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DIREITO PROCESSUAL PENAL 2

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DIREITO PROCESSUAL PENAL 
Prisões e Procedimentos 
 
 
www.direitoesquematizado.com 
 
 
 
 
 “O conhecimento quando compartilhado é muito melhor, pois, todos são beneficiados com novas formas de enxergar o mundo” 
 
2 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
MATÉRIAS ABORDADAS 
 Prisão – Regra 
 Prisão sanção e prisão processual 
 Espécies de prisão cautelar ou processual: 
 Temporária ou Provisória 
 Preventiva 
 Em flagrante 
 Domiciliar 
 Liberdade provisória 
 Fiança: Concessão, Revogação, Quebra e Cassação 
 Processo Penal – Processo e Procedimento 
 Sistemas Processuais 
 Inquisitivo 
 Acusatório 
 Misto 
 Pressupostos da existência e validade da relação processual penal 
 Procedimento comum – Processo Ordinário, Sumário e Sumaríssimo 
 Andamento comum: Denúncia ou queixa, resposta à acusação, fase probatória, alegações finais e 
sentença 
 Recurso: Opcional 
 Procedimentos especiais: 
 Procedimento do Tribunal do Júri: Sistema bifásico – Andamento 
 Lei de Drogas: Crimes e procedimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
PRISÃO 
A regra é a LIBERDADE, só pode cumprir pena após ter sido condenado 
Existem 2 MODALIDADES de Prisões: 
 PENA OU SANÇÃO – Refere-se ao 
cumprimento de pena por parte de pessoa 
definitivamente condenada a quem foi 
imposta pena privativa de liberdade na 
sentença. Seu regime pode ser fechado, 
semiaberto ou aberto, podendo o réu 
progredir de um regime mais severo para um 
mais brando após o cumprimento de uma 
parte pena 
 CAUTELAR OU PROCESSUAL – Decretada 
quando existe a necessidade de segregação 
cautelar do autor do delito durante as 
investigações ou o tramitar da ação penal. 
Ocorre durante a fase da persecução penal. 
É uma medida excepcional que só deve ser 
decretada ou mantida quando houver real 
necessidade 
 
Medidas Cautelares (Art. 319 CPP) – A primeira providência tomada pelo Juiz é a imposição de Medidas 
Cautelares (Art. 282 CPP prevê a imposição da medida). São muito parecidas com as penas restritivas de 
direito 
Mandado de Prisão (Art. 285 CPP). Forma arts. 291 a 293 CPP 
Art. 300 CPP – Obrigatoriedade da separação de presos cautelares dos presos condenados (cumprindo 
pena) 
Espécies de PRISÃO CAUTELAR ou PROCESSUAL 
No CPP são previstas 3 formas de prisão processual: Prisão Provisória, Prisão em Flagrante e Prisão 
Preventiva. Porém com a Lei nº 12.403/11 a prisão decorrente de flagrante passou a ter uma duração muito 
rápida (24 horas após a prisão) sendo convertida em preventiva ou ser concedida a liberdade provisória 
 
OBS.: Qualquer tipo dessas prisões abate o tempo preso na pena final 
 
PRISÃO PROVISÓRIA ou TEMPORÁRIA – Prevista na Lei 7.960/89 
Só pode ser decretada por Juiz, a requerimento do MP ou Delegado (art. 2º da Lei). Sendo assim só irá 
ocorrer mediante ordem judicial 
PRISÃO 
PROVISÓRIA 
PRISÃO EM 
FLAGRANTE 
PRISÃO 
PREVENTIVA 
 
4 
É cabível SOMENTE na FASE DO INQUÉRITO POLICIAL 
Cabimento: Somente diante de EXTREMA NECESSIDADE para a investigação e somente no caso dos 
crimes apontados no ART. 1º DA LEI. Ex.: Homicídio doloso, estupro, genocídio 
Prazo: 5 DIAS prorrogáveis por igual período ou 30 dias prorrogáveis por igual período no caso de crimes 
hediondos 
 
