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Endoparasitas - Parasitologia veterinária

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Protozoologia Veterinária : ( Ícaro Kayyan )
Eimeria 
Isospora
Cystoisospora
Toxoplasma 
Neospora
Cryptosporidium
Giardia
Sarcocystis 
Babesia
Leishmania
Trypanosoma 
Gênero: Eimeria 
Oocisto 1 - Esporocisto 4 - Esporozoíto 2 (forma infectante).
No ambiente são capazes de sobreviver até 1 ano, se em boas condições para tal.
Ciclo: O animal ingere o oocisto, passa pelo trato digestório até o estômago, as enzimas e ácidos estomacais não digerem totalmente a parede do oocisto. No intestino delgado completa o rompimento do oocisto e esporocistos, liberando para cada oocisto, quatro esporozoítos, que penetram ativamente nas células por meio de enzimas do seu complexo apical, dentro da célula para se proteger do sistema imunológico e se multiplicar, forma-se o vacúolo parasitófago, o parasito se arredonda e começa a esquizogonia (rep. assexuada), cada conjunto se chama meronte, cada zoíta (parasito) é chamado de merozoíta. Após a multiplicação, a célula se rompe e os merozoítas vão colonizar novas células. A depender da espécie, acontecem de I à IV merogonias. Logo depois diferenciam-se os merozoítas em sexo feminino e masculino, sendo macrogametócitos e microgametócitos respectivamente. O microgametócito fecunda o macrogametócito, formando um zigoto, que é o oocisto não esporulado que rompe a célula e é liberado no ambiente pelas fezes, no ambiente sofre o processo de esporogonia (esporulação). 
Importância Veterinária e na SP: Na medicina veterinária a principal importância é a econômica, já que acomete animais com valor zootécnico importante, uma vez que o parasita é intracelular e rompe as células após a sua reprodução, pode causar desde diarréias, perda de peso e até óbito. 
Parasita - Hospedeiro: Bovinos (E. bovis), ovinos (E. ovinoidalis), Caprinos (E. christenservi). Suínos (E. deblieki), aves (E. acervulina) e Equinos (E. leuckarti).
Gênero: Isospora 
Oocisto 1 - Esporocisto 2 - Esporozoíto 4 (forma infectante).
Acomete suínos e aves selvagens.
Ciclo: Idem a Eimeria.
 
Gênero: Cystoisospora 
Oocisto 1 - Esporocisto 2 - Esporozoíto 4 (forma infectante).
Acomete cães, gatos e humanos.
É um protozoário de ciclo heteroxeno facultativo.
Ciclo: Idem Eimeria e Isospora.
Importância na Veterinária e SP: Pode acometer humanos, por transmissão oral-fecal, é de atribuição do médico veterinário intervir no combate a doenças veiculadas por alimentos e água, no humano pode causar diarréias, e a depender da imunocompetência do indivíduo e quantidade de parasitos, pode levar a problemas mais graves, como perda de peso, desidratação e óbito. Assim também é nos animais domésticos (cão e gato).
 
Parasita - Hospedeiro: Cão (C. canis), gatos (C. felis) e homem (C. belli).
Gênero: Toxoplasma
Oocisto - esporozoíto (forma infectante) - taquizoíto (forma aguda) - bradizoíto (forma crônica).
Problemas mais comuns são neurológicos, oftalmológicos e no feto, graças ao tropismo do parasito por esses tecidos.
Capaz de parasitar qualquer mamífero ou ave. 
Oral - fecal (oocisto), carnivorismo (cisto) e transplacentária (taquizoíto). 
Ciclo: Oocistos são ingeridos, há a liberação dos esporozoítos, que se direcionam para a circulação, se transformando em taquizoíto de rápida multiplicação e destruição celular (neste caso, qualquer célula nucleada), forma dentro da célula um vacúolo parasitófago para se proteger do sistema imunológico, imunodepressão potencializa a destruição celular e multiplicação dos taquizoítos. Quando o sistema imunológico reconhece a infestação e tenta destruí-la, o parasito se desvia passando a ser bradizoíto, de multiplicação lenta e imunogenicidade reduzida, nesse estado dentro das células os parasitos formam cistos com inúmeros bradizoítos dentro, aguardando uma imunodeprimência para se multiplicar com maior rapidez. Pode ocorrer também infecção por ingestão desses cistos na carne, no caso do gato, que pode ser cenário para os dois ciclos e há também a transmissão transplacentária, quando o taquizoíto (fase aguda) migra para o tecido placentário. 
Importância Veterinária e SP: É uma zoonose que pode ser fatal em indivíduos imunodeprimidos e causar graves problemas a gravidez, quando na forma aguda. É na maioria dos casos assintomática, exceto em indivíduos imunodeprimidos, sob corticoterapia, quimioterapia e gravidez, no feto, caso não ocorra aborto pode causar toxoplasmose congênita, lesões no sistema nervoso e nos olhos. 
