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RESUMO NCPC AV2

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RESUMO – DIREITO PROCESSUAL CIVIL I – Prof.ª DANIELA SILVA 
COMPETÊNCIA 
É o critério de distribuição entre os vários órgãos do Poder Judiciário das atividades relativas ao desempenho da jurisdição, ou seja, 
competência nada mais é que a medida da jurisdição. Todo juiz tem jurisdição, entretanto, só pode exercitá-la em determinadas 
matérias e em determinados espaços, segundo a sua competência. Dentro de uma mesma jurisdição existem vários juízes, com 
competências diferentes. (Exemplo: Juiz do Trabalho, Juiz da Vara de Família, Juiz Federal, Juiz Estadual, etc.). Excetuando-se juízes 
de Vara única, que julgam todas as matérias. 
 
JUSTIÇA FEDERAL – Tem competência para julgar 
causas da União, autarquias federais e empresas 
públicas federais. 
JUSTIÇA ESTADUAL – Tem competência residual, 
ou seja, julgar tudo o que sobrar. 
 
QUANTO Á HIERARQUIA: 
 PRIMEIRA INSTÂNCIA: Compreendida pelos juízes 
de primeiro grau, a quem é dado conhecer do 
processo, ordinariamente, desde seu inicio e origem; 
 SEGUNDA INSTÂNCIA: Compreendida pelos 
tribunais, que conhecem do processo em grau de 
recurso, em geral; 
 
o JURISDIÇÃO ESPECIAL: Tribunais superiores. 
 
DAS COMPETÊNCIAS 
Foro: unidade territorial Juízo: Matéria pertinente as leis de organização judiciária 
 
Originária: Atribuída para conhecer a causa em primeiro lugar Derivada: Atribuída para rever uma sentença já proferida 
 
Absoluta: interesse público Relativa: Interesse privado 
Alegada a qualquer tempo pelas partes/ ex ofício é levantada 
em preliminar de contestação (Art. 64) 
Somente pode ser argüida pelo réu na contestação. O MP pode 
levantar quando atuar como fiscal da Lei 
Trata-se de defeito grave, e pode desconstituir a ação por meio 
de ação rescisória (Art. 966, I) 
Pode ser alterada pelas partes seja pela eleição de foro ou pela não 
argüição de incompetência. 
Não pode ser alterada pela vontade das partes Competência territorial é em regra relativa 
Competência em razão da matéria, da pessoa, funcional e 
*valor da causa 
*valor da causa* 
 
 
COMPETÊNCIA INTERNACIONAL CONCORRENTE 
(Arts. 21 e 22): 
 Réu tiver domicilio no Brasil 
 Obrigações que deverão ser cumpridas no Brasil 
 Fato ocorrido ou ato praticado no Brasil 
 Ação de alimentos 
 Relação de consumo 
 OBS: Se prestada no estrangeiro a sentença deve 
ser homologada pelo STJ para ser válida! 
 
COMPETÊNCIA INTERNACIONAL EXCLUSIVA 
(Art. 23): 
 Imóveis situados no Brasil 
 Sucessão hereditária com confirmação de testamento 
 Sucessão hereditária com inventário e partilha de 
bens situados no Brasil 
 Divórcio ou separação quando tem bens situados no 
Brasil 
 
DA DECLARAÇÃO DE INCOMPETÊNCIA: 
 
INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA: 
 Pode ser alegada em qualquer momento do 
processo, assim que verificar-se a incompetência, 
não sendo necessário aguardar o momento 
necessário. 
 É causa de nulidade no processo. 
 Atualmente, os autos são enviados ao juiz 
competente podendo, conforme o caso, aproveitar os 
atos até o momento da decretação da nulidade. 
 Antes, o autor deveria entrar com outra ação e 
começar tudo do zero. 
 Evidente que a sentença e outras decisões não 
podem ser aproveitadas, mas coleta e produção de 
provas são admissíveis pelo Principio da Economia 
Processual. 
 
 
INCOMPETÊNCIA RELATIVA: 
 Pode ser alegada apenas pelo réu. 
 Uma vez aceita pelo juiz, os autos serão remetidos 
ao juízo competente, lembrando que todos os atos 
anteriores continuam válidos. 
 É causa de anulabilidade do processo. 
 A declaração de incompetência pode ser feita apenas 
na hora da defesa (contestação), ou seja, existe um 
momento adequado. 
 É alegada em autos apartados do processo principal, 
através da exceção de incompetência. 
 
 
 
COOPERAÇÃO: Visa a simplificação dos procedimentos 
COOPERAÇÃO ATIVA: Pleiteada pelo Brasil 
COOPERAÇÃO PASSIVA: Pedido ao Brasil por país estrangeiro 
 
 
MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA 
OBS: Somente a competência relativa é passível de modificação 
OBS: Regra Geral - Domicílio do Réu 
 
 Eleição de FORO 
 Conexão 
 Continência 
 
OBS: Elementos identificadores da ação – Partes/ Causa de Pedir/ Pedido 
 
1. ELEIÇÃO DE FORO: As partes podem mudar a competência elegendo foro. 
 Só produz efeitos quando constar em instrumento escrito 
 Antes da citação, se for considerada abusiva pode ser levantada de oficio pelo juiz como ineficaz. E determinará remessa 
dos autos ao foro de domicílio do réu. 
 Depois da citação, o réu deverá alegar abusividade da cláusula na contestação, sob pena de preclusão. 
 
