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RESUMO – DIREITO PROCESSUAL CIVIL I – Prof.ª DANIELA SILVA COMPETÊNCIA É o critério de distribuição entre os vários órgãos do Poder Judiciário das atividades relativas ao desempenho da jurisdição, ou seja, competência nada mais é que a medida da jurisdição. Todo juiz tem jurisdição, entretanto, só pode exercitá-la em determinadas matérias e em determinados espaços, segundo a sua competência. Dentro de uma mesma jurisdição existem vários juízes, com competências diferentes. (Exemplo: Juiz do Trabalho, Juiz da Vara de Família, Juiz Federal, Juiz Estadual, etc.). Excetuando-se juízes de Vara única, que julgam todas as matérias. JUSTIÇA FEDERAL – Tem competência para julgar causas da União, autarquias federais e empresas públicas federais. JUSTIÇA ESTADUAL – Tem competência residual, ou seja, julgar tudo o que sobrar. QUANTO Á HIERARQUIA: PRIMEIRA INSTÂNCIA: Compreendida pelos juízes de primeiro grau, a quem é dado conhecer do processo, ordinariamente, desde seu inicio e origem; SEGUNDA INSTÂNCIA: Compreendida pelos tribunais, que conhecem do processo em grau de recurso, em geral; o JURISDIÇÃO ESPECIAL: Tribunais superiores. DAS COMPETÊNCIAS Foro: unidade territorial Juízo: Matéria pertinente as leis de organização judiciária Originária: Atribuída para conhecer a causa em primeiro lugar Derivada: Atribuída para rever uma sentença já proferida Absoluta: interesse público Relativa: Interesse privado Alegada a qualquer tempo pelas partes/ ex ofício é levantada em preliminar de contestação (Art. 64) Somente pode ser argüida pelo réu na contestação. O MP pode levantar quando atuar como fiscal da Lei Trata-se de defeito grave, e pode desconstituir a ação por meio de ação rescisória (Art. 966, I) Pode ser alterada pelas partes seja pela eleição de foro ou pela não argüição de incompetência. Não pode ser alterada pela vontade das partes Competência territorial é em regra relativa Competência em razão da matéria, da pessoa, funcional e *valor da causa *valor da causa* COMPETÊNCIA INTERNACIONAL CONCORRENTE (Arts. 21 e 22): Réu tiver domicilio no Brasil Obrigações que deverão ser cumpridas no Brasil Fato ocorrido ou ato praticado no Brasil Ação de alimentos Relação de consumo OBS: Se prestada no estrangeiro a sentença deve ser homologada pelo STJ para ser válida! COMPETÊNCIA INTERNACIONAL EXCLUSIVA (Art. 23): Imóveis situados no Brasil Sucessão hereditária com confirmação de testamento Sucessão hereditária com inventário e partilha de bens situados no Brasil Divórcio ou separação quando tem bens situados no Brasil DA DECLARAÇÃO DE INCOMPETÊNCIA: INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA: Pode ser alegada em qualquer momento do processo, assim que verificar-se a incompetência, não sendo necessário aguardar o momento necessário. É causa de nulidade no processo. Atualmente, os autos são enviados ao juiz competente podendo, conforme o caso, aproveitar os atos até o momento da decretação da nulidade. Antes, o autor deveria entrar com outra ação e começar tudo do zero. Evidente que a sentença e outras decisões não podem ser aproveitadas, mas coleta e produção de provas são admissíveis pelo Principio da Economia Processual. INCOMPETÊNCIA RELATIVA: Pode ser alegada apenas pelo réu. Uma vez aceita pelo juiz, os autos serão remetidos ao juízo competente, lembrando que todos os atos anteriores continuam válidos. É causa de anulabilidade do processo. A declaração de incompetência pode ser feita apenas na hora da defesa (contestação), ou seja, existe um momento adequado. É alegada em autos apartados do processo principal, através da exceção de incompetência. COOPERAÇÃO: Visa a simplificação dos procedimentos COOPERAÇÃO ATIVA: Pleiteada pelo Brasil COOPERAÇÃO PASSIVA: Pedido ao Brasil por país estrangeiro MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA OBS: Somente a competência relativa é passível de modificação OBS: Regra Geral - Domicílio do Réu Eleição de FORO Conexão Continência OBS: Elementos identificadores da ação – Partes/ Causa de Pedir/ Pedido 1. ELEIÇÃO DE FORO: As partes podem mudar a competência elegendo foro. Só produz efeitos quando constar em instrumento escrito Antes da citação, se for considerada abusiva pode ser levantada de oficio pelo juiz como ineficaz. E determinará remessa dos autos ao foro de domicílio do réu. Depois da citação, o réu deverá alegar abusividade da cláusula na contestação, sob pena de preclusão. REQUISITOS DE VALIDADE: Forma escrita Inserida em um negócio jurídico principal Vincula herdeiros e sucessores das partes INEFICÁCIA DA CLÁUSULA