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GESTÃO DA CLÍNICA Profº Charles Amiti COMO SE FAZ ? O QUE É ? PARA ENTENDER: A GESTÃO DA CLÍNICA PORQUE E PARA QUE SERVE ? CENÁRIO DA SAÚDE NO BRASIL CENÁRIO Crescente especialização da assistência médica Crescente incorporação tecnológica e custos Modelo Hospitalocêntrico CENÁRIO Modelo Médicocentrado Informações e Registros Deficientes Pouca profissionalização da gestão em saúde Assistência fragmentada AS MANIFESTAÇÕES OBJETIVAS DA FRAGMENTAÇÃO NO SUS • A dificuldade de desenvolvimento de vínculo; • Comunicação deficiente entre os diferentes pontos de atenção à saúde; • A longa espera e as filas em serviços hospitalares, de atenção médica especializada e de apoio diagnóstico e terapêutico; • A fragilidade dos sistemas logísticos integradores: centrais de agendamento e sistema de transporte sanitário. AS MANIFESTAÇÕES OBJETIVAS DA FRAGMENTAÇÃO NO SUS A ANÁLISE DE SITUAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO SUS Ênfase no modelo de Atenção à Saúde voltado para as condições agudas. A fragilidade das funções resolutiva e coordenadora da Atenção Primária à Saúde. A ausência de diretrizes clínicas. As deficiências quantitativas e qualitativas dos recursos humanos. O sistema de Educação Continuada Fragmentado. FONTE: MENDES (2002) A ANÁLISE DE SITUAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO SUS A infra-estrutura física inadequada das unidades básicas saúde. As deficiências do trabalho. FONTE: MENDES (2002) A ANÁLISE DE SITUAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO SUS A GESTÃO DA CLÍNICA: MUDANÇA NO MODELO DE GESTÃO A GESTÃO DA CLÍNICA Tem como objetivo assegurar padrões clínicos ótimos e, consequentemente, melhorar a qualidade das práticas clínicas. (Department of Health, 1998) A GESTÃO DA CLÍNICA É o conjunto de instrumentos tecnológicos que permite integrar os diversos pontos de atenção à saúde para conformar uma rede de atenção à saúde, capaz de prestar a atenção no lugar certo, no tempo certo, com o custo certo e a qualidade certa. (Mendes, 2002) A GESTÃO DA CLÍNICA Os instrumentos tecnológicos: Gestão de patologia (Gestão da condição de saúde) Gestão de casos Auditoria clínica Diretrizes Clínicas Diretrizes clínicas São instrumentos de normalização do padrão do cuidado em saúde. Propósito: orientar os profissionais de saúde quanto às intervenções clínicas, pautadas em evidência científica. Busca: alcançar melhoria do atendimento. (EDDY, 1990) Diretrizes clínicas Funções primordiais: Gerencial Educacional Comunicacional (MENDES, 2002) Diretrizes clínicas Funções gerencial: Controlar a variabilidade clínica nos serviços de saúde; Instrumentalizar os profissionais na tomada de decisões; Homogeneizar as condutas clínicas. (MENDES, 2002) Diretrizes clínicas Funções educacional: Instrumentos de normalização: devem ser transformados em produtos de educação para profissionais e usuários. (MENDES, 2002) Diretrizes clínicas Funções comunicacional: Contribuir para mudar o comportamento dos profissionais e dos usuários em relação à doença ou condição, alterando os indicadores de saúde. (MENDES, 2002) Diretrizes clínicas Dois instrumentos: Linhas-guia. Protocolos clínicos. (MENDES, 2002) Linhas-guia Normalizam todo o processo de atenção, em todos os pontos de atenção, considerando-se a APS como coordenadora. (MENDES, 2002) Normalizam todo o processo de atenção à saúde,em todos os pontos de atenção. Linhas-guia Linhas-guia Protocolos clínicos Normalizam o padrão de atendimento à determinada patologia ou condição, identificando as ações de prevenção, diagnóstico, cura/cuidado ou reabilitação em um ponto de atenção específico. (MENDES, 2002) Protocolos clínicos Objetivo de prestar a atenção à saúde adequada em relação a partes do processo da condição/patologia e em um ponto de atenção à saúde específico. Protocolos clínicos e linhas-guia Exemplo: Normalização da atenção ao pré-natal, ao parto e ao puerpério, em todos os pontos de atenção à saúde: linha-guia Detalhamento do diagnóstico e tratamento da DHEG, uma parte de todo o processo: protocolo clínico. Linhas-guia Protocolos clínicos e linhas-guia Linha-guia: desenvolvida por grau de risco, envolve a estratificação de risco. Ex: uma linha-guia não normaliza ações para gestante em geral, mas procura estratificar essa condição em grupos de risco que implicam em manejos clínicos diferentes. Protocolos clínicos e linhas-guia Protocolos clínicos: normalizam parte do processo da condição ou patologia, num único ponto de atenção do sistema integrado de serviços de saúde. Ex: protocolo pode ser desenvolvido para o uso de determinado medicamento para uma população com uma dada condição. Diretrizes clínicas Assim, pode-se dizer que as diretrizes clínicas devem orientar as equipes de saúde quanto ao planejamento local, fornecendo indicadores, parâmetros e elementos para a construção de um sistema de informação