentando suas características”. 
Como o Controle Interno pode contribuir no controle dos estoques em 
Supermercados? 
 
13 
1.3 Hipóteses da Pesquisa 
 
Gil (2009, p.31) define hipótese como:”Uma solução possível,mediante uma 
proposição, ou seja, uma expressão verbal suscetível de ser declarada verdadeira 
ou falsa”. 
 
 O controle Interno contribui para redução de fraudes e erros; 
 A Segregação de Função no setor de estoques contribui para 
inibir as fraudes; 
 Os registros das informações e definições de procedimentos 
contribuem para o controle interno 
 
 
1.4 Objetivos 
 
 Gil (2009, p.41) cita que:“Toda e qualquer classificação se faz mediante 
algum critério.Com relação às pesquisas, é usual a classificação com base em seus 
objetivos gerais”. 
1.4.1 Objetivo geral 
Identificar como o Controle Interno pode contribuir no controle dos estoques, 
de uma empresa do ramo de supermercado. 
1.4.2 Objetivos específicos 
 Identificar os procedimentos em relação à um supermercado 
 Estudar sobre controle interno 
 Analisar os procedimentos adotados nos setores ligados ao estoque de 
um supermercado. 
 
1.5 Delimitações da pesquisa 
 
A pesquisa foi desenvolvida utilizando como estudo os procedimentos 
adotados por um supermercado, localizado no município de Juína-MT não 
constando identificação no corpo do trabalho. A pesquisa é sobre o controle interno, 
14 
especificamente dos estoques, em que obteve-se acesso ao funcionamento das 
rotinas diárias no setor, relatando os procedimentos usados na empresa. 
 
1.6 Justificativa 
 
 
Para obter um melhor controle, toda a empresa deve implantar sua missão, 
estabelecendo objetivos e estratégias para atingir seus objetivos. 
Propõe-se com este trabalho acadêmico colaborar com a implantação do 
sistema de controle interno para que a administração alcance seus objetivos 
pretendidos, podendo ter uma maior segurança no desenvolvimento de cada função 
através dos procedimentos adotados. 
Não adianta somente implantar controles, deve-se manter atualizados todos 
os procedimentos protegendo o patrimônio e levando facilidade para a administração 
na hora de analisar e conferir. Para um controle mais eficiente deve-se segregar 
funções, separando as funções de autorização ou aprovação de operações e a 
execução, controle e contabilização das mesmas, ficando assim mais seguro e 
dificultando as fraudes, desvios e conluio. 
Os proprietários não podem estar presentes em todas as atividades de sua 
organização. Então, como bem escreveu o autor Lopes de Sá (1989), “de que a 
finalidade do controle é a fidelidade da informação, obtida através de instrumentos e 
sistemas de controle, que substituem o olho do dono”. 
Considerando que a administração de estoques na empresa é um conjunto 
de atividades com a finalidade de assegurar o suprimento de materiais necessários 
ao funcionamento da organização, no tempo correto, na quantidade necessária, na 
qualidade requerida e pelo melhor preço; neste contexto, apresenta-se o seguinte 
tema: controle interno como ferramenta de auxilio na gestão de estoques: um estudo 
de caso em supermercados. 
 
1.7 Estrutura do Trabalho 
 
Na primeira seção encontra-se a introdução em que relatou-se a 
contextualização do momento em que enfrenta-se uma crise financeira mundial, em 
15 
que direta e indiretamente afeta todos os níveis econômicos financeiros, resultando 
em fechamento de grandes empresas, gerando um grande índice de desemprego. 
Em seguida relata-se a formulação de um problema onde juntamente as hipóteses 
os objetivos tanto geral como específicos e a justificativa para encontrar a melhor 
solução do mesmo. 
Na segunda seção descreve-se de uma forma abrangente o referencial 
teórico sobre o tema em questão que é o controle interno seus objetivos, ambiente, 
fraudes,conluio, desvios, furtos,componentes, atividades, técnicas e procedimentos 
para através dele adaptar a melhor maneira de controlar diversos setores de uma 
empresa no ramo de supermercado que é objeto de estudo. Com o controle interno 
implantado amarrando todos os setores através de um bom sistema de automação, 
implanta-se as rotinas de trabalho, controle de estoques, armazenamento e gestão 
da empresa em estudo onde finaliza-se com o entendimento e aplicação de todos os 
tópicos aplica-se a auditoria interna fechando um excelente controle interno na 
referida empresa. 
Na seção 3 encontra-se a metodologia da pesquisa, com descrição de como 
foi elaborada a pesquisa. 
A 4ª seção consta a análise de dados com estudo de caso, descrição dos 
procedimentos da empresa estudada. 
Na seção 5 foi desenvolvida a conclusão do trabalho, respondendo ao 
problema da pesquisa, as hipóteses aceitas e os objetivos atingidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 
2.1 Controle Interno 
 
Nos países mais desenvolvidos é dada uma maior importância aos métodos 
científicos, no Brasil, somente agora despertou-se a necessidade de implantação de 
sistema de controles internos nas organizações. A relevância do sistema de controle 
interno é definida por uma série de procedimentos, métodos e medidas que 
assegura a proteção do patrimônio, exatidão e fidedignidade dos dados, eficiência 
operacional, a organização das políticas administrativas e o cumprimento de 
objetivos definidos quer seja administrativo ou gerencial. Todas as empresas 
possuem um sistema de controle interno, algumas de forma adequadas outras não. 
Segundo o Comitê de Procedimentos de Auditoria do Instituto Americano de 
Contadores Públicos Certificados (AICPA), apud Crepaldi (2007, p. 269) define 
controle interno como: 
“O controle interno compreende o plano de organização e o conjunto 
ordenado dos métodos e medidas, adotados pela empresa, para proteger 
seu patrimônio, verificar a exatidão e a fidedignidade de seus dados 
contábeis, promover a eficiência operacional e encorajar a adesão à política 
traçada pela administração". 
 
 
Complementando a idéia do autor, na prática pode-se afirmar que controle 
interno é todo o procedimento desenvolvido dentro de uma empresa para que a 
mesma possa funcionar de forma adequada e organizada envolvendo os mais 
variados setores; fabricação, compras, vendas,faturamento, tesouraria, objetivando 
atingir melhores resultados com menores desperdícios. 
Mosimann e Fisch (2008, p. 70) relatam que: “A expansão da empresa, de 
uma forma geral, aliada às contínuas mudanças que ocorrem em seu ambiente, tem 
levado os gestores a realizarem suas tarefas com a preocupação da verificação 
simultânea dos resultados de suas ações”. 
Segundo Kanitz,apud Mosimann e Fisch (2008, p.70), 
 
“A função do Controle Interno configura-se como um instrumento 
administrativo exigido pela complexidade das empresas a fim de atingir um 
bom desempenho. A descentralização e a delegação de poderes a diversos 
colaboradores em vários departamentos. Ocorreram em troca da prestação 
de informações periódicas, da submissão às criticas dos superiores quanto 
às decisões tomadas e da obediência aos parâmetros estabelecidos para 
decisões futuras”. 
17 
 
Na visão de outro autor o entendimento continua idêntico, não adianta 
implantar um bom sistema de controle, se os processos decisórios estão 
centralizados em um restrito numero de colaboradores, o ideal é descentralizar, 
delegar, segregar funções na execução dos processos, para assegurar que o 
resultado dos objetivos e planos formulados pela organização seja satisfatório. 
 