ABUSIVA: Se o consumidor não dispunha de intelecção suficiente no momento da celebração Se dificultar o acesso ao Poder Judiciário Se tratar de produto ou serviço exclusivo 2. CONEXÃO: Quando for comum o PEDIDO ou a CAUSA DE PEDIR Visa a celeridade processual e evitar decisões conflitantes. Pode haver conexão em qualquer momento desde que seja antes da sentença 3. CONTINENCIA: Quando for comum as PARTES e a CAUSA DE PEDIR O pedido de uma (mais amplo) abrange os demais. A ação contida (menor) será proferida sentença sem resolução do mérito CONFLITO DE COMPETÊNCIA: Só cabe em competência relativa e o Tribunal resolverá o conflito negativo POSITIVO: Dois ou + juízes se dizem competentes NEGATIVO: Dois ou + juízes se dizem incompetentes PARTES DO PROCESSO Para atuação em juízo, devem ter capacidade processual (aptidão para o exercício pessoal de direitos e obrigações processuais) ou valer-se dos institutos de representação/assistência. Partes: Aquele que pede a tutela jurisdicional e contra quem se pede Terceiros: Estranho à relação jurídica processual Capacidade de Direito: Capacidade de Direitos e Obrigações (qualquer um) Capacidade de Exercício: Qualquer um que não esteja no rol dos Arts 3º e 4º, CC possui capacidade de exercício. Capacidade Postulatória: Se faça representar por advogado. Exceto: Habeas Corpus Atuação perante a justiça do trabalho Juizados especiais LEGITIMIDADE DAS PARTES Legitimação Ordinária Regra Agindo em direito próprio Legitimação Extraordinária Exceção Agindo em direito de terceiros Regularização da capacidade e representação: Art. 76, CPC - Verificada a incapacidade processual o juiz suspenderá a ação e dará prazo razoável para sanar o vicio. §1º Descumprida a determinação I- Se a providencia couber ao autor, o processo será extinto II- Se couber ao réu, será considerado revel (OBS: REVELIA= não apresentação de contestação) III- Terceiro interessado será revel ou excluído dependendo do pólo que se encontre SUCESSÃO PROCESSUAL A sucessão das partes ou de seus procuradores só pode ocorrer por ato inter vivos ou mortis causa, e vem regulada nos Arts. 108 a 112 do NCPC. Os Arts. 109 e 110 tratam da sucessão de partes, o primeiro por ato inter vivos e o segundo em caso de morte. Os Arts. 111 e 112 tratam da alteração de procurador, seja por vontade da parte, seja por vontade do próprio advogado. 1. ALIENAÇÃO DA COISA LITIGIOSA: Adquirente pode suceder o alienante, caso a parte contrária concorde. *sem aceite da parte autora* não haverá sucessão. O réu permanece no processo em defesa de outrem. O adquirente pode intervir no processo como: assistente litisconsorcial *com aceite da parte autora* O réu sai do processo e não sofrerá os efeitos da sentença. O adquirente passa a suceder o alienante, defendendo direito próprio. 2. MORTE: Assume a posição contratual o espólio ou os herdeiros. Espólio– Conjunto de bens, direitos e obrigações do falecido. Representado pelo inventariante. Sucessores – Quando ainda não há representação do espólio. SUCESSÃO DOS PROCURADORES PARTE QUE REVOGAR - Deve constituir novo advogado no mesmo ato ou no prazo de 15 dias. RENUNCIA DO ADVOGADO – Deve comprovar a comunicação de renúncia ao cliente nos autos. (Nos 10 dias seguintes ainda é responsável pelo processo – prazo contato a partir da juntada da comprovação de comunicação ao cliente aos autos) – não é pacífico! OBS: Autor tirou o advogado e não colocou outro no prazo = Ocorre a extinção do processo sem julgamento do mérito, pois o mesmo não possui capacidade postulatória. MAGISTRADO – PODERES E DEVERES O NCPC dedica os Arts. 139 a 148 ao juiz, tratando de seus poderes, deveres e responsabilidades. Cumpre ao juiz dirigir o processo. No exercício dessa função, deve agir com impessoalidade e imparcialidade, estabelecendo a comunicação necessária com os demais sujeitos, o autor e réu. Decidirá ele, ponderando as informações trazidas pelas partes, aplicando a lei ao caso concreto, para solucionar o conflito de interesses. Assegurar às partes igualdade de tratamento; Velar pela razoável duração do processo; Prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente protelatórias; Determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento da ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária; Promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores judiciais; Dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito; Exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da segurança interna dos fóruns e tribunais; Determinar o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso. Vedação ao non liquet – O juiz não