gerencial, permitindo o monitoramento e avaliação das ações. (MENDES, 2002) DIRETRIZ CLÍNICA MUDANÇA DE COMPORTAMENTO DOS PROFISSIONAIS MUDANÇA DE COMPORTAMENTO DOS USUÁRIOS MELHORIA GERENCIAL EDUCAÇÃO PERMANENTE EDUCAÇÃO EM SAÚDE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL INSTRUMENTOS GERENCIAIS: PRONTUÁRIO CLÍNICO, AUDITORIA CLÍNICA, SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL CONTRATUALIZAÇÃO DAS EQUIPES FONTE: MENDES (2004) A IMPLANTAÇÃO DAS LINHAS-GUIA A GESTÃO DE PATOLOGIAS (Gestão da condição de saúde) O CONCEITO DE GESTÃO DE PATOLOGIA Consiste no desenvolvimento de um conjunto de intervenções educacionais e gerenciais, relativas a determinada condição ou patologia, definidas pelas diretrizes clínicas, com o objetivo de melhorar a qualidade da atenção à saúde e a eficiência dos serviços. FONTE: TODD & NASH (1997); COUCH (1998); MENDES (NO PRELO) O CONCEITO DE GESTÃO DE PATOLOGIA Envolve intervenções na promoção da saúde, na prevenção da condição ou doença e, no seu tratamento e reabilitação. Engloba o conjunto de pontos de atenção à saúde de uma rede assistencial. O CONCEITO DE GESTÃO DE PATOLOGIA É uma mudança radical na abordagem clínica. O CONCEITO DE GESTÃO DE PATOLOGIA Supera o modelo médico individual a um doente, ações curativas e reabilitadoras. Uma abordagem pautada numa população adscrita, identificando pessoas em risco de adoecer ou adoecidas . O CONCEITO DE GESTÃO DE PATOLOGIA Ênfase: na promoção da saúde e/ou ação preventiva, ou a atenção adequada, com intervenção precoce objetivando melhores resultados e menores custos. O CONCEITO DE GESTÃO DE PATOLOGIA Indicada: para o manejo das condições crônicas que demandam atenção por longo tempo e em diferentes pontos de atenção à saúde. GESTÃO DE CASOS CONCEITO DE GESTÃO DE CASOS É um processo que se desenvolve entre o gestor de caso e o usuário do serviço de saúde para planejar, monitorar e avaliar opções e serviços, de acordo com as necessidades da pessoa, com o objetivo de propiciar uma atenção de qualidade, personalizada e humanizada. CONCEITO DE GESTÃO DE CASOS Essência? Relação próxima e personalizada entre o gestor de caso e um usuário do serviço de saúde. GESTÃO DE CASOS Objetivos: Advogar as necessidades e expectativas de usuários em situação especial; Prover o serviço certo ao usuário certo; Aumentar a qualidadedo cuidado; Diminuir a fragmentação da atenção. GESTÃO DE CASOS Permite Identificar as pessoas com maior risco, acompanhar e controlar o curso da doença. Assim, é possível minimizar o custo da doença, melhorar a qualidade e autonomia de vida. GESTÃO DE CASOS Gestor de caso Pode ser um enfermeiro ou assistente social. Em alguns casos: grupo de profissionais. GESTÃO DE CASOS Um bom gestor de caso Fundamental: conhecer a natureza dos serviços oferecidos em toda a rede assistencial, ser bom negociador e hábil na comunicação. GESTÃO DE CASOS Gestor de caso Responsabiliza-se por uma pessoa em toda a duração da condição/doença e analisar a necessidade da atenção e a propriedade dos serviços ofertados e recebidos. Assim... GESTÃO DE CASOS Gestor de caso Deve coordenar a atenção, utilizando-se dos serviços que compõem o sistema e observar o plano terapêutico. PRONTUÁRIO CLÍNICO Ministério da Saúde “Prontuário é todo acervo documental padronizado, organizado e conciso referente ao registro dos cuidados prestados ao paciente e também os documentos relacionados a essa assistência”. PRONTUÁRIO CLÍNICO Prontuário Eletrônico Concentra as distintas interações do paciente com o sistema da saúde, de forma estruturada. AUDITORIA NA CLÍNICA Analisa, de forma sistemática e crítica, a qualidade da atenção à saúde, avaliando diagnóstico e tratamento, uso dos recursos e os resultados para os paciente. Assim... Onde estamos ? VOLTADO PARA INDIVÍDUOS Onde pretendemos chegar ? VOLTADO PARA UMA POPULAÇÃO FONTE: FERNANDEZ (2003) MENDES (2007) A GESTÃO DOS SISTEMAS DE SERVIÇOS DE SAÚDE NO INÍCIO DO SÉCULO XXI Onde estamos ? O SUJEITO É O PACIENTE Onde pretendemos chegar ? O SUJEITO É AGENTE DE SUA SAÚDE FONTE: FERNANDEZ (2003) MENDES (2007) A GESTÃO DOS SISTEMAS DE SERVIÇOS DE SAÚDE NO INÍCIO DO SÉCULO XXI Onde estamos ? REATIVO Onde pretendemos chegar ? PROATIVO FONTE: FERNANDEZ (2003) MENDES (2007) A GESTÃO DOS SISTEMAS DE SERVIÇOS DE SAÚDE NO INÍCIO DO SÉCULO XXI Onde estamos ? ÊNFASE NAS AÇÕES CURATIVAS Onde pretendemos chegar ? ATENÇÃO INTEGRAL FONTE: FERNANDEZ (2003) MENDES (2007) A GESTÃO DOS SISTEMAS DE SERVIÇOS DE SAÚDE NO INÍCIO DO SÉCULO XXI Onde estamos ? CUIDADO PROFISSIONAL Onde pretendemos chegar ? CUIDADO MULTIPROFISSIONAL FONTE: FERNANDEZ (2003) MENDES (2007) A GESTÃO DOS SISTEMAS DE SERVIÇOS DE SAÚDE NO INÍCIO DO SÉCULO XXI A GESTÃO DOS SISTEMAS DE SERVIÇOS DE SAÚDE NO INÍCIO DO SÉCULO XXI Assim, as transformações são necessárias para que ocorra melhoria da qualidade da atenção à saúde.
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