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Direito de propriedade- Resumo

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AULA 2- 
Enunciado: mais próximo à doutrina. Os enunciados são realizados pelos Centros de Estudos judiciários. 
Tão importantes quanto as súmulas. Não tem caráter vinculante.
Sobre a matéria:
Jornada: enunciados 76 a 95
Jornada: Enunciados 236 a 253
Jornada: enunciados 301 a 325
Jornada: enunciados 492 a 511
Jornada: enunciados 563 a 569
Jornada: enunciados 591 a 598
----------------------
Art. 1.225. São direitos reais:
I - a propriedade;
II - a superfície;
III - as servidões;
IV - o usufruto;
V - o uso;
VI - a habitação;
VII - o direito do promitente comprador do imóvel;
VIII - o penhor;
IX - a hipoteca;
X - a anticrese.
XI - a concessão de uso especial para fins de moradia;           (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)
XII - a concessão de direito real de uso; e   (Redação dada pela Medida Provisória nº 759. de 2016)
XIII - a laje. (Incluído pela Medida Provisória nº 759. de 2016)
DIREITO DE PROPRIEDADE
- A entrega transfere a propriedade, não o contrato (lembrar da traditio do direito romano).
-Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. 
(Repare que o legislador não teve a preocupação de conceituar propriedade, já que essa é uma tarefa da doutrina. Ele se atentou para o proprietário). 
GRUD (O direito de propriedade é o direito que envolve a faculdade de USAR, GOZAR, DISPOR, REIVINDICAR) - atributos do direito de propriedade:
* ius utendi: direito de usar
*ius fruendi: direito de gozar, de extrair frutos naturais ou civis. (FRUIR é mais que usar, é extrair os frutos. Ex. uma vaca- goza da vaca da forma como você quer: o leite que você vende da vaga já é uma outra coisa, é um fruto)
*ius disponendi ou abutendi: direito de dispor (alienar, grava- penhor, hipoteca, anticrese, abandonar)
* ius vindicandi: direito de reivindicar (ação petitória- ação reivindicatória: está buscando de volta a sua propriedade.)
PROPRIEDADE
Plena ou alodial: todas as faculdades nas mãos do proprietário. A ideia é que a propriedade, em regra, é plena.
Limitada ou restrita: um caso temporário (ideia de flexibilidade). Veja o caso de uma hipoteca, a propriedade encontra-se limitada. A partir do momento em que o proprietário paga a sua dívida, cessa hipoteca.
- Nu-propriedade (titularidade – sem U e G)
EX. proprietário em caso de usufruto
- Domínio útil (UG- uso e goza)
Ex. usufrutuário (antes do usufruto, o proprietário tinha o GRUD)
*tempo limitado: até o fim do usufruto. 
*lembrar que, no caso, não se aplica, por exemplo, o caso de aluguel, por exemplo, porque é de direito obrigacional (contrato), inter partes.
CARACTERÍSTICAS DO DIREITO DE PROPRIEDADE
Fundamental: art. 5º, XXII e XXIII, CF.
É uma cláusula pétrea. É tão relevante que aparece três vezes no art. 5º da CF.
Não existe sem ser cumprida a sua função social: “a propriedade deve cumprir a sua função social”. 
Absoluto? Erga omnes
Será que é absoluto? Essa característica consta nos manuais. Na opinião da professora, é sim um direito absoluto sim, pois engloba várias faculdades que competem apenas ao proprietário (na mão de uma pessoa só) e comparando com os demais direitos reais, é absoluto. Não podemos perder de vista, contudo, que é absoluto em termos, relativizado.
Exclusivo (art. 1.231): inclusive no caso de copropriedade.
É uma decorrência de ser absoluto. Na mão do dono (dominus). Só ele pode fazer o quiser com a coisa. 
“Perpétuo”: no sentido de que se você, ao adquirir uma propriedade, mesmo que você não disponha do bem, ele vai permanecer sobre a sua posse.
Ex. joia de família, você não vai usar e ela não vai deixar de ser sua, a não ser que você penhore... (contrário de uma obrigação- tem tempo de duração).
Elástico: em regra, a propriedade é plena. Pode ser que ela se torne restrita (de forma temporária) e depois ela volta ser plena. 
