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O Mito da Caverna, resumo e crítica

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Quanto ao Mito da Caverna... 
 A princípio, o texto retrata homens acorrentados de maneira que não conseguem mexer a cabeça, sendo admissível olhar somente à parede à sua frente, e de forma que não seja possível mudarem sua posição ou se locomover pelo interior da caverna. Tal caverna é ampla, e por trás dos homens encadeados, há uma brecha por onde entra a luz do sol. Entre os homens e a brecha, há um muro. Entre o muro e a brecha, homens livres caminham e conversam diariamente, devido ao caminhar constate, sombras são reproduzidas nas paredes e ecos das conversas são emitidos no interior da caverna. 
 Para os acorrentados, as sombras eram cópias de objetos reais e os ecos eram emitidos pelas sombras. Sombras nas paredes e ecos pela caverna era a única realidade verdadeira para aqueles homens ali presentes. Porém, um dos homens consegue se libertar das correntes. Quando ele vai em direção à entrada da caverna, sente inúmeras dificuldades devido a sua não adaptação à luz e aos sons fora da caverna. 
 Após a acomodação fora da caverna e estranhamento, pois até então, tudo aquilo era impossível e irreal, ele compreende o tamanho de sua ignorância. E logo, depois de várias reflexões, percebe que a realidade verdadeira está fora da caverna e é muito mais bela. Quando pensa em seus companheiros, não hesita em voltar ao interior caverna para os libertarem, para que também pudessem ir em direção à saída e conhecer a realidade como ela é, mas após os encontrarem novamente, seus antigos companheiros não o reconhecem e o tomam como louco, pois a para os homens, a única realidade verdadeira que existe é dentro da caverna e então, o matam.
Quanto à crítica...
Platão, por meio do texto “O mito da caverna” (ou Alegoria da caverna) visa revelar o papel do conhecimento na sociedade, a sua importância e que a busca pelo conhecimento verdadeiro se dá através da Filosofia. Ou seja, a caverna é o mundo real no qual todos nós vivemos, o mundo que nos é perceptível através dos cinco sentidos. 
O autor deixa evidente que para buscar o conhecimento válido são necessários alguns sacrifícios, no caso do prisioneiro que sai da caverna, é a adaptação com o mundo exterior (o mundo da verdadeira realidade), já que seu corpo estava adaptado à escuridão, pouca movimentação dos seus membros e ecos não muito altos – pouca visão, dores no corpo e incômodos na audição foram os possíveis sacrifícios enfrentados por ele para que pudesse sair da caverna.
O homem quando sai da caverna, adquire novas ideias, sai do mundo sensível e entra para o mundo racional, adquire a capacidade de pensar sobre as coisas, adaptar-se e reconhece sua ignorância até dado momento. Ele se preocupa em voltar para a caverna e informar seus companheiros que ainda estavam lá. Através do diálogo, tenta convencer seus antigos amigos que aquela não era a realidade verdadeira.
 O homem fez o que o filósofo faz: tentou despertar em seus colegas o desejo de saber mais, mostrar a verdadeira realidade através do diálogo, demonstração e experiência, apontando que o “se libertar das correntes” e o “sair da caverna” era o meio de se obter o verdadeiro conhecimento sobre as coisas reais do mundo das ideias. Pois as sombras nas paredes eram meras representações (com baixíssima nitidez) de coisas que estão no mundo sensível que por sua vez, são representações de coisas do mundo das ideias. 
Para os acorrentados, deixar a caverna, aceitar algo que seja extremamente novo, sair do mundo sensível para entrar para o mundo das ideias é praticamente impossível, pois já estão acomodados com a falsa realidade das sombras. Devido a esse motivo, os prisioneiros desacreditam do homem – filósofo - que sai da caverna e o matam por não aceitarem uma possível ideia nova, e acreditarem cegamente que só o mundo sensível é a única verdade. 
"A República" de Platão
Crítica: Rúbia Monteiro Pimentel (Atua na área de Sociologia do Trabalho; Metodologia da Pesquisa; Elaboração de Projetos Sociais; Relações Interpessoais do Trabalho; Espaço e Globalização.)
Convite à Filosofia - Marilena Chaui

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