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Mecânica dos Fluídos – EGP - Parte 2 Prof. João Carlos Soalheiro Gonzalez 1 UNIMEP MECÂNICA DOS FLUÍDOS ESTÁTICA DOS FLUIDOS Clique para editar o estilo do título mestrePRESSÃO � Como já visto anteriormente: � Se dFn for a força que age num infinitésimo de área dA, a pressão será: � Não confundir pressão com força. Fn F Ft A Tensão Cisalhamento Média [ττττ] = Ft A Tensão Normal Média [σ] = Fn A p = dFn dA p1 10 Kgf A1 = 10cm2 p2 10 Kgf A2 = 5cm2 Portanto: Mecânica dos Fluídos – EGP - Parte 2 Prof. João Carlos Soalheiro Gonzalez 2 Clique para editar o estilo do título mestreTEOREMA DE STEVIN � Pelo fluido estar em repouso podemos dizer que a somatória das forças que age no cilindro será nula. � Concluímos que em todos os pontos do fluido irá existir pressão, que será característica do ponto. FA = pA dA e FB = pB dA � Na superfície lateral teríamos uma força resultante onde FSL é perpendicular ao eixo. αααα FA FB pA pB p = Cte. Fluido Incompressível Contínuo e em repouso dA dA Eixo “S” Gcil Clique para editar o estilo do título mestre (pA – pB) = ϒϒϒϒ h TEOREMA DE STEVIN � Projetando segundo “Eixo S”: Projeção = -pB dA Projeção = 0 Projeção = - G sen α Projeção = 0 Projeção = pA dA - G sen αααα + pA dA - pB dA = 0 - ϒϒϒϒ dA L sen αααα + pA dA - pB dA = 0 dA (- ϒϒϒϒ L sen αααα + pA – pB)= 0 (pA – pB) = ϒϒϒϒ L sen αααα Eixo “S” αααα αααα A B ZB – ZA= h =cte. L sen αααα= ZB – ZA Eixo “S” αααα αααα A B ZA ZB Teorema de Stevin Mecânica dos Fluídos – EGP - Parte 2 Prof. João Carlos Soalheiro Gonzalez 3 Clique para editar o estilo do título mestre pA – pB = pA – pC = pA – pD = pA – pE = ϒϒϒϒ h TEOREMA DE STEVIN � Portanto por esse teorema a diferença de pressão entre dois pontos quaisquer, de um fluido incompressível contínuo e em repouso será igual ao produto do seu peso específico pela diferença de cota entre os pontos. � Conclusões: 1ª) A diferença de pressão entre dois pontos de um mesmo fluido independe da distância entre eles. Dependerá somente da diferença entre cotas. 2ª) Ao traçarmos um plano horizontal podemos afirmar que todos os seus pontos estarão submetidos à mesma pressão, desde que tenhamos um mesmo fluido. 3ª) A pressão independe do formato do recipiente. CB A h D E PH1 PH2 P la n o s H o ri z o n ta is Clique para editar o estilo do título mestre PRESSÃO EM TORNO DE UM PONTO DE UM FLUIDO EM REPOUSO � A pressão em torno de um ponto de um fluido incompressível continuo e em repouso é a mesma em qualquer direção. � Conclusões: 1ª) Se o fluido está em repouso, todos os seus pontos também deverão estar. 2ª) Se a pressão fosse diferente em alguma direção, haveria um desequilíbrio no ponto fazendo com que este se movesse naquela direção, contrariando a hipótese. 3ª) Logo, se o fluido está em repouso, a pressão em torno de um ponto deve ser a mesma que qualquer direção. A C B Mecânica dos Fluídos – EGP - Parte 2 Prof. João Carlos Soalheiro Gonzalez 4 Clique para editar o estilo do título mestre � A pressão aplicada num ponto de um fluido em repouso transmite-se integralmente a todos os pontos do fluido. Recipientes Iguais � No recipiente (A) desprezando o efeito da pressão atmosférica as pressões nos pontos1 e 2 serão: p1 = ϒ h1 = 800 Kgf/m3 x 5 m � p1 = 4.000 Kgf/m2 p2 = ϒ h2 = 800 Kgf/m3 x 2 m � p1 = 1.600 Kgf/m2 � No recipiente (B) considerando a pressão do embolo temos: pe = (2000/4)Kgf/m 2 = 500 Kgf/m2 - Portanto na nova situação temos: p’1 = 4.000 + 500 = 4.500 Kgf/m 2 p’2 = 1.600 + 500 = 2.100 Kgf/m 2 LEI DE PASCAL 2000 Kgf A= 4m2* *1 2 * *1 2 2 m 3 m ϒϒϒϒ = 800 Kgf/m3 (A) (B) Clique para editar o estilo do título mestre Temos abaixo uma prensa hidráulica onde os dois êmbolos têm respectivamente áreas A1 = 10 cm 2 e A2 = 100 cm 2. Se aplicarmos