PRISÃO EM FLAGRANTE – Prevista no art. 301 ao 310 do CPP 
Trata-se de modalidade de prisão processual expressamente prevista no art. 5º, LXI da CF 
Em princípio a palavra “flagrante” indica que o autor do delito foi visto praticando ato executório da infração 
penal e, por isso, acabou preso por quem o flagrou e levado até a autoridade policial 
Entretanto o legislador quis dar maior alcance ao conceito de flagrância e estabeleceu 4 HIPÓTESES DE 
FLAGRANTES: 
1 e 2. FLAGRANTE PRÓPRIO ou REAL – Art. 302, I e II do CPP: Ocorre o flagrante quem está cometendo 
a infração e quando acaba de cometer 
3. FLAGRANTE IMPRÓPRIO ou QUASE FLAGRANTE – Art. 302, III do CPP: Ocorre o flagrante quem é 
perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir 
ser o autor da infração. Sendo assim não precisa do contato visual, porém deve ser ininterrupta, de maneira 
contínua 
4. FLAGRANTE PRESUMIDO ou FICTO – Art. 302, IV do CPP: Ocorre o flagrante quem é encontrado, logo 
depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele o autor da infração. Não 
há na lei limite temporal. 
 
As situações em que é cabível a prisão em flagrante, divide-se em: 
COMPULSÓRIO: Dado por autoridade, ainda que esteja de férias ele tem o dever de dar a prisão em 
flagrante 
FACULTATIVO: O que der voz em flagrante será o condutor. Qualquer um do povo pode prender quem 
esteja em situação de flagrância 
AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE: Art. 304 CPP: Documento elaborado sob a presidência da autoridade 
policial a quem foi apresentada a pessoa presa em flagrante e no qual constam as circunstâncias do delito 
e da prisão. A Autoridade terá o prazo de 24 horas para enviar o auto de prisão em flagrante para o Juiz 
após ser elaborado 
OBS.: Não existe na Lei o prazo de 24 horas para a prisão em flagrante. Sendo assim pode ser efetuada a 
prisão em flagrante depois de 24 horas 
 
5 
FLAGRANTE ESPERADO: A autoridade não interfere, não provoca a ação do agente. É ADMITIDO EM 
NOSSA LEGISLAÇÃO 
FLAGRANTE PREPARADO: Quando a autoridade ou um terceiro induz o agente à prática do ato criminoso. 
NÃO É ADMITIDO EM NOSSA LEGISLAÇÃO 
FLAGRANTE POSTERGADO ou RETARDADO: Para robustear a realização do flagrante, a autoridade 
aguarda o cometimento de várias condutas (sequência), para depois efetuar o flagrante. Deve ser autorizado 
por Juiz. Ex.: Investigação de organizações criminosas 
Art. 306 CPP – Prazo para COMUNICAÇÃO da prisão em flagrante do Juiz e entrega da nota de culpa. No 
§1º deste parágrafo cita o prazo de 24 horas para o Juiz ser comunicado sobre a prisão 
Art. 307 CPP – Condutor delegado NÃO poderá presidir o flagrante, só se for a vítima, sendo levado a 
autoridade mais próxima ou assistente para ser presidido o flagrante 
Art. 309 CPP – No caso de crimes de menor potencial ofensivo deve ser lavrado o auto de prisão em 
flagrante, após isso deve ser liberado – Lei nº 9099/95. 
Art. 304 CPP – NÃO haverá prisão em flagrante pela apresentação espontânea do suspeito, entretanto, 
nada impede a decretação da prisão preventiva, desde que preenchidos os requisitos legais. Desta forma se 
o autor do delito não foi preso no local da infração e não está sendo perseguido, sua apresentação 
espontânea perante o delegado de polícia impede sua prisão em flagrante, já que a situação não se 
enquadra em nenhuma das quatro hipóteses de flagrância 
 
PRISÃO PREVENTIVA – Prevista nos arts. 311 ao 313 do CPP 
Só pode ser decretada por Juiz, porém pode ocorrer em qualquer fase da persecução penal (Art. 311 CPP). 
Também só será mediante ordem judicial 
Prazo: Pode durar no decorrer do processo inteiro 
Requisitos: GENÉRICOS (Art. 312 CPP): Garantia da ordem pública / Garantia da ordem econômica / 
Conveniência da instrução criminal / Assegurar a aplicação da lei penal quando houver prova da 
existência do crime e indício suficiente de autoria 
ESPECÍFICOS (Art. 313 CPP): Pena de crime doloso punido com pena privativa de liberdade máxima 
superior a 4 anos / Condenado por crime doloso, em sentença transitada em julgado / Envolver 
violência doméstica e familiar 
A grande dica é verificar se estão presentes os requisitos do art. 313, pois depois tem como encaixar nos 
requisitos do art. 312. Preenchendo os requisitos, poderá ser decretada a preventiva em vez da temporária 
durante o inquérito policial 
§ Único – Outrasmedidas cautelares (art. 319 CPP) 
 
