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PROCESSO CIVIL IV

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19/08/2017
**OBSERVAÇÃO: Slide tutela provisória 
utilizado em sala de aula no semestre passado 
enviado em sistema de tópicos para facilitar o 
estudo e a impressão. 1
TUTELA PROVISÓRIA
Paulo Antonio Brizzi Andreotti
Noções conceituais 
O que são tutelas provisórias?
São tutelas jurisdicionais não definitivas, fundadas em cognição sumária, ou seja, fundadas em 
congnição sumária da causa. 
Vejamos as diferenças: 
Conceito:
Feitas essas considerações, seria possível conceituá-la como a tutela diferenciada, emitida em 
cognição superficial e caráter provisório, que satisfaz antecipadamente ou assegura e protege 
uma ou mais pretensões formuladas, em situação de urgência ou nos casos de evidência. 
(Marcus Vinicius Rios Gonçalves)
Qual a importância da tutela provisória? 
O processo, regido pela tutela padrão, demanda tempo. Porém, esse tempo pode acarretar 
danos irreparáveis ao jurisdicionado merecedor da tutela jurisdicional, a violar a efetividade e a 
razoável duração do processo. 
Portanto, a depender do caso concreto a efetividade do processo exige uma sumarização 
(técnica diferenciada) para evitar danos marginais oriundos da demora do processo. 
Neste casos de situações emergenciais, temos a tutela provisória para equalizar os efeitos do 
tempo, mas sem solucionar de forma definitiva a causa. Com isso, temos a tutela provisória 
como forma de combater os efeitos da repercussão do tempo no processo. 
Espécies: 
Sob o rótulo genérico de tutela provisória, o legislador concentrou duas espécies:
a) Tutela de urgência.
b) Tutela de evidência.
Por seu turno, a tutela de urgência se subdivide em: 
a) Tutela antecipada.
b) Tutela cautelar.
É o que determina o art. 294 do CPC.
Organograma:
Quais as diferenças entre as tutelas de urgência e evidência?
Com relação ao fundamento as tutelas podem ser fundadas na urgência ou na evidência. 
Portanto, elas se diferenciam nas seguintes hipóteses: 
TUTELA DE URGÊNCIA: Haverá urgência quando existirem elementos nos autos que evidenciem 
a probabilidade do direito e o perigo na demora na prestação jurisdicional, nos termos do art. 
300.
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**OBSERVAÇÃO: Slide tutela provisória 
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300.
TUTELA DA EVIÊNCIA: Nesse caso, a dosagem de probabilidade é de tal ordem que dispensa o 
componente perigo na demora. Para caracterizar a situação de evidência do direito há que se 
verificar uma das situações contempladas no art. 311.
Qual a diferença entre uma tutela de urgência antecipada e cautelar?
Precariedade:
Conforme dispõe o art. 296 do CPC “a tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do 
processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada”.
Portanto, a eficácia da tutela provisória é precária, ou seja, não enseja coisa julgada, pois ficam 
sujeitas a alteração a qualquer tempo.
Efetivação e fundamentação: 
O Código de Processo Civil atribuiu ao magistrado um poder geral de cautela para efetivar as 
tutelas provisórias. É o que determina o art. 297 do CPC ao determinar que “O juiz poderá 
determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória”.
Para efetivar a tutela provisória o Código de Processo Civil estabelece um intenso diálogo de 
complementariedade entre a tutela provisória e os dispositivos referentes ao poder do juiz e do 
cumprimento de sentença. Ex: adoção de meios coercitivos e mandamentais. 
Por outro lado, o Código de Processo Civil, ao atribuir o poder geral de cautela, determina que, 
na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela o juiz justificará de modo claro e 
preciso as razões de seu convencimento. 
Qual a competência?
O art. 299 disciplina a competência para a formulação da tutela provisória. 
O artigo destaca que: A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando 
antecedente, ao juízo competente para conhecer do pedido principal.
Portanto, quando requerida em caráter incidental será o mesmo Juiz competente para a “causa”, 
isto é, o juízo perante o qual tramita o processo. Por outro lado, tratando-se de tutela provisória
antecedente, ou seja, aquela em que ainda não há processo em curso o Juiz compete é aquele
para “conhecer do pedido principal” ou melhor dizendo aquele que tem competência para o 
processo. 
Iniciativa: 
O Código de Processo Civil não estabelece regras sobre o tema. Portanto, o CPC/15 perdeu a 
oportunidade de pacificar o tema, pois não há em todo regramento da tutela nenhuma previsão 
legal. 