uma força de 20 Kgf no êmbolo 1, qual será a força transmitida nop êmbolo 2 ? LEI DE PASCAL EXEMPLO p2 F2 p1 F1 2 1 Solução: Pela Lei de Pascal a pressão transmite-se integralmente a todos os pontos do fluido e em particular aos pontos em contacto com o êmbolo 2, logo p1 = p2. �Verifica-se que por meio deste dispositivo, não somente teremos uma transmissão da força como também a ampliação da mesma. �É neste princípio que na prática baseiam-se: Prensas Hidráulicas, Servomecanismos, Dispositivos de Controle, etc. Mecânica dos Fluídos – EGP - Parte 2 Prof. João Carlos Soalheiro Gonzalez 5 Clique para editar o estilo do título mestre Pelo Teorema de Stevin A pressão no ponto A será pA=ϒ hA enquanto a Carga de Pressão será hA No ponto B a pressão será pB=ϒ hB enquanto a Carga de Pressão será hB Então a carga de pressão é a altura à qual pode ser elevada uma coluna de líquido para uma pressão “p”. Exemplo: �Para o fluído óleo, onde ϒ=800 Kgf/m3 � p0 = ϒ0 h0 � h0 = p0 /ϒ0 = 4.000/800 � h0 = 5 m.c.o. (metros de coluna de óleo) �Para o fluído água , onde ϒ=1000 Kgf/m3 � pA = ϒA hA � hA = pA /ϒA = 4.000/1000 � h0 = 4 m.c.a. (metros de coluna d’água) CARGA DE PRESSÃO * *B A hB hA Clique para editar o estilo do título mestre � Em (a) temos um tubo onde escoa um fluido com peso específico ϒ e à pressão p. � Supondo o diâmetro do tubo pequeno, teremos quase a mesma pressão em todos os pontos de uma vertical no tubo. � Como haverá uma pequena diferença estaremos adotando os pontos do eixo do tubo como referência. � Verificamos que neste caso, existe uma pressão “p” , mas não há nenhuma altura “h”. � Abrindo-se um orifício no conduto verifica-se que se a pressão interna for maior que a externa, um jato de líquido será lançado para cima. � Se canalizarmos esse jato por meio de um tubo de vidro, conforme (b), verificaremos que o líquido sobe até alcançar uma altura “h”. � Esta coluna de líquido deverá equilibrar exatamente a pressão “p” do conduto. �O “h” da coluna é exatamente a carga de pressão da pressão “p”. � Podemos então afirmar que a carga de pressão independe da existência da profundidade “h”. � A carga de pressão é a altura à qual pode ser elevada uma coluna de fluido por uma pressão “p”. CARGA DE PRESSÃO NUM RESERVATÓRIO PRESSURIZADO p h p (a) (b) Mecânica dos Fluídos – EGP - Parte 2 Prof. João Carlos Soalheiro Gonzalez 6 Clique para editar o estilo do título mestre Pressão Absoluta���� Pressão medida em relação ao vácuo ou ao zero absoluto. Pressão Efetiva ���� Pressão medida adotando a pressão atmosférica como referência. � Praticamente todos os aparelhos de medidas de pressão (manômetros) registram zero quando abertos à atmosfera, ou seja, eles medem a diferença entre a pressão do fluido e a do meio no qual se encontram. � Quando a pressão é menor que a atmosférica, costumamos chamar impropriamente de vácuo e mais propriamente de depressão. � Uma depressão na escala efetiva terá valor negativo. Já na escala absoluta, todos os valores da pressão serão positivos. � A pressão atmosférica é também chamada de pressão barométricae varia com a altitude. � Ela também varia num mesmo local devido às condições metereológicas. ESCALAS DE PRESSÃO P re s s ã o Zero Absoluto (Vácuo Absoluto) p2 p1 Pressão Atmosférica Pressão Efetiva Negativa - Depressão Pressão Efetiva Pressão Absoluta Pressão Absoluta Clique para editar o estilo do título mestre � A pressão atmosférica é medida pelo barômetro. Se um tubo cheio de líquido, fechado na extremidade inferior e aberto na superior, for virado dentro de uma vasilha com o mesmo líquido, este irá descer até uma certa posição e nesta permanecer em equilíbrio. � Desprezando a pressão de vapor do líquido, na parte superior teremos praticamente o vácuo perfeito ou pressão zero