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PRÁTICA SIMULADA C3

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ALUNO: ELÍZIO GOETHE 		PRÁTICA SIMULADA
MATRÍCULA: 201307288936		 CASO 03 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ____ VARA DO TRABALHO DA CIDADE DE NATAL –RN.
	Suzana, nacionalidade:___, estado civil:___, profissão:___, CTPS:___, série:___, PIS:___, nome da mãe:___, data de nascimento:___, CPF: ___, CNPJ:___, identidade;___, endereço eletrônico:___, residente à:___, CEP:___, vem por seu procurador com escritório à:___, CEP:___, local onde receberá intimações na forma do artigo 77, V do Cód. De Proc. Civil propor 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
PELO RITO ORDINÁRIO
	
Em face de ___MORAIS, nacionalidade:___, profissão:___, carteira de identidade:___, CPF: ___, residente à:___, CEP:___, pelos fatos e direitos a seguir elencados.
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O reclamante afirma ser beneficiário da gratuidade de justiça, na forma dos artigos 98 e 99 do CPC c/c §3 do artigo 790 da CLT, não tendo condições de arcar com as custas e honorários advocatícios, sem prejuízo do próprio ou de sua família.
DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
O reclamante não se submeteu a comissão de conciliação prévia em razão das liminares conferidas nas ADINS 2139 e 2160-5, que suspendeu a eficácia do artigo 625-d da CLT, fazendo prevalecer o artigo 5º, XXXV da Constituição da República Federativa do Brasil, garantindo assim o acesso a justiça.
 III- 	DOS FATOS
	A reclamante foi contratada no dia 15/06/2015 pela família Moraes como empregada doméstica. No ato da contratação foi celebrado contrato de experiência com prazo de 45 (quarenta e cinco) dias.
Ao termo dos 45 dias a reclamante continuou laborando normalmente à família sem que tenha havido qualquer prorrogação contratual.
A jornada de trabalho da reclamante era de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h com 30 (trinta) minutos de intervalo intrajornada. Por 4 (quatro) dias em viagem com a família à Gramado – RS a jornada de trabalho da demandante foi das 8h às 17h com uma hora de intervalo.
A reclamante sofreu descontos no salário, sendo 10% a título de vale transporte e 25% a título de alimentação consumida no emprego.
O contrato de trabalho da reclamante foi extinto em 15/09/2015 e na ocasião foram pagas as verbas rescisórias, quais sejam: 3/12 avos de férias acrescidas do terço constitucional e 3/12 avos de 13º salário proporcional.
Eis um relato dos fatos.
	
- DO CONTRATO POR TEMPO INDERTEMINADO
	No ato da contratação da reclamante foi estabelecido o prazo de experiência de 45 dias, contudo ao término do prazo a reclamada não realizou a prorrogação do prazo do contrato, o que fez com que o mesmo se convertesse automaticamente em contrato por prazo indeterminado, tudo nos termos do art. 5º, §2º, da Lei Complementar – LC nº 150/2015.
A reclamada desconsiderou a indeterminação do contrato de trabalho e realizou o pagamento das verbas rescisórias como se o contrato efetivamente estivesse regimentado por termo.
- DO AVISO PRÉVIO E SEU REFLEXOS
	Considerando que a reclamada não realizou a prorrogação do contrato de trabalho da reclamante, requer que o contrato seja considerado por tempo indeterminado, bem como que a reclamada seja condenada ao pagamento das verbas inerentes a essa espécie de contrato, isto é, aviso prévio (30 dias) indenizado nos termos do art. 23, §1º da LC 150/2015 e seus reflexos nas férias acrescidas do terço constitucional (1/12 avos) e 13º salário (1/12 avos).
- DA DEVOLUÇÃO DO DESCONTO DE 25% SOBRE A ALIMENTAÇÃO
	Tal desconto contraria expressamente o previsto no art. 18 da LC 150/2015, isto é, mesmo com a vedação legal de descontos no salário da empregada doméstica a título de alimentação, a reclamada procedia aos descontos de 25% no salário mensal.
Desta feita, requer a condenação da reclamada à devolução da alimentação equivalente a 25% do salário mensal da reclamante.
-DO DESCONTODO VALE TRANSPORTE
	O desconto em tela se limita a 6% legalmente previsto, contudo a reclamada descontava 10%, ou seja, a reclamada violou o art. 4º, Lei 7.418/85 e descontou indevidamente 4%.
Desta feita, requer a condenação da reclamada à devolução de 4% referente ao excesso do vale-transporte descontado ilegalmente.
-DA SUPRESSÃO DO INTERVALO INTRAJORNADA
	À exceção de 4 (quatro) dias em que a reclamante viajou com a família empregadora e que o intervalo intrajornada foi de 1h/dia, todos os demais dias de prestação de serviços houve violação ao gozo de no mínimo uma hora de intervalo intrajornada (art. 13, LC nº 150/2015).
Portanto, considerando que o intervalo intrajornada da reclamante era de somente 30 minutos por dia, requer a condenação da reclamada ao pagamento de uma hora de intervalo intrajornada acrescido do adicional legal, tudo nos termos do dispositivo legal citado e da Súmula 437 do TST, bem como o reflexo dessa rubrica no aviso prévio, férias acrescidas do terço constitucional, 13º salário proporcional e FGTS.