poderá eximir-se de sentenciar, pois o Art. 373 fornece regras técnicas de julgamento, aplicáveis quando a verdade não aparece. RESPONSABILIDADE DO JUIZ Art. 143 “O Juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos quando: I – no exercício de suas funções proceder o dolo ou fraude; II – recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício, ou a requerimento da parte. Em regra, o juiz não responde pessoalmente pelos danos decorrentes da atividade judiciária. FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA De acordo com o modelo de funcionamento da justiça montado no Brasil, entendeu-se ser indispensável à existência de determinadas funções essenciais à justiça. Para a garantia dos direitos fundamentais, como o direito à educação, é necessário que todas as pessoas tenham a oportunidade de exigi-los. Por isso, a Constituição Federal prevê o direito de acesso à justiça, como um os direitos fundamentais do cidadão. A garantia dos direitos constitucionais não teria conseqüências práticas se não houvesse mecanismos que permitissem acionar o Poder Judiciário no caso de violações. Essas funções foram materializadas em determinados órgãos que foram criados meramente para o desempenho das supramencionadas funções, que prevê as Funções Essenciais a Justiça. É o caso do Ministério Público, da Advocacia Pública, da Defensoria Pública e da Advocacia Privada. MEMOREX Defensoria Pública Advocacia Pública Ministério Público Advocacia Privada Defensoria Pública: Arts. 134 e 135 CF/1988. A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus e gratuitamente dos necessitados, impossibilitados de pagar honorários advocatícios. Advocacia Pública: Arts. 127 a 130-A CF/1988. – Atuam em nome do Ente ESTATAL. Ministério Público: Arts. 127 a 130-A CF/1988. “O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.” Assim, o Ministério Público não promove a defesa dos interesses dos governantes, de quem se acha desvinculado, mas busca realização dos interesses da sociedade. Advocacia Privada: Art. 133 CF/1988. “O advogado é indispensável à administração da Justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.” Esta previsão refere-se à necessidade de intervenção e participação da nobre classe de advogados na vida de um Estado democrático de direito. IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO Impedimento Há impedimento quando o fundamento dessa alegação consistir em elementos objetivos, cujo exame prescinde do exame da vontade de referido agente estatal. Está impedido como exemplo o juiz que haja anteriormente intervindo no processo como advogado de qualquer das partes. As hipóteses de impedimento são aquelas previstas no Artigo 144 do NCPC: Art. 144 do NCPC - Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo: I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha; II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo; VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes; VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços; VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório; IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado. § 1º - Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da atividade judicante do juiz. § 2º - É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do juiz. § 3º - O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de mandato conferido a membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente no processo Suspeição Estamos diante de suspeição quando os aspectos volitivo do juiz possa quedar maculado, o elemento precípuo é de índole subjetiva, sistematizada no Art. 145 do NCPC: Art. 145 do NCPC - Há suspeição do juiz: I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados; II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio; III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentesdestes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive; IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes. § 1º - Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões. § 2º - Será ilegítima a alegação de suspeição quando: I - houver sido provocada por quem a alega; II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do argüido. LITISCONSÓRCIO Participação de vários sujeitos, na mesma posição – autor e réu -, em um único processo. São duas as razões fundamentais para que a lei autorize e, de certa forma, estimule e facilite a formação do litisconsórcio: a economia processual e a harmonização dos julgados. Litisconsórcio necessário É aquele cuja formação é obrigatória. Acontece em dois casos: Lei impõe sua formação: exemplo: usucapião. Poderá