Besta segundo apud Mosimann e Fisch (2008 p. 70) afirma que: 
 
 “Se todo aquele que tem ação direta ou indireta na administração de uma 
Azienda (empresa), tivesse honestidade plena, memória perfeita e 
inteligência suficiente para saber, em qualquer momento, que coisa lhe 
competia fazer em beneficio daquela, e se não houvesse necessidade de 
estímulos para a ação, ou de freios para nada fazer em excesso, a 
administração poderia desenvolver-se sem o controle”. 
 
Entende-se com o exposto acima que se todo o colaborador, gerente, ou 
outro que membro que fizesse parte do quadro de funcionário da empresa, tivesse 
consciência plena de seus atos, memória para guardar todos os métodos e 
procedimentos no desempenho de sua função, uma organização não necessitaria de 
qualquer tipo de controle interno seja no âmbito administrativo, gerencial ou contábil. 
 
Crepaldi (2007, p. 269) no seu entendimento relata que: 
“Quando se examinam os controles internos de uma empresa, está se 
analisando a organização dos controles e também a execução deles. São 
todos os instrumentos da organização destinados à vigilância, fiscalização e 
verificação administrativa, que permitam prever, observar, dirigir ou 
governar os acontecimentos que se verificam dentro da empresa e que 
produzam reflexos em seu patrimônio”. 
 
Todo método de controle implantado deve ser analisado, fiscalizado, vigiado, 
analisado, pela alta administração, para que as falhas na execução sejam sanadas 
de forma simples não deixando se tornar um problema difícil de ser solucionado, 
refletindo no seu patrimônio. 
 
Para Gibson, Ivancevitch e Donnelly, apud Mosimann e Fisch (2008, p. 71) 
 
“A função de controle abrange as atividades desenvolvidas pelos 
administradores para adequar os resultados reais e os planejados. Nessa 
linha de raciocínio, Oliveira define o controle como função do processo 
administrativo que, mediante a comparação com padrões previamente 
estabelecidos, procura medir e avaliar o desempenho e o resultado das 
ações, com finalidade de realimentar os tomadores de decisões, de forma 
que possam corrigir ou reforçar esse desempenho ou interferir em funções 
18 
do processo administrativo, para assegurar que os resultados satisfaçam 
aos desafios e aos objetivos estabelecidos”. 
 
 
Nakagawa, apud Mosimann e Fisch (2008, p.72) resume esta definição a 
quatro pontos básicos: 
 
 Conhecer a realidade; 
 Compará-la com o que “deveria ser”; 
 Tomar conhecimento rápido das divergências e suas origens; 
 Tomar atitudes para a correção. 
 
As ações corretivas objetivam reorientar ou corrigir falhas na execução dos 
planos, ou até mesmo revisar os planos em decorrência de modificações nas 
circunstâncias e premissas que os balizaram, o controle avalia as decisões inclusive 
aquelas de não fazer nada, desde que tenham sido implantadas. (MOSIMANN E 
FISCH 2008 p.72). 
 
Segundo Mosimann e Fisch (2008, p. 72) 
“Os conceitos apresentados revelam inúmeros aspectos relevantes quanto 
à efetivação do controle como parte do processo de gestão no sistema 
empresa e em seus subsistemas. As considerações feitas pelos diversos 
autores podem ser resumidas no seguinte conceito:O controle interno é uma 
fase do processo decisório em que, é avaliada a eficácia empresarial e de 
cada área, resultando ações que se destinam a corrigir eventuais 
distorções”. 
 
Pode-se esperar que o controle interno forneça apenas segurança razoável, 
e não segurança absoluta para a gerência e conselho de administração da 
organização, o controle serve para o alcance de objetivos em uma ou mais 
categorias, as quais são separadas, mas que se sobrepõem. 
 
2.1.1 Estruturas de Controles Internos 
 
 
Controle Interno é um processo, executado pelo conselho de administração, 
gerência e outras pessoas de uma empresa, para fornecer segurança na realização 
dos objetivos. As necessidades de controles variam entre os ramos de atividades e 
portes das empresas, assim, todas as empresas necessitam de controles internos, 
porém, os controles sempre serão diferentes entre as empresas. Controles Internos 
19 
são processos, pessoas, segurança razoável e objetivos (D’AVILA E OLIVEIRA 
2002). 
 
 
 
Objetivos de controle interno; 
 Eficácia e eficiência operacional; 
 Mensuração de desempenho e 
divulgação financeira; 
 Proteção de ativos; e 
 Cumprimento de leis e regulamentações 
 
 
Componentes de controle interno; 
 Ambiente de controle; 
 Avaliação de riscos; 
 Atividades de controle; 
 Informação e comunicação; e 
 Monitoramento 
 
Funções e unidades da empresa; 
Compras, produção, Vendas, financeiro, 
Contabilidade etc. 
Quadro 1 - Relação entre os objetivos e componentes de controles internos 
Fonte: D’avila e Oliveira 2002 p. 33 
 
2.1.1.1 Objetivos de controle interno 
 
Para fins de melhor controle, toda organização deve fundamentar – se sobre 
uma missão, estabelecendo objetivos e estratégias. Para fins de controles internos, 
podemos incluir os controles dentro das seguintes categorias: Eficácia e eficiência 
Operacional, mensuração de desempenho e divulgação financeira, de cumprimento 
de leis e regulamentos e de proteção de ativos (D’AVILA e OLIVEIRA, 2002). 
 Operacional – Se relacionam com a eficiência e eficácia (fazer um 
trabalho correto, sem erros, de boa qualidade atingindo os resultados esperados), 
nas operações da empresa, incluindo metas de desempenho e de lucratividade. 
Variam de acordo com a escolha feita pela diretoria. Precisam refletir as 
particularidades de cada negócio, do ramo de atividade e mercado em que a 
empresa opera; 
 Mensuração financeira – É a preparação dos informes econômico-
financeiros, relatórios de contabilidade gerencial, fluxos de caixa e demonstrações 
preparadas de acordo com a legislação societária. Investidores, credores, clientes, 
agências de classificação de risco e fornecedores necessitam de informes 
financeiros para avaliar o desempenho, onde a melhor forma de mensuração de 
desempenho é a contabilidade, a qual tem como suporte uma série de fórmulas e 
demonstrações financeiras; 
20 
 Cumprimento de Leis e regulamentos – São aplicáveis de acordo com 
as leis e regulamentos aos seus respectivos ramos de atividades. Podem se referir a 
preços, normas de controle, impostos, fatores de preservação ambiental,saúde, 
medicina do trabalho. O histórico de cumprimento de leis e regulamentos pode afetar 
de formasignificativa a reputação da empresam tanto positiva como negativamente; 
 Proteção de ativos – Não se relaciona apenas na guarda física de 
bens ou títulos, mas também a procedimentos que permitam monitorar a efetiva 
realização dos benefícios futuros. 
 
Segundo D’Avila e Oliveira (2002, p.33), 
“Existe uma relação direta entre os objetivos, que são o que uma sociedade 
deseja alcançar, e os componentes que representam as necessidades para 
o alcance daqueles objetivos.O alcance dos objetivos de controle interno é 
fundamental para a salvaguarda dos ativos, alavancagem da lucratividade 
das operações e minimização do risco de descumprimento das normas que 
regulam a atividade”. 
 