REQUISITOS DE VALIDADE: 
 Forma escrita 
 Inserida em um negócio jurídico principal 
 Vincula herdeiros e sucessores das partes 
 
INEFICÁCIA DA CLÁUSULA ABUSIVA: 
 Se o consumidor não dispunha de intelecção 
suficiente no momento da celebração 
 Se dificultar o acesso ao Poder Judiciário 
 Se tratar de produto ou serviço exclusivo 
 
2. CONEXÃO: Quando for comum o PEDIDO ou a CAUSA DE 
PEDIR 
Visa a celeridade processual e evitar decisões conflitantes. 
Pode haver conexão em qualquer momento desde que seja 
antes da sentença 
3. CONTINENCIA: Quando for comum as PARTES e a 
CAUSA DE PEDIR 
O pedido de uma (mais amplo) abrange os demais. A ação 
contida (menor) será proferida sentença sem resolução do 
mérito 
 
 
 
CONFLITO DE COMPETÊNCIA: Só cabe em competência relativa e o Tribunal resolverá o conflito negativo 
POSITIVO: Dois ou + juízes se dizem competentes NEGATIVO: Dois ou + juízes se dizem incompetentes 
 
PARTES DO PROCESSO 
Para atuação em juízo, devem ter capacidade processual (aptidão para o exercício pessoal de direitos e obrigações processuais) ou 
valer-se dos institutos de representação/assistência. 
Partes: Aquele que pede a tutela jurisdicional e contra quem se pede 
Terceiros: Estranho à relação jurídica processual 
Capacidade de Direito: Capacidade de Direitos e Obrigações (qualquer um) 
Capacidade de Exercício: Qualquer um que não esteja no rol dos Arts 3º e 4º, CC possui capacidade de exercício. 
Capacidade Postulatória: Se faça representar por advogado. Exceto: 
 Habeas Corpus 
 Atuação perante a justiça do trabalho 
 Juizados especiais 
 
LEGITIMIDADE DAS PARTES 
Legitimação Ordinária 
 Regra 
 Agindo em direito próprio 
 
Legitimação Extraordinária 
 Exceção 
 Agindo em direito de terceiros 
Regularização da capacidade e representação: 
Art. 76, CPC - Verificada a incapacidade processual o juiz suspenderá a ação e dará prazo razoável para sanar o vicio. 
§1º Descumprida a determinação 
I- Se a providencia couber ao autor, o processo será extinto 
II- Se couber ao réu, será considerado revel (OBS: REVELIA= não apresentação de contestação) 
III- Terceiro interessado será revel ou excluído dependendo do pólo que se encontre 
 
 
 
SUCESSÃO PROCESSUAL 
A sucessão das partes ou de seus procuradores só pode ocorrer por ato inter vivos ou mortis causa, e vem regulada nos Arts. 108 a 
112 do NCPC. 
Os Arts. 109 e 110 tratam da sucessão de partes, o primeiro por ato inter vivos e o segundo em caso de morte. Os Arts. 111 e 112 
tratam da alteração de procurador, seja por vontade da parte, seja por vontade do próprio advogado. 
1. ALIENAÇÃO DA COISA LITIGIOSA: Adquirente pode 
suceder o alienante, caso a parte contrária concorde. 
*sem aceite da parte autora* não haverá sucessão. O réu 
permanece no processo em defesa de outrem. O adquirente 
pode intervir no processo como: assistente litisconsorcial 
*com aceite da parte autora* O réu sai do processo e não 
sofrerá os efeitos da sentença. O adquirente passa a suceder 
o alienante, defendendo direito próprio. 
2. MORTE: Assume a posição contratual o espólio ou os 
herdeiros. 
Espólio– Conjunto de bens, direitos e obrigações do falecido. 
Representado pelo inventariante. 
Sucessores – Quando ainda não há representação do 
espólio.
 
SUCESSÃO DOS PROCURADORES 
 
PARTE QUE REVOGAR - Deve constituir novo advogado no 
mesmo ato ou no prazo de 15 dias. 
 
 
 
RENUNCIA DO ADVOGADO – Deve comprovar a 
comunicação de renúncia ao cliente nos autos. 
(Nos 10 dias seguintes ainda é responsável pelo processo – 
prazo contato a partir da juntada da comprovação de 
comunicação ao cliente aos autos) – não é pacífico! 
 
OBS: Autor tirou o advogado e não colocou outro no prazo = Ocorre a extinção do processo sem julgamento do mérito, pois o mesmo 
não possui capacidade postulatória. 
 
 
MAGISTRADO – PODERES E DEVERES 
O NCPC dedica os Arts. 139 a 148 ao juiz, tratando de seus poderes, deveres e responsabilidades. 
Cumpre ao juiz dirigir o processo. No exercício dessa função, deve agir com impessoalidade e imparcialidade, estabelecendo a 
comunicação necessária com os demais sujeitos, o autor e réu. Decidirá ele, ponderando as informações trazidas pelas partes, 
aplicando a lei ao caso concreto, para solucionar o conflito de interesses. 
 Assegurar às partes igualdade de tratamento; 
 Velar pela razoável duração do processo; 
 Prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente protelatórias; 
 Determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o 
cumprimento da ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária; 
 Promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores judiciais; 
 Dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito 
de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito; 
 Exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da segurança interna dos fóruns e tribunais; 
 Determinar o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá a 
pena de confesso. 
Vedação ao non liquet – O juiz não poderá eximir-se de sentenciar, pois o Art. 373 fornece regras técnicas de julgamento, aplicáveis 
quando a verdade não aparece. 
RESPONSABILIDADE DO JUIZ 
Art. 143 “O Juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos quando: 
I – no exercício de suas funções proceder o dolo ou fraude; 
II – recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício, ou a requerimento da parte. 
Em regra, o juiz não responde pessoalmente pelos danos decorrentes da atividade judiciária. 
 