ser simples (sentenças diversas) ou unitário (sentença será igual para todos os litisconsortes). Relação jurídica de direito material que seja unitária: exemplo: casamento, contratos, etc. Sentença terá de ser a mesma para todos os litisconsortes. Litisconsórcio facultativo É aquele cuja formação é opcional: no momento da propositura da demanda, o autor tinha a opção entre formá-lo ou não. LITISCONSÓRIO SIMPLES UNITÁRIO NECESSÁRIO O litisconsórcio será necessário e simples quando a sua formação for obrigatória exclusivamente por força de lei, como ocorre nas ações de usucapião. Se a lei determinar a sua formação, mas, além disso, o processo versar sobre relação jurídica uma e incindível, o litisconsórcio será necessário e unitário, como nas ações de dissolução da sociedade. O litisconsórcio será necessário e unitário quando o processo versar sobre coisa ou relação jurídica una e incindível, que tenha vários titulares. Mas desde que se esteja no campo da legitimidade ordinária, porque, se for extraordinária, o litisconsórcio será facultativo e unitário. Exemplos são as ações de nulidade de casamento ajuizadas o MP, e as ações de anulação de contrato. FACULTATIVO O litisconsórcio será facultativo e simples nas hipóteses dos incisos do Art. 113: comunhão, conexão e afinidade por um ponto comum. No caso de comunhão ou cotitularidade, o litisconsórcio será facultativo e simples se a coisa ou relação jurídica for una, mas cindível, como ocorre na solidariedade, porque, se for incindível, haverá unitariedade. É a hipótese mais rara. Pressupõe que o processo verse sobre relação jurídica una e incindível, com mais de um titular, mas que exista lei que autorize a sua postulação ou defesa em juízo por apenas um dos titulares, o que só ocorre quando se está no campo da legitimidade extraordinária. Se a lei faculta que a coisa ou o direito seja defendido só por um dos titulares, se eles se agruparem para fazê-lo, o litisconsórcio será facultativo e unitário. Esquema do regime do litisconsórcio LITISCONSÓRCIO SIMPLES UNITÁRIO REGRA Em princípio, como a sentença pode ser diferente para os litisconsortes, o regime é de autonomia ou independência: os atos praticados por um não beneficiam os demais. Como no litisconsórcio unitário discute-se no processo uma relação jurídica una e incindível, tendo o resultado de ser o mesmo para todos, os atos praticados por um dos litisconsortes beneficiam a todos. PARTICULARIDADES Apesar da autonomia, é preciso verificar qual o teor do ato praticado, para verificar que tipo de alegação foi feita pelo litisconsorte, pois, se for comum, do interesse geral, acabará beneficiando também os demais, já que não se pode acolher matérias comuns em relação a uns e não a outros, sob pena de a sentença ficar incoerente. É preciso distinguir que tipo de ato foi realizado pelo litisconsorte unitário. Se foi vantajoso, perpetrado em defesa dos próprios interessados, como a apresentação da resposta ou recurso, todos serão beneficiados. Mas se praticado em detrimento dos próprios interesses, como a confissão, a renúncia ou o reconhecimento do pedido, o ato será ineficaz, não prejudicando nem mesmo quem o praticou. INTERVENÇÃO DE TERCEIROS Terceiro é aquele que não tem condição de parte. Ocorre quando alguém ingressa em processo alheio, de forma espontânea ou provocada. TIPOS ASSISTÊNCIA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA AMICUS CURIAE DENUNCIAÇÃO DA LIDE CHAMAMENTO AO PROCESSO QUEM PODE REQUERER A simples, o terceiro que tenha interesse jurídico na causa. A litisconsorcial, o substituído processual Deve ser requerida pela parte ou pelo MP. O requerimento é feito pelo credor que queira estender a responsabilidade patrimonial a sócio, no caso da desconsideração direta ou pessoa jurídica, no caso da inversa. A terceiro que, não sendo titular de interesse próprio, discutido no processo, mas seja portador de um interesse institucional, poderá manifestar- se, trazendo ao julgador informações relativas à questão jurídica discutida, no sentido de aprimorar o julgamento. O autor e o réu que tenham direito de regresso e que o queiram exercer no mesmo processo O réu fiador ou devedor solidário. INICIATIVA DA INTERVENÇÃO É sempre do terceiro, que espontaneamente requerer seu ingresso em processo alheio. Forma de intervenção de terceiros provocada. Pode ser determinada de ofício pelo juiz, requerida por qualquer das partes, ou determinada a pedido do próprio terceiro. Intervenção provocada pelo autor ou pelo réu. Intervenção provocada pelo réu. CABIMENTO Há duas formas de assistência: a simples e a litisconsorcial. A