Com esse pensamento entende-se que uma empresa para obter sucesso 
precisa está funcionando de forma interligada entre seus objetivos suas 
necessidades e o controle, resultando num crescimento rápido com riscos 
minimizados nas operações e seus ativos protegidos. 
2.1.1.2 Componentes de controle interno 
 
 
Consiste em cinco componentes inter-relacionados. São integrados ao estilo 
gerencial da empresa e constituem-se em elemento indivisível do processo 
administrativo. 
 Ambiente de controles – A essência de todas as empresas são as 
pessoas, elas constituem a fundação, a base que sustenta todo o restante. Inclui 
atributos individuais, valores éticos, integridade e competência; 
 Avaliação de riscos – A empresa deve estar ciente dos riscos em que 
pode incorrer e saber lidar com eles. Devem estabelecer objetivos integrados com 
produção, vendas, marketing, finanças e outras atividades de forma que a empresa 
opere em sintonia. A empresa deve criar mecanismos para identificar, analisar e 
gerenciar os riscos envolvidos; 
 Atividades de controle - Estabelecidos os objetivos da empresa e os 
riscos envolvidos, devem ser adotados procedimentos internos para assegurar que 
21 
as ações identificadas pela gerência, como necessárias para tratar dos riscos de 
insucesso na consecução dos objetivos, sejam efetivamente levadas a sério. 
 Informação e comunicação – Permite que as pessoas capturem e 
troquem entre si as informações necessárias para planejar, dirigir e controlar suas 
operações; 
 Monitoramento – O processo todo de ser monitorado e modificações 
corretivas efetuadas quando necessário. 
 
 
2.1.2 Ambiente de registros nos Controles Internos 
 
Seguindo a idéia do mesmo autor D’Avila e Oliveira (2002, p. 51), 
“Um requisito fundamental para que existam controles é a existência de 
registros de transações. Tais registros podem se dar através de papel, 
sejam formulários, cartas e outros documentos, sejam registros por meio 
magnético, o que tem sido preferido por questões de custo e até mesmo por 
razões ecológicas. [...] É impossível guardar todos os registros na memória. 
O mais comum método de registro de transações é o da 
contabilidade.Todas as transações são registradas em um livro.(em papel 
ou magnético) diário e distribuídas em grupos de contas de acordo com a 
natureza.Daí a ciência da contabilidade ter estabelecido como principio o de 
uniformidade de registros.A contabilidade registra os aspectos financeiros 
das transações, é necessário que haja registros operacionais e que devem 
guardar consistência entre si e com os registros contábeis”. 
 
 
A contabilidade através de seus registros contábeis, dos mais diferentes 
meios, guarda de forma mais segura todas as informações necessárias para a vida 
útil de uma empresa, onde sempre que necessário este arquivo poderá ser 
acessado. 
2.1.3 Atividades de Controle 
 
Segundo D’Avila e Oliveira (2002, p.80): 
 
“Após o processo de determinação de objetivos específicos para a 
empresa, avaliação de riscos sobre o alcance dos objetivos propostos, bem 
como a definição das ações a serem tomadas no sentido de alcançar os 
objetivos, a gerência passa a programar procedimentos de controle visando 
assegurar que as ações planejadas estão sendo executadas” 
 
Tipos de Atividades de Controles 
 
22 
Diferentes descrições de tipos de atividades de controle têm sido adotadas, a seguir 
estão certas atividades de controle usualmente executadas por pessoas em vários 
níveis dentro das organizações. 
 
 
 
 
Revisões em alto nível 
São feitas mediante comparações do 
desempenho real vesus o orçado, estimado ou 
sobre desempenho de competidores. As 
principais iniciativas são acompanhadas, tais 
como plano de marketing, melhorias em 
processos produtivos,reduções de custos, para 
medir em que extensão os objetivos estão sendo 
atingidos. 
 
Gerenciamento direto funcional ou por atividades 
Os gerentes revisam relatórios de desempenho 
como parte de suas atividades ou funções 
 
 
 
 
Processamento de informações 
Uma variedade de controles é executada para 
assegurar a exatidão, totalidades de 
autorizações de transações. Após digitar os 
dados no sistema emite-se relatórios para fins de 
checagens, comparações, averiguações e 
aprovações. As pendências de conciliações que 
requerem averiguações são objetos de ações 
por parte de funcionários auxiliares e reportados 
por supervisores conforme necessário. 
 
Controles físicos 
Equipamentos, estoques, títulos, numerários em 
espécie e outros ativos são protegidos 
fisicamente, e controlados periodicamente, para 
fins de comparação com registros de controle; 
 
 
 
Indicadores de desempenho 
Podem ser operacionais ou financeiros ou 
ambos.Servem como atividades de controle para 
investigar e corrigir tendências.Incluem 
desempenho em variações de preços de 
comprar, o percentual de pedidos de emergência 
e o percentual de devoluções em relação ao total 
de pedidos.Os gerentes identificam áreas de 
risco no setor de compras. 
 
 
Segregação de funções 
As funções são divididas entre várias pessoas, 
objetivando diminuir o risco de erros ou ações 
inadequadas. As funções de autorizar 
transações, registrá-las e manusear os 
respectivos ativos são objetos de segregação, 
quem autoriza créditos para clientes não deveria 
manter os registros do contas a receber 
Quadro 2 - Tipos de Atividades de controle 
Fonte: D’avila e Oliveira (2002 e p 80) ajustado pela da autora 
 
Almeida (2007, p. 67) define como, 
“Segregação de funções consiste em estabelecer que uma mesma pessoa 
não pode ter acesso aos ativos e aos registros contábeis, em virtude de 
essas funções serem incompatíveis dentro do sistema de controle 
interno.Os registros contábeis compreendem o razão geral, os registros 
inicial, intermediário e final. O acesso a esses registros representa às 
pessoas que os preparam ou manuseiam informações que servem de base 
para a sua elaboração, em circunstâncias que lhes permitem modificar os 
dados desses registros.Caso o funcionário tenha acesso aos ativos e aos 
registros contábeis, poderia desviar fisicamente o ativo e baixá-lo 
23 
contabilmente para despesa, o que ocultaria permanentemente essa 
transação”. 
 
Conforme o autor relata segregar funções nada mais é que distribuir as 
tarefas entre a equipe de colaboradores, procurando ordenar de forma que um 
colaborador não exerça a função de registrar e ele próprio conferir, evitando assim a 
facilidade de fraudes. 
 
2.1.4 Sistemas Contábeis e de Controle Interno 
 
Segundo Franco e Marra (2001, p.284) os controles internos relativos ao 
sistema contábil se ocupam com atingir objetivos, como por exemplo: 
 Que as transações sejam executadas de acordo com autorização geral 
ou específica da administração; 
 Que o acesso a ativos e registros somente seja permitido com 
autorização da administração; 
 Que os ativos registrados sejam comparados com os ativos existentes 
a intervalos razoáveis e que se tomem medidas apropriadas quandohouver 
qualquer diferença. 
 
