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HABEAS CORPUS

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR DA 2ª VICE-PRESIDENCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. 
Ana Carolina Nunes, advogado regularmente inscrito na OAB-UF sobre n xxx, com endereço profissional na Rua xxx, vem respeitosamente a presença de V. Exa, com base no art. 5º, LXVIII, CRFB, bem como nos artigos 647/667, 
CPP, impetrar
HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO 
em favor do paciente MICHEL DA SILVA, já qualificado nos autos do processo em referência, ora recolhido no estabelecimento penal xxx, em razão de constrangimento e, sua liberdade de locomoção por ato ilegal do MM. Juízo da 22 Vara Criminal da Comarca da Capital pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
DOS FATOS 
O paciente foi preso em flagrante no dia 01 de julho de 2010 pela prática do crime previsto no art. 16, § único, IV da Lei 10.826/03 e art. 28 da lei 11.343/06. No auto de prisão em flagrante constavam os depoimentos dos policiais que efetuaram a prisão. O paciente fora preso em razão de uma notitia criminis realizada por sua mulher Angelina afirmando que o mesmo possuía armas dentro de casa com numeração raspada e isso a assustava. 
Diante da informação e com o consentimento de Angelina, os policiais se dirigiram a casa onde o casal residia e após uma intensa busca no imóvel, encontraram três revólveres calibre 38 com a numeração raspada, em um armário dentro do quarto. Em outro armário, os policiais encontraram 84 munições. Em seguida, encontraram uma pequena trouxinha de maconha. 
Perguntado sobre a posse do material encontrado, MICHEL afirmou que adquirira as armas em Angra dos Reis de um amigo, e quanto à maconha, disse que era para seu uso pessoal. O auto de prisão em flagrante foi devidamente lavrado e distribuído ao juízo da 22ª Vara Criminal da Capital, onde foi requerida a sua liberdade provisória, que foi negada pelo juiz ao argumento de que se tratava de crime grave, haja vista o preso possuir 03 revólveres com numeração raspada em sua residência e em razão do depoimento da sua esposa que afirmou ser ele um homem agressivo. Não há anotações na folha de antecedentes do paciente.
DOS FUNDAMENTOS
DA DESNECESSIDADE DA PRISÃO EM DECORRÊNCIA DA AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA. A prisão do paciente não preenche os requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal necessários para prisão preventiva. Ausentes portanto periculum libertatis requisito da cautelar. 
DA LIMINAR
A ordem de habeas corpus deve ser concedida em carater liminar vez que presentes seus requisitos.
O fumus bonu iuris se encontra por todos os fatos e fundamentação acima descrita.
Igualmente o Periculum in mora também está presente em razão do dano irreparável ou de difícil reparação que é a permanência do paciente na cadeia.
DO PEDIDO
Ante tais razões espera respeitosamente de V. Exa:
a) O recebimento da presente ordem;
b) A concessão da Ordem em carater liminar eis que presentes seus requisitos, reestabelecendo de imediato a liberdade do paciente.
c) No mérito a concessão da ordem confirmando-se a liminar restituindo em definitivo a liberdade do paciente.
Nestes termos,
Pede-se deferimento.
Data/local
Advogado
OAB/UF

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