primeira cabe quando o terceiro tem relação jurídica com uma das partes, distinta daquela que está sendo discutida, mas que poderá ser afetada pela decisão. Em suma, quando o terceiro tem interesse jurídico. A litisconsorcial cabe quando há legitimidade extraordinária, pois quem pode figurar como tal é substituído. Tem natureza de ação incidente, embora a lei se refira a ele como incidente. Cabe em qualquer fase do processo de conhecimento, no cumprimento da sentença ou em execução por titulo extrajudicial quando, preenchidas as exigências do direito material, a parte ou o MP quiserem estender a responsabilidade patrimonial por dívida a sócio ou pessoa jurídica, em decorrência do uso abusivo de pessoa jurídica para prejudicar credores. Cabe em razão da relevância da matéria discutida, da especificidade do tema objeto da demanda ou da repercussão social da controvérsia, quando se queira aprimorar o julgamento, colhendo manifestação de portador de interesse institucional, com representatividade adequada. Tem natureza de ação e serve para o exercício do direito de regresso, nos casos de risco de evicção e quando houver direito de regresso decorrente de lei ou de contrato. Cabe quando o credor demanda apenas o fiador, que chama ao processo o devedor principal; ou apenas um deles, que chamará ao processo os demais; ou um dos devedores solidários, que fará o chamamento dos restantes. Cabe, ainda, a hipótese do Art. 1698 CC, em que o devedor de alimentos pode acionar os coobrigados ou devedores imediatos. EFEITOS O assistente simples que for admitido será atingido pela justiça da decisão, salvo se ingressar em fase tão avançada ou tiver sua atuação de tal forma cerceada, que nãopuder influir no resultado. Aquele que pode intervir como assistente litisconsorcial será Acolhido o incidente, haverá a possibilidade de, na execução, ser atingida a esfera patrimonial do sócio ou da pessoa jurídica, a quem foi estendida a responsabilidade. O amicus curiae emitirá uma manifestação ou opinará a respeito da questão jurídica posta em juízo e de repercussão sobre o interesse institucional de que ele é portador para que o julgador tenha mais elementos no momento de julgar. Se a denunciação da lide é feita pelo réu, em caso de procedência, cumprirá ao juiz verificar se ele tinha ou não direito ao regresso em face do denunciado. Mas, em caso de improcedência, a denunciação ficará prejudicada e deverá ser extinta em Em caso de procedência, chamante e chamado serão condenados. Na fase executiva, o credor poderá cobrar de qualquer um deles, salvo se se tratar de fiador com benefício de ordem, que pode exigir primeiro a execução de atingido pela coisa julgada, intervindo ou não. resolução do mérito. Se requerida pelo autor, caso a ação principal seja procedente, a denunciação ficará prejudicada. bens do devedor principal. O que pagar integralmente a dívida sub-roga- se nos direitos do credor. PARTICULARIDADES O assistente simples não é titular da relação discutida em juízo, mas de uma relação com ela interligada. Por isso, não tem os mesmos poderes que a parte, já que esta pode vetar os atos do assistente que não lhe convenham. Já o assistente litisconsorcial é verdadeiro litisconsorte facultativo unitário ulterior, tendo os mesmos poderes que o litisconsorte unitário. Apenas passa a integrar o processo na fase em que se encontra quando do seu ingresso. Não pode haver confusão entre o objeto da ação e objeto do pedido de desconsideração. As pretensões são distintas. O acolhimento da desconsideração não transforma o sócio ou a pessoa jurídica em co-devedores, mas apenas estende a eles a responsabilidade patrimonial, o que significa que, se na fase de execução, não forem encontrados bens do devedor para fazer frente ao débito, o juiz poderá autorizar a penhora de bens do sócio ou da empresa responsabilizada. É a forma de intervenção de terceiros muito particular, porque o terceiro figurará como parte nem como auxiliar da parte, mas como auxiliar do juízo. Por isso, sua intervenção fica limitada à emissão de manifestação ou opinião sobre determinada questão jurídica que lhe é apresentada. Tem predominado o entendimento de que não cabe a denunciação da lide quando ela introduza um fundamento fático novo, que exija a produção de provas que não seriam necessárias sem a denunciação. Afinal, ela não pode prejudicar o adversário do denunciante, a quem o direito de regresso não diz respeito. Por isso, tem-se indeferido a denunciação da Fazenda ao funcionário público, quando aquela estiver fundada em responsabilidade objetiva e esta aponta culpa do funcionário, que