2.1.4.1 Amarrações do Sistema 
 
Almeida (2007, p. 68) relata que: “O sistema de controle interno deve ser 
implantado de maneira que sejam registradas apenas as transações autorizadas, 
por seus valores corretos dentro do período de competência. Este fato exige ser 
tomada uma série de providências”: 
 
 
Para obter-se um resultado eficaz nas rotinas de registros contábeis, exige-se uma 
série de providências a serem tomadas: 
 Conferência independente do registro das transações contábeis 
iniciais; 
 Conferência independente dos cálculos; 
 Conferência da classificação contábil de todos os registros finais; 
24 
 Estabelecimento de controles seqüenciais sobre as compras e vendas, 
de forma a assegurar que essas transações sejam contabilizadas na época devida. 
Deve ser centralizado o recebimento e aposta seqüencial nas notas fiscais de 
aquisição dos fornecedores. A contabilidade deve exercer um controle sobre a 
numeração seqüencial das notas fiscais de compras e vendas, observando se elas 
estão sendo contabilizadas dentro do regime de competência. 
 As rotinas internas de controle devem ser determinadas de modo que uma 
área controla a outra. Cita-se como exemplo o sistema de compras e pagamentos, a 
empresa teria as seguintes áreas e rotinas envolvidas: 
 Setor requisitante: Informa ao setor de compras, por meio de uma requisição, 
que necessita de determinado bem; 
 Setor de compras: Verifica se a requisição foi aprovada segundo os limites de 
competência estabelecidos nas normas internas da empresa, seleciona os possíveis 
fornecedores, faz cotação de preço, seleciona as melhores condições e efetua a 
compra; 
 Setor de recepção: Recebe os bens e a Nota Fiscal do fornecedor, conferindo 
as quantidades e o bom estado dos bens; 
 Setor de contabilidade: Recebe a Nota Fiscal, faz o lançamento contábil 
(debito em estoque e crédito de fornecedores) e envia para o setor de 
processamento de dados; 
 Setor de Processamento de dados: Processa os lançamentos contábeis e 
remete relatórios contábeis para o setor de contabilidade; 
 Setor de contas a pagar: Recebe do setor de contabilidade a Nota Fiscal, 
verifica se foi devidamente certificada pelo setor de recepção, confronta-a com o 
instrumento formalizador da compra (ordem de compra ou contrato), enviado 
diretamente pelo setor de compras, e habilita-o para o pagamento; 
 Setor financeiro: Recebe do setor de contas a pagar a Nota Fiscal, verifica se 
foi devidamente habilitada por esse setor e processa o pagamento; 
 Setor de contabilidade: Recebe o processo de pagamento do setor financeiro, 
verifica se todos os documentos estão em ordem, faz o lançamento contábil (débito 
em fornecedores e crédito em bancos) e envia para o processamento no setor de 
computador. 
 
25 
2.1.4.2 Características de um Eficiente Sistema de Controle Interno 
 
Attie (2006, p.114) relata em sentido amplo o controle interno inclui controles 
que podem ser peculiares tanto à administração quanto à contabilidade, 
subdividindo em contábil e administrativo, conforme segue: 
• Controle Interno Contábil – compreende o plano de organização e todos os 
procedimentos referentes diretamente relacionados com a salvaguarda do 
ativo e a fidedignidade dos registros financeiros. Geralmente compreendem 
controles, tais como os sistemas de autorização e aprovação, segregação 
entre as tarefas relativas à manutenção e elaboração de relatórios e 
aquelas que dizem respeito à operação ou custodia do ativo, controles 
físicos sobre o ativo e auditoria interna. 
 
• Controle Interno Administrativo – compreende o plano de 
organização e todos os métodos e procedimentos referentes principalmente 
à eficiência operacional, e à obediência às diretrizes administrativas que 
normalmente se relacionam apenas indiretamente com os registros 
contábeis e financeiros. Incluem-se aqui controles como análises 
estatísticas, estudos de tempo e movimento, relatórios de desempenho, 
controle de qualidade. 
 
A administração e a contabilidade devem estar juntas no controle dos ativos 
e de todos os eventos na empresa. 
 
Crepaldi (2007, p. 296 e 297) explica: 
“Um sistema de controle interno que funcione corretamente não depende do 
planejamento efetivo da empresa e da eficiência dos procedimentos e 
práticas atribuídas. Ele depende também da competência de todo pessoal 
envolvido poder levar adiante, de forma eficiente e econômica, os 
procedimentos que devem ser adotados. Para que as operações internas da 
empresa sejam feitas da maneira correta e para o bom andamento das 
atividades, faz-se necessário que os controles internos sejam eficientes 
para acompanhar todo o processo operacional, cada um em seu 
departamento”. 
 
Attie (2006, p.112) atesta que: 
"o controle interno compreende todos os meios planejados numa empresa 
para dirigir, restringir, governar e conferir suas várias atividades com o 
propósito de fazer cumprir seus objetivos. Os meios de controle incluem, 
mas não se limitam a: forma de organizações, políticas, sistemas, 
procedimentos, instruções, padrões, comitês, planos de contas, estimativas, 
orçamentos, inventários, relatórios, registros métodos, projetos, segregação 
de funções, sistema de autorização e aprovação, conciliação, análise, 
custódia, arquivo, formulários, manuais de procedimentos, treinamento, 
carta de fiança etc”. 
 
Estes controles internos facilitam a visualização de problemas e possíveis 
fraudes que possam ocorrer quando da entrada de informações durante o exercício 
26 
das atividades da empresa. Para obter resultado eficiente dos controles implantados 
depende da responsabilidade e seriedade de cada colaborador da empresa. 
 
Almeida (2007, p. 63) define controle interno como: 
 
 “O controle interno representa em uma organização o conjunto de 
procedimentos, métodos ou rotinas com os objetivos de proteger os ativos, 
produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução 
ordenada dos negócios da empresa, o risco de ocorrência de erros em uma 
empresa com um bom controle interno é mínimo em relação às empresas 
sem controle interno”. 
 
Conforme relatado por Franco e Marra (2001, p.269): 
“Ao avaliar os controles internos, o auditor terá em mente objetivos básicos 
e usando seus conhecimentos, sua experiência, sua acuidade, verificará até 
que ponto eles permitem atingi-los.Os controles absolutamente infalíveis 
não existem [...] a aplicação dos procedimentos de auditoria,em todas as 
áreas é indispensável, a extensão é que podem ser maiores ou menores, 
conforme o grau de confiança que o auditor possa depositar na eficiência 
dos controles”. 
 
Conforme relata os autores não existe um controle infalível que seja 
implantado na empresa e ele por si só atinja os objetivos esperados pela 
administração, para atingir tais resultados precisa que os mesmos sejam auditados, 
acompanhados, revisados pela auditoria interna ou gerência e feitos os ajustes 
necessários. 
 
2.1.5 Avaliação do Controle Interno 
 
 
O controle para ser eficiente deve está implantado em todas as áreas dentro 
de uma empresa, onde é composto de inúmeras atividades que envolvem 
aprovações, autorizações, registros, necessidades de registros, arquivos e 
capacidade técnica. 
Attie (2007, p.215), 
“compara o controle interno ao motor de um carro, onde é composto de 
inúmeras peças: velas, distribuidor, cilindros, válvulas, óleo, bielas, anéis, 
porcas, parafusos, carcaça e outros, onde as peças por si só soltas nada 
representam, porém o conjunto afinado entre si fornece a força necessária 
para que o carro ande, e basta que uma delas quebre ou se deteriore para 
que todo o conjunto se torne inerte e inoperante.O controle interno funciona 
da mesma forma, o conjunto das operações, autorizações e registros é que 
permite que a operação ou sistema caminhe, e basta que um dos itens não 
funcione adequadamente para que todo o sistema emperre”. 
 
27 
Dentro da linha de raciocínio do estudo do controle interno a administração 
da empresa sempre deverá está em busca de melhoramentos e ajustes dentro dos 
avanços tecnológicos e econômicos. Conforme cita o autor, a equipe envolvida deve 
trabalhar em harmonia, segundo uma engrenagem onde se um elo desta se romper 
prejudica a equipe toda. 
 
 
2.1.6 Fraudes e Erros 
 
Franco e Marra (2001, p.76) define fraude como: 
 
“Fraude, é o ato intencional de omissão ou manipulação de transações, 
adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis; A fraude 
pode ser caracterizada por manipulação, falsificação ou alteração de 
registros ou documentos, de modo a modificar os registros ativos, passivos 
e resultados. 
 
