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Michael Batlouni tem como ideia principal do seu artigo trazer a tona os evidentes danos colaterais causados pelo uso dos (AINEs) anti-inflamatórios não esteroides, classe de medicamento que apresenta uma elevada taxa de prescrição medica. A pesar da ainda ser incompleta as evidencias sobre o aumento do risco cardiovascular com o uso de AINEs, pela ausência de ensaios randomizados e controlados com poder para avaliar desfechos cardiovasculares relevantes. Os resultados obtidos com os estudos clínicos prospectivos e de meta-analise indicam que inibidores seletivos da COX-2 exercem importantes efeitos cardiovasculares adversos, que incluem aumento do risco de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, insuficiência renal e hipertensão arterial. Do ponto de vista acadêmico não poderia descartar esse artigo como fonte de conhecimento sobre os efeitos inibidores da COX através do uso de AINEs, e seus possíveis danos colaterais. Contudo apesar das evidencias apresentadas pelo autor sobre o aumento do risco cardiovascular ainda ser incompleta, ele consegue enfatizar de forma clara o seu conhecimento e ponto de vista. Na farmacologia citada pelo autor o que mim chamou a atenção foi a relação descrita pelo mesmo sobre as variáveis inibições causadas pelos AINEs tanto na COX-1 quanto na COX-2. Onde é possível perceber e conhecer as diferentes formas de ação e efeito desses AINEs em cada COX. Já em relação aos efeitos cardiovasculares, o autor traz informações sobre a introdução dos inibidores seletivos da COX-2, designados COXIBEs, com o objetivo de minimizar a toxicidade gastrointestinal dos ANIEs não seletivos. Apesar de o autor trazer essas informações de forma breve é possível percebe a importância dessa introdução. Faltou apenas ela apresentar informações sobre os efeitos cardiovasculares graves causados pelos COXIBEs devido a inibição de PGI2. Nos eventos cardiovasculares, me chamou a atenção a comparação feita pelo autor com o etericoxibe um agente altamente seletivo para inibição da COX-2, com um AINE tradicional, o diclofenaco. Onde não houve diferença em relação aos eventos cardiovasculares trombóticos. Percebe-se que o aumento do risco cardiovascular parece esta ligada ao efeito de inibição da COX-2 a menos que diminua constantemente a inibição efetiva da COX-1 plaquetária. Quando se trata dos efeitos dos AINEs no sistema renal o que mim chamou a atenção foi a forma com que o autor tem uma abordagem meio que questionaria onde estabelece um “conflito” entre os prós e contra em função do uso dessa classe medicamentosa Em relação ao uso dos AINEs pelos pacientes portadores de doenças crônicas, como hipertensão arterial, o autor expõe de forma bastante clara a contraindicação dessa classe medicamentosa para esses pacientes, por elevar a pressão arterial. Já que essa classe medicamentos dos ANIEs interferem nos efeitos anti-hipertensivo das diversas classes desses agentes, principalmente nas que envolve ação na síntese das prostaglandinas vasodilatadoras, como diuréticos, inibidores da enzima de conversão da angiotensina e betabloqueadores. Se tratando dos eventos cerebrovasculares o autor apresenta duas meta-análise uma de Kearney e cols e Haag e cols, onde se conclui que, na população geral, o risco de AVC foi maior com o uso corrente de AINEs seletivos, porem não limitado a estes, pois ocorre também com os AINEs não seletivos. ARIANE SANTOS DA CONCEIÇÃO RESENHA CRITICA SOBRE O ARTIGO ANTI-INFLAMATÓRIO NÃO ESTEROIDE: EFEITOS CARDIOVASCULARES, CÉREBROVASCULARES E RENAIS. Salvador 2016 ARIANE SANTOS DA CONCEICAO RESENHA CRITICA SOBRE O ARTIGO ANTI-INFLAMATÓRIO NÃO ESTEROIDE: EFEITOS CARDIOVASCULARES, CÉREBROVASCULARES E RENAIS. Trabalho elaborado para a disciplina de farmacodinâmica I do curso de farmácia do Centro Universitário Estácio Fib. Docente: Fabio Sanches Salvador 2016 Referências Batlouni, Michel: Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP – Brasil. Arq. Bras. Cardiol. vol.94 no.4 São Paulo Apr. 2010
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