exija provas. Havia importante controvérsia a respeito da posição dos chamados ao processo, pois há corrente doutrinária que sustenta que eles não figurariam como litisconsortes, mas formariam uma nova relação, desta feita entre os chamantes e os chamados. Tal corrente, conquanto respeitável, não foi acolhida pelo nosso ordenamento jurídico, tendo em vista o Art. 131, que estabelece que os chamados serão litisconsortes do chamante. PROCEDIMENTO A assistência pode ser requerida em qualquer fase do processo e grau de jurisdição, mas o assistente tomará o processo no estado em que se encontra. O juiz ouvirá as partes e se houver impugnação, no prazo de quinze dias, decidirá o incidente, sem suspensão do processo. A desconsideração pode ser requerida já na inicial. Mas nesse caso não haverá intervenção de terceiro, mas ação contra o sócio ou pessoa jurídica, para que o juiz lhes reconheça a responsabilidade. Quanto se tratar de intervenção, o sócio ou pessoa jurídica deverá ser citado, para manifestar-se e requerer provas cabíveis no prazo de 15 dias. O juiz colherá provas que entender necessárias e decidirá o incidente. Contra a decisão cabe agravo de instrumento. O juiz de oficio ou de requerimento das partes ou do terceiro admitirá a intervenção por decisão irrecorrível e intimará o amicus curiae a minifestar-se, definindo seus poderes. O amicus curiae não pode recorrer, exceto para opor embargos de declaração, ou contra decisão que julgar incidente de resolução de demandas repetitivas. Feita pelo réu, deve ser apresentada no prazo de contestação. O juiz mandará citar o denunciado que poderá apresentar contestação. Formar-se um litisconsórcio em face da parte contrária (embora exista corrente que defenda a existência de assistência simples). Ao final, será proferida sentença conjunta. Se for feita pelo autor, deve ser requerida na inicial. O juiz mandará citar o denunciado, que poderá acrescentar novos argumentos à inicial (pedido É sempre requerido pelo réu, no prazo de resposta, entre o chamante e os chamados, formar-se um litisconsórcio facultativo simples. O chamamento não é obrigatório e o réu que não o fizer poderá cobrar o que lhe é devido em ação autônoma. No entanto, sem o chamamento, o fiador perde o benefício de ordem. principal) e contestar a denunciação. FORMAÇÃO DO PROCESSO O processo civil começa por iniciativa da parte, uma vez que a jurisdição é inerte. Ao apresentar a petição inicial, o autor fixará os limites objetivos e subjetivos da lide, indicando qual a sua pretensão, em face de quem ela é dirigida, e quais os fundamentos de fato e de direito que devem motivar o acolhimento. Haverá a propositura da ação quando a petição inicial for protocolada, nos termos do Art. 312 do NCPC. Proposta a ação, o juiz examinará a petição inicial para verificar a existência de vícios que possam vir a ser sanados. Se existirem, o autor terá 15 dias para que o corrija e assim, determinará que o réu possa ser citado. IMPULSO OFICIAL O Art. 2º consagra que depois da propositura da demanda, o processo se desenvolverá por impulso oficial, cumprindo o juiz zelar para que tenha andamento e se desenvolva até atingir o seu desfecho. Quando o ato processual depende de iniciativa do autor, o juiz aguardará que ele tome as providencias, se não o fizer, e o processo ficar paralisado, determinará que seja intimado para dar andamento ao feito em cinco dias, sob pena de extinção sem resolução do mérito. Afora as hipóteses em que o andamento do processo depende de ato a ser realizado pelo autor, cumpre o juiz e seus auxiliares dar-lhe prosseguimento, na forma da lei, impulsionando-o até o final. SUSPENSÃO DO PROCESSO Enquanto o processo estiver suspenso, não serão praticados atos processuais, senão aqueles urgentes, necessários para a preservação dos direitos das partes, a fim de evitar danos irreparáveis. São causas de suspensão do processo, segundo Art. 313: Morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou procurador; Convenção das partes; Argüição de suspeição ou impedimento do juiz; Admissão de incidentede resolução de demandas repetitivas; Sentença de mérito que dependa de julgamento de outro processo; Força maior; Demais casos previstos em lei; Parto ou concessão de adoção, quando advogada responsável pelo processo constituir a única patrona da causa; Advogado responsável pelo processo torna-se pai, quando constituir o único patrono da causa; Discussão em juízo de questão decorrente de acidente e fatos da navegação de competência do Tribunal Marítimo. EXTINÇÃO DO PROCESSO A extinção do processo ou da fase de conhecimento se dá