6 
Art. 314 CPP – Nas hipóteses de excludentes de ilicitude ou antijuridicidade a prisão preventiva não será 
decretada (Art. 23 CP) 
Art. 315 CPP – As prisões preventivas devem ter fundamentações nas decisões. Atende ao art. 93, IX da CF 
Art. 316 CPP – Causas de revogação da prisão preventiva: O Juiz verificar a falta de motivo que subsista 
OBS.: A PRÓXIMA MODALIDADE DE PRISÃO É UMA FORMA DA PRISÃO PREVENTIVA: 
PRISÃO DOMICILIAR – Prevista nos arts. 317 e 318 do CPP 
Art. 317 CPP - A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela 
ausentar-se com autorização judicial 
Art. 318 CPP - Poderá o juiz SUBSTITUIR a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: 
I - MAIOR DE 80 ANOS 
II - EXTREMAMENTE DEBILITADO por motivo de doença grave 
III - IMPRESCINDÍVEL AOS CUIDADOS especiais de pessoa menor de 6 anos de idade ou com deficiência 
IV - GESTANTE a partir do 7º mês de gravidez ou sendo esta de alto risco 
Parágrafo único - Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo 
Somente será determinada por Juiz através de mandado, quando verificados os requisitos da prisão 
preventiva, porém o suspeito ou acusado também preenche os requisitos do art. 318 do CPP 
Todos os requisitos do art. 318 CPP devem ser provados, pois palavras ao vento, alegação sem prova!! 
 
Medida Cautelar 
Art. 282 CPP Espécies – Art. 319 CPP 
 
LIBERDADE PROVISÓRIA 
Nos termos do art. 5º, LXVI da CF, ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a Lei admitir a 
liberdade provisória, com ou sem fiança. Prevista no art. 321 do CPP 
Liberdade Vinculada e Liberdade Desvinculada 
Após o advento da Lei nº 12.403/2011, que deu novos contornos ao instituto da liberdade provisória, 
alterando inúmeros artigos do CPP, é necessário, para fins didáticos, distinguir 3 Categorias de Delitos: 
Infrações de Menor 
Potencial Ofensivo 
Crimes Definidos em Lei 
como Inafiançáveis 
Crimes Considerados 
Afiançáveis 
 
 
7 
INFRAÇÕES DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO 
Previsto na Lei nº 9099/99 - São todos os crimes 
com pena máxima não superior a 2 anos e 
todas as contravenções penais 
Nesta modalidade de infração a Prisão em 
Flagrante é possível, porém quando o preso for 
apresentado à autoridade policial, não será 
lavrado o auto de prisão e nem exigirá a fiança, 
se o autor for imediatamente encaminhado ao 
JECRIM ou assumir compromisso de comparecer 
Ex.: Pessoa é presa em flagrante por crime de 
desacato porque ofendeu um policial no exercício 
da função. É levada à delegacia e lá assume 
compromisso de comparecer ao Juizado. O 
delegado lavra o termo circunstanciado e 
imediatamente a libera. 
Apenas se o agente recusar-se a assumir o 
compromisso de comparecer no JECRIM que a 
autoridade deverá lavrar o auto de prisão e 
depois conceder a fiança 
 
CRIMES INAFIANÇÁVEIS 
Crimes que são inafiançáveis: 
Racismo 
Crimes Hediondos 
Tráfico de Entorpecentes 
Terrorismo 
Tortura 
 
Delitos ligados à ação de Grupos 
Armados, civis ou militares, 
contra a ordem constitucional e o 
Estado Democrático 
Nos crimes inafiançáveis em que o autor da infração tenha sido preso em flagrante, o Juiz, em regra, irá 
convertê-la em prisão preventiva, pois os crimes que integram esse conceito normalmente são de extrema 
gravidade 
Em caso de concessão de liberdade provisória, o Juiz não poderá arbitrar fiança, pois se trata de crime 
inafiançável, contudo, poderá impor qualquer das outras medidas cautelares diversas da prisão 
 
