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MODELO EXERCICIO TEXTUAIS

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UNIVERSIDADE IGUAÇU/CAMPUS V 
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
CURSO DE MEDICINA 
(Fonte: Times New Roman ou Arial 12, Maiúscula, Negrito) 
(PARÁGRAFO: Alinhamento: centralizado; Espaçamento entre linhas – SIMPLES) 
 
 
 
 
 
 
 
TECLAR ENTER 18 VEZES 
ESPAÇAMENTO ENTRE LINHAS SIMPLES 
 
 
 
 
 
 
 
JUÇARA GONÇALVES LIMA BEDIM 
MARGARETE ZACARIAS TOSTES DE ALMEIDA 
(Fonte: Times New Roman ou Arial 12, Maiúscula, Negrito) 
(PARÁGRAFO: Alinhamento: centralizado; Espaçamento entre linhas – SIMPLES) 
 
 
TECLAR ENTER 7 VEZES 
 
 
A ORIENTAÇÃO SEXUAL NA PERSPECTIVA DA FAMÍLIA E DA 
ESCOLA: uma reflexão pedagógica 
(Fonte: Times New Roman ou Arial 14, Maiúscula, Negrito) 
(PARÁGRAFO: Alinhamento: centralizado; Espaçamento entre linhas – SIMPLES) 
 
 
 
 
 
TECLAR ENTER 16 VEZES 
 
 
 
 
 
(Fonte: Times New Roman ou Arial 12, Maiúscula, Negrito, Centralizado) 
(PARÁGRAFO: Alinhamento: centralizado; Espaçamento entre linhas – SIMPLES) 
ITAPERUNA - RJ 
2016 
 
 
JUÇARA GONÇALVES LIMA BEDIM 
MARGARETE ZACARIAS TOSTES DE ALMEIDA 
 (Fonte: Times New Roman ou Arial 12, Maiúscula, Negrito) 
(PARÁGRAFO: Alinhamento: centralizado; Espaçamento entre linhas – SIMPLES) 
 
 
 
 
TECLAR ENTER 17 VEZES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ORIENTAÇÃO SEXUAL NA PERSPECTIVA DA FAMÍLIA E DA 
ESCOLA: uma reflexão pedagógica 
 (Fonte: Times New Roman ou Arial 14, Maiúscula, Negrito, Centralizado) 
 
 
TECLAR ENTER 6 VEZES 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de 
Informática do curso de Enfermagem sob 
orientação do professor Marcelo David 
Siliprande. 
 (Fonte: Times New Roman ou Arial 12) 
(PARÁGRAFO: RECUO ESQUERDA 8Cm, Alinhamento: Justificada; Espaçamento 
entre linhas - SIMPLES) 
 
 
 
 
 
TECLAR ENTER 16 VEZES 
 
 
 
 
 
 
 