Franco e Marra (2001 p. 77) define erro como: 
 
“Erro,é o ato não intencional resultante de omissão, desatenção ou má 
interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações 
contábeis. Consiste em erros aritméticos na escrituração contábil ou nas 
demonstrações contábeis; aplicação incorreta das normas contábeis; 
interpretação errada das variações patrimoniais”. 
 
Entende-se que a fraude e o erro são prejudiciais para o bom desempenho 
de uma empresa, porém, a fraude passa ser um ato mais delicado, por tratar-se de 
um ato manipulado, intencional enquanto o erro pode ser ocasionado por descuido, 
do funcionário. 
Crepaldi (2007, p.162) comenta que: 
“ao detectar erros relevantes ou fraudes no decorrer dos seus trabalhos, o 
auditor tem a obrigação de comunicá-los à administração da entidade e 
sugerir medidas corretivas, informando sobre os possíveis efeitos no seu 
parecer, caso elas não sejam adotadas. A responsabilidade primária na 
prevenção e identificação de fraude e erros é da administração da entidade, 
através da implementação e manutenção de adequado sistema contábil e 
de controle interno. Entretanto, o auditor deve planejar seu trabalho de 
forma a detectar fraudes e erros que impliquem efeitos relevantes nas 
demonstrações contábeis. 
 
Segundo Crepaldi, o auditor ao realizar seu trabalho, não tem como objetivo 
principal descobrir fraudes, mas caso ocorra o mesmo tem a obrigação de relatar em 
seu parecer e informar a administração. 
 
Ainda Crepaldi (2007, p.162) “O auditor não é responsável nem pode ser 
responsabilizado pela prevenção de fraudes ou erros. Entretanto, deve 
planejar seu trabalho avaliando o risco de sua ocorrência, de forma que 
28 
tenha grande probabilidade de detectar aqueles que impliquem efeitos 
relevantes nas demonstrações contábeis.Ao detectá-los, o auditor tem a 
obrigação de comunicá-los a administração da entidade e sugerir medidas 
corretivas, informando os possíveis efeitos em seu parecer, caso elas não 
sejam adotadas. qualificação dos controles internos torna-se efetiva na 
prevenção de fraude. A mera descoberta de irregularidades não resolve o 
problema. É preciso uma sistemática de controle eficaz. 
 
O auditor não será responsabilizado caso esteja ocorrendo algum tipo de 
fraude e não seja descoberta durante a realização de seus trabalhos, pois o mesmo 
trabalha na maioria das vezes trabalha com sistema de amostragem, mais o mesmo 
deve avaliar a aplicação da amostragem nas áreas de maior risco. 
 
 
Para Franco e Marra, (2001, p.80), o auditor deverá: “Se acreditar que tais 
fraudes e erros possam resultar em distorções relevantes nas demonstrações 
contábeis, o auditor deve modificar seus procedimentos ou aplicar outros, em caráter 
adicional”. 
 
Erro Fraude 
Ação involuntária Ação premeditada 
Esquecimento, desatenção, imperícia Dolo com intenção 
Forma estranha à vontade da empresa Com o intuito de “lavagem de dinheiro” 
Omissão Falsificação ou alteração de registros e doc. 
Má interpretação de fatos nas dem.Contábeis Omissão de transações nos registros contábeis 
Erros aritméticos Aplicação de práticas contábeis indevidas 
Incorreta classificação das contas Desvios de dinheiro, despesas fictícias 
Podem levar à falência da empresa Responsabilidade penal e civil 
Ocorrem também por falta de conhecimento Para ocultar desvios ou transações ilegais 
Quadro 3 - Principais distinções entre erro e fraude 
Fonte: Menegussi 2007 
 
 
2.1.6.1 A detecção de fraudes e erros 
 
Crepaldi (2007, p. 163) 
 
“O auditor deverá avaliar criticamente o sistema contábil, incluindo o 
controle interno, tanto em termos de concepção quanto de funcionamento 
efetivo, concedendo especial atenção às condições ou eventos que 
representem aumento de risco de fraude ou erro, que incluem”: 
 
 Estrutura ou atuação inadequada da administração da entidade 
auditada ou de algum dos seus membros; 
29 
 Pressões internas e externas; 
 Transações que pareçam anormais; 
 Problemas internos no cumprimento dos trabalhos de auditoria; 
 Fatores específicos no ambiente de sistemas de informação 
computadorizados. 
 
 
A seguir, segue alguns procedimentos em caso de suspeita de fraudes e 
erros. 
 
Quadro 4 - Em caso de suspeita 
Fonte: Crepaldi (2007 p. 167) 
 
2.1.7 Limites Inerentes dos Controles Internos 
 
Ainda segundo Franco e Marra (2001, p.284) Os sistemas contábeis e de 
controle interno não podem dar à administração evidência conclusiva de que os 
objetivos foram atingidos porque tem limitações inerentes,exemplo: 
 A exigência normal da administração de que o custo de um controle 
interno não exceda os benefícios a serem obtidos; 
 A maioria dos controles internos tende a ser direcionada para 
transações rotineiras em vez de para transações não rotineiras; 
 O potencial de erro humano devido a descuido, distração, erros de 
julgamento e instruções mal-entendidas; 
 A possibilidade de contornar os controles internos por meio de conluio 
de um membro da administração ou empregado com partes de fora (terceiros) ou de 
dentro da empresa; 
 A possibilidade de que procedimentos se tornem inadequados devido a 
mudanças nas condições e de que o cumprimento desses procedimentos se 
deteriore. 
Sinais de alerta O que empregado pode fazer O que a empresa deve fazer 
Poderes concentrados em poucas 
pessoas, sem supervisão 
Reunir documentos que permitam fazer 
a denuncia. 
Guardar em lugar seguro documentos e 
arquivos de computador relevantes 
Prejuízos repentinos em um negócio 
tradicionalmente rentável 
Se a fraude for em outro setor, 
comunicá-la ao supervisor imediato 
Determinar claramente quem é o 
responsável pelo contrato com as 
autoridades 
Mudança súbita no estilo de vida de um 
funcionário 
Se a fraude foi cometida pelo superior 
imediato, levar o caso à direção da 
empresa. 
Uma vez terminada a investigação, 
comunicar internamente as conclusões, 
com transparência. 
Pagamentos anormalmente elevados 
por serviços e consultorias 
Procurar o apoio de outros funcionários, 
se isso ajudar a reunir evidências. 
Tomar providências imediatamente. 
30 
Segundo Franco e Marra (2001, p.285) entende-se que: “Ao obter um 
entendimento dos sistemas contábeis e de controle interno para planejar a auditoria, 
o auditor obtém um conhecimento do projeto dos sistemas contábeis e de controle 
interno, e de sua operação”. 
 
2.2 Estoques 
 
Os estoques constituem vínculo entre as etapas do processo de compra e 
venda, no processo de comercialização em empresas comerciais. Os estoques 
desempenham papel importante na flexibilidade operacional da empresa. São as 
entradas e saídas dos produtos nos processos de comercialização.É necessário 
que nas organizações, a direção preocupe-se em todos os aspectos que evolvem o 
negócio, desde a análise de sua viabilidade até a utilização de instrumentos 
gerenciais adequados que possam fornecer a administração informações que 
possibilitem o monitoramento ordenado dos resultados. O estudo do papel dos 
estoques nas empresas é tão antigo quanto ao estudo da própria administração. 
Como elemento regulador, seja do fluxo de produção, do fluxo de venda, ou no 
processo comercial os estoques sempre foram o alvo de atenção dos gerentes. Hoje 
todas as empresas procuram de uma forma ou de outra a obtenção de uma 
vantagem competitiva em relação a seus concorrentes, e a oportunidade de atendê-
los prontamente, no momento e na quantidade desejada. É de fundamental 
importância que as empresas comerciais direcionem sua atenção para todos os 
setores, mas priorizando o gerenciamento e controle de estoques e o atendimento, 
pois a eficácia destes setores depende o crescimento e a permanência da mesma 
no mercado. É preciso que a empresa esteja focada nos níveis do estoque para a 
satisfação do cliente e da empresa. 
 