CRIMES AFIANÇÁVEIS 
Todos os crimes que não forem expressamente declarados inafiançáveis pela legislação serão 
considerados afiançáveis, independentemente da quantidade de pena cominada 
Porém não será concedida a liberdade, ainda que o crime seja considerado afiançável nos casos: 
1. O réu quebrar no mesmo processo a fiança 
anterior concedida sem justo motivo as 
obrigações dos arts. 327 e 328 do CPP 
2. Quando se tratar de prisão civil ou militar 
3. Quando presentes os requisitos que 
autorizam a prisão preventiva 
 
 
 
8 
Conceito de Liberdade Provisória 
É um instituto por meio da qual o suspeito ou acusado não é recolhido à prisão ou é posto em liberdade 
quando preso, vinculado ou não a certas obrigações (medidas cautelares – Art. 319 CPP) 
Em qualquer tipo de prisão processual cabe a liberdade provisória 
Irá durar essa liberdade provisória até quando ocorrer o trânsito em julgado da sentença 
O art. 310, I do CPP diz que será possível relaxar a prisão ilegal, que ocorre nos casos de falta de 
formalidade essencial na lavratura do auto; inexistência de hipótese de flagrante; atipicidade do fato narrado 
pelas pessoas ouvidas no auto de prisão e excesso de prazo da prisão 
Ex.: No caso de atropelar alguma pessoa e estando tudo certo (dentro da velocidade, se apresentar na 
Delegacia), ele não será preso, porém mesmo assim será decretada a liberdade provisória 
Previsão: Art. 5º, inc. LXVI da CF e art. 321 CPP – É cabível sempre que não estiverem presentes os 
requisitos de alguma prisão cautelar 
Art. 5º LXVI CF - Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem 
fiança 
Pode ser decretada com a imposição de outra(s) medida(s) cautelar(es) (Art. 319 CPP) 
 
FIANÇA 
Art. 322 CPP – FIANÇA: É uma caução destinada a garantir o cumprimento das obrigações processuais 
do acusado 
É um Direito Subjetivo e Constitucional do suspeito ou acusado, devendo o Juiz concedê-la, quando 
presentes os requisitos 
Finalidade: Se destina ao pagamento das custas do processo, pagamento de eventual pena pecuniária 
(multa) ou para garantir o ressarcimento da vítima (indenização) – Art. 336 CPP 
Quem pode conceder a fiança é a autoridade policial, nos crimes em que a pena máxima não exceda 4 
ANOS, e o Juiz, em qualquer espécie de crime afiançável (Art. 322 e 332 CPP) 
Restituição ao suspeito ou acusado – Art. 337 
CPP: Se o motivo da causa de extinção for 
prescrição o dinheiro da fiança NÃO será 
restituído 
Valor da fiança – Previsto nos Art. 325 e 326 CPP 
Formas de prestação – Art. 330 CPP: Ex.: 
Dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos 
Casos em que não será concedida a fiança – Art. 323 e 324 CPP: Crimes de Racismo; Crimes de Tortura, 
Tráfico, Terrorismo, Hediondos; Crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem 
constitucional e o Estado Democrático. Nesses casos a fiança será devolvida ao réu 
 
9 
Prazo para concessão – Art. 334 CPP: A fiança 
poderá ser prestada enquanto não transitar em 
julgado a sentença condenatória 
Restituição ao suspeito ou acusado – Art. 337 
CPP: Se o réu for condenado será usada a fiança 
para atender as finalidades do art. 336 CPP. Se o 
réu for absolvido, o valor da fiança paga será 
restituído 
Cassação – Art. 338 e 339 CPP – Será cassada 
quando não for cabível a fiança, sendo restituído o 
valor pago 
Possibilidade de reforço – Art. 340 CPP 
 
Quebra de fiança – Art. 341 CPP – Casos de 
quebra da fiança: Regularmente intimado para ato 
do processo deixar de comparecer sem motivo 
justo; Praticar ato de obstrução para o andamento 
do processo; Descumprir medida cautelar imposta; 
Resistir injustificadamente a ordem judicial e 
Praticar nova infração penal dolosa 
Perda da fiança – Art. 344 CPP: Será perdida a 
fiança ao acusado que não se apresentar para o 
início do cumprimento da pena definitivamente 
imposta 
Verificação da situação econômica para 
arbitramento da fiança – Art. 350 CPP – Tanto o 
Delegado quanto oJuiz, irá fixar a fiança na 
situação econômica do réu 
OBS.: Art. 350, § único – NÃO cabe a prisão preventiva no caso de descumprimento de medida cautelar 
imposta, SALVO se presentes os requisitos do art. 282, §4º CPP 
 