ITAPERUNA - RJ 
2016 
 
 
RESUMO 
 
A sexualidade permeia a vida humana por fazer parte de sua constituição. Entretanto, muitas 
dificuldades são encontradas no campo educacional porque falar de sexualidade significa falar 
de concepções cristalizadas. Neste contexto, levantou-se a hipótese de que muitas das 
dificuldades encontradas pela escola em trabalhar orientação sexual parte do princípio de que 
falar de sexualidade significa também falar de repressão, poder, preconceito, interdição do 
corpo, desejo, paixão, prazer, vida, morte, controle, gênero, pecado, opção sexual, construção 
de papéis sexuais, doenças sexualmente transmissíveis e atualmente Aids; enfim, de todas as 
representações sociais que giram em torno dela na sociedade, e isso traz insegurança para a 
família diante de um cenário novo após o desvelamento de tais questões.Tal pressuposto 
traduziu a necessidade de um olhar investigativo sobre o real parâmetro educacional nos 
cursos de formação de professores e na prática docente dos anos iniciais do Ensino 
Fundamental em relação à sexualidade como parte integrante e constituinte do sujeito 
aprendiz..O presente trabalho teve por objetivo desvelar dificuldades que a família encontra 
em aceitar o trabalho proposto pela escola, para realização do trabalho de orientação sexual. 
Neste enfoque, emergiu a necessidade de aportar teoricamente nos Parâmetros Curriculares 
Nacionais (1998)em teóricos como Birman( 1994), Foucault (1984) entre outros, que vêm 
referenciar tais abordagens no sentido de trazer à luz do conhecimento a relevância de 
preparar professores para um adequado e significativo desempenho de seu papel. Projeto 
vinculado à metodologia da pesquisa-ação (THIOLLENT, 2000), é parte de uma atividade 
acadêmica envolvendo estudantes do 5º período do curso Normal Superior do Instituto 
Superior de Educação de Itaperuna, ao discutirem a prática docente com ênfase em 
sexualidade, de modo crítico e reflexivo, (trans)formaram-se em professores pesquisadores 
em ação.O estudo destacou que a visão sobre a sexualidade está presente no ato de aprender e 
no legado cultural. O resultado da pesquisa corroborou a hipótese ao trazer à luz do 
conhecimento acadêmico o “medo” da família em transpor conceitos já cristalizados como 
sendo “a verdade” e a insegurança diante de assuntos inerentes ao próprio ser humano. Neste 
sentido, ficou também evidenciado o despreparo pedagógico para fazer da educação o 
caminho seguro para que novas reflexões apontem novos olhares e horizontes no sentido da 
libertação humana das amarras das repressões seculares. 
PALAVRAS-CHAVE: orientação sexual, família, educação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Sexuality permeates human life to be part of their constitution. However, many difficulties are 
encountered in the educational field because talking about sexuality means to speak of 
crystallized ideas. In this context, the hypothesis arose that many of the difficulties 
encountered by the school to work sexual orientation assumes that talking about sexuality 
also means talking about repression, power, prejudice, body interdiction, desire, passion, 
pleasure, life, death, control, sex, sin, sexual orientation, construction of gender roles, 
sexually transmitted diseases and AIDS today; Finally, of all the social representations that 
revolve around it in society, and this brings uncertainty for the family facing a new scenario 
after the unveiling of such questões.Tal assumption reflected the need for an investigative 
look at the actual parameter in educational courses teacher training and teaching practice in 
the early years of primary education in relation to sexuality as an integral and constituent part 
of the subject aprendiz..O present study aimed to reveal difficulties that the family is to 
accept the work proposed by the school, to perform sexual orientation work. In this approach, 
the need emerged for theoretically contribute in the National Curriculum Parameters (1998) 
in theoretical as Birman (1994), Foucault (1984) among others, which have reference such 
approaches in order to bring the light of knowledge the importance of preparing teachers for 
an appropriate and meaningful performance of their role. Project linked to the methodology of 
action research (THIOLLENT, 2000), it is part of an academic activity involving students from 
5 Normal course of the period of the Superior Institute of Itaperuna Education, to discuss the 
teaching practice with an emphasis on sexuality, critically and reflective, (trans) formed in 
research professors in ação.O study highlighted that the vision of sexuality is present in the 
act of learning and cultural legacy. The survey results confirmed the hypothesis by bringing 
the light of academic knowledge "fear" of the family to transpose concepts have crystallized 
as "the truth" and insecurity on issues inherent to the human being. In this sense, it also 
became clear pedagogical unpreparedness to make the sure way education for new 
reflections point new perspectives and horizons towards human liberation from the shackles 
of secular repression. 
KEY-WORDS: sexual orientation, family, education. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMARIO 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 1 
2 OBJETIVOS ........................................................................................................................................ 3 
2.1 Geral ............................................................................................................................................. 3 
2.2 Específico .....................................................................................................................................
3 
3 O TRAJETO DA PESQUISA: construindo saberes ........................................................................... 4 
3.1 Metodologia ................................................................................................................................. 5 
3.1.1 Etapas da pesquisa: ................................................................................................................. 5 
4 RESULTADO ...................................................................................................................................... 6 
5 DISCUSSÕES ..................................................................................................................................... 8 
6 CONCLUSÕES .................................................................................................................................. 11 
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 12 
APENDICE A – INSTRUMENTO METODOLÓGICO UTILIZADO PARA A REALIZAÇÃO DA 
PESQUISA ............................................................................................................................................ 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
O ser humano traz consigo questionamentos que o remete a constantes buscas com o 
objetivo de obter respostas. Frente a isso, conscientizarmo-nos de que não somos seres 
“prontos e acabados”, somos, portanto, incompletos e cheios de necessidades e desejos, 
inscritos na condição do existir, se faz uma necessidade. 
Dentre os caminhos percorridos pelo ser humano em busca de respostas está o da 
aprendizagem, caminho este, resultante da relação de interdependência com o social. 
A aprendizagem é próprio do ser humano, como afirma Lajonquière ( apud 
SALTINI,1998, p. 183) 
[...] O aprender e o viver são como duas faces de uma mesma moeda. [...] 
Na medida em que o sujeito (re)constrói o conhecimento no campo do 
Outro, as ações são, efetivamente , engendradas desde “fora” ou, em outras 
palavras, as aprendizagens resultam possíveis graças à presença dum outro 
[...] 
 
