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LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA
PROFESSORA CLAUDIA ABBASS
E-MAIL claudia.abbass@terra.com.br
DIREITO DO TRABALHO
Conceito :
 Direito do Trabalho é o conjunto de princípios, regras e instituições atinentes à relação de trabalho subordinado e situações análogas, visando assegurar melhores condições de trabalho e sociais ao trabalhador, de acordo com as medidas de proteção que lhe são destinadas.
DIVISÃO
DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO
DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
AUTONOMIA DO DIREITO DO TRABALHO :
Autonomia Legislativa
Autonomia doutrinária
No que diz respeito ao desenvolvimento didático, todas as faculdades de Direito possuem a matéria Direito do Trabalho. Os exames das OAB exigem conhecimentos de Direito do Trabalho para habilitar o bacharel de Direito a atuar como advogado.
Autonomia Jurisdicional - Têm-se pelos julgamentos de pleitos administrativos pertencentes ao Poder Executivo e a partir da CLT. Em 1946 a CF consagrou a autonomia jurisdicional da Justiça do Trabalho que passa a fazer parte integrante do Poder Judiciário, com um ramo especializado que aplica a matéria.
Autonomia Científica - O Direito do Trabalho possui Princípios Próprios, como o da proteção ao trabalhador, norma mais favorável, irrenunciabilidade de direitos, sendo completamente distintos do Direito Civil.
RELAÇÕES DO DIREITO DO TRABALHO COM OS DEMAIS RAMOS DO DIREITO :
DIREITO CONSTITUCIONAL
DIREITO CIVIL 
DIREITO TRIBUTÁRIO
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
DIREITO PENAL
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
DIREITO EMPRESARIAL 
DIREITO INTERNACIONAL
FONTES DO DIREITO DO TRABALHO 
CONCEITO: SIGNIFICA O MANANCIAL, O INÍCIO, O PRINCÍPIO DO QUAL SURGE O DIREITO. EM OUTRAS PALAVRAS, FONTE SERIA A EXPRESSÃO UTILIZADA PARA DESIGNAR A ORIGEM DAS NORMAS JURÍDICAS..
 
DIVIDEM-SE EM :
 
 FONTES MATERIAIS – SÃO OS FATORES REAIS QUE IRÃO INFLUENCIAR NA CRIAÇÃO DA NORMA JURÍDICA, ISTO É, SOCIAIS, PSICOLÓGICOS, ECONÔMICOS, HISTÓRICOS...Ex: GREVES DOS TRABALHADORES PARA REIVINDICAÇÃO DE MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO
 
FONTES FORMAIS – É A NORMA CONSTRUÍDA. DIVIDEM-SE EM : HETERÔNOMAS: SÃO AS FONTES DERIVADAS DA VONTADE DO ESTADO. EX: CLT, DECRETOS. E AUTÔNOMAS: SÃO AS FONTES PROVENIENTES DA VONTADE DOS PRÓPRIOS AGENTES SOCIAIS, OU SEJA DOS DESTINATÁRIOS.
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FONTES FORMAIS AUTÔNOMAS
a) acordos coletivos do trabalho – são ajustes sobre condições de trabalho celebrados entre a empresa ou grupo de empresas e determinado sindicato de categoria profissional; SINDICATO-EMPRESA
b) convenções coletivas – acordo de caráter normativo sobre condições de trabalho celebrado entre sindicatos (obreiro e patronal), quer dizer entre os sindicatos de empregados e empregadores. SINDICATO-SINDICATO
c) São fontes formais autônomas, também os regulamentos internos das empresas e os costumes.
FONTES FORMAIS HETERÔNOMAS
Constituição Federal 
leis – que são normas emanadas do Poder Legislativo para regular condutas e impor sanções. Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) – principal diploma legal na esfera laboral, dita as regras das relações e do processo trabalhista;
decretos executivos – norma regulamentadoras de lei expedidos pelo Presidente da República; 
Portarias – editadas pelo Ministério do Trabalho, expedindo instruções práticas sobre aplicação de determinado direito (resoluções, instruções normativas e normas de serviço); 
sentenças normativas – é a decisão proferida pelo judiciário trabalhista em um dissídio coletivo (resultado da divergência entre empregadores e empregados)
tratados internacionais – são as convenções e recomendações da OIT;
contrato de trabalho- estipulam direitos e deveres do empregado e do empregador. (ARTIGO 442, CLT)
FONTES SUPLETIVAS
Deverão ser aplicadas na ausência de normas legais. 
Fundamentos legais: 
 CLT – art. 8º, parágrafo único 
 CPC – art. 126 
 LINDB – art. 4º 
FONTES SUPLETIVAS
Art. 8º (CLT) – As autoridades administrativas e a Justiça do trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. 
Parágrafo único – O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste. 
FONTES SUPLETIVAS
Jurisprudência: traduz a reiterada interpretação conferida pelos tribunais às normas jurídicas, a partir dos casos concretos colocados a seu exame jurisdicional. É o conjunto de reiteradas decisões dos tribunais sobre certa matéria. 
Analogia: é a aplicação de uma lei existente para uma determinada hipótese, a um caso semelhante. 
FONTES SUPLETIVAS
Princípios Gerais de Direito: alicerces de um ordenamento jurídico. 
Equidade: forma de integração da norma jurídica a um caso específico, em que são observados os critérios de justiça e igualdade. É a adequação da norma a um caso concreto. É um critério de aplicação das leis, o qual permite adaptá-las a cada caso particular. 
Direito comparado: é um estudo comparado entre os diversos sistemas jurídicos para a interpretação de determinada norma; é a harmonização do direito de um país a outro país.
NATUREZA DO DIREITO DO TRABALHO
Existem várias teorias, todavia a mais aceita sustenta que o direito do trabalho pertence ao ramo do direito privado, pois tem como objetivo regulamentar as relações individuais de trabalho e o contrato de trabalho, tendo como sujeito dois particulares. 
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 A EFICÁCIA DA LEI TRABALHISTA NO ESPAÇO!
LEI TRABALHISTA É APLICÁVEL NO BRASIL PARA ESTRANGEIROS E NACIONAIS.
§2º ART. 651 DA CLT – COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO BRASILEIRA PARA JULGAR AÇÃO OCORRIDA EM EMPRESA QUE POSSUA AGÊNCIA OU FILIAR NO ESTRANGEIRO, DESDE QUE O EMPREGADO SEJA BRASILEIRO E INEXISTA CONVENÇÃO INTERNACIONAL NESSE SENTIDO.
 