-DAS HORAS EXTRAS
	A jornada de trabalho da reclamante era das 7h às 16h com trinta minutos de intervalo para alimentação e descanso de segunda a sexta-feira.
Pois bem, considerando a jornada efetivamente laborava diariamente, conclui-se que a reclamante tem direito a 30 minutos extras, afinal laborava 8h30min por dia (art. 2º, §4º, LC nº 150/2015).
Desse modo, pugna pela condenação da reclamada ao pagamento de 30 minutos extras por dia e que haja o reflexo dessa rubrica no aviso prévio, férias acrescidas do terço constitucional, 13º salário proporcional e FGTS.
- ADICIONAL DE 25% DURANTE O PERÍODO DE VIAGEM
A reclamante realizou viagem de 4 (quatro) dias com o empregador, contudo durante o período não recebeu o adicional de 25% previstos no art. 11, §2º, LC nº 150/2015.
Requer, pois, a condenação da reclamada ao pagamento do respectivo acional que deverá incidir sobre as 32 horas de efetivo labor no período da viagem
- DO PEDIDO
Por todo o exposto, requer:
a) que o contrato seja considerado por tempo indeterminado, bem como que a reclamada seja condenada ao pagamento das verbas inerentes a essa espécie de contrato, isto é, aviso prévio (30 dias) indenizado nos termos do art. 23, §1º da LC 150/2015 e seu reflexo nas férias acrescidas do terço constitucional (1/12 avos) e 13º salário (1/12 avos);
b) que seja a reclamada condenada ao pagamento do saldo de salário de 15 dias;
c) a condenação da reclamada ao pagamento do FGTS do pacto laboral por não ter havido o seu recolhimento (art. 21, LC nº 150/2015).
d)a condenação da reclamada à devolução do valor descontado a título de alimentação equivalente a 25% do salário mensal da reclamante, bem como a devolução de 4% referente ao excesso do vale-transporte descontado ilegalmente;
e) que seja a reclamada condenada ao pagamento de uma hora por dia de intervalo intrajornada acrescido do adicional legal, bem como o reflexo dessa rubrica no aviso prévio, férias acrescidas do terço constitucional, 13º salário proporcional e FGTS;
f) a condenação da reclamada ao pagamento de 30 minutos extras por dia e que haja o reflexo dessa rubrica no aviso prévio, férias acrescidas do terço constitucional, 13º salário proporcional e FGTS;
g) a condenação da reclamada ao pagamento do adicional de 25% previsto na art. 11, §2º, LC nº 150/2015 que deverá incidir sobre as 32 horas de efetivo labor no período da viagem, bem como o reflexo no FGTS;
h) a aplicação de juros e correção monetária;
Requer a notificação da reclamada para responder aos termos da presente ação sob pena de ser decretada a revelia e confissão.
Declara o patrono que os documentos acostados à inicial são autênticos.
DAS PROVAS
Requer a produção de todos os meios de provas em direito admitidos, notadamente testemunhal e documental na amplitude do artigo 369 do Cód. Proc. Civil.
DO VALOR DA CAUSA
Dar-se-á a causa o valor de R$40.000,00 (quarenta mil reais)
DATA:_________, LOCAL: NATAL - RN
ASSINATURA:__________________
JURISPRUDÊNCIA
TRF-3 - RECURSO ORDINARIO TRABALHISTARO 661 SP 90.03.000661-0 (TRF-3)
Data de publicação: 29/04/2009
Ementa: TRABALHISTA: CONTRATO DE EXPERIENCIA. DESPEDIDA. INEXISTENCIA DE CAUSA A JUSTIFICAR A NULIDADE DA RESCISÃO CONTRATUAL. I - VENCIDO O PRAZO DO CONTRATO DE EXPERIENCIA, QUE NÃO SE ENCONTRAVA SUSPENSO, EIS QUE O EMPREGADO NÃO SE ENCONTRAVA AFASTADO DO SERVIÇO EM SEU TERMO FINAL, E DE SE RECONHECER QUE NÃO HAVIA IMPEDIMENTO LEGAL A OBSTAR A DESPEDIDA DO ASSALARIADO. II - INEXISTINDO CAUSA A JUSTIFICAR A NULIDADE DA RESCISÃO CONTRATUAL, IMPÕE-SE DECRETAR A IMPROCEDENCIA DA RECLAMATORIA. III - RECURSO ORDINARIO PROVIDO.
DOUTRINA
O contrato de experiência é uma modalidade de contrato de trabalho por prazo determinado, cujo prazo não poderá exceder de 90 dias e pode ser prorrogado por uma única vez, respeitado o limite máximo de 90 dias, somados os dois períodos.
O contrato de experiência é uma modalidade de contrato de trabalho por prazo determinado (art. 443, § 2º, c, CLT), cujo prazo não poderá exceder de 90 dias (art. 445 § único, CLT)
O contrato de experiência pode ser prorrogado por uma única vez (art. 451, CLT) respeitado o limite máximo de 90 dias (Súmula 188, TST), somados os dois períodos.