Na sua dimensão simbólica, como relata Rubinstein (2003, p. 83): 
 
aprender significa dominar, ter poder sobre, tomar algo como seu, isto é, 
apropriar-se. Isso envolve: a) a condição deste objeto como causa para o 
desejo; b) as estratégias para cercá-lo, representá-lo, aproximar-se dele ( 
cognição); c) o Outro ( social-familiar), que indica o objeto e oferece meios 
e fins legítimos para apreendê-lo, bem como prescreve ( demanda ) sua 
apreensão, isto é, espera que o outro responda. 
 
O mundo do simbólico, segundo os autores supracitados, é aprendido na medida em 
que lhe é apresentado, portanto é transmitido. É a forma de inscrição que irá importar, pois o 
simbólico constitui grande parte do inconsciente, com o qual o sujeito terá uma relação. O 
símbolo faz o homem capaz de organizar-se socialmente, mediante acordos, regras, normas, 
pactos e contratos a partir de aprendizagens via linguagem. 
Tais pressupostos teóricos evidenciam que a maneira de pensar e até mesmo o de agir, 
é desenhada pelo imaginário social e, este como resultando do investimento cultural. 
Como apresentou Lajunquiére (apud SALTINI, 1998) o sujeito que aprende constrói 
seu conhecimento no campo do outro e, esse outro no olhar de Rubinstein (2003) é quem 
indica o objeto a ser apreendido, os meios e fins, assim como as expectativas das respostas do 
indivíduo à tudo que aprendeu. 
Neste contexto, busca-se estudar, de modo reflexivo, o trabalho com orientação sexual 
como uma de suas competências a ser desenvolvida no projeto educativo formal. Antes de 
2 
 
 
 
quaisquer reflexões é imperativo explicitar conceitualmente a terminologia “Orientação 
Sexual.” 
Embora não se tenha um consenso teórico sobre o termo aqui em questão, o aporte 
inicial para tal abordagem foram os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) – Temas 
Transversais, 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental que apresenta o tema Orientação Sexual no 
viés da transversalidade, buscando “considerar a sexualidade como algo inerente à vida e à 
saúde, que se expressa no ser humano, do nascimento até a morte” (PCN, 1998, p. 287). 
Deixando claro que o intuito é “contribuir para reflexões e discussões de técnicos, 
professores, equipes pedagógicas, bem como pais e responsáveis, com a finalidade de 
sistematizar a ação pedagógica da escola no trato de questões da sexualidade”, sobremaneira a 
superação de tabus e preconceitos ainda arraigados no contexto sociocultural brasileiro. 
Ainda no contexto dos PCN (1998, p. 287), o tema Orientação Sexual 
engloba as relações de gênero, o respeito a si mesmo e ao outro e à 
diversidade de crenças, valores e expressões culturais existentes numa 
sociedade democrática e pluralista. Inclui a importância da prevenção das 
doenças sexualmente transmissíveis/Aids e da gravidez indesejada na 
adolescência, entre outras questões polêmicas. 
 
A discussão sobre a temática sexualidade “vem se intensificando desde a década 
de 70, provavelmente em função das mudanças comportamentais dos jovens dos anos 60, dos 
movimentos feministas e de grupos que pregavam o controle da natalidade” (PCN, 1998, p. 
291), entretanto sob diferentes enfoques e ênfases, já se discutia em escolas desde a década de 
20. Repensar o papel da escola e dos conteúdos a serem trabalhados na contemporaneidade, 
suscitou a retomada das discussões sobre a sexualidade numa abordagem transversal, embora 
ainda se acreditasse na resistência das famílias à abordagem dessas questões no âmbito 
escolar, mas neste sentido, de acordo com os PCN (1998, p. 291) “atualmente sabe-se que os 
pais reivindicam a orientação sexual nas escolas, pois reconhecem não só sua importância 
para crianças e jovens, como também a dificuldade de falar abertamente sobre o assunto em 
casa”. 
No que tange à expectativa da aceitação por parte da família em relação ao 
trabalho de orientação sexual desenvolvido pelas escolas, ainda pairavam dúvidas sobre tal 
questão. E esse é o mote da pesquisa: até que ponto a família está engajada junto à escola na 
orientação sexual? 
3 
 