 
 
 
FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA 
 
De acordo com o modelo de funcionamento da justiça montado no Brasil, entendeu-se ser indispensável à existência de determinadas 
funções essenciais à justiça. 
Para a garantia dos direitos fundamentais, como o direito à educação, é necessário que todas as pessoas tenham a oportunidade de 
exigi-los. 
Por isso, a Constituição Federal prevê o direito de acesso à justiça, como um os direitos fundamentais do cidadão. A garantia dos 
direitos constitucionais não teria conseqüências práticas se não houvesse mecanismos que permitissem acionar o Poder Judiciário no 
caso de violações. Essas funções foram materializadas em determinados órgãos que foram criados meramente para o desempenho 
das supramencionadas funções, que prevê as Funções Essenciais a Justiça. 
É o caso do Ministério Público, da Advocacia Pública, da Defensoria Pública e da Advocacia Privada. 
 
 
MEMOREX 
Defensoria Pública 
Advocacia Pública 
Ministério Público 
Advocacia Privada 
 
 
 
Defensoria Pública: Arts. 134 e 135 CF/1988. A Defensoria 
Pública é instituição essencial à função jurisdicional do 
Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em 
todos os graus e gratuitamente dos necessitados, 
impossibilitados de pagar honorários advocatícios. 
Advocacia Pública: Arts. 127 a 130-A CF/1988. – Atuam em 
nome do Ente ESTATAL. 
 
 
 
 
 
 
Ministério Público: Arts. 127 a 130-A CF/1988. “O Ministério 
Público é instituição permanente, essencial à função 
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem 
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e 
individuais indisponíveis.” Assim, o Ministério Público não 
promove a defesa dos interesses dos governantes, de quem 
se acha desvinculado, mas busca realização dos interesses 
da sociedade. 
Advocacia Privada: Art. 133 CF/1988. “O advogado é 
indispensável à administração da Justiça, sendo inviolável por 
seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos 
limites da lei.” Esta previsão refere-se à necessidade de 
intervenção e participação da nobre classe de advogados na 
vida de um Estado democrático de direito. 
IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO 
Impedimento 
Há impedimento quando o fundamento dessa alegação consistir em elementos objetivos, cujo exame prescinde do exame da 
vontade de referido agente estatal. Está impedido como exemplo o juiz que haja anteriormente intervindo no processo como 
advogado de qualquer das partes. As hipóteses de impedimento são aquelas previstas no Artigo 144 do NCPC: 
Art. 144 do NCPC - Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo: 
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito funcionou como membro do Ministério Público ou prestou 
depoimento como testemunha; 
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; 
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou 
companheiro, ou qualquer parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; 
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou 
colateral, até o terceiro grau, inclusive; 
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo; 
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes; 
VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação 
de serviços; 
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consangüíneo ou afim, 
em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório; 
IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado. 
§ 1º - Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o advogado ou o membro do Ministério 
Público já integrava o processo antes do início da atividade judicante do juiz. 
§ 2º - É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do juiz. 
§ 3º - O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de mandato conferido a membro de escritório de advocacia 
que tenha em seus quadros advogado que individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha 
diretamente no processo 
 
Suspeição 
Estamos diante de suspeição quando os aspectos volitivo do juiz possa quedar maculado, o elemento precípuo é de índole 
subjetiva, sistematizada no Art. 145 do NCPC: 
 
Art. 145 do NCPC - Há suspeição do juiz: 
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados; 
II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar 
alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio; 
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentesdestes, em linha reta 
até o terceiro grau, inclusive; 
IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes. 
§ 1º - Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões. 
§ 2º - Será ilegítima a alegação de suspeição quando: 
I - houver sido provocada por quem a alega; 
II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do argüido. 
 
LITISCONSÓRCIO 
Participação de vários sujeitos, na mesma posição – autor e réu -, em um único processo. São duas as razões fundamentais para que 
a lei autorize e, de certa forma, estimule e facilite a formação do litisconsórcio: a economia processual e a harmonização dos 
julgados. 
Litisconsórcio necessário 
É aquele cuja formação é obrigatória. Acontece em dois casos: 
 Lei impõe sua formação: exemplo: usucapião. 
Poderá ser simples (sentenças diversas) ou unitário 
(sentença será igual para todos os litisconsortes). 
 Relação jurídica de direito material que seja 
unitária: exemplo: casamento, contratos, etc. 
Sentença terá de ser a mesma para todos os 
litisconsortes. 
Litisconsórcio facultativo 
É aquele cuja formação é opcional: no momento da propositura da demanda, o autor tinha a opção entre formá-lo ou não. 
LITISCONSÓRIO SIMPLES UNITÁRIO 
NECESSÁRIO 
 
O litisconsórcio será necessário e simples quando a 
sua formação for obrigatória exclusivamente por força 
de lei, como ocorre nas ações de usucapião. Se a lei 
determinar a sua formação, mas, além disso, o 
processo versar sobre relação jurídica uma e 
incindível, o litisconsórcio será necessário e unitário, 
como nas ações de dissolução da sociedade. 
 