 
PRESSUPOSTOS DA EXISTÊNCIA E VALIDADE DA RELAÇÃO PROCESSUAL PENAL 
Pressupostos de Existência e Validade de Relação Processual 
1) Pressuposto é o que deve existir antes da relação processual. A ausência dos pressupostos invalida a 
atividade tendente à formação do processo 
Os Pressupostos processuais se dividem em: 
 Pressupostos de existência do processo 
 Pressupostos de validade da relação processual 
 
Pressupostos de Existência 
1) Capacidade das partes em formular uma demanda-pretensão do autor (acusação); Clareza quanto ao 
acusado (réu) 
2) Juiz com Investidura (Jurisdição) 
3) Pedido regularmente formulado (demanda) – Existência de um crime que seja punível 
 
 
 
10 
Pressupostos de Validade 
1) Competência 
2) Capacidade processual das partes 
3) Capacidade postulatória 
4) Existência de suspeição ou impedimento 
5) Ausência de litispendência ou coisa julgada 
 
 
Processos em Espécie 
PROCEDIMENTO COMUM 
O Procedimento será Comum ou Especial. A regra é o Procedimento Comum (Art. 394 §2º CPP) 
Art. 394, §1º CPP – O Procedimento Comum divide-se em: 
 
ORDINÁRIO 
Quando tiver por objeto crime 
cuja sanção máxima 
cominada for igual ou 
superior a 4 (quatro) anos de 
pena privativa de liberdade. 
Ex.: Crimes de furto, roubo, 
extorsão, estelionato, estupro, 
tortura 
SUMÁRIO 
Quando tiver por objeto crime 
cuja sanção máxima 
cominada seja inferior a 4 
(quatro) anos de pena 
privativa de liberdade. Ex.: 
Crimes de homicídio culposo, 
tentativa de furto ou de 
apropriação indébita 
SUMARÍSSIMO 
Crimes de menor potencial 
ofensivo com pena igual ou 
inferior a 2 anos – Art. 61 da 
Lei 9.099/95. Ex.: Crimes do 
JECrim 
OBS.: Os Procedimentos Especiais são os demais previstos no CPP e em Leis Especiais. Ex.: Lei 
Antidrogas, Lei Maria da Penha 
 
Vamos estudar agora cada um desses Procedimentos Comuns: 
 
Ordinário Sumário Sumaríssimo 
 
11 
PROCEDIMENTO ORDINÁRIO 
Apura os crimes que tenham pena máxima em abstrato igual ou superior a 4 anos, e para os quais não 
haja previsão de rito especial 
As Fases do Rito Ordinário estão elencadas nos arts. 395 a 405 do CPC: 
Primeiro ocorrerá a petição inicial, depois a resposta à acusação, posteriormente a absolvição 
sumária e julgamento das exceções. Se não ocorrer a absolvição sumária o processo irá para a fase de 
audiência 
O Procedimento Ordinário é monofásico, isso quer dizer que desde a acusação até o julgamento é feito por 
UM ÚNICO JUIZ 
Art. 394 §5º CPP - Aplicam-se subsidiariamente aos Procedimentos: Especial, Sumário e Sumaríssimo as 
disposições do procedimento ordinário 
As Fases do Processo são: 
 Acusação 
 Resposta à Acusação (Defesa) 
 Instrução e Julgamento 
Art. 395 CPP – Casos em que a denúncia ou queixa (acusação) será rejeitada: 
 Manifestamente inepta 
 Faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal 
 Faltar justa causa para o exercício da ação penal 
 
Art. 396 CPP – No Procedimento Ordinário e Sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o Juiz, se não a 
rejeitar liminarmente, irá recebê-la e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, 
no prazo de 10 DIAS 
Art. 396-A CPP – Resposta à acusação. Tem natureza jurídica de contestação, onde deve ser alegada 
toda a matéria de defesa 
§1º - Interposição de exceções – Art. 95 e seguintes 
§2º - Obrigatória a defesa técnica – Não há revelia no processo penal 
Art. 397 CPP – POSSIBILIDADE DE ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA. OBS.: Excluem a culpabilidade: a) Erro de 
proibição (art. 21 CP); b) Coação moral irresistível (art. 22, 1ª parte CP); c) Obediência hierárquica (art. 22, 2ª 
parte CP); d) Inimputabilidade (art. 26 e 27 CP) 
Exclui a antijuridicidade: Art. 23 CP 
 