 
“Os estoques representam capital investido, lançado no ativo da empresa 
para serem bem administrado e vendido, sendo comuns as perdas por 
expiração da data de validade e até mesmo roubo e fraudes cometidas na 
empresa através do estoque. (FIGUEIREDO e FLEURY, 2006 p. 38)” 
 
Segundo Dias (2006, p. 128) 
“A globalização da economia vem produzindo significativas mudanças na 
forma de condução dos negócios. No cenário atual, clientes exigem um alto 
nível de serviço, pedidos mais freqüentes, e trabalham no sentido de manter 
os níveis de estoque exatamente na medida de suas necessidades. Os 
31 
consumidores, por sua vez, querem maior variedade e conformidade nos 
produtos”. 
 
2.2.1 Controle de Estoques 
 
É o procedimento adotado para registrar, fiscalizar e gerir a entrada e saída 
de mercadorias e produtos da empresa. Estoques são todos os bens e materiais 
mantidos por uma organização para suprir demandas futuras. 
O termo controle de estoques é uma função da necessidade de estipular os 
diversos níveis de materiais e produtos que a organização deve manter, dentro de 
parâmetros econômicos (POZO, 2007 p. 38). 
 
Segundo Harrison e Hoek (2003, p. 211), descrevem: 
 
“O pensamento enxuto busca a perfeição, baseia-se na simples filosofia da 
minimização do desperdício. Tal conceito pode ser aplicado a quase todos 
os processos de negócios em quase toda a empresa.[...] método simples, é 
a busca da meta do fluxo de uma única peça, no qual o tamanho do lote que 
passa pelos processos de uma empresa é de um único item” 
 
 
Segundo o autor, os fornecedores podem colaborar no controle do estoque, 
reduzindo desperdícios, sugerindo o controle de estoques gerenciado pelo 
fornecedor (VMI do inglês vendor-managed inventory) onde: 
“O estoque gerenciado pelo fornecedor é uma abordagem de estoque e de 
efetivação de pedidos em que o fornecedor, e não o cliente,é responsável 
pelo gerenciamento e reabastecimento do estoque.[...] a base sobre a qual 
as decisões terão de ser tomadas é combinada com o varejista 
antecipadamente. O fornecedor assume a responsabilidade pelo 
monitoramento das vendas e do estoque e utiliza essas informações para 
iniciar o pedido de reabastecimento. O fornecedor rastreia a venda de 
produtos e os níveis de estoque, enviando mercadorias apenas quando os 
estoques estiverem baixos”. 
 
Esse método de pedido de compras e controle de estoques através do 
auxilio do fornecedor é aplicado no ramo de supermercado, entende-se que divide a 
responsabilidade onde ambos assumem as possíveis perdas nos excesso de 
estoques principalmente nos produtos perecíveis. 
Harrison e Hoek (2003, p.215) relatam outra forma de controlar estoques: “É 
a logística da resposta rápida, é uma demanda para atender o cliente, fornecendo-se 
a quantidade, a variedade e a qualidade certas no momento certo, no local certo e 
pelo preço certo”. 
32 
O termo compras freqüentemente lembra o processo de compras da 
administração de materiais, Nesse processo de compras, existem as 
seguintes atividades centrais: assegurar descrição completa das 
necessidades; selecionar fontes de suprimento; conseguir informações de 
preço; colocar os pedidos (ordens de compra); acompanhar (follow up) os 
pedidos; verificar notas fiscais; manter registros e arquivos; manter 
relacionamentos com vendedores (POZO, 2007; p.148). 
 
 Conforme relata Pozo (2007, P. 150) que as compras, podem ser 
consideradas como uma função administrativa, pois nos diferentes estágios de sua 
interação organizacional se faz necessárias decisões – em relação às seguintes 
variáveis: quantidades, origem, custos e credibilidade dos sistemas de 
fornecimentos, interno e externo - sempre voltada para os aspectos econômicos e 
estruturais da organização. Neste sentido, os ensinamentos do autor remetem ao 
fato de fazer frente às incertezas predominantes nos mercados atuais e aos novos 
paradigmas da economia globalizada, é de suma importância uma atuação com 
ampla abrangência das modernas técnicas de controle interno e principalmente 
flexibilidade em face das variáveis ambientais. 
 Atividades de Compras: Além de atender às especificações de qualidade 
exigidas pelo mercado, a adequação da quantidade desejada, prazos de 
entrega e condições de pagamentos que permitam à empresa maximizar 
seus recursos e reduzir custos - Segundo Pozo (2007, p. 148) “Setor de 
Compras é responsável pelo resultado da empresa, reduzindo custos, por 
meio de negociações de preços, comprando produtos com qualidade, na 
quantidade certa, na fonte certa, para entrega no local e hora certa”. As 
principais atividades do setor de compras são: 
 Informações Básicas: 
- Controle e registro de fornecedores; 
- Controle e registro de compras; 
- Controle e registro de preços; 
- Controle e registro de especificações; 
- Controle e registro de estoques; 
- Controle e registro de consumo. 
 Administração de Materiais 
- Garantir atendimento das requisições; 
- Manutenção de Estoques; 
33 
- Evitar excesso de estoques; 
- Melhorar giro de estoques; 
- Elaborar relatórios; 
 Sistema de Aquisição: 
- Negociar contratos; 
- Efetivar compras; 
- Analisar cotações; 
- Analisar condições dos contratos; 
- Conferir fatura de compra; 
- Contatar vendedores; 
- Negociar redução de preços; 
 
2.3 Auditoria 
 
A auditoria tem suma importância como elemento fundamental no sistema 
de informações, medição de desempenho e de prestação de contas da 
administração. O Administrador executa as tarefas apresentando dados e 
informações precisas, a auditoria procederá as avaliações, análises das referidas 
informações. O administrador é parte do sistema contábil e de controle interno. 
Santos,Scmitd e Gomes(2006). 
Segundo Almeida (2007, p.21) 
“A auditoria é uma atividade relativamente nova no Brasil, ainda no estágio 
embrionário em termos de técnicas, haja vista que as legislações 
específicas brasileiras vêm abordando superficialmente o assunto, sem 
definir de forma clara e precisa os procedimentos que os profissionais da 
área deveriam adotar por ocasião das auditorias das demonstrações 
financeiras”.Nos países em que a importância da auditoria foi reconhecida, 
já há muitos anos existem comissões permanentes especialmente criadas 
para emitir normas de auditoria, à medida que novas circunstâncias assim o 
exigem, e também para modificar as antigas normas, adaptando as novas 
situações do mercado. A atividade de auditoria é bastante dinâmica e está 
em permanente mutação, o que requer maior atenção dos órgãos 
específicos ligados a essaárea, no sentido de padronizar e estabelecer os 
procedimentos, fortalecer o sistema de auditoria e mercado de capitais, 
dando maior segurança para os investidores, principalmente os acionistas 
minoritários que aplicam suas economias nas companhias abertas. A 
auditoria deve ser compreendida como um conjunto de ações de 
assessoramento e consultoria. O trabalho de auditoria, ainda que em 
algumas situações especiais necessite fazer fiscalizações rigorosas, não 
tem como objetivo policiar profissionais ou suas atividades”. 
 