O litisconsórcio será necessário e unitário quando o 
processo versar sobre coisa ou relação jurídica una e 
incindível, que tenha vários titulares. Mas desde que se 
esteja no campo da legitimidade ordinária, porque, se for 
extraordinária, o litisconsórcio será facultativo e unitário. 
Exemplos são as ações de nulidade de casamento 
ajuizadas o MP, e as ações de anulação de contrato. 
 
FACULTATIVO 
 
O litisconsórcio será facultativo e simples nas 
hipóteses dos incisos do Art. 113: comunhão, 
conexão e afinidade por um ponto comum. No caso 
de comunhão ou cotitularidade, o litisconsórcio será 
facultativo e simples se a coisa ou relação jurídica for 
una, mas cindível, como ocorre na solidariedade, 
porque, se for incindível, haverá unitariedade. 
 
É a hipótese mais rara. Pressupõe que o processo verse 
sobre relação jurídica una e incindível, com mais de um 
titular, mas que exista lei que autorize a sua postulação 
ou defesa em juízo por apenas um dos titulares, o que só 
ocorre quando se está no campo da legitimidade 
extraordinária. Se a lei faculta que a coisa ou o direito 
seja defendido só por um dos titulares, se eles se 
agruparem para fazê-lo, o litisconsórcio será facultativo e 
unitário. 
 
 
Esquema do regime do litisconsórcio 
LITISCONSÓRCIO SIMPLES UNITÁRIO 
REGRA 
Em princípio, como a sentença pode ser 
diferente para os litisconsortes, o regime é de 
autonomia ou independência: os atos praticados 
por um não beneficiam os demais. 
 
Como no litisconsórcio unitário discute-se no processo 
uma relação jurídica una e incindível, tendo o resultado 
de ser o mesmo para todos, os atos praticados por um 
dos litisconsortes beneficiam a todos. 
 
PARTICULARIDADES 
Apesar da autonomia, é preciso verificar qual o 
teor do ato praticado, para verificar que tipo de 
alegação foi feita pelo litisconsorte, pois, se for 
comum, do interesse geral, acabará beneficiando 
também os demais, já que não se pode acolher 
matérias comuns em relação a uns e não a 
outros, sob pena de a sentença ficar incoerente. 
 
É preciso distinguir que tipo de ato foi realizado pelo 
litisconsorte unitário. Se foi vantajoso, perpetrado em 
defesa dos próprios interessados, como a apresentação 
da resposta ou recurso, todos serão beneficiados. Mas 
se praticado em detrimento dos próprios interesses, 
como a confissão, a renúncia ou o reconhecimento do 
pedido, o ato será ineficaz, não prejudicando nem 
mesmo quem o praticou. 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS 
Terceiro é aquele que não tem condição de parte. 
Ocorre quando alguém ingressa em processo alheio, de forma espontânea ou provocada. 
TIPOS ASSISTÊNCIA 
DESCONSIDERAÇÃO 
DA PERSONALIDADE 
JURÍDICA 
AMICUS CURIAE 
DENUNCIAÇÃO 
DA LIDE 
CHAMAMENTO 
AO PROCESSO 
QUEM PODE 
REQUERER 
A simples, o 
terceiro que tenha 
interesse jurídico 
na causa. A 
litisconsorcial, o 
substituído 
processual 
Deve ser requerida pela 
parte ou pelo MP. O 
requerimento é feito 
pelo credor que queira 
estender a 
responsabilidade 
patrimonial a sócio, no 
caso da 
desconsideração direta 
ou pessoa jurídica, no 
caso da inversa. 
 
A terceiro que, não 
sendo titular de 
interesse próprio, 
discutido no 
processo, mas 
seja portador de 
um interesse 
institucional, 
poderá manifestar-
se, trazendo ao 
julgador 
informações 
relativas à questão 
jurídica discutida, 
no sentido de 
aprimorar o 
julgamento. 
 
O autor e o réu 
que tenham 
direito de 
regresso e que o 
queiram exercer 
no mesmo 
processo 
O réu fiador ou 
devedor 
solidário. 
INICIATIVA DA 
INTERVENÇÃO 
É sempre do 
terceiro, que 
espontaneamente 
requerer seu 
ingresso em 
processo alheio. 
Forma de intervenção 
de terceiros provocada. 
 
Pode ser 
determinada de 
ofício pelo juiz, 
requerida por 
qualquer das 
partes, ou 
determinada a 
pedido do próprio 
terceiro. 
 
Intervenção 
provocada pelo 
autor ou pelo réu. 
Intervenção 
provocada pelo 
réu. 
CABIMENTO 
Há duas formas de 
assistência: a 
simples e a 
litisconsorcial. A 
primeira cabe 
quando o terceiro 
tem relação 
jurídica com uma 
das partes, distinta 
daquela que está 
sendo discutida, 
mas que poderá 
ser afetada pela 
decisão. Em 
suma, quando o 
terceiro tem 
interesse jurídico. 
A litisconsorcial 
cabe quando há 
legitimidade 
extraordinária, 
pois quem pode 
figurar como tal é 
substituído. 
 