Complexo
FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE
-Art. 1228, § 1o O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas.
*é uma inovação do CC colocar patrimônio histórico e artístico. Porque hoje nós observamos uma tendência de destruir aquilo que é histórico para colocar algo “novo”, “moderno”. 
*perceba que ele é um pouco extenso em relação ao direito ambiental, fala em flora, fauna... e não fala praticamente nada, não desenvolve a ideia.
- CF, art. 5º, caput e incisos XXII e XXIII: direito fundamental
- CF, art. 170, III- princípio da atividade econômica
- CF, art. 182- da política urbana
- CF, art. 184 e 186- da política agrícola e fundiária e da reforma agrária. 
FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE
- PROPRIEDADE URBANA: como saber se ela está de acordo com a função social? Verificar se está tendendo as diretrizes do plano diretos e se está promovendo adequado aproveitamento.
Atender diretrizes do plano diretor – o mínimo para cumprir a função social da propriedade(+ 20.000 habitantes)
Não utilizada, subutilizada, não utilizada: promover adequado aproveitamento.
Sanções para os casos de subutilização ou não utilização- descumprimento da função social urbana: 1) edificação compulsória; 2) Imposto progressivo; 3) Desapropriação do título da dívida pública. 
 - PROPRIEDADE RURAL
Aproveitamento Racional e adequado
Preservar o meio ambiente
Relações de trabalho
Favorecer bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. 
PROPRIEDADE RURAL
ART. 184
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
 (Punição para aquele que descumpre, não interessante ter título da dívida agrária, normalmente, nos casos de desapropriação, não é uma punição, pois o proprietário recebe o dinheiro correspondente de maneira antecipada).
§ 1º As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.
§ 2º O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma agrária, autoriza a União a propor a ação de desapropriação.
§ 3º Cabe à lei complementar estabelecer procedimento contraditório especial, de rito sumário, para o processo judicial de desapropriação.
§ 4º O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária, assim como o montante de recursos para atender ao programa de reforma agrária no exercício.
§ 5º São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.
* nunca poderemos deixar de cumprir com esses quesitos:
- Aproveitamento racional e adequado: não esgotar a capacidade produtiva daquela propriedade (tacar fogo no canavial), não ser o mínimo.
- Preservar o meio ambiente: o caso das abelhas (estão morrendo); no sul não pode cortar as araucárias, as áreas de preservação das propriedades não podem ser desmatadas.
- Relações de trabalho: ex. trabalho análogo à escravidão- não é justo.
- Exploração favorece bem estar dos proprietários e dos trabalhadores: imagina, o caseiro está esgotado, trabalhou demais. Sendo que a ele deve ser garantido o seu bem estar. (está relacionado às relações de trabalho).
Art. 186, CF
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
I – aproveitamento racional e adequado;
II – utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;
III – observância das disposições que regulam as relações de trabalho;IV – exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
As vigas mestras para a utilização da propriedade estão na Lei Maior. Cabe ao legislador ordinário equacionar o justo equilíbrio entre o individual e o social. Cabe ao julgador, como vimos, traduzir esse equilíbrio e aparar os excessos no caso concreto sempre que necessário. Equilíbrio não é conflito, mas harmonização.
Ex. José é proprietário de um imóvel rural situado no interior do Estado do Piauí, no qual explora, com sucesso econômico, a pecuária de corte extensiva. A propriedade possui reserva legal e áreas de preservação permanente. Possui trinta funcionários regulares, que, todavia, são submetidos a uma intensa e contínua exposição ao sol, o que tem provocado sérios problemas de saúde. Neste cenário, segundo a Constituição Federal, a propriedade rural em questão 
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a cumpre com sua função social na medida em que gera empregos e movimenta a economia. 
b cumpre com sua função social, diante de sua produtividade e respeito ao meio ambiente. 
c não cumpre com sua função social, diante da ausência de preservação de mata ciliar. 
d não cumpre com sua função social, diante da existência de condição que não favorece o bem-estar de seus trabalhadores. 
e cumpre com sua função social, pois é produtiva, respeita o meio ambiente e a legislação trabalhista, sendo a intensa e contínua exposição ao sol fato incontornável. 
