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PRATICA II CASO 07

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ FEDERAL DA ... VARA DO TRABALHO DE BELÉM/PA
Processo nº XX
 
 BANCO DINHEIRO BOM S/A, devidamente inscrito no CNPJ nº..., com endereço profissional na Rua..., nº...,bairro...,Belém/PA, CEP..., telefone..., indereço eletrônico..., representado por seu advogado, com endereço profissional na Rua..., nº..., bairro...,cidade..., UF..., CEP..., endereço eletrônico..., com base no artigo 847 CLT combinado com o artigo 336 CPC vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência para apresentar defesa na forma de:
CONTESTAÇÃO
 À Reclamação Trabalhista movidor por PAULA..,nacionalidade...,profissão... com RG nº..., órgão expeditor..., devidamente inscrita no CPF nº..., da CTPS nº..., série..., PIS nº..., filha de ...., nascida em...., pelos fatos e fundamentos de direito que passa a expor:
I- DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS
A) DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL
A reclamante exercia função de gerente geral de agência de pequeno porte, atendendo unicamente e exclusivamente pessoas físicas, sendo responsável por controlar frequência e realizando a gestão do desempenho profissional. De acordo com o art 461 CLT culminado com a Súm 6º do TST, só faz jus à equiparação salarial se for idêntica a função, prestados no mesmo local, exercendo o mesmo cargo, ou seja, de acordo com o paradigma informado pela reclamante, em que seu paradigma é gerente de agência de grande porte, atendendo pessoas físicas e jurídicas, ficando assim claro á distinção entre a Reclamada e seu paradigma.
Ementa: EQUIPARAÇÃO SALARIAL. DISTINÇÃO DE FUNÇÕES. ARTIGO 461 DA CLT . SUMULA N. 6 DO C. TST. Para fins do reconhecimento da equiparação salarial, mister a comprovação da identidade das funções exercidas, devendo todas as atribuições, que compõe a função desenvolvida pelo empregado, serem idênticas às exercidas pelo paradigma, sob pena de se repelir a aplicação do artigo 461, caput, do Consolidado.
B) HORAS EXTRAS E REFLEXOS
De acordo com o art 62, II CLT e a Súm 287 TST, o trabalhador que exerce cargo de gestão e recebe 40% ou mais como gratificação de função, não possui direito a horas extraordinárias. Portanto, a Reclamante não faz juz ao pagamento das horas trabalhadas além da jornada normal de trabalho, por exercer cargo de confiança e receber 50% de gratificação de função, além até do estipulado em lei, não sendo devidas as horas extras e seus reflexos.
Ementa: BANCÁRIO. CARGO DE CONFIANÇA. HORAS EXTRAS. A caracterização do cargo de confiança bancário não exige amplos poderes de mando, representação e substituição do empregador, mas apenas a presença de certas circunstâncias que permitam aferir a fidúcia depositada no empregado que exerça tal cargo. Havendo provas de que o reclamante sempre exerceu função diferenciada, essencial para a atividade fim do banco, recebendo remuneração muito superior a dos demais empregados, impõe-se reconhecer o cargo de confiança, nãosendo devido o pagamento da sétima e oitava horas como horas extras. Aplica-se o disposto no art. 224 , parágrafo 2º da CLT .
C) DO ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA
A Reclamante foi transferida de São Paulo para Belém, após um ano de serviço, tendo fixado em Belém sua residência com sua família. De acordo com o art 469 §3º CLT culminado com a OJ 113-SDI-1 TST, o empregado tem direito ao adicional se a transferência for provisória, salvo quando se fixa residência, não sendo mais provisória. Uma vez que a Reclamada fixou residência, não possui direito ao adicional.
Ementa: RECURSO DE REVISTA. ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. DEFINITIVIDADE. Demonstrado o caráter de definitividade em que se deu a transferência do reclamante , da cidade Uraí/PR para Santa Mariana/PR, tendo permanecido na última localidade por mais de sete anos, não é devido o adicional de transferência, nos termos da Orientação Jurisprudencial nº 113 da SBDI-1 do TST, que interpreta o alcance do art. 469 , § 3º , da CLT . Precedentes. Recurso de revista parcialmente conhecido e provido .
D)PLANO DE SAÚDE
A Reclamante assinou em sua admissão a autorização de desconto relativo ao plano de saúde, tendo inclusive indicado dependentes. De acordo com o Súm 342 TST os descontos salariais efetuados pelo empregador com anuência do empregado e sendo de planos de assistência médica e outros em benefício do empregado, não afrontam o disposto no art 462 CLT. Conclui-se que a Reclamante não possui direito à devolução dos valores.
Ementa: DESCONTOS SALARIAIS - PLANO DE SAÚDE - CLÁUSULA NO CONTRATO DE TRABALHO PREVENDO A AUTORIZAÇÃO - DEVOLUÇÃO INDEVIDA. 1. A Súmula 342 do TST estampa o entendimento de que é válido o desconto efetuado no salário do empregado quando houver assentimento para tanto, exceto na hipótese de ficar demonstrada coação ou outro defeito que vicie a autorização. 2. -In casu-, o acórdão regional consignou que existe cláusula, no contrato de trabalho, autorizando a Reclamada a efetuar descontos a título de plano de saúde, não tendo sido demonstrada nos autos a existência de vício de consentimento que pudesse invalidar a referida autorização. 4 . Dessa forma, verifica-se que a pretensão do Reclamante, no sentido de obter a devolução das parcelas descontadas a título de plano de saúde, não merece prosperar. Recurso de revista não conhecido.
E) DA MULTA DO ART 477 CLT
Requer a Reclamante a multa do art 477 §8º CLT, tendo em vista que as verbas foram pagas no dia 12/03/2015, sendo que a dispensa se deu em 02/03/2015, a mesma alega que a homologação se deu um dia após o prazo.
Verifica-se que o prazo de 10 dias prescrito no art 477 §6º CLT, contato da notificação da demissão, exclui o dia da notificação e inclui o dia do vencimento, de acordo com a OJ 162-SDI-1 TST. Desta forma, o prazo terminou exatamente no dia 12/03/2015, não passando o prazo, ou seja, a Reclamante não possui direito a multa do art 477 §8CLT.
Ementa: RECURSO DE REVISTA. MULTA DO ART. 477 DA CLT. ATRASO NA HOMOLOGAÇÃO DO DISTRATO. O prazo previsto no § 6.º do art. 477 consolidado refere-se ao pagamento das verbas rescisórias, e não à homologação da rescisão contratual. Se o pagamento das parcelas contidas no TRCT foi efetuado no prazo legal, não há de se falar em aplicação da multa prevista no § 8.º do mesmo dispositivo legal. Recurso de Revista parcialmente conhecido e provido
II- DOS PEDIDOS
De acordo com os fatos e fundamentos acima explicitados, requer à Vossa Excelência o acolhimento da presente Contestação, a fim de que as pretensões apresentadas na Reclamação Trabalhista sejam julgadas totalmente improdecedentes.
III- DAS PROVAS
Requer a produção das provas admitidas em direito, em especial depoimento da Reclamante, testemunhal, documental e pericial nos moldes do art 39 CPC.
 
Nestes termos, pede-se o deferimento da 
Contestação
Local, Data
ADVOGADO
OAB
LUANA STAMPINI DE CARVALHO FONSECA (CASO CONCRETO 07)

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