Tem natureza de ação 
incidente, embora a lei 
se refira a ele como 
incidente. Cabe em 
qualquer fase do 
processo de 
conhecimento, no 
cumprimento da 
sentença ou em 
execução por titulo 
extrajudicial quando, 
preenchidas as 
exigências do direito 
material, a parte ou o 
MP quiserem estender 
a responsabilidade 
patrimonial por dívida a 
sócio ou pessoa 
jurídica, em decorrência 
do uso abusivo de 
pessoa jurídica para 
prejudicar credores. 
Cabe em razão da 
relevância da 
matéria discutida, 
da especificidade 
do tema objeto da 
demanda ou da 
repercussão social 
da controvérsia, 
quando se queira 
aprimorar o 
julgamento, 
colhendo 
manifestação de 
portador de 
interesse 
institucional, com 
representatividade 
adequada. 
Tem natureza de 
ação e serve para 
o exercício do 
direito de 
regresso, nos 
casos de risco de 
evicção e quando 
houver direito de 
regresso 
decorrente de lei 
ou de contrato. 
Cabe quando o 
credor demanda 
apenas o fiador, 
que chama ao 
processo o 
devedor 
principal; ou 
apenas um 
deles, que 
chamará ao 
processo os 
demais; ou um 
dos devedores 
solidários, que 
fará o 
chamamento dos 
restantes. Cabe, 
ainda, a hipótese 
do Art. 1698 CC, 
em que o 
devedor de 
alimentos pode 
acionar os 
coobrigados ou 
devedores 
imediatos. 
EFEITOS 
O assistente 
simples que for 
admitido será 
atingido pela 
justiça da decisão, 
salvo se ingressar 
em fase tão 
avançada ou tiver 
sua atuação de tal 
forma cerceada, 
que nãopuder 
influir no resultado. 
Aquele que pode 
intervir como 
assistente 
litisconsorcial será 
Acolhido o incidente, 
haverá a possibilidade 
de, na execução, ser 
atingida a esfera 
patrimonial do sócio ou 
da pessoa jurídica, a 
quem foi estendida a 
responsabilidade. 
O amicus curiae 
emitirá uma 
manifestação ou 
opinará a respeito 
da questão jurídica 
posta em juízo e 
de repercussão 
sobre o interesse 
institucional de que 
ele é portador para 
que o julgador 
tenha mais 
elementos no 
momento de julgar. 
Se a denunciação 
da lide é feita 
pelo réu, em caso 
de procedência, 
cumprirá ao juiz 
verificar se ele 
tinha ou não 
direito ao 
regresso em face 
do denunciado. 
Mas, em caso de 
improcedência, a 
denunciação 
ficará prejudicada 
e deverá ser 
extinta em 
Em caso de 
procedência, 
chamante e 
chamado serão 
condenados. Na 
fase executiva, o 
credor poderá 
cobrar de 
qualquer um 
deles, salvo se 
se tratar de 
fiador com 
benefício de 
ordem, que pode 
exigir primeiro a 
execução de 
atingido pela coisa 
julgada, intervindo 
ou não. 
resolução do 
mérito. Se 
requerida pelo 
autor, caso a 
ação principal 
seja procedente, 
a denunciação 
ficará 
prejudicada. 
bens do devedor 
principal. O que 
pagar 
integralmente a 
dívida sub-roga-
se nos direitos 
do credor. 
PARTICULARIDADES 
O assistente 
simples não é 
titular da relação 
discutida em juízo, 
mas de uma 
relação com ela 
interligada. Por 
isso, não tem os 
mesmos poderes 
que a parte, já que 
esta pode vetar os 
atos do assistente 
que não lhe 
convenham. Já o 
assistente 
litisconsorcial é 
verdadeiro 
litisconsorte 
facultativo unitário 
ulterior, tendo os 
mesmos poderes 
que o litisconsorte 
unitário. Apenas 
passa a integrar o 
processo na fase 
em que se 
encontra quando 
do seu ingresso. 
Não pode haver 
confusão entre o objeto 
da ação e objeto do 
pedido de 
desconsideração. As 
pretensões são 
distintas. O acolhimento 
da desconsideração 
não transforma o sócio 
ou a pessoa jurídica em 
co-devedores, mas 
apenas estende a eles 
a responsabilidade 
patrimonial, o que 
significa que, se na 
fase de execução, não 
forem encontrados 
bens do devedor para 
fazer frente ao débito, o 
juiz poderá autorizar a 
penhora de bens do 
sócio ou da empresa 
responsabilizada. 
É a forma de 
intervenção de 
terceiros muito 
particular, porque 
o terceiro figurará 
como parte nem 
como auxiliar da 
parte, mas como 
auxiliar do juízo. 
Por isso, sua 
intervenção fica 
limitada à emissão 
de manifestação 
ou opinião sobre 
determinada 
questão jurídica 
que lhe é 
apresentada. 
Tem 
predominado o 
entendimento de 
que não cabe a 
denunciação da 
lide quando ela 
introduza um 
fundamento fático 
novo, que exija a 
produção de 
provas que não 
seriam 
necessárias sem 
a denunciação. 
Afinal, ela não 
pode prejudicar o 
adversário do 
denunciante, a 
quem o direito de 
regresso não diz 
respeito. Por isso, 
tem-se indeferido 
a denunciação da 
Fazenda ao 
funcionário 
público, quando 
aquela estiver 
fundada em 
responsabilidade 
objetiva e esta 
aponta culpa do 
funcionário, que 
exija provas. 
Havia importante 
controvérsia a 
respeito da 
posição dos 
chamados ao 
processo, pois 
há corrente 
doutrinária que 
sustenta que 
eles não 
figurariam como 
litisconsortes, 
mas formariam 
uma nova 
relação, desta 
feita entre os 
chamantes e os 
chamados. Tal 
corrente, 
conquanto 
respeitável, não 
foi acolhida pelo 
nosso 
ordenamento 
jurídico, tendo 
em vista o Art. 
131, que 
estabelece que 
os chamados 
serão 
litisconsortes do 
chamante. 
PROCEDIMENTO 
A assistência pode 
ser requerida em 
qualquer fase do 
processo e grau 
de jurisdição, mas 
o assistente 
tomará o processo 
no estado em que 
se encontra. O juiz 
ouvirá as partes e 
se houver 
impugnação, no 
prazo de quinze 
dias, decidirá o 
incidente, sem 
suspensão do 
processo. 
A desconsideração 
pode ser requerida já 
na inicial. Mas nesse 
caso não haverá 
intervenção de terceiro, 
mas ação contra o 
sócio ou pessoa 
jurídica, para que o juiz 
lhes reconheça a 
responsabilidade. 
Quanto se tratar de 
intervenção, o sócio ou 
pessoa jurídica deverá 
ser citado, para 
manifestar-se e 
requerer provas 
cabíveis no prazo de 15 
dias. O juiz colherá 
provas que entender 
necessárias e decidirá 
o incidente. Contra a 
decisão cabe agravo de 
instrumento. 
O juiz de oficio ou 
de requerimento 
das partes ou do 
terceiro admitirá a 
intervenção por 
decisão irrecorrível 
e intimará o 
amicus curiae a 
minifestar-se, 
definindo seus 
poderes. O amicus 
curiae não pode 
recorrer, exceto 
para opor 
embargos de 
declaração, ou 
contra decisão que 
julgar incidente de 
resolução de 
demandas 
repetitivas. 
Feita pelo réu, 
deve ser 
apresentada no 
prazo de 
contestação. O 
juiz mandará citar 
o denunciado que 
poderá 
apresentar 
contestação. 
Formar-se um 
litisconsórcio em 
face da parte 
contrária (embora 
exista corrente 
que defenda a 
existência de 
assistência 
simples). Ao final, 
será proferida 
sentença 
conjunta. Se for 
feita pelo autor, 
deve ser 
requerida na 
inicial. O juiz 
mandará citar o 
denunciado, que 
poderá 
acrescentar 
novos 
argumentos à 
inicial (pedido 
É sempre 
requerido pelo 
réu, no prazo de 
resposta, entre o 
chamante e os 
chamados, 
formar-se um 
litisconsórcio 
facultativo 
simples. O 
chamamento não 
é obrigatório e o 
réu que não o 
fizer poderá 
cobrar o que lhe 
é devido em 
ação autônoma. 
No entanto, sem 
o chamamento, o 
fiador perde o 
benefício de 
ordem. 
principal) e 
contestar a 
denunciação. 
 
