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Equações de %G Para Jovens e Adolescentes Prof. Carlos Alberto Ferreira Dobras Cutâneas Com relação a antropometria, a técnica de espessura do tecido adiposo subcutâneo parece ser a mais adequada para estudos da composição corporal em nosso meio, considerando principalmente o menor custo dos aparelhos utilizados, a não-invasividade do método, a rapidez na medida e a facilidade na interpretação dos resultados, bem como a boa correlação entre as medidas antropométricas e a densidade corporal. A possibilidade de se medir a gordura subcutânea foi sugerida por antropólogos no final da Primeira Guerra Mundial. Por volta de 1930 os pesquisadores desenvolveram um compasso especial do tipo pinça, que lhes permitiu medir essa gordura em locais específicos do corpo com relativa exatidão. A literatura especializada menciona a existência de até 93 possíveis locais anatômicos em que uma dobra cutânea pode ser destacada. Porém, dificuldade quanto à diferenciação do tecido muscular e precauções quanto à exata localização reduz esse número de forma bastante significativa. Dobras Cutâneas A dobra cutânea é realizada na linha marcada. Deve ser pinçada de maneira que uma dupla camada de pele, além do tecido adiposo subcutâneo, seja pressionada entre o polegar e o dedo indicador. A extremidade mais próxima do polegar e do dedo fica, então, alinhada com o local marcado. A parte posterior da mão deve estar de frente para o avaliador. A ponta mais próxima da face de contato do compasso é aplicada a 1 cm da lateral do polegar e do dedo indicador. Se os compassos forem colocados muito profundamente ou muito superficialmente, valores incorretos podem ser obtidos. Como regra geral, os compassos devem ser postos na profundidade da metade da unha. A pratica e necessária para garantir que o mesmo tamanho de dobra cutânea seja sempre pinçada no mesmo local. Os compassos são sempre mantidos a 90º da superfície do local da dobra cutânea. Se a haste do compasso escorregar ou for incorretamente alinhada, a medida anotada pode ser imprecisa. Certifique-se que a mão que segura a pele continua prendendo a dobra enquanto o compasso estiver em contato com a pele. Dobras Cutâneas VISÃO POSTERO-LATERAL SUBESCAPULAR TRICIPES VISÃO ANTERO-LATERAL PANTURRILHA MEDIAL Dobra Cutânea de Tríceps Dobra Cutânea de Tríceps Essa dobra cutânea é destacada com polegar esquerdo e com o dedo indicador na linha marcada posteriormente no ponto acromial radial médio. A dobra é vertical e paralela à linha do membro superior. Vista de lado, a dobra cutânea é formada na superfície mais posterior do braço, em cima do músculo tríceps. O local marcado da dobra cutânea deve ser visível de lado, indicando que este é o ponto mais posterior sobres o tríceps enquanto mantido na posição anatômica (no nível da linha acromial radial média). Durante as medidas, o braço deve estar relaxado e a articulação do ombro levemente rotada medialmente, com o cotovelo estendido ao lado do corpo. Dobra Cutânea de Subescapular Dobra Cutânea de Subescapular • O indivíduo deve permanecer em pé e ereto com os braços ao longo do corpo. O polegar palpa o ângulo inferior da escápula para localizar sua ponta mais baixa. A dobra cutânea é destacada com o polegar esquerdo e com o dedo indicador, no local marcado 2 cm ao longo da linha que desce lateral e obliquamente a partir do ponto de referência escapular, num ângulo (aproximadamente 45º) determinado pela dobra natural da pele. Dobra Cutânea de Perna Dobra Cutânea de Perna Com o indivíduo sentado ou com o pé sobre uma caixa (joelho a 90º) e com a panturrilha relaxada, a dobra vertical é destacada no lado medial da panturrilha no nível em que a circunferência é maior. Essa circunferência é determinada durante as medições circunferências. E o nível deve ser marcado no lado medial da panturrilha durante esse processo. Visualize o local marcado de frente para garantir que o ponto mais medial tenha sido corretamente identificado Lohman (1986) • Público alvo: crianças e jovens de 7 a 17 anos – Pontos de DC (tríceps e subescapular) – TR = dobra de tríceps – SB = dobra subescapular – C = constante de ajuste por idade e gênero – Equação para jovens de ambos os gêneros • G% = 1,35 (TR + SB) – 0,012 (TR + SB)2 – C Valores da constante (C), por idade e gênero Gênero/Idade 7 10 13 16 Masculino 3,4 4,4 5,4 6,4 Feminino 1,4 2,4 3,4 4,0 Lohman (1986) • Adaptações na Constante da Equação de Lohman por PIRES-NETO e PETROSKI (1996) – Pontos observados e adaptados(idade e raça) • ♂ • ♀ Raça 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 Branca 3,1 3,4 3,7 4,1 4,4 4,7 5,0 5,4 5,7 6,1 6,4 6,7 Negra 3,7 4,0 4,3 4,7 5,0 5,3 5,6 6,0 6,3 6,7 7,0 7,3 Branca 1,1 1,4 1,7 2,0 2,4 2,7 3,0 3,4 3,6 3,8 4,0 4,3 Negra 1,4 1,7 2,0 2,3 2,6 3,0 3,6 3,6 3,9 4,1 4,4 4,7 Slaugther (1988) • Público alvo: crianças e jovens de 7 a 17 anos – Pontos de DC (tríceps e subescapular) – ∑2 = somatório das DC tríceps e subescapular, menor ou igual a 35 mm. – Equações para jovens masculinos brancos • Pré-púbere = G% = 1,21(∑2) – 0,008 (∑2 ) 2 – 1,7 • Púbere = G% = 1,21(∑2) – 0,008 (∑2 ) 2 – 3,4 • Pós-púbere = G% = 1,21(∑2) – 0,008 (∑2 ) 2 – 5,5 – Equações para jovens masculinos negros • Pré-púbere = G% = 1,21(∑2) – 0,008 (∑2 ) 2 – 3,5 • Púbere = G% = 1,21(∑2) – 0,008 (∑2 ) 2 – 5,2 • Pós-púbere = G% = 1,21(∑2) – 0,008 (∑2 ) 2 – 6,8 – Equações para jovens femininas de ambas as raças e de qualquer nível maturacional • G% = 1,33(∑2) – 0,013 (∑2 ) 2 – 2,5 Slaugther (1988) • Público alvo: crianças e jovens de 7 a 17 anos – Pontos de DC (tríceps e subescapular) – ∑2 = somatório das DC tríceps e subescapular, superior a 35 mm. – Equações para jovens masculinos • G% = 0,783(∑2) + 1,6 – Equações para jovens femininas • G% = 0,546(∑2) + 9,7 Classificação da Gordura Corporal proposta por Lohman • Meninos • Meninas Muito Baixo Baixo Nível Ótimo Moderad amente Alto Alto Muito Alto 5 30 10 15 25 20 35 40 45 50 8 6 38 23 35 2 18 13 32 26 29 DC (mm) %G Muito Baixo Baixo Nível Ótimo Moderad amente Alto Alto Muito Alto 4 10 15 20 24 28 30 38 33 35,5 40 10 5 15 20 25 30 35 40 45 50 55 DC (mm) %G Auto Avaliação da Maturação Sexual
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