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RESUMO DE IMPERMEABILIZAÇÃO Impermeabilização - Conjunto de operações e técnicas construtivas que objetivam proteger a construção contra a ação deletéria de fluidos, vapores e umidade (EM TORNO DE 3% DO CUSTO TOTAL DO EMPREENDIMENTO). ESTANQUEIDADE Propriedade de um elemento (ou de um conjunto de componentes) de impedir a penetração ou passagem de fluidos através de si. Sua determinação está associada a uma pressão limite de utilização (correlacionada com as condições de exposição do elemento). Testes: Teste com lâmina d’água de 72 horas para observar eventuais falhas Após conclusão dos testes verificar a aderência da impermeabilização ao substrato ÁGUA Principal fluido atuante: Como proteger da água: Evitando o contato. Detalhes construtivos de fachadas Rebaixamento de lençol freático Uso de barreira dupla Paredes e esquadrias duplas Blocos vazados Coberturas inclinadas com beirais Permitindo o contato, mas impedindo sua penetração. Impermeabilização (projeto específico e empresas especializadas) SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO Conjunto de produtos e serviços (insumos) dispostos em camadas ordenadas, destinado a conferir estanqueidade a uma construção. Serviços Alvenaria; Instalações hidráulicas; Instalações elétricas; Revestimentos, em argamassa, de paredes; chumbamento dos tubos passantes pela laje. Base Responsabilidade na definição de algumas exigências do sistema de impermeabilização, em função de: Grau de fissuração; Deformabilidade em função das cargas; Movimentação térmica Geometria Bases com diferentes características exigem diferentes sistemas de impermeabilização Constituintes Os sistemas de impermeabilização dos pisos do pavimento-tipo são constituídos por diversos componentes, que, para maior simplificação, são tratados como camadas. Camada de regularização; Camada normalmente de argamassa, cujas funções são: Corrigir irregularidades das superfícies em contato com a impermeabilização: Horizontais (lajes) Verticais (paredes) A inclinação horizontal deve ser no mínimo de 1% em direção aos coletores de água. Para calhas e áreas internas é permitido o mínimo de 0,5%; Arredondar os cantos e arestas ( 8 cm de raio ). Utilização de argamassa traço 1:3 em volume de cimento e areia com granulometria até 3 mm sem aditivos impermeabilizantes; Executar taliscas para servirem de referência à execução das mestras; Executar as mestras preenchendo o espaço entre elas; Realizar acabamento desempenado; Pintura primária ou Camada de separação inferior; Pintura primária em forma de película obtida por meio da aplicação de um “primer” destinada a: Melhorar a aderência; Remover o pó da superfície. Camada impermeável; Camada responsável pela estanqueidade, promovendo uma barreira contra a passagem de fluidos, com uma ou mais demãos. Deve ser previsto nos planos verticais encaixe para embutir a impermeabilização, para o sistema que assim o exigir, a uma altura mínima de 20 cm acima do nível do piso acabado ou 10 cm do nível máximo que a água pode atingir. OBS→ Elevação mínima nos boxes de 40 cm. Camada de separação superior; Camada com a função de evitar a aderência de outros materiais sobre a camada impermeável. Papel Kraft betuminado; Lâmina plástica pré-formada Camada de proteção mecânica. Camada com função de absorver e dissipar os esforços atuantes sobre a camada impermeável, de modo a protegê-la contra a ação deletéria destes esforços. Materiais: Argamassas Concretos Revestimentos nobres Tipos: SIMPLES – primeira camada de proteção ACABADA – camada de proteção final ARMADA – camada de proteção em locais onde há transito de veículos SUPERFÍCIES VERTICAIS - Recomenda-se a estruturação da argamassa com tela metálica. Fixação no topo, por meio de parafusos ou pinos cravados no substrato. Camada de proteção térmica. Camada com a função de reduzir o gradiente de temperatura atuante sobre a camada impermeável, de modo a protegê-la contra os efeitos danosos da temperatura. Recomendável em áreas sob ação intensiva das intempéries (sol, chuva, neve, geada, ...) Argamassas com pérolas de isopor ou vermiculita, chapas de poliestireno expandido. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ADERÊNCIA ADERENTES - A camada impermeável é aderida à camada de suporte sujeita a todas as suas deformações que podem levar a grandes deformações percentuais em pontos localizados. INDEPENDENTES - A camada impermeável não é aderida à camada de suporte, exceto nos pontos de passagem dos ralos e tubos e nos rodapés. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A FLEXIBILIDADE RÍGIDOS – A camada impermeável possui pequena ou nenhuma capacidade de absorver deformações. FLEXÍVEIS - A camada impermeável é capaz de absorver deformações impostas pela base, dentro de limites definidos pela sua capacidade de resistência à tração. SEMI-FLEXÍVEIS – A camada impermeável possui alguma flexibilidade porém, menor que a dos sistemas flexíveis. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MÉTODO DE EXECUÇÃO MOLDADOS NO LOCAL – A camada impermeável é constituída de materiais que podem ser aplicados tanto a frio como a quente, sendo que essa aplicação pode ser feita na forma de uma pintura ou pela aplicação de camadas na superfície. PRÉ-FABRICADOS - A camada impermeável é constituída por mantas. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MATERIAL ARGAMASSAS – A camada impermeável é obtida pelo emprego de argamassas de cimento e areia preparadas com aditivos hidrofugantes ou resinas poliméricas que têm a função de torná-las impermeáveis. CRISTALIZANTES – A camada impermeável é obtida pela aplicação de materiais à base de cimento, adicionados à resinas e aplicados na forma de pasta, que penetra nos poros da superfície, cristalizando-se e tamponando-os. CIMENTÍCIOS – A camada impermeável emprega materiais a base de cimento, adicionados a resinas e aplicados na forma de pasta, que resultam em uma película impermeável sobre a superfície com espessura da ordem de 5mm ASFÁLTICOS – A camada impermeável é composta de materiais a base de asfalto podendo ser moldada no local com membranas a quente e a frio ou ser pré-fabricada utilizando mantas. POLIMÉRICOS – A camada impermeável é obtida pela aplicação de polímeros na forma de membranas ou mantas SISTEMAS RÍGIDOS Nas impermeabilizações rígidas a camada estanque é aplicada diretamente sobre a base sem outras camadas complementares. Concreto Concretos com aditivos impermeabilizantes Argamassa Argamassas com hidrofugantes Aditivos Agentes hidrófugos (esteratos) Silicatos + cloretos Consumo 3 camadas (2 litros/saco de cimento) Indicação Revestimentos estanques para paredes e reservatórios. Argamassas aditivadas com polímeros Material Argamassas e pastas cimentícias com adição de resinas poliméricas (acrílicas e SBR – estireno butadieno). Tipos Pré-dosada (cimento modificado com polímero e argamassa polimérica). Dosada em canteiro – argamassa modificada com polímero – mistura com resinas adequadas. Indicação Para solicitação de água de percolação Pisos não sujeitos a movimentações excessivas da base (ex: pisos internos); Paredes expostas (ex: proteção de concreto); Uso difundido em banheiros, cozinhas e varandas de edificações residenciais) Para solicitação de água de pressão Reservatório de água potável – algumas resinas não são recomendáveis (avaliar garantias dos fabricantes) Cimentos poliméricos e cristalizantes Cimentos impermeabilizantes e polímeros Cimentos impermeabilizantes e líquidos seladores Bloqueadores hidráulicos SISTEMAS FLEXÍVEIS MEMBRANA - Produto ou conjunto impermeabilizante, moldado no local, com ou sem armadura. Asfálticas Moldagem no local de películas (membranas) asfálticas estruturadas (reforçadas). Aplicações a frio (emulsão asfáltica) Tipos: Sem carga Com carga Modificadas com polímero (com e sem solvente) Utilização Áreas sujeitas a água de percolação. Pisos de banheiro/cozinhas, jardineiras, e lajes. Restrições Uso em áreas de grande solicitação, de grandes vãos ou muito fissuráveis. Produto inflamável.Exige o uso de máscaras quando a aplicação é em ambientes confinados. Aplicação Primeira etapa - Imprimação com o próprio produto diluído ou com produtos especiais. Etapas seguintes - Aplicação de várias demãos (com rolo, trincha ou vassoura de pelo) intercaladas com estruturantes, normalmente aplicados a partir da segunda demão). a quente Tipos Asfaltos oxidados Asfaltos modificados com elastômeros Utilização Superfícies horizontais sujeitas a água de percolação como lajes em geral. Água sob pressão como tanques, piscinas (não é adequado para água potável). Recomendações Sistema 3 (demãos) +1 (estruturante) ainda é muito empregado devido