 
 
2 OBJETIVOS 
2.1 Geral 
O presente trabalho tem por objetivo desvelar dificuldades que a família encontra em 
propiciar orientação sexual em casa e de aceitar o trabalho proposto pela escola. Neste 
enfoque, emergiu a necessidade de aportar-se teoricamente nos Parâmetros Curriculares 
Nacionais, em teóricos como BIRMAN (1994), FOUCAULT (1984), entre outros, que vêm 
referenciar tais abordagens no sentido de trazer à luz do conhecimento a relevância de 
preparar professores para um adequado e significativo desempenho de seu papel tendo em 
vista a sexualidade como parte integral de cada um e sua construção a partir das 
possibilidades individuais e de sua interação com o meio e a cultura. 
2.2 Específicos: 
1. Relatar os resultados de uma pesquisa realizada por professores e estudantes do curso 
Normal Superior do Instituto Superior de Educação de Itaperuna, na Disciplina 
“Fundamentos e Organização de Educação para Jovens e Adultos”, que buscou junto à 
família corroborar ou refutar o apontamento feito pelos professores entrevistados no 
momento da pesquisa “A sexualidade no cenário educacional: um olhar sobre a 
formação e a prática pedagógica”, como sendo a família o maior entrave à 
performance docente em sala de aula, nas proposições dessa temática. 
2. Discutir o resultado desta pesquisa em relação ao resultado da pesquisa em “A 
sexualidade no cenário educacional: um olhar sobre a formação e a prática
pedagógica”. 
4 
 
 
 
3 O TRAJETO DA PESQUISA: construindo saberes 
 
 
Para maior entendimento do leitor, mister se faz esclarecer que a pesquisa se 
constitui parte integrante de um projeto maior desenvolvido junto ao Programa de Apoio à 
Extensão Universitária (PROEXT), coordenado pela dedicada professora Drª Maria Amélia 
Gomes de Souza Reis, sediado na Escola de Educação/UNIRIO, em parceria com a faculdade 
de Psicologia e Ciência da Educação (FPCE), Universidade de Coimbra e Instituto Superior 
de Enfermagem – intitulado “Etnoconhecimento para um EtnoReconhecimento: a importância 
da educação diferenciada na/para escola pública com qualidade social” e tem por objetivo 
impulsionar o desenvolvimento de uma proposta pedagógica voltada para o 
etnoconhecimento/etnoreconhecimento no Instituto Superior de Educação de Itaperuna – 
FAETEC, trabalhando com a transversalidade como pressuposto fundamental à integração do 
sistema educacional com a realidade social. 
Neste contexto, o ISE Itaperuna está engajado, com total comprometimento com o 
desenvolvimento deste projeto. 
 No ano de 2008 foi realizada, pelos mesmos pesquisadores, uma pesquisa 
intitulada “A sexualidade no cenário educacional: um olhar sobre a formação e a prática 
pedagógica”, cujo objetivo foi desvelar entraves na práxis pedagógica em relação à 
sexualidade infantil, originários da preparação pedagógica e a questão problema norteadora 
foi até que ponto os professores do Ensino fundamental estavam preparados para 
desempenhar o papel de orientadores no que tange ao assunto sexualidade? 
Os resultados demonstraram que 100% dos docentes entrevistados se 
consideravam preparados para tal intento, assim como reconheciam a importância e a 
necessidade da educação sexual para o desenvolvimento saudável dos estudantes como seres 
humanos, entretanto, 95% dos entrevistados apontaram a família como sendo o maior entrave 
à realização da orientação sexual em sala de aula (ZACARIAS, 2008). 
A partir desses dados, emergiu a necessidade de pesquisar junto à família as 
prováveis dificuldades em aceitar para seus filhos as orientações do professor em sala de aula 
sobre sexualidade. 
 