José é proprietário de um imóvel rural de 700 hectares, com 40 hectares cultivados. O restante da área está ocupado com pastagem altamente degradada. A rentabilidade da área cultivada garante um excelente padrão de vida a José e sua família. A Fazenda é cortada por três cursos d'água sem área de preservação permanente. Não há reserva legal. José possui três funcionários, com jornada de trabalho integral, que recebem R$ 200,00 por mês. A propriedade rural
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a pode ou não cumprir sua função social a depender da safra da área cultivável.
b cumpre sua função social, uma vez que gera renda a seu proprietário.
c cumpre sua função social, pois emprega três funcionários.
d cumpre sua função social, pois possui atividade econômica.
e não cumpre sua função social.
A função social da propriedade rural
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a é cumprida quando a propriedade rural atende ao aproveitamento racional e adequado ou quando é explorada de forma a favorecer o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
b surgiu na Constituição Federal de 1988.
c não está contemplada pelo ordenamento jurídico brasileiro.
d já estava presente no Estatuto da Terra de 1964.
e favorece apenas o bem-estar de seus proprietários e trabalhadores.
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PROPRIEDADE URBANA
A Constituição Federal de 1988, nos arts. 182 e 183, ocupou-se da política urbana. No primeiro desses dispositivos, ordenou a política do desenvolvimento urbano, a ser executada pelo Poder Público municipal, tendo em vista o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade, a fim de garantir o bem-estar de seus habitantes. Essa lei maior menciona o plano diretor, cuja aprovação caberá às Câmaras Municipais, obrigatório para as cidades com mais de vinte mil habitantes. No § 2º, esse dispositivo constitucional anota: ''A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor." Essa norma preocupa-se também com a devida utilização do solo urbano, a fim de propiciar pelo proprietário seu correto aproveitamento. Frente à crescente urbanização, generalizada em todos os países, os governos passaram a editar normas na tentativa de ordenar o uso e a ocupação do solo, com marcante preocupação pela moradia digna.
Toda fundamentação dessa lei da cidade tem em mira colocar o cidadão em um local urbano e meio ambiente eficientes onde possa realizar seus desígnios com sua família, no que se denomina desenvolvimento sustentável. Nesse sentido, a lei trata do parcelamento do solo urbano, edificação e utilização compulsória, progressividade do IPTU como forma de jungir a correta utilização da propriedade, bem como a desapropriação por aproveitamento inadequado, como instrumentos de política urbana. A seguir, o estatuto cuida do chamado "plano diretor", apontado na Constituição, que se coloca como o elemento central da função social da propriedade urbana que se procura. A lei traça normas sobre o usucapião especial de imóvel urbano, regulamentando o art. 183 da Constituição. Também o direito de superfície, entre outros institutos absorvidos do direito civil, é objeto do Estatuto da Cidade, o que gerará dificuldades de interpretação, pois o instituto também está presente no Código Civil vigente, desde o projeto originário.
Art. 182, CF. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.         (Regulamento)            (Vide Lei nº 13.311, de 11 de julho de 2016) 
(pq municipal? Pq está mais próximo às necessidades da população. O cumprimento da função social da cidade depende do plano diretor). 
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
§ 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro.
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I – parcelamento ou edificação compulsórios;
II – imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III – desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. (é uma punição, não recebe previamente, antes, o prazo é de dez anos).
O PLANO DIRETOR
- Ex. Plano diretor do Município de Franca: lei complementar n. 50, de 17 de janeiro de 2003: 
Capítulo II
DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE
Art. 5º - Para cumprir sua função social, a propriedade urbana deve atender, simultaneamente e segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, no mínimo, os seguintes requisitos:
aproveitamento e utilização para atividades de interesse urbano, em intensidade compatível com a capacidade de atendimento dos equipamentos e serviços públicos;
II. aproveitamento e utilização compatíveis com a preservação da qualidade ambiental;
III. aproveitamento e utilização compatíveis com a segurança e bem estar de seus usuários e propriedades vizinhas.
Parágrafo Único – Atividades de interesse urbano são aquelas inerentes às funções sociais da cidade e ao bem estar de seus habitantes, incluindo a moradia, a produção e o comércio de bens, a prestação de serviços, a circulação, a preservação do patrimônio cultural, histórico, ambiental e paisagístico, e a preservação dos recursos necessários à vida urbana, tais como, mananciais e vegetação.