FORMAÇÃO DO PROCESSO 
O processo civil começa por iniciativa da parte, uma vez que a jurisdição é inerte. Ao apresentar a petição inicial, o autor fixará os 
limites objetivos e subjetivos da lide, indicando qual a sua pretensão, em face de quem ela é dirigida, e quais os fundamentos de fato 
e de direito que devem motivar o acolhimento. 
Haverá a propositura da ação quando a petição inicial for protocolada, nos termos do Art. 312 do NCPC. Proposta a ação, o juiz 
examinará a petição inicial para verificar a existência de vícios que possam vir a ser sanados. Se existirem, o autor terá 15 dias para 
que o corrija e assim, determinará que o réu possa ser citado. 
IMPULSO OFICIAL 
O Art. 2º consagra que depois da propositura da demanda, o processo se desenvolverá por impulso oficial, cumprindo o juiz zelar para 
que tenha andamento e se desenvolva até atingir o seu desfecho. 
Quando o ato processual depende de iniciativa do autor, o juiz aguardará que ele tome as providencias, se não o fizer, e o processo 
ficar paralisado, determinará que seja intimado para dar andamento ao feito em cinco dias, sob pena de extinção sem resolução do 
mérito. Afora as hipóteses em que o andamento do processo depende de ato a ser realizado pelo autor, cumpre o juiz e seus 
auxiliares dar-lhe prosseguimento, na forma da lei, impulsionando-o até o final. 
SUSPENSÃO DO PROCESSO 
Enquanto o processo estiver suspenso, não serão praticados atos processuais, senão aqueles urgentes, necessários para a 
preservação dos direitos das partes, a fim de evitar danos irreparáveis. 
São causas de suspensão do processo, segundo Art. 313: 
 Morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou procurador; 
 Convenção das partes; 
 Argüição de suspeição ou impedimento do juiz; 
 Admissão de incidentede resolução de demandas repetitivas; 
 Sentença de mérito que dependa de julgamento de outro processo; 
 Força maior; 
 Demais casos previstos em lei; 
 Parto ou concessão de adoção, quando advogada responsável pelo processo constituir a única patrona da causa; 
 Advogado responsável pelo processo torna-se pai, quando constituir o único patrono da causa; 
 Discussão em juízo de questão decorrente de acidente e fatos da navegação de competência do Tribunal Marítimo. 
EXTINÇÃO DO PROCESSO 
A extinção do processo ou da fase de conhecimento se dá com a prolação da sentença. 
Extinção sem resolução de mérito 
 Quando o juiz indeferir a petição inicial; 
 Quando fique parado por mais de uma ano por negligencia das partes; 
 Quando, por não promover os atos e diligencias o autor abandonar a causa por mais de 30 dias; 
 Quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e desenvolvimento válido e regular do processo; 
 Quando o juiz reconhecer a existência de perempção, litispendência e coisa julgada; 
 Quando verificar a ausência da legitimidade e do interesse processual; 
 Quando houver convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência; 
 Quando houver desistência da ação; 
 Quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal; 
 Nos demais casos previstos em lei 
Conseqüências 
 A reiteração das ações; 
 A cessação da litispendência; 
 A interrupção da prescrição; 
 A possibilidade de retratação, caso haja apelação; 
Da resolução do mérito 
 Juiz acolhe ou rejeita o pedido do autor da ação ou reconvenção; 
 Juiz pronuncia de oficio ou a requerimento, a decadência ou prescrição; 
 Juiz homologa reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou reconvenção; 
 Juiz homologa transação; 
 Juiz homologa a renúncia à pretensão formulada na ação ou reconvenção. 
 