CANCELAMENTO DA SUMULA 207, TST !!!!! (SETEMBRO/ 2012) 
 
 
SUMULA 207 DO TST ESTABELECIA QUE A RELAÇÃO JURÍDICA TRABALHISTA SERIA REGIDA PELAS LEIS VIGENTES NO PAÍS DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO E NÃO POR AQUELAS DO LOCAL DA CONTRATAÇÃO. ESSA É A ORIENTAÇÃO GERAL COM. EXCEÇÃO DA LEI 7064/82 (PREVÊ A APLICAÇÃO DA LEI BRASILEIRA NO EXTERIOR DESDE QUE CONTRATADO NO BRASIL PARA TRABALHAR EM EMPRESA DE ENGENHARIA NO EXTERIOR.)
HIERARQUIA DAS NORMAS TRABALHISTAS
Entre as diversas fontes enumeradas há uma hierarquia que visa configurar um sistema harmônico e coerente (sem contradições ou choques no arcabouço jurídico pátrio), impondo que a norma inferior tenha seu fundamento de validade inspirado na regra superior. 
HIERARQUIA DAS NORMAS TRABALHISTAS
CF
EC
________________
L. COMPLEMENTAR 
E L. ORDINÁRIA 
__________________
DECRETOS
_______________________
SENTENÇA NORMATIVAS
_______________________
CONVENÇÃO NORMATIVA E ACORDOS COLETIVOS
____________________________
COSTUMES
HIERARQUIA DAS NORMAS TRABALHISTAS
Assim, no vértice da pirâmide (inspirada por Kelsen) temos a Constituição Federal, a partir da qual as demais fontes, em grau decrescente, vão se escalonando. 
Sentença normativa é uma decisão proferida pelos Tribunais Regionais do Trabalho (TRT) ou pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) no julgamento dos dissídios coletivos. 
A sentença arbitral, por sua vez, consiste no comando privado emitido em virtude da investidura conferida ao árbitro pelas partes, relativamente à demanda entre elas. 
CF e EC 
Lei Complementar e Lei Ordinária 
Decretos 
Sentenças Normativas e Sentenças Arbitrais 
Convenção Coletiva e Acordo Coletivo 
Costumes 
OBS! A pirâmide normativa trabalhista é estabelecida de modo flexível e variável, distinta da pirâmide hierárquica adotada pelo Direito Comum (rígida e inflexível), porque naquela as normas jurídicas mais favoráveis ao trabalhador estão no vértice da pirâmide, sendo
que deve-se sempre respeitar certos limites oriundos das normas proibitivas e imperativas do Estado.

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