Gênero: Neospora 
Ciclo intestinal e extraintestinal.
Afeta ruminantes e equinos principalmente.
Principal causa de aborto em ruminantes nos países de primeiro mundo, principalmente bovinos.
Mesmo estando na fase crônica, pode ou não causar aborto, se não causar, o animal nasce infectado.
Ciclo: Idem a Toxoplasma
Gênero: Cryptosporidium 
Oocisto 1 - Esporozoítos 4.
Ciclo monoxênico, são transmitidos via oral-fecal por alimento e água.
Já saem esporulados nas fezes.
Parasita extracitoplasmático.
Oral-fecal, sexual, auto-infecção e pessoa-pessoa. 
Zoonose, acomete vertebrados e causa doenças gastrointestinais.
Ciclo: Após a ingestão do oocisto, os esporozoítos são liberados no trato intestinal, onde são encapsulados pela membrana plasmática das células do intestino, onde formam o seu vacúolo parasitófago, dando origem ao meronte I, os merozoítas então começam a sua reprodução assexuada ou esquizogonia, se multiplicam, rompem a célula e colonizam novas outras células, formando o meronte II, onde realizam a gametogonia ou reprodução sexuada, mirogametócito fecunda macrogametócito, formam o zigoto, que é o oocisto, sendo estes de duas morfologias externas, um de parede mais delgada e outro de parede mais espessa, sendo que o de parede mais delgada se rompe no próprio organismo e provoca reinfecção, os de parede mais espessa são liberados no ambiente por meio das fezes. 
Importância Veterinária e SP: É uma zoonose, no caso de indivíduos imunocompetentes o organismo consegue debelar a infecção, já no caso de imunossuprimidos, a reinfecção pode causar graves problemas desde diarréias crônicas, perda ponderal, emaciação e problemas no trato biliar. 
Parasita - hospedeiro: Qualquer vertebrado, principalmente humanos (C. parvum,C. hominis) cães (C. canis) e gatos (C. felis). Sendo que as espécies de C. de cães e gatos também podem parasitar os seres humanos.
Gênero: Giardia 
Doença negligenciada, zoonose, acomete trato gastrointestinal de qualquer vertebrado.
Cisto - Trofozoíto 
Oral-fecal e sexual.
Ciclo: Ingestão de cistos por alimento e água contaminada, no trato intestinal são liberados os trofozoítos, que se multiplicam por divisão binária ou fissão binária, a grande quantidade de trofozoítos no lúmen do intestino formam um entapetamento, já nessa fase os zoítos competem por nutrientes no organismo, se encistam na porção final do intestino, onde liberam novos cistos no ambiente, através das fezes. 
Importância Veterinária e SP: As toxinas liberadas pela Giardia são capazes de destruir as vilosidades das células intestinais, o que pode causar desde diarréias (fase aguda), até problemas de desnutrição por falta de absorção de nutrientes e até a morte.
Parasita - hospedeiro: Qualquer vertebrado (G. lamblia) 
Gênero: Sarcocystis 
Transmitida pela ingestão de cistos na carne (carnivorismo).
Oocisto 1 - Esporocistos 2 - Esporozoítas 4.
Tropismo pelo SNC, causador da mieloencefalite protozoária equina.
Ciclo: Gametogonia - HD - A ingestão de cistos teciduais contendo bradizoítos, pelo hospedeiro definitivo, o cisto está localizado na fibra muscular do hospedeiro intermediário. Logo que os bradizoítos saem dos cistos, já entram nas células formando micro e macrogametócitos, microgametas fecundam macrogametas e formam o zigoto, logo em seguida oocisto com dois esporocistos e 4 esporozoítas em cada esporocisto, no próprio intestino o oocisto de parede delgada é rompido, o que sai nas fezes é o esporocisto, eventualmente pode sair oocistos.
Merogonia -HI - Ingestão dos esporocistos pelo hospedeiro intermediário, logo em seguida os esporocistos se rompem no intestino, os esporozoítos ganham a circulação e realizam merogonia I no endotélio dos vasos sanguíneos, depois fazem merogonia II, após isso vão via circulatória, até chegar nas fibras musculares, onde se transformam em bradizoítos e formam os cistos teciduais. 
Parasita - hospedeiro: HD - Carnívoros ou onívoros
HI - Vários animais 
S. cruzii - HD cão / HI bovino
S. suihominis - HD homem / HI suíno
S muschiriana - HD cães / HI suínos
S. neuroma - HD marsupiais / HI gatos e guaxinins / HA - equinos 
Gênero: Babesia
Protozoário mais importante do sangue.
Transmitido por carrapatos.
Hospedeiro vertebrado e invertebrado.