- Plano Diretor de SP
http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/
http://www1.folha.uol.com.br/infograficos/2014/07/84833-entenda-o-plano-diretor.shtml
Ganhou prêmio na ONU.
Enunciado 507, V jornada:
507) Na aplicação do princípio da função social da propriedade imobiliária rural,
deve ser observada a cláusula aberta do § 1º do art. 1.228 do Código Civil, que,
em consonância com o disposto no art. 5º,inciso XXIII, da Constituição de
1988, permite melhor objetivar a funcionalização mediante critérios de
valoração centrados na primazia do trabalho.
O parágrafo primeiro não distingue a propriedade urbana ou rural, o enunciado fala só da rural. O enunciado continuou limitado. E só mencionou a questão trabalhista, não disse as outras quatro previstas na CF. 
USQUE A DINFEROS, USQUE AS SIDERA
(vai do céu ao inferno)
Não é absoluta
Para recordar: o direito de propriedade é perpétuo, no sentido de que não pode simplesmente se extinguir pelo não uso. O usucapião traduz atitude ativa do usucapiente que adquire a propriedade, não se destacando a atitude passiva daquele que a perde. Fala-se em elasticidade do direito de propriedade por ser o mais extenso quando desvinculado de direitos reais limitados, como o usufruto, uso e habitação, bem como penhor, hipoteca e anticrese. Esses direitos restringem o âmbito do direito de propriedade. Quando desaparecem, a propriedade volta a ser plena.
- Dos aspectos tradicionais da propriedade:
- O que o direito da propriedade engloba? Tudo que está acima da superfície e tudo que está abaixo da superfície? 
Art. 1.229. A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, em altura e profundidade úteis ao seu exercício (ideia da função social- critério da utilidade), não podendo o proprietário opor-se a atividades que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que não tenha ele interesse legítimo em impedi-las.
O proprietário é proprietário do espaço aéreo e do subsolo. Com ressalvas, não pode se opor ao uso, por terceiros, quando a altura é muito alta e quando ou quando é muito abaixo do solo. 
Art. 1.230. A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens referidos por leis especiais.
Parágrafo único. O proprietário do solo tem o direito de explorar os recursos minerais de emprego imediato na construção civil, desde que não submetidos a transformação industrial, obedecido o disposto em lei especial.
LIMITES DO DIREITO DE PROPRIEDADE
A propriedade deixou de ser o direito subjetivo do indivíduo e tende a se tomar a função social do detentor da riqueza mobiliária e imobiliária; a propriedade implica para todo detentor de uma riqueza a obrigação de empregá-la para o crescimento da riqueza social e para a interdependência social.
A função social da propriedade requer do ordenamento princípios limitadores da atuação do proprietário. Já foi por nós referido que no Código são encontradas limitações impostas pelo direito de vizinhança, de forma ainda mais específica no presente diploma. A Constituição Federal traça normas programáticas para a função social da propriedade, sendo de há muito entre nós as riquezas do subsolo independentes do solo e de seu proprietário. Cabe ao legislador ordinário regular sua exploração. São muitas e cada vez mais numerosas as leis que interferem na propriedade. A exigência de limitação decorre do equacionamento do individual e do social.
O direito da propriedade sofre limitações decorrentes da lei, dos princípios gerais de direito e da própria vontade do proprietário. As limitações ao direito de propriedade decorrentes da lei atualmente encontram realce no Estatuto da Cidade (lei n. 10.257/01), uma vez que, de forma abrangente, estabelece novas formas de intervenção na propriedade privada urbana. 
As limitações fundadas na supremacia do interesse público multiplicam-se dia a dia. 
LEGAIS (*vide também a lei 10.2567/01) Estatuto Cidade (além da função social da propriedade, existem limitações importantes que o próprio Estado impõe. As legais são graves e têm duas naturezas: de direito público, quando está envolvido o interesse coletivo, que justifica as limitações; as de direito privado refletem situações de direito privado que representam alto potencial de conflito. E daí existem normas que visam dirimir esses conflitos. Nas limitações voluntárias não há esse potencial de conflito).