com a prolação da sentença. Extinção sem resolução de mérito Quando o juiz indeferir a petição inicial; Quando fique parado por mais de uma ano por negligencia das partes; Quando, por não promover os atos e diligencias o autor abandonar a causa por mais de 30 dias; Quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e desenvolvimento válido e regular do processo; Quando o juiz reconhecer a existência de perempção, litispendência e coisa julgada; Quando verificar a ausência da legitimidade e do interesse processual; Quando houver convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência; Quando houver desistência da ação; Quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal; Nos demais casos previstos em lei Conseqüências A reiteração das ações; A cessação da litispendência; A interrupção da prescrição; A possibilidade de retratação, caso haja apelação; Da resolução do mérito Juiz acolhe ou rejeita o pedido do autor da ação ou reconvenção; Juiz pronuncia de oficio ou a requerimento, a decadência ou prescrição; Juiz homologa reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou reconvenção; Juiz homologa transação; Juiz homologa a renúncia à pretensão formulada na ação ou reconvenção. PETIÇÃO INICIAL É o ato que dá inicio ao processo, e define os contornos subjetivos e objetivos da lide, dos quais o juiz não poderá desbordar. Requisitos – enumerados nos Arts. 319 e 320 NCPC 1. O juízo a que é dirigida; 2. Os nomes, pronomes, estado civil, profissão, numero de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou Jurídicas, endereço eletrônico, o domicilio e residência do autor e do réu; 3. Causa de pedir; 4. Pedido e suas especificações; 5. Valor da causa; 6. As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; 7. A opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou mediação; 8. Documentos. ATOS PROCESSUAIS Conduta humana voluntária que tem relevância para o processo. Atos das partes: consistem em declarações unilaterais ou bilatérias de vontade, podem ser instrutórias (agem), postulatórias (pedem) e dispositivas (cumprem); Pronunciamento do juiz: Art. 203 NCPC – Sentença, Decisões interlocutórias e despachos; Sentença: Pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos Arts. 485 e 487 põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução; Decisões interlocutórias: Proferidos no decurso de um processo, sem aptidão de finalizá-lo; Despachos de mero expediente: Impulsionam o processo, mas não tem conteúdo decisório, sendo inaptos para trazer prejuízos às partes. Prazos, Férias e Feriados Forenses Prazos: quantidade de tempo que deve mediar entre dois atos; Férias e Feriados Forenses: período no qual não são praticados atos processuais. Os atos processuais devem ser praticados nos dias úteis, que não são feriados. De acordo com o NCPC, em seu Art. 216, são feriados os sábados e domingos e os dias declarados por lei (01/01, 21/04, 01/05, 07/09, 12/10, 02/11, 15/11 e 25/12). São feriados forenses (08/12 – Dia da Justiça, a terça de Carnaval e a Sexta-feira Santa, bem como os dias em que não haja expediente forense. Prazos podem ser: Próprios: tem que ser respeitados, sob pena de preclusão temporal, de perda da faculdade processual de praticar aquele ato; Impróprios: não implicam na perda da faculdade, nem o desaparecimento da obrigação de praticar o ato, mesmo depois de superados; Contagem de prazo Os prazos são fixados por lei; na omissão desta, pelo juiz, se não houver lei nem determinação judicial, o prazo será de cinco dias – NCPC, Art. 218 §3º. Na contagem do prazo, exclui-se o dia do começo e inclui-se o do vencimento, computando-se, na contagem do prazo em dias, apenas os dias úteis – Art. 219. Preclusão Mecanismo que consiste na perda de uma faculdade processual por: Preclusão Temporal: não ter sido exercida no tempo devido; Preclusão Lógica: incompatibilidade com um ato anteriormente praticado; Preclusão Consumativa: já ter sido exercida anteriormente. REQUISITOS DOS ATOS PROCESSUAIS QUANTO AO MODO QUANTO AO LUGAR QUANTO AO TEMPO Devem ser redigidos em vernáculos; Atos orais devem ser em português; Atos são públicos, exceto nos casos de segredo de justiça – NCPC Art. 189. Em regra, praticados nas dependências do Fórum, mas podem ser praticado nas hipóteses do Art. 454 do NCPC. Devem ser praticados na ocasião apropriada, durante expediente forense, em dias úteis (ressalvadas hipóteses do Art. 212 §2º NCPC); Devem ser praticados no prazo, mas é preciso distinguir entre os próprios, geralmente dirigidos as partes, cuja desobediência implica preclusão temporal; e os impróprios, que são dos