Porém, a doutrina e a jurisprudência, acreditam que é possível ser concedida a requerimento da 
parte ou de ofício pelo juiz. 
Ocorre que, em razão do regime de responsabilidade objetiva, previsto no art. 302 do CPC 
entendemos ser complexa a concessão de ofício, ou seja, sem requerimento da parte. 
Tutela de urgência
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Qual o objetivo da tutela de urgência?
Como um processo demanda tempo, algumas situações fáticas e jurídicas podem ser
comprometidas caso seja aguardado o final do processo. Com isso, o sistema processual 
viabiliza um instrumento adequado para tentar evitar que isso ocorra, qual seja, a tutela
provisória de urgência. 
Portanto, a tutela de urgência tem por objetivo evitar o perecimento do direito nos casos de 
tutela antecipada ou o resultado útil do processo nos casos de tutela cautelar. 
Quando devo utilizar uma tutela provisória de urgência?
Caso a parte não possa aguardar uma cognição exauriente, em razão de uma situação de 
urgência em conservar determinadas situações fáticas ou jurídicas a parte poderá se valer de 
uma tutela de urgência.
Exemplos: 
Tutela antecipada para realização de uma cirurgia para resguardar o direito a vida. Um arresto 
para resguarda uma execução futura.
Quais os requisitos para a concessão da tutela provisória de urgência?
Pelo Art. 300 do NCPC a concessão da tutela provisória de urgência será concedida quando
houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo. 
Portanto, a concessão da tutela de urgência pressupõe o consagrado fumus bonis iuris e 
periculum in mora, ou seja, fumaça do bom direito e perigo na demora. 
Unificação dos pressupostos: 
Consequentemente, o Código de Processo Civil estabeleceu uma unidade entre as tutelas de 
urgência. Porém, embora os requisitos tenham sido unificados a tutela antecipada e cautelar se 
diferenciam. 
Portanto, conforme destacamos acima, tanto a tutela antecipada como cautelar possuem como 
pressupostos para sua concessão: 
Fumus bonis iuris: trata-se da existência de prova inequívoca que enseja a formação de um juízo 
de probabilidade capaz de convencer o juiz da verossimilhança das alegações. 
Periculum in mora: está consubstanciado no perigo de dano irreparável ou de difícil reparação. 
Portanto, não sendo concedido a tutela poderá ocorrer um lesão incapaz de ser recomposta. 
Momento para requerimento e concessão:
A tutela de urgência pode ser requerida em caráter antecedente ou incidental. O que diferencia 
uma da outra é o momento em que requerida, se antes ou durante o processo. 
Será antecedente a tutela provisória requerida antes do processo, conforme determina os Arts. 
303 e 304, tratando-se de tutela antecipada e 305 a 310 quando for o caso de tutela cautelar. 
Por outro lado será incidente quando requerida ao longo do processo, desde a petição inicial, 
cuja disciplina este menos clara. 
Porfim, a tutela provisória de urgência pode ser concedida liminarmente ou a após audiência de 
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Por fim, a tutela provisória de urgência pode ser concedida liminarmente ou a após audiência de 
justificação prévia. (art. 300, §2º)
Caução:
Conforme o Art. 300, §1º o Juiz poderá, para a concessão da tutela de urgência, conforme o 
caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa 
vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não 
puder oferecê-la.
Fungibilidade:
Como a distinção entre tutela antecipada e cautelar, por vezes, não é nítida o Código de 
Processo Civil permite a aplicação do princípio da fungibilidade. 
Quais medidas podem ser concedidas pelo Magistrado?
O art. 297 do NCPC prevê um poder-dever geral de asseguramento (cautela) e de satisfação
(antecipação), pois o Magistrado poderá adotar as medidas que considerar adequadas para a 
efetivação da tutela provisória.
Conforme o Professor Alexandre Freitas Câmara, a decisão que defere a tutela antecipada será
substancialmente fundamentada (Art. 298), sendo efetivada por meio da adoção de qualquer
medida executiva sub-rogatórias ou coercitiva necessárias para assegurar a sua efetivação (art. 
297) - "qualquer medida que seja adequada". 
TUTELA ANTECIPADA: 
É pleiteada quando a parte deseja a satisfação imediata do direito pleiteado no processo. 
Portanto, constitui instrumento de antecipação provisória da tutela de procedência, concedendo 
a parte o bem da vida que só seria concedido ao final do processo. 