Ciclo do carrapato: Quando o carrapato só tem um hospedeiro: a fêmea coloca os ovos no chão, sai a larva que se fixa no animal, eles são atraídos pelo CO2 eliminado pela respiração. Então evoluem de larva, ninfa e adulto no mesmo animal, se fêmea vai ao chão e fecha o ciclo na ovipostura, em mais ou menos 21 dias. Transmissão transovariana.
Quando o carrapato tem três hospedeiros: A larva se fixa no animal, em 1 semana se transforma em ninfa, desde ao chão e se fixa em outro animal, 1 semana depois ele se transforma em fêmea adulta, desde ao chão, se fixa em outro animal e se alimenta neste até descer e fazer a ovipostura. Transmissão transestadial.
Ciclo da Babesia: Sempre que um invertebrado suga ou se fixa em um vertebrado ele injeta saliva com substâncias anticoagulantes, vasodilatadoras, anti inflamatórias, imunossupressoras e etc… O esporozoíto da Babesia se localiza na glândula salivar e é injetado na corrente sanguínea diretamente. O esporozoíto depois que penetra na hemácia, se arredonda e se transforma em trofozoíto, se multiplica (1 - 2, 2 - 4, 4 - 8… de forma variável) merozoítas, que rompem a célula anucleada e colonizam novas hemácias, no final da multiplicação se dá a origem a gametócitos - que não se fecundam aí, mas ficam latentes até infectarem o carrapato -. O carrapato suga merozoítos e gametócitos, indo para o tubo digestivo do invertebrado, os gametócitos dão origem aos corpos raiados, que são zigotos móveis que dão origem aos oocinetos, que chegam nas células intestinais, depois ganham a hemolinfa e se direcionam até o ovário e infecta os ovos, depois dos ovos eclodidos, na larva o parasito se direciona as células das glândulas salivares, até infectarem um vertebrado. 
No caso de Theileria equi, quando o esporozoíta entra no organismo, ele primeiro adentra os monócitos, faz uma merogonia e uma vez rompendo os monócitos, vai para as hemácias. 
Importância na Veterinária e SP: Pode acometer humanos, pode causar flebite, icterícia, trombocitopenia, insuficiência renal, pulmonar e hepática, levando a óbito. 
Parasita - Hospedeiro: HV - Equinos (B. equi, B. caballi), bovinos (B. bovis, B. bigemina), caninos (B. canis), felinos (B. felis, B. cati), homem (B. ducani, B. microti). HI - Boophilus microplus, Amblyomma spp. e Rhipicephalus sanguineus.
Gênero: Leishmania
Podendo ser visceral (L. infantum) ou tegumentar (L. braziliensis).
Cachorro só é reservatório de leishmaniose visceral.
Zoonose.
Formas: Promastigota e Amastigota
Pode causar espleno e hepatomegalia, e destruição dos órgãos viscerais.
Ciclo: HV - cães e homens. HI - Lutzomya longipalpis - Na hora em que o mosquito vai se alimentar, ele injeta formas promastigotas do parasito. As células de defesa (macrófagos) fagocitam os parasitos, formam fagossomas, mas os parasitos são resistentes às enzimas proteolíticas dos lisossomos, então acabam utilizando a célula para se multiplicar, se arredondam e se transformam em amastigotas, se multiplicando e destruindo as células. Tem tropismo por vísceras e medula óssea. O mosquito vem se alimentar e a forma amastigota se transforma em promastigota no trato digestivo dos insetos, migram para o seu aparelho bucal e é novamente injetado em outro mamífero.
Gênero: Trypanosoma 
Vetor artrópode: Salivaria / Stercoraria
Infecção congênita, ingestão de carcaça infectada, água e comida infectada.
HD - mamíferos, aves, peixes, répteis e anfíbios.
Importante para homens, silvestres e domésticos.
Formas: Amastigota (intracelular, arredondada) - Promastigota - Epimastigota (presente só no vetor, formato fusiforme) e Tripomastigota (Salivaria no HI multiplicação no trato digestivo e na probóscide / Stercoraria no HI multiplicação no trato intestinal, indo para o reto)
Ciclo Salivaria: A mosca vai se alimentar no seu hospedeiro, portando a forma tripomastigota metacíclico, onde são inoculados na corrente linfática, sendo direcionado aos órgãos, e indo em seguida para a circulação sanguínea. passando para a fase aguda. A mosca não infectada pica o animal e se contamina. (Tsé-Tsé)
Ciclo Stercoraria: Triatomíneo infecta o animal defecando na fissura onde se alimentou. No hospedeiro vertebrado a fase tripomastigota metacíclico, se transforma em amastigota quando através da circulação linfática vão para os tecidos, as formas amastigota passam para tripomastigota, podendo reinfectar novas células e se transformar novamente em amastigota. O inseto não infectado se infecta com a fase tripomastigota, no seu tubo digestivo se diferenciam em epimastigota, e em seu intestino posterior após a multiplicação se diferencia em tripomastigota metacíclico.

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