 
 
5 
 
 
 
3.1 Metodologia 
 
Projeto vinculado à metodologia da pesquisa-ação (THIOLLENT, 2000), é parte 
de uma atividade acadêmica envolvendo estudantes do 5º período – turma 502- primeiro 
semestre de 2009 do curso Normal Superior do Instituto Superior de Educação de Itaperuna, 
que ao discutirem a prática docente com ênfase em sexualidade, de modo crítico e reflexivo, 
(trans)formaram-se em professores pesquisadores em ação. O estudo destacou que a visão 
sobre a sexualidade está presente no ato de aprender e no legado cultural. 
3.1.1 Etapas da pesquisa: 
1- Leitura do artigo “A sexualidade no cenário educacional: um olhar sobre a formação e 
a prática pedagógica” e reflexões a respeito dos resultados; 
2- Juntos, professores e estudantes elaboram um questionário para ser aplicado num 
universo de famílias- ( Apêndice A); 
3- Os estudantes aplicaram o questionário, em famílias escolhidas de forma aleatória, 
num total de 100 entrevistados, sendo 34 do sexo masculino e 66 do sexo feminino; 
desse total, 63 pertenciam à faixa etária de 20 a 30 anos e 37 à faixa etária de 40 a 60 
anos; 
4- Apresentação, tabulação e análise dos dados coletados pelo grupo pesquisador 
juntamente com os professores; 
5- Construção do artigo científico pelos professores pesquisadores. 
6 
 
 
 
4 RESULTADOS 
 
 
População: famílias que têm filhos estudando do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental 
 Faixa etária: 20 a 30 anos = 63 
 40 a 60 anos = 37 
 Gênero: masculino = 34 
 Feminino = 66 
Amostra: 100 familiares 
Amostragem: aleatória 
 
Questionamentos: 
 
Faixa etária das famílias que têm filhos 
estudando do 1º ao 9º ano do Ensino 
Fundamental
20 a 30 
anos 63%
40 a 60 
anos 37%
 
1- Sexo e sexualidade são a mesma coisa? 
SIM
16%
NÃO
84%
 
 
 
Gênero dos Familiares Entrevistados
Masculino
34%
Feminino
66%
 
2- Existe sexualidade na infância? 
SIM
71%
NÃO
29%
 
 
 
Gráfico 3 Gráfico 1 
Gráfico 2 Gráfico 4 
7 
 
 
 
 
3- Você acredita que existe uma idade 
ideal para se iniciar a orientação 
sexual?
SIM
82%
NÃO
18%
 
Qual ou quais você não gostaria que fosse estudado 
em sala de aula?
Fecundação
5%
Prazer
11%
Masturbação
25%
Homossexualism
o
11%
DST
6%
Gravidez
6%
Erotização
27%
Preservativo
9%
 
 
 
Qual seria a idade ideal?
1 ano
1%
2 anos
4%
3 anos
1%
4 anos
0%
5 anos
4%
6 anos
4%
7 anos
7%
8 anos
10%
9 anos
1%
10 anos
19%
11 anos
3%
12 anos
12%
13 anos
2%
14 anos
2%
15 anos
21%
OUTRA
9%
 
7- Você gostaria que houvesse parceria entre pais e 
educadores para trabalhar em juntos esses 
assuntos?
SIM
72%
NÃO
28%
 
 
 
 
Observação referente ao gráfico 9 : houve uma 
entrevistada que relatou o medo por “achar” que 
tais assuntos poderão “ transformar” a criança em 
erótica e outra entrevistada falar desses assuntos 
poderia despertar a curiosidade para o sexo. 
 
 
Gráfico 5 Gráfico 8 
Gráfico 6 
Gráfico 9 
Por que?
Religião
22%
Medo
9%
Cultura
8%
Vergonha
10%
Educação
30%
Explicado pela 
familia
5%
Outros
16%
Gráfico 10 
4- Você autoriza o professor de seu(a) filho(a) a trabalhar, em sala de aula, 
qualquer assunto a respeito da sexualidade?
SIM
65%
NÃO
35%
Gráfico 7 
8 
 
 
 