 
PETIÇÃO INICIAL 
É o ato que dá inicio ao processo, e define os contornos subjetivos e objetivos da lide, dos quais o juiz não poderá desbordar. 
Requisitos – enumerados nos Arts. 319 e 320 NCPC 
1. O juízo a que é dirigida; 
2. Os nomes, pronomes, estado civil, profissão, numero de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou Jurídicas, 
endereço eletrônico, o domicilio e residência do autor e do réu; 
3. Causa de pedir; 
4. Pedido e suas especificações; 
5. Valor da causa; 
6. As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; 
7. A opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou mediação; 
8. Documentos. 
ATOS PROCESSUAIS 
Conduta humana voluntária que tem relevância para o processo. 
Atos das partes: consistem em declarações unilaterais ou bilatérias de vontade, podem ser instrutórias (agem), postulatórias (pedem) 
e dispositivas (cumprem); 
Pronunciamento do juiz: Art. 203 NCPC – Sentença, Decisões interlocutórias e despachos; 
 Sentença: Pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos Arts. 485 e 487 põe fim à fase cognitiva do 
procedimento comum, bem como extingue a execução; 
 Decisões interlocutórias: Proferidos no decurso de um processo, sem aptidão de finalizá-lo; 
 Despachos de mero expediente: Impulsionam o processo, mas não tem conteúdo decisório, sendo inaptos para trazer 
prejuízos às partes. 
Prazos, Férias e Feriados Forenses 
 Prazos: quantidade de tempo que deve mediar entre dois atos; 
 Férias e Feriados Forenses: período no qual não são praticados atos processuais. 
Os atos processuais devem ser praticados nos dias úteis, que não são feriados. De acordo com o NCPC, em seu Art. 216, são 
feriados os sábados e domingos e os dias declarados por lei (01/01, 21/04, 01/05, 07/09, 12/10, 02/11, 15/11 e 25/12). São feriados 
forenses (08/12 – Dia da Justiça, a terça de Carnaval e a Sexta-feira Santa, bem como os dias em que não haja expediente forense. 
Prazos podem ser: 
 Próprios: tem que ser respeitados, sob pena de preclusão temporal, de perda da faculdade processual de praticar aquele ato; 
 Impróprios: não implicam na perda da faculdade, nem o desaparecimento da obrigação de praticar o ato, mesmo depois de 
superados; 
Contagem de prazo 
Os prazos são fixados por lei; na omissão desta, pelo juiz, se não houver lei nem determinação judicial, o prazo será de cinco dias – 
NCPC, Art. 218 §3º. 
Na contagem do prazo, exclui-se o dia do começo e inclui-se o do vencimento, computando-se, na contagem do prazo em dias, 
apenas os dias úteis – Art. 219. 
Preclusão 
Mecanismo que consiste na perda de uma faculdade processual por: 
 Preclusão Temporal: não ter sido exercida no tempo devido; 
 Preclusão Lógica: incompatibilidade com um ato anteriormente praticado; 
 Preclusão Consumativa: já ter sido exercida anteriormente. 
REQUISITOS DOS ATOS PROCESSUAIS 
QUANTO AO MODO QUANTO AO LUGAR QUANTO AO TEMPO 
 Devem ser redigidos 
em vernáculos; 
 Atos orais devem ser 
em português; 
 Atos são públicos, 
exceto nos casos de 
segredo de justiça – 
NCPC Art. 189. 
 Em regra, praticados nas 
dependências do Fórum, 
mas podem ser praticado 
nas hipóteses do Art. 
454 do NCPC. 
 Devem ser praticados na ocasião apropriada, durante 
expediente forense, em dias úteis (ressalvadas 
hipóteses do Art. 212 §2º NCPC); 
 Devem ser praticados no prazo, mas é preciso 
distinguir entre os próprios, geralmente dirigidos as 
partes, cuja desobediência implica preclusão temporal; 
e os impróprios, que são dos operadores da Justiça, 
cuja desobediência pode ensejar sanções 
administrativas, mas não o impedem de realizar o ato. 
 