absoluto. � Como a pressão num mesmo nível é a mesma: p0 = pA = patm � A coluna “h” formada é devido à pressão atmosférica e teremos: patm = ϒϒϒϒ h Ao nível do mar ���� patm= ϒϒϒϒHg h =13600 x 0,76 ���� patm normal=10.330 Kgf/m2 � O líquido normalmente utilizado é o mercúrio pois seu peso específico é suficientemente elevado de forma que “h’ é pequeno, podendo o tubo ser curto. O BARÔMETRO E AS UNIDADES DE PRESSÃO A Vácuo 0 h PATM ϒϒϒϒ patm = 760 mm Hg = 1 atm = 10.330 Kgf/m 2 = 1,033 Kgf/cm2 = 10,33 mca = 14,7 psi Mecânica dos Fluídos – EGP - Parte 2 Prof. João Carlos Soalheiro Gonzalez 7 Clique para editar o estilo do título mestre Manômetro Metálico ou de Bourdon Pressões ou depressões são normalmente medidas pelo manômetro metálico. Tal nome provem do fato que a pressão é medida pela formação do tubo metálico indicado na figura. Ao ligar o manômetro pela tomada de pressão, o tubo fica internamente submetido à uma pressão “p” que o deforma, havendo um deslocamento de sua extremidade que ligada a um ponteiro por um sistema de alavanca, relacionará sua deformação com a pressão do reservatório. A leitura da pressão é feita diretamente no mostrador quando o manômetro tiver sua parte externa à pressão atmosfér MEDIDORES DE PRESSÃO p Tubo Metálico Ligação a um Sistema de Ampliação Tomada de Pressão-10 -5 0 5 10 15 Clique para editar o estilo do título mestre Manômetro Metálico ou de Bourdon No caso da figura a seguir, a parte interna do tubo metálico está sujeita à pressão p1 enquanto que a externa estará em p2. Desta forma o manômetro indicará não a pressão p1, mas saldo p1 – p2. Logo: pmanômetro = ptomada de pressão - pexterna MEDIDORES DE PRESSÃO Mecânica dos Fluídos – EGP - Parte 2 Prof. João Carlos Soalheiro Gonzalez 8 Clique para editar o estilo do título mestre � Consiste num tubo de vidro, que ligado ao reservatório permite medir diretamente a carga de pressão. � Dado o peso específico do fluido poderemos determinara pressão diretamente. � Defeitos que tornam o piezômetro de uso limitado: 1. Para pressões elevadas e líquidos de peso específico elevado, a altura “h” será elevada. 2. Não se pode medir pressão de gases pois estes escapam sem formar a coluna h. 3. Não pode medir pressões efetivas negativas, pois neste caso haverá entrada de ar para o reservatório, em lugar de haver formação da coluna “h”. COLUNA PIEZOMÉTRICA OU PIEZÔMETRO Aberto Clique para editar o estilo do título mestre � No manômetro (a) corrigimos o problema das pressões negativas, pois é possível a formação de cargas de pressão negativas, isto é, o fluido no ramo direito localizar- se-á abaixo do nível de referência A-A. � Em (b) temos po mesmo manômetro com a inclusão de um fluido manométrico que em geral é o mercúrio. A inclusão do fluido manométrico permite a medida da pressão de gases, impedindo o escape destes. MANÔMETRO COM TUBO EM “U” A h A (a) Fluido Manométrico A h1 h2 p ϒϒϒϒ ϒϒϒϒfluido manom. A (b) Mecânica dos Fluídos – EGP - Parte 2 Prof. João Carlos Soalheiro Gonzalez 9 Clique para editar o estilo do título mestreMANÔMETRO COM TUBO EM “U” � Os manômetros de tubo em “U” ligados a dois reservatórios, em lugar de ter um dos ramos aberto a atmosfera, chamam-se Manômetros Diferenciais. A B A B Clique para editar o estilo do título mestreEQUAÇÃO MANOMÉTRICA h1 ϒϒϒϒB PA PB h2 h3 h4 ϒϒϒϒA ϒϒϒϒM Mesmo Nível Mecânica dos Fluídos – EGP - Parte 2 Prof. João Carlos Soalheiro Gonzalez 10 Clique para editar o estilo do título mestre EQUAÇÃO MANOMÉTRICA EXEMPLO PB h1 ϒϒϒϒB PA h2 h3 h5 ϒϒϒϒA h4 h6 ϒϒϒϒ1 ϒϒϒϒ2 ϒϒϒϒ3 ϒϒϒϒ4 Clique para editar o estilo do título mestreEXERCÍCIOS 5 cm P1 ϒϒϒϒAgua ϒϒϒϒHg 7,5 cm 15 cm 1) Dados ϒHg = 13.600 Kgf/m3 e ϒAgua = 1.000 Kgf/m3 . Determinar p1.
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