a sua alta confiabilidade. Exige proteção térmica para aumentar a vida útil do sistema. solução asfáltica modificada com polímeros (geralmente a frio) Estruturantes Véu e tela de fibra de vidro Véu e tela de poliéster Tela de poliamida (nylon) Feltro asfáltico Acrílicas Tipos: sem adição de cimento com adição de cimento (MAI) Materiais Emulsões acrílicas puras ou estirenadas Estruturante: tela de poliéster ou de poliamida. Utilização Lajes e abóbodas expostas as intempéries, reservatórios e laje térreo. MAI – áreas internas Aplicação Semelhante às emulsões asfálticas MANTA - Produto impermeável, industrializado, obtido por calandragem ou outros processos. Asfálticas MANTA PP Soldagem com maçarico a gás superfícies de polietileno MANTA AA Soldagem com asfalto fundido a quente superfícies com areia Poliméricas Materiais Mantas Plásticas PEAD (Polietileno de alta densidade) Laminadas flexíveis Alta resistência a tração e química Alto grau de segurança e impermeabilidade Lagoas, aterros sanitários, túneis… PVC (Policloreto de vinila) Durável Impermeabilização de alto desempeho Flexibilidade Resistência química e ultravioleta Aderidas ou não ao substrato Emendas por termo fusão Mantas Elastoméricas pré-fabricadas Butílica (Poliisobutileno isopropeno) EPDM (Etileno propileno dieno monômero) De borracha Durável Resistência a umidade, álcalis, ácidos e envelhecimento Aplicada sobre um primer Juntas com fitas e cola cara Aplicação Aderidas – imprimação, aplicação de adesivo, distribuição das mantas e soldagem com adesivos, fitas de caldeação ou auto-fusão (por ar quente e equipamentos elétricos) Não aderidas – berço amortecedor, distribuição das mantas, soldagem e camada de amortecimento. Espessura e consumo Espessura a partir de 0,8 mm; Consumo médio de 1,10 m2/m2 de área impermeabilizada. Utilização Impermeabilização para água com pressão hidrostática positiva; Lajes com trânsito de pedestres ou tráfego de veículos. BORRACHA LÍQUIDA Pode ser aplicado em lajes de concreto, banheiros, sacadas, cozinhas, muro de arrimo, baldrames, calhas metálicas ou de concreto, jardineiras, janelas, telhados metálico ou de fibrocimento, piscinas... Vantagens Durabilidade e resistência. Alta flexibilidade, permitindo absorver movimentos estruturais e térmicos. Alta aderência a diversos substratos . Sistema monolítico sem emendas. Dispensa a proteção mecânica para locais sem trânsito, com exceção na cor preta. TRATAMENTO DE INTERFACES COM AS INSTALAÇÕES Os procedimentos adotados dependerão das características dos sistemas de impermeabilização empregados, cabendo ao projetista especificar o tratamento a ser dado a estes pontos. Como regra geral, pode-se aplicar mastiques nestas interfaces quando se deseja uma garantia extra de estanqueidade, em especial quando se utiliza sistemas de impermeabilização com argamassas impermeáveis, cristalizantes ou cimentícias. Para o caso de não utilização da impermeabilização esse tratamento passa a ser indispensável. DETALHE DE TUBOS PASSANTES A camada impermeável deve elevar-se nos tubos existentes nas áreas impermeabilizadas. Para o caso das impermeabilizações do pavimento-tipo, esses tubos são destinados à ligação com a bacia sanitária, no caso dos banheiros, e escoamento de águas pluviais, para o caso das varandas. ESCOLHA DO SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO Requisitos e condições de exposição Pressão hidrostática Frequência da umidade Exposição ao sol Exposição a cargas Movimentação da base Fissuração da base Extensão da aplicação Complexidade da superfície Inclinação da superfície Interface com instalações Durabilidade Espessura Confiabilidade Características dos sistemas Custo inicial Vida útil e garantias Resistência mecânica Resitencia a intempéries Flexibilidade Forma de aplicação Possibilidade de reparo PRINCIPAIS UTILIZAÇÕES FUNDAÇÕES E CORTINAS Membranas e mantas asfálticas Membranas poliméricas Impermeabilizações rígidas COBERTURAS E ÁREAS EXTERNAS Mantas e membranas asfálticas Mantas e membranas poliméricas RESERVATÓRIOS E PISCINAS Impermeabilizações rígidas (exceto caixas d’água elevadas) Mantas asfálticas (exceto caixas de água potável) Membranas poliméricas Mantas poliméricas ÁREAS INTERNAS DE EDIFÍCIOS Membranas poliméricas e asfálticas Mantas asfálticas Argamassas poliméricas
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