5 DISCUSSÕES 
 
 
A sexualidade permeia a vida humana por fazer parte de sua constituição. 
Entretanto, falar de sexualidade significa falar de concepções cristalizadas ao longo do 
desenvolvimento humano. 
Deleuze (1992, apud ROLNIK, 1996, p.219) reporta Foucault em relação à 
construção história de nós mesmos: 
A história, segundo Foucault, nos cerca e nos delimita; não diz o que 
somos, mas aquilo de que estamos em vias de deferir; não estabelece nossa 
identidade, mas a dissipa em proveito do outro que somos [...] Em suma, a 
história é o que nos separa de nós mesmos [...], o que se opõe ao tempo 
assim à eternidade [...], aquilo que Nietzsche chamava de o inatural ou 
intempestivo, o que é in actu. 
A abordagem foucaultiana vai ao encontro da tentativa de explicar, ainda nos 
tempos de hoje, a dificuldade em reconhecer, de fato e de direito, a sexualidade como parte 
integrante de todo ser humano, principalmente, a sexualidade infantil. Para Freud (1973), a 
sexualidade serviu de mola repressora e para Foucault (1984) ensinamentos como verdades 
nos três últimos séculos. 
Partindo de tais pressupostos teóricos, salienta-se que, há, ainda, muitos entraves 
para serem superados pela própria cultura, na construção da história humana, até que seja 
possível abordar com naturalidade a sexualidade humana. 
Nesta construção da história humana, relevante papel exerce a educação em 
relação à aprendizagem, pois, “assim como a inteligência, a sexualidade será construída a 
partir das possibilidades individuais e de sua interação com o meio e a cultura” (PCN, 1998, 
p. 296). 
 Enveredando no cenário educacional e na prática pedagógica, levantou-se a 
hipótese de que muitas das dificuldades encontradas pela escola em trabalhar orientação 
sexual parte do princípio de que falar de sexualidade significa também falar de repressão,
poder, preconceito, interdição do corpo, desejo, paixão, prazer, vida, morte, controle, gênero, 
pecado, opção sexual, construção de papéis sexuais, doenças sexualmente transmissíveis e 
atualmente Aids; enfim, de todas as representações sociais que giram em torno dela na 
sociedade, e isso traz insegurança para a família diante de um cenário novo após o 
desvelamento de tais questões. 
9 
 
 
 
De tal pressuposto emergiu a necessidade de um olhar investigativo junto à família 
no intuito de corroborar ou refutar o apontamento docente de que o trabalho sobre orientação 
sexual em sala de aula deixa a desejar, não por despreparo dos professores, mas pela baixa 
aceitação por parte da família. 
O resultado da pesquisa desenhou em cenário em transição ao demonstrar que 84% 
dos entrevistados já diferenciam ou pelo menos têm a noção de sexualidade é diferente de 
sexo (gráfico 3). 
Um fator típico à transição é o aparecimento de pensamentos contraditórios, a 
exemplo, 65% autorizaria a professora a trabalhar qualquer assunto sobre sexualidade em sala 
de aula (gráfico 7), ao mesmo tempo que aparece em outro momento da entrevista, temas aos 
quais a família apresenta grande restrição, como a masturbação, erotização, homosexualismo 
e curiosamente o prazer. Quando perguntados o porquê, variadas explicações como 14% 
religião, 9% medo, 8% cultura, 10% vergonha e surpreendentemente, 26% por educação e 
5% deve ser explicado pela família, 16% não quiseram apresentar os motivos, mas disseram 
que existem (gráfico 8). 
Os dados apresentados demonstram um certo receio por parte da família em trazer 
à luz do conhecimento, através da linguagem, assuntos que mexam com a subjetividade e que 
desnuda valores simbólicos que fundamentam a ética de uma cultura. Birman ( 1994, p. 179) 
pondera sobre tal comportamento dizendo que: 
[...] existem interdições básicas numa dada ordem simbólica cuja 
transgressão subverte o fundamento da cultura, que utiliza então 
dispositivos repressivos violentos para reafirmar ritualmente os 
pressupostos do seu sistema simbólico. São esses pressupostos que fundam 
o discurso ético de uma dada cultura. [...] a língua ocupa uma posição 
fundamental na constituição da ordem simbólica, mas se articulando com os 
registros político e social para estabelecer os valores do campo cultural. 
 
A sociedade contemporânea traduz comportamentos, de certa forma inconsciente, 
que refletem o legado histórico de muita repressão. No gráfico 8, os dados demonstram 
motivos pelos quais a família não aceitaria determinados assuntos ligados à sexualidade em 
sala de aula. Em análise, percebe-se que quase todos os motivos estão entrelaçados: medo, 
vergonha, por educação. Foucault (apud BIRMAN, 1994, p. 181) fez uma ousada 
interpretação em Vigiar e punir ao sustentar que a gestão do social desde o século XVIII não 
se realizaria apenas por mecanismos jurídico-políticos, mas também por procedimentos 
disciplinares denominados de polícia. 
[...] o controle social se realizaria por tecnologias de normalização, 
condição histórica de possibilidade para constituição das ciências humanas. 
10 
 
 
 
Enfim, a formação dessas disciplinas teóricas estaria inserida num campo de 
práticas sociais voltadas para a disciplinarização e para o exercício de poder 
sobre os corpos instituindo recortes específicos para a mobilidade dos 
indivíduos no espaço social. 
 