De direito Administrativo (interesse público/unilateralidade): Desapropriação (justa, prévia, em dinheiro), requisição (grave/urgente necessidade/guerra/temporária), preservação do patrimônio histórico, Código Sanitário etc.... (Pode-se limitar a propriedade público se for de interesse privado).
A limitação mais enérgica do direito de propriedade é a desapropriação. Além dessa medida radical existe uma outra, mais violenta e de eficácia menos intensa sobre o direito, que se efetua, em circunstâncias excepcionais, sob a forma de requisição. A requisição é diferente da desapropriação, pois não importa perda da propriedade. Apenas importa a privação temporária do uso da coisa. Cessada a causa, o bem requisitado volta ao poder do proprietário.
Algumas causas que levam à limitação: segurança pública saúde pública, prosperidade pública, economia popular, cultura, higiene, funcionamento dos serviços públicos, urbanismo, defesa social. No caso de saúde pública, por exemplo, proíbe culturas nocivas, interdita o uso de águas, não permite habitação em moradias insalubres...No interesse da cultura, proíbe a modificação de construções consideradas monumentos históricos...No interesse do urbanismo, obriga o proprietário a murar seu terreno, a calçar o passeio...
Desapropriação. A desapropriação por utilidade pública não é matéria de direito civil, senão de Direito Administrativo. Contudo, interessa também ao civilista, não só porque é um dos modos de perda da propriedade privada, mas também porque o direito do Estado de desapropriar é uma limitação à propriedade.
De direito Privado: Direitos de vizinhança (arts. 1277 a 1313, CC) e Abuso do direito/ato emulativo (arts. 187- parte geral, como um ilícito civil (responsabilidade objetiva, não cita culpa) e prg. 2 do art. 1228, CC, na parte especial, aparece como responsabilidade subjetiva. Como explicar que somente no tocante à propriedade é preciso provar a culpa? O Enunciado 37 e 49 entende que vale a responsabilidade objetiva). 
**Enunciados 37 e 49 CJF/STJ- I Jornada de Direito Civil: responsabilidade objetiva. Prevalece o art. 187 do CC.
Enunciado 37: a responsabilidade civil decorrente do abuso do direito independe de culpa e fundamenta-se somente no critério objetivo-finalístico
Enunciado 49, art. 1228, p. 2º: a regra do art. 1228, p; 2º, do CC interpreta-se restritivamente, em harmonia com o princípio da função social da propriedade e com o disposto no art. 187.
As limitações do direito de propriedade, podemos dizer que são voluntárias ou legais. As legais podem ser de direito de público e de direito privado. Nas voluntarias, não existe um potencial de conflito.
LIMITAÇÕES VOLUNTÁRIAS: A limitação ao direito de propriedade pode resultar da própria vontade do proprietário. O proprietário pode determinar, por um ato unilateral ou mediante contrato, que o bem por ele transmitido a outrem obrigue este a satisfazer determinados encargos, ou que, durante certo prazo, não se transmita para outra pessoa...
No testamento: Pode o testados impor a um de seus herdeiros ou legatários a obrigação de, por sua morte, a certo tempo, o sob certa condição, transmitir a outrem a herança ou o legado. Se assim o for, estará instituindo um fideicomisso. O herdeiro/legatário que receber a herança/legado adquirirá a propriedade restrita e resolúvel dos bens. Trata-se de uma imitação dos poderes do gravado ou fiduciário (art. 1951, CC).
*a) Fideicomitente (testador): pessoa que institui o fideicomisso.
b) Fiduciário: pessoa nomeada pelo testador que receberá a herança ou legado.
c) Fideicomissário: substituto nomeado em segundo lugar, sendo possível a pluralidade de fideicomissários.
São dois beneficiários sucessivos que gozarão do bem herdado ou legado, em momentos distintos, um após o outro, ou seja, o fiduciário, que recebe o bem em confiança permanecerá na posse até que o transcurso do prazo, o implemento de certa condição ou sua morte se verifique,para que, então, esse bem seja transferido em definitivo ao seu real titular, o fideicomissário. Ambos são titulares da herança/legado, mas em momentos distintos. 