operadores da Justiça, cuja desobediência pode ensejar sanções administrativas, mas não o impedem de realizar o ato. ESQUEMA GERAL DAS INVALIDADES DO PROCESSO VÍCIO QUANDO CONSEQUENCIAS RECONHECIMENTO E REGULARIZAÇÃO ATOS MERAMENTE IRREGULARES Decorrem da inobservância de formalidade não relevante Nenhuma. Desnecessários. NULIDADES RELATIVAS Inobservância de forma estabelecida em beneficio de uma das partes. Deve ser alegada pelo judicado na primeira oportunidade, sob pena de preclusão. Só será declarada se trouxer prejuízo para o litigante que a alegar. O reconhecimento depende de alegação pela parte prejudicada e implicará retificação ou renovação do ato. NULIDADES ABSOLUTAS Inobservância de forma estabelecida em razão do interesse público. Pode ser conhecida de oficio no curso do processo e não preclui, exceto depois de transcorrido in albis o prazo da ação rescisória. Se o juiz, de oficio ou a requerimento, reconhecer a nulidade, determinará que o ato viciado e os subseqüentes dele dependentes sejam renovados. Depois de encerrado o processo, poderá caber ação rescisória, no prazo de dois anos. INEFICACIA Inobservância de forma essencial, estrutural, que constitua pressuposto processual de eficácia. Pode ser conhecida o curso do processo e não preclui nunca, podendo ser alegada a qualquer tempo. Verificado o vicio no curso do processo, o juiz determinará o necessário para saná-lo, mandando que o ato viciado e os subseqüentes sejam renovados. Se o processo estiver concluído, poderá ser alegado em ação declaratória de ineficácia, impugnação ao cumprimento de sentença u embargos à execução. COMUNICACAO DOS ATOS PROCESSUAIS Duas espécies: Que se estabelece entre juízos; e Que se estabelece entre juízos e partes. CARTA ROGATORIA: Pedido de cooperação entre órgão jurisdicional brasileiro e órgão jurisdicional estrangeiro; CARTA DE ORDEM: Emitida por um tribunal a órgão jurisdicional, para colheita de provas, atos de execução, pratica de qualquer ato a ser realizado fora dos limites de sua sede; CARTA PRECATORIA: Comunicação entre juízos que não tem relação de subordinação entre si. Usadas para comunicação processual, citações e intimações de pessoas de outras Comarcas; colheita de provas;ouvida de testemunhas, etc.; CARTA ARBITRAL: Cooperação nacional entre órgãos jurisdicionais. CITAÇÃO E INTIMAÇÃO CITAÇÃO: Ato pelo qual é convocado o réu, o executado ou interessado para integrar a relação processual. Deve ser feita na forma e com as formalidades determinadas por lei, podendo o descumprimento invalidar o ato. Pode ser feita na pessoa do réu ou seu representante legal, de forma direta ou a um terceiro, que tem poderes de recebê-la com efeito vinculante, de forma indireta. Far-se-á a citação em qualquer lugar em que se encontre o réu, executado ou interessado, salvo quando houver risco de perecimento de direito – Art. 243 NCPC. De acordo com o Art. 246 NCPC, pode realizar-se a citação por cinco modos, são eles: Correio: forma prioritária de citação das pessoas naturais, das microempresas e empresas de pequeno porte, deverá ser encaminhada com aviso de recebimento (Súmula 429 STJ). O prazo de resposta fluirá da data da juntada aos autos do aviso; Mandato: feita por Oficial de Justiça, que o procurará, o citará, entregando-lhe a contrafé, e colhendo a sua assinatura. O prazo só começa a correr da data da juntada. Caso o citando resida em outra Comarca, a citação depende de expedição de carta precatória; Hora certa: espécie de citação por mandato, quando o citando não fora encontrado por duas vezes e havendo suspeita de ocultação. O oficial intimará qualquer pessoa da família ou vizinho no dia útil imediato, e voltará pra efetuar a citação na hora em que determinar, na hora combinada, voltará e deixará a contrafé com a pessoa da família ou vizinho, declarando-lhe o nome e dando-lhe de tudo ciência; Edital: citação ficta, ao públicos e recebem ampla divulgação. Utiliza-se quando o citando é incerto ou desconhecido, quando ignorado ou inacessível o lugar que se encontrar; Meio eletrônico; INTIMAÇÃO: Ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo. Pode ser feita: Meio eletrônico; Diário oficial; Correio; Mandato, inclusive com hora certa em caso de ocultação; Edital. DECADENCIA PRESCRIÇÃO PEREMPÇAO PRECLUSAO LITISPENDENCIA COISA JULGADA Perda do direito Perda do prazo de ingressar com a ação Perda do direito de ação por repetição Perda de prazo para conclusão Quando se repete ação que está em curso Quando se repete ação que já foi decidida por sentença, de que não cabe recurso
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