34 
A auditoria é uma atividade não obrigatória na maioria dos ramos de 
atividades empresariais, o empresário opta por não implantar, visando o lado de 
contenção de despesas, e por outro lado, abrindo precedência para danos maiores 
com a falta de um controle mais rigoroso, aplicado por um profissional permanente 
dentro da empresa ou um independente com visitas periódicas 
 
Crepaldi (2007, p. 01) cita: 
 
 “A administração de uma sociedade tem o dever de apresentar 
demonstrações contábeis e divulgações adequadas e esclarecedoras à 
opinião pública. O parecer dos auditores sobre esses demonstrativos é 
elemento fundamental e sinônimo de confiabilidade às informações 
prestadas. A auditoria torna-se elemento fundamental no sistema de 
informações, medição de desempenho e prestação de contas da 
administração, a auditoria não está para substituir a função da 
administração da empresa e sim assessorá-lo”. 
 
Já nas empresas de capital aberto, torna-se obrigatório a presença de um 
profissional na área de auditoria onde o mesmo estará se responsabilizando pelas 
informações contábeis fornecidas, dando seu parecer oferecendo maior 
credibilidade aos acionistas e investidores. 
 
Attie (2006, p.25) define: 
 
“A auditoria é uma especialização contábil voltada a testar a eficiência e 
eficácia do controle patrimonial implantado com o objetivo de expressar uma 
opinião sobre determinado dado. O exame da auditoria engloba a 
verificação documental, os livros e registros com características 
controladoras, a obtenção de evidências de informações de caráter interno 
ou externo”. 
 
Cada autor define auditoria conforme seu ponto de vista, mas num contexto 
geral sabe-se que a mesma é uma atividade vista com certo receio por alguns 
administradores, mas é um elemento fundamental no auxilio as tomadas de 
decisões, tornando as informações precisas. Toda empresa que implanta seus 
controles através de um auditor interno facilita o desempenho geral das atividades. 
 
2.3.1.Auditoria externa ou independente 
 
Crepaldi (2007, p. 32) cita: 
 
“Auditoria externa constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem 
por objetivos a emissão do parecer sobre a adequação com que estes 
35 
representam a posição patrimonial e financeira, o resultado das operações, 
as mutações do patrimônio líquido, as origens e aplicações de recursos da 
entidade”. 
 
A auditoria externa é executada por profissional independente, sem ligação 
com a empresa. Sua intervenção é ajustada através de contrato de serviços. Os 
testes e indagações se espalham por onde haja necessidade para concluir seu 
trabalho. Dada a credibilidade que o auditor externo oferece ao mercado, pela 
relevância de seu trabalho junto as empresas, banqueiros, órgãos do governo e ao 
publico em geral torna-se uma figura impar que presta inestimáveis serviços 
obedecendo normas e princípios contábeis. 
 
2.3.2 Auditoria Interna 
 
Segundo Crepaldi (2007, p.25 ) 
 
“Auditoria Interna constitui o conjunto de procedimentos que tem por 
objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos 
e das informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais da 
entidade. É uma atividade de avaliação independente dentro da empresa, 
que se destina a revisar as operações, como um serviço prestado à 
administração. Constitui um controle gerencial que funciona por meio da 
análise e avaliação da eficiência de outros controles. É executada por um 
profissional ligado à empresa. O auditor interno é pessoa de confiança dos 
dirigentes, sua área de atuação envolve todas as atividades da empresa, 
predominando a verificação constante dos controles internos e rotinas 
administrativas”. 
 
 
O auditor interno interessa-se por qualquer fase das atividades do negócio 
em que possa ser útil à administração. Isso pressupõe sua inclusão em campos 
além dos de contabilidade e finanças, a fim de obter uma visão completa das 
operações submetidas a exames. Crepaldi (2007) testa a qualidade dos trabalhos, 
revisa, recomenda: enfim, assiste à administração e lhe fornece informações 
Periódicas principalmente no que tange: 
 À aplicabilidade e adequação de controles internos, financeiros e 
operacionais: revisando e avaliando a correção, adequando e aplicando os controles 
contábeis, financeiros e outros de natureza operacional, propiciando controles 
eficazes a um custo razoável; 
 à extensão do cumprimento das diretrizes, planos e procedimentos; 
determinando o grau de atendimento; 
36 
 à salvaguarda dos ativos quanto à escrituração, guarda e perdas de 
todas as espécies; determinando o grau de controle dos ativos da empresa quanto à 
proteção contra perdas de qualquer tipo; 
 à avaliação da qualidade e desempenho na execução das 
responsabilidades delegadas determinando a fidelidade dos dados administrativos 
originados na empresa ; 
 à recomendação de melhorias operacionais. 
 
A auditoria interna presta ajuda à administração, sua responsabilidade é 
informar e assessorar, desempenhando sua função com ética e de maneira 
responsável, devendo reportar-se a um executivo cuja autoridade seja suficiente 
para assegurar uma ação efetiva com respeito aos assuntos levantados e 
recomendações efetuadas. Um auditor interno jamais deve desenvolver e implantar 
procedimentos, preparar registros ou envolver-se em qualquer outra atividade que 
poderá vir a examinar e analisar. 
2.3.3 Diferenças entre auditoria externa interna 
 
Crepaldi (2007, p. 32) afirma que: “Mesmo que exista interesse comum no 
trabalho do auditor interno e do externo, as técnicas são semelhantes, mas existem 
diferenças fundamentais”. 
 ELEMENTOS AUDITORIA EXTERNA AUDITORIA INTERNA 
Sujeito Profissional independente não tem 
vinculo 
Funcionário da empresa 
Ação e Objetivo Exame das demonstrações 
financeiras 
Exame dos controles 
operacionais 
Finalidade Opinar Promover melhorias 
Relat. Principal Parecer Recomendações 
Grau de independência Mais amplo Menos amplo 
Int no Trabalho A empresa e o publico A empresa 
Responsabilidade Prof civil e criminal Trabalhista 
Números áreas cobertas Maior Menor 
Intens dos trab em casa 
área 
Maior Menor 
Continuidade do trabalho Periódico Continuo 
Auditor Executa apenas auditoria contabil Contabil e operacional 
Auditor Recebe honorários Recebe salários 
Quadro 5 - Diferenças entre auditoria externa e auditoria interna. 
Fonte: Crepaldi (2007, p. 34) 
Os objetivos da auditoria interna é verificar se as normas interna estão sendo 
seguidas e avaliar a necessidade de novas normas internas já existentes. Os 
37 
princípios e fundamentos do controle interno podem ser expostos da seguinte 
maneira: 
CONTROLE INTERNO A SER ADOTADO MOTIVO 
 
a. Devem ser fixados as responsabilidades 
Se não existir delimitação extra, o controle 
será deficiente; 
 