A1: Fideicomisso (art. 1951: testador indica dois herdeiros, legatários).
1º herdeiro é o FIDUCIÁRIO (ppdd restrita ou resolúvel)
2º herdeiro é FIDEICOMISSÁRIO
Se eu não tenho filhos e tenho patrimônio. Estabeleço no meu testamento que transfiro para o meu caseiro o meu carro (legatário, recebe um patrimônio singular).
Quem é o fideicomisso? No testamento, é possível que ele queira que um dos herdeiros receba um bem x. Quero que apenas x receba meu patrimônio, não quero que os filhos dele fique com o patrimônio. Então eu limito um tempo de propriedade, dizendo que o x vai ficar com o patrimônio até que os filhos de y, completem 18 anos, os quais receberão, então, a herança (fideicomissário). 
A2: Cláusula de inalienabilidade (art. 1848): se houver justa causa declarada em testamento. Essa cláusula precisa ter uma justificativa. Isso é interessante porque o proprietário vai sofrer uma forte limitação. Aquele que recebe não poderá fazer o que ele bem entender com o seu bem. Por exemplo, B recebe uma fazenda, não tem afinidade nenhuma com o tema fazenda, no entanto, existe uma cláusula de inalienabilidade do bem (com a devida justificativa). B terá que manter o patrimônio.
Estipulada a cláusula de inalienabilidade, o adquirente do bem fica impossibilitado de transmiti-lo a outrem durante certo tempo ou por toda a vida. Imprescindível, nesse caso, que haja justa-causa para a existência da cláusula.
DOAÇÃO: Mediante contrato de doação o doador pode determinar a inalienabilidade temporária ou vitalícia do bem doado, limitando, desse modo, o poder DE DISPOR do bem. Também é possível limitar a propriedade do donatário, estabelecendo certos encargos (doação modal). O poder do proprietário, nesse caso, estará limitado pela necessidade jurídica de cumpri-la. 
- Encargos (doação modal): art. 555 (ex. doo esse valor para o hospital X para a construção de um ambulatório. O hospital não poderá fazer o que bem entender, terá que atender ao determinado- limitação do direito de usufruir). 
- Cláusula de inalienabilidade: art. 1848: justa casa.
COMPRA E VENDA COM PACTO DE RETROVENDA (vendedor com direito de recobrar o bem): ART. 505. Na retrovenda, o poder de disposição é temporariamente paralisado, porque o vendedor se reserva o direito de recobrar, em certo prazo (decadência de 3 anos), o imóvel que vendeu, restituindo o preço mais as despesas feitas pelo comprador). Em consequência, fica este impossibilitado de alienar o bem comprado enquanto perdure a possibilidade de resgate. 
AQUISIÇÃO DE PROPRIEDADE (é complexo porque pressupõe dois momentos: causa e transferência)
- TÍTULO/CAUSA: contrato = negócio jurídico subjacente. Deve ser eficaz e válido (se imóvel: a escritura pública). Importante que a causa de transferência seja válida e ineficaz. Se houver vício na causa, vai haver vício na transferência.
(bem móvel: transferência de bem móvel se dá por meio de tradição)
- Os modos de aquisição variam de acordo com o bem, se é móvel ou imóvel:
a) bens imóveis:
-Transcrição
- Usucapião
- Acessão: por alteração da propriedade por eventos da natureza. 
-Sucessão: a morte opera, de imediato, a transferência da propriedade.
b) Bens móveis:
-Tradição
- Usucapião
- Ocupação: coisa abandonada, posso me apropriar de coisas que não pertencem a ninguém.
-Acessão
-Sucessão
- Achado/tesouro.
FORMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE
A distinção entre modos originários e derivados funda-se na existência ou inexistência da relação entre precedente e consequente sujeito de direito. Sempre que há, o modo é derivado. Caso contrário, originário. A importância da distinção reside nos efeitos que se produzem conforme o modo de aquisição seja originário ou derivado. Se a propriedade é adquirida por modo originário, incorpora-se ao patrimônio do adquirente em toda a sua plenitude, tal como a estabelece a vontade do adquirente. Se por modo derivado, transfere-se com os mesmos atributos, restrições e qualidades que possuía no patrimônio do transmitente, segundo conhecida parêmia: nemo plus jus transferre ad alium potest quam ipse habet. É que a aquisição derivada se condiciona à do predecessor, adquirindo o novo proprietário o direito que tinha e lhe transmitiu o antigo proprietário
ORIGINÁRIAS: não há qualquer relação jurídica anterior que justifique a transferência do ato. Ex. usucapião- não há um ato que justifique a transferência. EX. ocupação, acessão
DERIVADAS: aquelas em que houve uma relação jurídica anterior, entre o proprietário anterior e o novo, que justifica a transferência. Ex. uma tradição, pois pressupõe que houve contrato de compra e venda; registro de imóvel; sucessão hereditária (pois houve uma manifestação de vontade do proprietário anterior).
Consequência prática dessa classificação. Na derivada, a coisa adquirida via derivada acompanha com todos os ônus; Na originária, alguém adquire um imóvel por usucapião, o IPTU do mês anterior é do proprietário originário. 
SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DE DOMÍNIO
O contrato, ou ato jurídico, transfere, de si só, o domínio de uma coisa?
*Direito romano: não basta a existência do título, do ato pelo qual uma pessoa manifesta a vontade de adquirir um bem, é preciso que esse ato jurídico se complete pela observância de uma forma. Ou seja, pela transferência, que pode ser por tradição ou usucapião. 
FRANCÊS (Sistema Consensual ou Privatista).
- O título é suficiente para transferir a propriedade (basta a causa, não precisa de um motivo)
- O contrato tem efeito translativo. Considera-se inútil a formalidade da tradição.
ALEMÃO (Sistema Publiscista) - Nosso direito civil tem raízes profundas no direito alemão. 
- Um ato cria a obrigação de transferir a propriedade (negócio jurídico). Outro ato (ato jurídico de transferência) transfere a propriedade.
- nesse sistema, o contrato, que serve de causa à aquisição da propriedade, abstrai-se, não é suficiente para produzi-la. Outro negócio e necessário, deve ser feita a transmissão do domínio via transmissão da propriedade. 
- Abstração da causa. A causa é considerada abstrata, pois se houver algum vício na causa, não implica a invalidade do registro, a presunção é absoluta (juris et de jure).
(Lembrar que existe uma causa que, no caso, é o contrato. Existe um outro momento de transcrição. Essa transcrição se dá por meio de registro. O que acontece no Direito Alemão? A causa é abstrata, ainda que exista um vício no causa, prevalece o registro).
- Gera presunção absoluta (juris et de jure). Lembrar que o direito alemão preza pela segurança.
3) BRASIL (Sistema Eclético ou misto).
- Aproxima-se do sistema alemão, mas o registro gera presunção relativa (JURIS TANTUM) quanto à aquisição da propriedade (pode retificar ou anular o registro).
(Lembrar que existe uma causa que, no caso, é o contrato. Existe um outro momento de transcrição. A transcrição se dá por meio de registro. O que acontece no Direito brasileiro? A causa é relativa, precisa ter validade e eficácia. Admite prova em contrário. Se o interessado entrar com uma ação alegando a existência de um vício na causa, depois da sentença que reconheça o vício, o registro será anulado, e o indivíduo deixa de ser o proprietário). Lembrar que, no Brasil, durante muito tempo, tivemos problemas de grilagem. 
MODOS DE AQUISIÇÃO DE PROPRIEDADE DO IMÓVEL
Subdividem-se em modos de adquirir peculiares aos imóveis, peculiares aos móveis e comuns aos móveis e imóveis. 
O modo de adquirir peculiar aos imóveis é a transcrição: a alienação de tais bens deve obedecer necessariamente à forma da escritura pública.
Os modos de adquirir peculiares aos móveis são: a ocupação, a especificação, a confusão, a comistão, a adjunção e a tradição. 
São modos comuns de aquisição da propriedade, servindo tanto para os móveis como para os imóveis, a sucessão, a usucapião e, segundo alguns, a acessão.De acordo com o segundo critério, os modos de adquirir classificam-se em originários e derivados.