 
ESQUEMA GERAL DAS INVALIDADES DO PROCESSO 
VÍCIO QUANDO CONSEQUENCIAS RECONHECIMENTO E REGULARIZAÇÃO 
ATOS 
MERAMENTE 
IRREGULARES 
Decorrem da 
inobservância de 
formalidade não 
relevante 
Nenhuma. Desnecessários. 
NULIDADES 
RELATIVAS 
Inobservância de 
forma estabelecida 
em beneficio de uma 
das partes. 
Deve ser alegada pelo judicado 
na primeira oportunidade, sob 
pena de preclusão. Só será 
declarada se trouxer prejuízo 
para o litigante que a alegar. 
O reconhecimento depende de alegação pela parte 
prejudicada e implicará retificação ou renovação do 
ato. 
NULIDADES 
ABSOLUTAS 
Inobservância de 
forma estabelecida 
em razão do interesse 
público. 
Pode ser conhecida de oficio no 
curso do processo e não preclui, 
exceto depois de transcorrido in 
albis o prazo da ação rescisória. 
Se o juiz, de oficio ou a requerimento, reconhecer a 
nulidade, determinará que o ato viciado e os 
subseqüentes dele dependentes sejam renovados. 
Depois de encerrado o processo, poderá caber 
ação rescisória, no prazo de dois anos. 
INEFICACIA 
Inobservância de 
forma essencial, 
estrutural, que 
constitua pressuposto 
processual de 
eficácia. 
Pode ser conhecida o curso do 
processo e não preclui nunca, 
podendo ser alegada a qualquer 
tempo. 
Verificado o vicio no curso do processo, o juiz 
determinará o necessário para saná-lo, mandando 
que o ato viciado e os subseqüentes sejam 
renovados. Se o processo estiver concluído, 
poderá ser alegado em ação declaratória de 
ineficácia, impugnação ao cumprimento de 
sentença u embargos à execução. 
 
COMUNICACAO DOS ATOS PROCESSUAIS 
Duas espécies: 
 Que se estabelece entre juízos; e 
 Que se estabelece entre juízos e partes. 
 
CARTA ROGATORIA: Pedido de cooperação entre órgão jurisdicional brasileiro e órgão jurisdicional estrangeiro; 
CARTA DE ORDEM: Emitida por um tribunal a órgão jurisdicional, para colheita de provas, atos de execução, pratica de 
qualquer ato a ser realizado fora dos limites de sua sede; 
CARTA PRECATORIA: Comunicação entre juízos que não tem relação de subordinação entre si. Usadas para comunicação 
processual, citações e intimações de pessoas de outras Comarcas; colheita de provas;ouvida de testemunhas, etc.; 
CARTA ARBITRAL: Cooperação nacional entre órgãos jurisdicionais. 
 
CITAÇÃO E INTIMAÇÃO 
CITAÇÃO: Ato pelo qual é convocado o réu, o executado ou interessado para integrar a relação processual. Deve ser feita na forma e 
com as formalidades determinadas por lei, podendo o descumprimento invalidar o ato. Pode ser feita na pessoa do réu ou seu 
representante legal, de forma direta ou a um terceiro, que tem poderes de recebê-la com efeito vinculante, de forma indireta. Far-se-á 
a citação em qualquer lugar em que se encontre o réu, executado ou interessado, salvo quando houver risco de perecimento de direito 
– Art. 243 NCPC. De acordo com o Art. 246 NCPC, pode realizar-se a citação por cinco modos, são eles: 
 Correio: forma prioritária de citação das pessoas naturais, das microempresas e empresas de pequeno porte, deverá ser 
encaminhada com aviso de recebimento (Súmula 429 STJ). O prazo de resposta fluirá da data da juntada aos autos do aviso; 
 Mandato: feita por Oficial de Justiça, que o procurará, o citará, entregando-lhe a contrafé, e colhendo a sua assinatura. O 
prazo só começa a correr da data da juntada. Caso o citando resida em outra Comarca, a citação depende de expedição de 
carta precatória; 
 Hora certa: espécie de citação por mandato, quando o citando não fora encontrado por duas vezes e havendo suspeita de 
ocultação. O oficial intimará qualquer pessoa da família ou vizinho no dia útil imediato, e voltará pra efetuar a citação na hora 
em que determinar, na hora combinada, voltará e deixará a contrafé com a pessoa da família ou vizinho, declarando-lhe o 
nome e dando-lhe de tudo ciência; 
 Edital: citação ficta, ao públicos e recebem ampla divulgação. Utiliza-se quando o citando é incerto ou desconhecido, quando 
ignorado ou inacessível o lugar que se encontrar; 
 Meio eletrônico; 
INTIMAÇÃO: Ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo. Pode ser feita: 
 Meio eletrônico; 
 Diário oficial; 
 Correio; 
 Mandato, inclusive com hora certa em caso de ocultação; 
 Edital. 
DECADENCIA PRESCRIÇÃO PEREMPÇAO PRECLUSAO LITISPENDENCIA COISA JULGADA 
Perda do 
direito 
Perda do prazo de 
ingressar com a 
ação 
Perda do direito de 
ação por repetição 
Perda de prazo 
para conclusão 
Quando se repete ação 
que está em curso 
Quando se repete ação 
que já foi decidida por 
sentença, de que não 
cabe recurso

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