b. A Contabilidade e as operações devem estar 
separadas 
 
Um empregado não deve ocupar um posto 
em que tenha controle da contabilidade e, 
ao mesmo tempo, controle das operações 
que ocasionam lançamentos; 
c. Controles cruzados,por exemplo, as vendas diárias 
devem ser acumuladas e confrontadas ao final do 
período com a soma das etiquetasdas mercadorias 
entregues; 
Devem ser utilizadas todas as provas 
disponíveis para se comprovar a exatidão, 
visando assegurar que as operações foram 
registradas corretamente na contabilidade; 
d. Nenhuma pessoa individualmente deve ter 
completamente a seu cargo uma transação comercial; 
Qualquer pessoa, deliberadamente ou 
inadvertidamente, cometerá erros se o 
manejo de uma transação está dividido entre 
duas ou mais pessoas; 
e. Deve-se escolher e treinar cuidadosamente os 
empregados; 
Um treinamento cuidadoso oferece como 
resultados:melhor rendimento, custos 
reduzidos e empregados mais atentos e 
ativos; 
g. As instruções de operações para cada cargo devem 
ser sempre fornecidas por escrito. 
Os manuais de procedimentos fomentam a 
eficiência e evitam erros ou interpretações 
erradas. 
Quadro 6 - Os princípios e fundamentos do controle interno 
Fonte: Crepaldi 2007 p. 283 reformulado pela autora. 
2.3.4 Fraudes e Desfalques nas Empresas 
Crepaldi (2007, p.284) comenta que, 
“Controles internos apenas previnem contra fraudes e minimizam os riscos 
de erros e irregularidades. A segregação de uma operação em fases 
distintas e dirigidas a diversas pessoas, reduz a chance de ocorrerem 
irregularidades. Fraudes nas empresas tornaram-se um problema crescente 
e comum, decorrente do enfraquecimento dos valores éticos, morais, 
sociais, e principalmente da ineficácia dos sistemas de controles internos. 
Embora os fatores que motivam as pessoas a cometerem fraude possam 
ser classificados em três aspectos: 
 
 Oportunidades para cometê-la e escondê-la; 
 Pressão por dificuldades financeiras; 
 Racionalização do entendimento sobre a falta cometida. 
Crepaldi ainda ressalta que “A eficiência do sistema de controle interno em 
sua totalidade deve permitir detectar não somente irregularidades de atos 
intencionais, como também erros de atos não intencionais. Estes podem ser”: 
 Decorrentes de má aplicação de uma norma ou procedimento; 
38 
 De omissão por não aplicar um procedimento prescrito nas 
normas em vigor; 
 De interpretação como, por exemplo, a aplicação errônea dos 
princípios fundamentais de contabilidade na contabilização das operações. 
Crepaldi (2007, p.285) cita: 
 
”Para um funcionário praticar um desfalque ele tem de ter acesso aos ativos 
da empresa. Os desfalques podem ser temporários ou permanentes, o 
temporário ocorre quando o funcionário apossa-se de um bem da empresa 
e não altera os registros da contabilidade (transferindo o ativo roubado para 
despesas).Desfalques permanentes ocorrem quando um funcionário desvia 
um bem da empresa e modifica os registros contábeis, de forma que os 
ativos existentes concordem com os valores registrados na contabilidade, 
para que isso aconteça é necessário que o funcionário tenha acesso aos 
registros contábeis”. 
 
Segundo Crepaldi os desfalques na maioria das vezes acontecem por 
alguma falha na forma de controlar ou sobrecarregando um funcionário onde o 
mesmo desempenha uma ou mais funções ao mesmo tempo com acesso ao ativo 
da empresa. 
 
2.3.5 Fraudes e perdas nas empresas 
 
Conforme pesquisa divulgada na revista Veja edição 1893, as empresas 
perdem em média 6% do seu faturamento em fraudes praticadas por seus 
funcionários, segundo uma pesquisa americana. Numa época em que a 
remuneração variável, vinculado ao desempenho individual e de toda a empresa, 
representa parte cada vez maior da renda, é fácil entender em combater a corrupção 
interna. Distorção do balanço pedido falsos de reembolsos ou desvios de fundos é 
algumas das fraudes mais comuns. Diante de um caso, a primeira questão é como 
reagir; “antes de mais nada, com discrição” ensina José Francisco Compagno, sócio 
da área de investigação e suporte a litígios da Ernst & Young, empresa de auditoria 
e assessoria.” Uma crise pública pode prejudicar a empresa”. Segundo o mesmo 
estudo americano, a prevenção da corrupção via disque denúncia, reduz em 50% o 
risco de fraudes. A fraude é semelhante a um vírus e o antídoto é a manutenção de 
controles internos eficazes, com pleno apoio administrativo Para atingir plenamente 
seus objetivos, os controles internos devem estar sustentados por uma consistente 
39 
política interna e ser desenvolvidos com enfoque nos mecanismos que garantam a 
detecção, recuperação e a punição dos agentes causadores de fraude e corrupção. 
 
2.3.6 Auditoria dos Estoques 
 
A auditoria nos estoques tem o objetivo de assegurar o controle e registros 
inerentes ao estoque. 
Segundo relata Attie (2006, p.293) A auditoria dos estoques tem a finalidade 
de: 
 Determinar sua existência, que poderá estar na companhia, em 
custódia com terceiros ou em trânsito; 
 Determinar se é pertencente à companhia; 
 Determinar se foram aplicados os princípios de contabilidade 
geralmente aceitos, em bases uniformes; 
 Determinar a existência de estoques penhorados ou dados em 
garantia; 
 Determinar se estão corretamente classificados nas demonstrações 
financeiras e se as divulgações cabíveis foram expostas por notas 
explicativas. 
2.3.6.1 Revisão do Controle Interno de estoque 
 
Cada companhia como uma entidade diferente estabelece o controle interno 
de acordo com suas reais necessidades e baseadas na materialidade envolvida, 
pessoal existente e numero de itens em estoque. A administração estabelece os 
controles que lhe concedam alguma segurança para efeito de sua gestão. Alguns 
exemplos de controles adotados pelas companhias: 
 Segregação de funções entre a guarda física dos estoques e a de 
contabilização; 
 Autorização de compra por pessoa de nível; 
 Utilização de coleta de preços para compras; 
 Registro perpétuo de estoques; 
 Determinação de ponto mínimo para estoques; 
 Contagem rotativa de estoques; 
40 
 Sistema de custos integrados à contabilidade; 
 Segregação de função entre o setor de compras e recebimento; 
 Contagem física quando da recepção e emissão de documento 
comprobatório. 
2.3.6.2 Procedimentos de controle nos Estoques 
 
Crepaldi (2007, p. 435) cita que: 
 
“O controle interno sobre os estoques compreende controles contábeis e 
físicos. O controle contábil sobre estoques revela-se por meio de um 
sistema em que as tarefas sejam segregadas, de modo a não permitir que 
os encarregados de controlar os estoques não sejam os mesmos 
responsáveis pelo faturamento de vendas ou lançamentos de compras.O 
sistema contábil deve ser projetado de maneira que o fluxo de dados 
contábeis se faça paralelamente ao fluxo físico do estoque”. 
 
Seguindo a idéia do autor entende-se que para melhor proteger o ativo da 
empresa e evitar fraudes a segregação de funções é uma rotina a ser seguida 
dentro nas empresas, onde de nada adianta ter um bom sistema de inventário se os 
procedimentos de controles distribuídos entre os colaboradores não funciona de 
forma correta. 
Os procedimentos de auditoria a serem utilizados são dependentes da 
efetividade do controle interno e da materialidade envolvida (ATTIE 2006). 
 
Exame Físico  Contagem de estoques 
 
Confirmação 
 Confirmação estoques com terceiros; 
 Confirmação de estoques de terceiros; 
 Confirmação de estoques em consignação 
 
Documentos Originais 
 
 Exame documental em Notas Fiscais de compras e 
pagamentos; 
 Exame de contratos de compra e venda; 
 
Cálculos 
 Soma da contagem de estoques; 
 Cálculos das quantidades pelo preço unitário; 
 Cálculo dos impostos; 
 Apropriação das despesas gerais de fabricação 
 
Escrituração 
 
 Exame da conta razão de produtos acabados; 
 Follow-up das contagens físicas 
 
Investigação 
 Exame detalhado da documentação de compra; 
 Exame minucioso do

Outros materiais