 São modos originários: a ocupação, a usucapião e a acessão natural. Todos os outros modos de adquirir são derivados. 
Segundo o terceiro critério, classificam-se em modos de adquirir a título singular e a título universal.
Para a aquisição de bens imóveis: a) transcrição; b) acessão; c) usucapião; d) sucessão hereditária.
Transcrição (art. 1245 a 1247 do CC e art. 167 a 259 da LRP, lei n. 6.015/73 ****** LER ESSA LEI PARA PROVA, lei importante para a magistratura).
- Transferência entre vivos da propriedade imobiliária do alienante para o adquirente- registro do título translativo.
Sem transcrição, não se adquire inter vivos a propriedade de bem imóvel. É seu principal modo de aquisição. Não basta o título translativo. Preciso é que seja registrado.
Ex. Quem quer adquirir a título oneroso um bem de raiz serve-se do contrato de compra e venda, instrumentado numa escritura pública, que é apenas o titulus adquirendi, da propriedade da coisa comprada. Para que a transferência se verifique, isto é, para que o comprador se tome o dono da coisa comprada, é preciso que o título de aquisição seja registrado no Oficio de Imóveis.
- Quem é proprietário antes do registro? O vendedor. No entanto verificou-se na causa um defeito tão grave que gerou o cancelamento total do registro. Enquanto não houver cancelamento do título, é considerado proprietário o COMPRADOR, aplica-se a teoria da aparência (dentro da normalidade, a pessoa acreditaria naquilo que está vendo?).
- O registro deve exprimir a verdade, caso contrário, o mesmo deverá ser retificado ou anulado (total ou parcialmente), art. 1247.
*Lembrar que: O Direito brasileiro subordina a aquisição da propriedade dos bens imóveis ao registro. O sistema do registro imobiliário tem como pontos capitais a relatividade da presunção que o teor do registro firma e a sua vinculação deste ao ato jurídico translativo. Registram-se ou averbam-se também os atos constitutivos e extintivos de qualquer direito real sobre imóvel.
PRINCÍPIOS GERAIS DO REGISTRO IMOBILIÁRIO (tutela a propriedade privada e evita fraudes).
Aspecto material da transcrição: obrigatoriedade, fé-pública e retificação (requisitos intrínsecos).
Aspecto formal (requisitos extrínsecos): organização do registro, aos órgãos incumbidos de realizá-lo e às formalidades necessárias à sua realização. P.196 PDF ORLANDO.
Princípio da obrigatoriedade: para a transferência entre vivos. Se leva a registro a propriedade, para dar publicidade, para dar garantia... O cartório de registro de imóveis visa a evitar fraudes.
A necessidade do registro, fazendo-se sentir de modo tão peremptório, determina, assim, sua obrigatoriedade, que a lei estabelece expressamente.
Princípio da fé pública: valor de prova. No Brasil, presunção relativa. O fato de ter um documento, certidão do cartório, gera presunção relativa. 
O direito brasileiro assim o formula: “Presume-se pertencer o direito real à pessoa em cujo nome se inscreveu, ou transcreveu.” A natureza dessa presunção é controvertida, entendendo uns que é absoluta e outros, relativa. Trata-se evidentemente de presunção juris tantum. Quem figura como proprietário nem sempre o é. Se o registro não exprime a verdade, pode ser retificado. Consequentemente, seu valor probante não é absoluto. Incumbe ao prejudicado provar que o registro é falso, pois, até prova em contrário, presume-se verdadeiro.
Princípio da possibilidade de retificação: pode haver devolução da propriedade. Ex. a casa era do avô, hoje pertence aos netos. Houve uma alteração do imóvel, isso deve ser retificado. Isso é muito importante. 
Importa alteração substancial do registro, porque tem por consequência a devolução da propriedade, independentemente do consentimento daquele a quem a retificação prejudica.
Princípio da continuidade: nas transcrições é preciso o registro do título anterior. Os registros ocorrem na ordem cronológica da apresentação dos títulos.
Princípio da legalidade: exame prévio da legalidade do título. (as pessoas que passam no concurso de cartório sabem muito, pois é um concurso muito difícil, e elas tem a responsabilidade sobre aquilo que é registrado no cartório. Além disso há o controle da corregedoria).

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