Reversibilidade: 
O Código de Processo Civil determina que “tutela de urgência de natureza antecipada não será 
concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão” Portanto, para 
concessão da tutela antecipada, em regra, é necessário que haja a possibilidade da 
reversibilidade da medida, sob pena de dano inverso. 
CUIDADO: Enunciado 419 do FPPC informa que não é absoluta a regra que proíbe tutela 
provisória com efeitos irreversíveis. É que, em alguns casos o magistrado deve aplicar o princípio 
da ponderação/proporcionalidade. 
Tutela antecipada requerida em caráter antecedente:
O procedimento está disciplinado no Art. 303 e 304 do NCPC. 
Procedimento:
PETIÇÃO INICIAL:
Providências posteriores:
Estabilização das tutelas de urgência requeridas em caráter antecedente.
O art. 304 trata da estabilização da decisão que conceder a tutela antecipada em caráter 
antecedente. Conforme determina o respectivo artigo “a tutela antecipada, concedida nos 
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antecedente. Conforme determina o respectivo artigo “a tutela antecipada, concedida nos 
termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o 
respectivo recurso”.
Importante: A decisão concessiva da tutela de urgência estável não faz coisa julgada (isto é, não 
se torna imutável e indiscutível), como estabelece expressamente o art. 304, § º, o que é 
consequência inexorável do fato de ter sido ela proferida com apoio em cognição sumária e não 
em cognição exauriente (sendo esta essencial para que a decisão judicial alcance a autoridade 
de coisa julgada). (Alexandre Freitas Câmara)
Seus efeitos, porém, se tornam estáveis e só podem ser afastados por decisão judicial que a 
desconstitua, proferida em demanda proposta por alguma das partes em face da outra (art. 304, 
§ 3º e § 6º, in fine)
Uma vez estabilizada a tutela satisfativa de urgência, então, será possível a qualquer das partes 
ajuizar, em face da outra, demanda com o fim de obter a revisão, reforma ou invalidação da 
decisão concessiva da tutela antecipada estável (art. 304, §2º), porém o direito de rever, reformar 
ou invalidar a tutela antecipada, previsto no §2º deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, 
contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do §1º.
TUTELA CAUTELAR
A tutela cautelar foi modificada profundamente no CPC/2015. É que, houve abolição de todo 
regramento referente ao processo cautelar, isso porque, a tutela cautelar passou a ser veiculada 
em processo único (sincretismo processual). 
Chama-se tutela cautelar à tutela de urgência do processo, isto é, à tutela provisória urgente 
destinada a assegurar o futuro resultado útil do processo, nos casos em que uma situação de 
perigo ponha em risco sua efetividade. (Alexandre Freitas Câmara)
Tutela cautelar requerida em caráter antecedente:
O procedimento está previsto nos Arts. 305 a 310 do NCPC. 
Procedimento:
Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente 
indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o 
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no 
prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o 
pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais.
TUTELA DA EVIDÊNCIA: 
Há casos em que a medida se justifica não como meio de afastar um risco, mas para alterar os 
ônus que normalmente são carreados ao autor do processo e que decorrem da demora na sua 
conclusão. 
Em regra, é o autor que suporta esses efeitos em detrimento de uma situação que está 
evidenciado o seu direito. Portanto, o réu acaba se beneficiando com a demora do processo. 
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Neste casos, o juiz poderá conceder a tutela de evidência, isso porque, a tutela de evidencia 
permite que o juiz antecipe uma medida satisfativa, transferindo para o réu o ônus da demora 
do processo, independentemente de periculum in mora. 
Requisitos: 
Para concessão da tutela da evidência, a único requisito a ser considerado é a probabilidade do 
direito. Essa probabilidade está prevista nos incisos do art. 311 do CPC. 
Portanto, dispensa a existência de risco de dano e destaca como elemento principal a existência 
de alta carga probatória apta a evidenciar o direito material afirmado
Hipóteses de cabimento: 
Estão previstas no art. 311 do CPC. Todas elas constituem hipóteses de antecipação provisória 
da procedência da ação e forma um rol taxativo (exaustivo ou numero clausus). 
Essas hipóteses de evidência, estão alicerçados em dois fundamentos: 
a) Defesa inconsistente e frágil (defesa inconsistente)
b) Abuso do direito de defesa e manifesto intento protelatório. 
Art. 311 do CPC
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da 
parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de 
depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob 
cominação de multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do 
direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dosincisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.
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