Barros (2011) conceitua o contrato de experiência como uma modalidade de ajuste a termo, de curta duração, que propicia às partes uma avaliação subjetiva recíproca: possibilita ao empregador verificar as aptidões técnicas e o comportamento do empregado e a este último analisar as condições de trabalho.
A CLT não estabelece qualquer requisito de formalidade ao contrato de experiência, entretanto a jurisprudência já pacificou não ser possível a contratação de forma tácita, sendo 
Delgado (2012) explica que a exigência da forma escrita para o contrato de experiência se justifica em razão do prazo curto deste contrato, somente podendo ser delimitado através de termo prefixado (dia certo), exigindo, portanto enunciação contratual clara, firme e transparente desde o início do pacto.
Há que se ressaltar que as condições especiais de trabalho, as quais se inclui a experiência devem ser anotadas na CTPS do empregado (art. 29, CLT). Contudo, o fato de não constar na CTPS a condição especial de experiência não anula o contrato e/ou a prorrogação. Havendo provas de que se trata de contrato de experiência, o ajuste deverá ser admitido como válido independente da anotação na CTPS.
Nesse sentido se posiciona o egrégio Tribunal Superior do Trabalho:
TST - RECURSO DE REVISTA . CONTRATO DE EXPERIÊNCIA. PRORROGAÇÃO. NÃO ANOTAÇÃO NA CTPS. VALIDADE. I. Hipótese em que não se demonstrou a presença dos pressupostos previstos no art. 896 da CLT quanto ao tema ora consignado. II. Recurso de revista de que não se conhece. 
Martins (2012) afirma que “a anotação na CTPS não é requisito essencial para a validade do contrato de experiência, pois o pacto laboral poderá ser celebrado verbalmente e provado por qualquer meio de prova (art. 456 da CLT )” 
Portanto, comprovada a condição de contrato de experiência, a mera ausência de anotação do contrato e/ou prorrogação na CTPS do empregado, não tem o condão de transformá-lo em contrato por prazo indeterminado. Nesse sentido:
TST - CONTRATO DE EXPERIÊNCIA - PRORROGAÇÃO ESCRITA – NÃO ANOTAÇÃO DA CTPS. Havendo termo escrito da prorrogação do contrato de experiência assinado pelas partes, é desnecessário exigir a sua anotação na CTPS. Segundo a melhor doutrina, provar a própria existência do contrato de experiência não exige a anotação na Carteira de Trabalho. Assim, com muito mais razão ainda, não seria exigível tal registro para comprovar sua prorrogação. Nesse sentido cabe mencionar os artigos 443 e 451 da CLT e outros precedentes do TST. Recurso de Revista conhecido e a que se nega provimento 
Ressalte-se ainda, que não existe qualquer exigência formal para a prorrogação do contrato de experiência, dessa forma, conforme entendimento do Tribunal Superior do Trabalho, a mesma pode ocorrer, de forma automática ou até mesmo tácita, veja:
TST - RECURSO DE REVISTA - CONTRATO DE EXPERIÊNCIA - PRORROGAÇÃO AUTOMÁTICA - POSSIBILIDADE. O contrato de experiência poderá ser prorrogado automaticamente, desde que não ultrapassado o limite de noventa dias, nos termos dos arts. 445,  parágrafo único, e 451 da CLT. (...) 
TST - CONTRATO DE EXPERIÊNCIA. PRORROGAÇÃO TÁCITA. POSSIBILIDADE. Embora não haja previsão expressa na CLT acerca do formalismo inerente ao contrato de experiência, a jurisprudência assentou-se no entendimento da necessidade de certa formalidade para a configuração válida dessa modalidade de contrato de trabalho, seja por meio de anotação na CTPS, seja por contrato escrito. Entretanto, não se exige formalidade alguma para a prorrogação desse tipo de contrato de trabalho, podendo ocorrer de forma tácita ou expressa, uma única vez, desde que não ultrapassado o prazo de 90 dias. Esse entendimento é resultado de interpretação lógico-sistemática dos artigos 445, parágrafo único, e 451 da CLT. Ademais, dispõe a Súmula nº 188 desta Corte, in verbis: -CONTRATO DE TRABALHO. EXPERIÊNCIA. PROROGAÇÃO O contrato de experiência pode ser prorrogado, respeitado o limite máximo de 90 (noventa) dias (...)                
O contrato de experiência, por ser por prazo determinado, chegado a termo, extingue-se automaticamente, sem que o empregador tenha que apresentar qualquer justificativa pelo não prosseguimento da relação jurídica.
Cumprido o prazo, o empregado terá direito a férias proporcionais (Art. 147, CLT), gratificação natalina proporcional (Art. 7º, Decreto 57.155/65) e o saldo da conta vinculada do FGTS, sem multa (art.20, IX, Lei 8.036/90)
Nos contratos por prazo determinado, no qual as partes ajustam antecipadamente seu termo, não é devido o aviso prévio, exceto se o contrato for rescindido antecipadamente (Súmula 163, TST) e houver cláusula contratual assecuratória de direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado (art. 481, CLT).

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