Contudo, a sociedade avança à medida que tenta construir novos valores e 
paradigmas que permearão o futuro imaginário social. Nesse sentido, ficou evidenciado no 
gráfico 10 o desejo em estabelecer um vínculo profícuo entre a família e o corpo docente o 
desejo de que a sexualidade seja articulada com seriedade, “deixe de ser tabu e, ao ser objeto 
de discussão na escola, possibilite a troca de idéias entre esta e as famílias” (PCN, 1998, p. 
304). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
6 CONCLUSÕES 
 
 
O resultado da pesquisa evidenciou os desafios que permeiam o universo 
pedagógico. O “medo” da família em transpor conceitos já cristalizados como “verdade” a 
remete a comportamentos “protetores” como forma de manutenção dos valores estabelecidos 
no contexto social o qual pertencem, porque isso à conduz a uma certa segurança no cenário 
de sua existência. 
 No que tange às responsabilidades docentes, é premente que os educadores 
perfilham como legítimas e lícitas, por parte dos infanto-juvenis, a busca do prazer e as 
curiosidades evidentes acerca da sexualidade, uma vez que fazem parte de seu processo de 
desenvolvimento. Em relação ao discurso pedagógico de que a família se interpõe como o 
maior entrave à sua prática educativa em relação à orientação sexual, grita por um novo olhar 
e uma nova abordagem junto às famílias porque o papel do educador é complementar ao da 
família. Portanto, mister se faz um investimento na performance do educador para que este 
promova juntamente com a família um ambiente de confiança e seguro para que novas 
reflexões apontem novos olhares e horizontes no sentido da libertação humana das amarras 
das repressões seculares. 
Não compete à escola, julgar se são certos ou errados os ensinamentos propostos 
pela família. O papel da escola será o de propiciar um espaço dialético onde a pluralidade de 
concepções, valores e crenças sobre a sexualidade possa se expressar. Caberá à escola 
corroborar o respeito às diferenças, imprimindo seu compromisso com as diversas famílias 
que comporão o universo escolar. 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros Curriculares 
Nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais. Brasília: MEC/SEF, 1998. 
 
CARVALHO, Fabrícia A. T. de. A mulher na Idade Média: a construção de um modelo de 
submissão. Disponível em: <http:/www.ifcs.UFRJ.br/~frazão/mulher.html>. Acesso em: 11 ago. 2009. 
 
FOUCAULT, M. Sobre a história da sexualidade. In: _____. Microfísica do poder. 4. ed. Rio de 
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FREUD, Sigmund. FREUD: Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade. Pequenas coleções 
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ZACARIAS, Margarete. A sexualidade no cenário educacional: um olhar sobre a formação e 
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THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. 14. ed. aum. São Paulo: Cortez, 
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13 
 
 
 
APENDICE A – INSTRUMENTO METODOLÓGICO UTILIZADO PARA A 
REALIZAÇÃO DA PESQUISA 
 
Dados dos entrevistados: 
 
Faixa etária: ( ) 20 a 30 anos 
 ( ) 40 a 60 anos 
 
sexo: ( ) feminino ( ) masculino 
 
Questionamentos: 
 
1- Sexo e sexualidade são a mesma coisa? ( ) sim ( ) não 
 
2- Existe sexualidade na infância? ( ) sim ( ) não 
 
3- Você acredita que exista uma idade ideal para se iniciar a orientação sexual? 
( ) sim ( ) não Se positivo, qual seria a idade?______________ 
 
4- Você fala sobre sexualidade com seu(a) filho(a)? ( ) sim ( ) não 
 
5- Você autorizaria o professor de seu(a) filho(a) trabalhar
qualquer assunto a 
respeito da sexualidade dentro da sala de aula? ( ) sim ( ) não 
 
6- Existe algum assunto em relação à sexualidade, do qual você faria restrição ao 
trabalho do professor em sala de aula? ( ) sim ( ) não 
6.1 Se positivo , qual seria o motivo_____________________________________ 
 
7- Você acredita que poderia haver uma parceria entre pais e educadores para 
trabalhar com assuntos relativos à sexualidade? ( ) sim ( ) não

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