12 
Art. 399 CPP – Momento para serem apreciadas e decididas as exceções, ou requerimentos para 
desentranhamento de provas ilegítimas ou ilícitas 
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO, DEBATES E JULGAMENTO 
Art. 400 CPP – Audiência una (em regra), onde se concentram todos os atos processuais da instrução 
Se o Juiz não tiver absolvido sumariamente o acusado, deverá marcar a audiência de instrução e julgamento 
para data não superior a 60 dias (art. 400 CPP) e ordenará a intimação do MP, do acusado, de seu 
defensor e, se for o caso, do querelante e do assistente de acusação (art. 399 CPP) 
Sendo assim deve ser realizada em até 60 dias a contar do despacho que determinou a sua realização 
A ausência injustificada do querelante na ação privada implica perempção (Art. 60, III CPP) 
Se for ação pública subsidiária, a falta injustificada do querelante faz com que o MP reassuma a 
titularidade da ação e a audiência aconteça 
A falta do representante do MP importará adiamento do ato. Caso injustificada a ausência, deverá o Juiz 
expedir ofício ao Procurador-Geral de Justiça para eventuais providências administrativas. Inviável a 
nomeação de promotor ad hoc em face da vedação do art. 129, § 2º, da CF 
Na audiência de instrução serão realizados os seguintes atos: 
1. Oitiva da vítima 
2. Oitiva das testemunhas de acusação 
3. Oitiva das testemunhas de defesa 
4. Interrogatório do réu 
5. Oportunidade para requerimentos 
6. Debates orais 
7. Julgamento 
 
OITIVA DAS VÍTIMAS E TESTEMUNHAS 
Aberta a audiência, o Juiz passará a colher os depoimentos: 
1. Em primeiro lugar será ouvida a vítima ou as vítimas 
2. Em seguida, serão ouvidas as testemunhas de acusação 
3. Por fim, prestarão depoimento as testemunhas de defesa 
De acordo com o art. 401 CPP, na instrução poderão ser inquiridas até 8 testemunhas arroladas pela 
acusação e 8 testemunhas arroladas pela defesa, não se incluindo nessa conta, aquelas que não prestam 
compromisso e as referidas (art. 401, § 1º do CPP) 
As partes poderão desistir do depoimento de qualquer das testemunhas por elas arroladas se já 
considerarem suficientes as provas produzidas 
Primeiro as testemunhas de acusação, depois as testemunhas de defesa (nesta ordem ocorrerá a 
audiência). Após serem inquiridas pelo Juiz, cada parte pode fazer as perguntas, começando-se com a parte 
que arrolou aquelas testemunhas 
 
13 
Antes do depoimento da vítima ou de qualquer testemunha poderá ser requerido ao Juiz que retire o 
acusado da sala, caso se sinta constrangido 
As testemunhas serão inquiridas individualmente, de modo que uma não saiba do teor do depoimento das 
outras 
Após as partes encerrarem suas perguntas, o Juiz poderá complementar a inquirição sobre pontos que 
entenda que ainda não foram suficientemente esclarecidos 
Em seguida, se a acusação ou a defesa tiverem previamente requerido, o PERITO prestará os 
esclarecimentos solicitados (art. 400, § 2º CPP) 
Na sequência, serão efetuadas acareações, se requeridas por alguma das partes e deferidas pelo Juiz 
Acareações - Técnica jurídica que consiste em se apurar a verdade no depoimento ou declaração 
das testemunhas e das partes, confrontando-as frente a frente e levantando os pontos divergentes, até que 
se chegue às alegações e afirmações verdadeiras 
Art. 229 CPP: A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre 
acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações, 
sobre fatos ou circunstâncias relevantes 
OBS.: Se houver testemunha referida por qualquer das partes, a audiência não será mais una, sendo 
marcada outra audiênciapara ouvir esta testemunha (EXCEÇÃO) 
 
INTERROGATÓRIO DO ACUSADO OU RÉU 
Meio pelo qual o acusado apresenta sua versão sobre o(s) fato(s) criminoso(s). Poderá exercer seu Direito 
Constitucional do silêncio, sem prejuízo (Arts. 185 e 187 CPP) 
Desta forma o Interrogatório é o último ato instrutório, em que o Juiz ouve o réu acerca de sua versão sobre 
os fatos descritos na denúncia ou queixa, bem como a respeito de sua vida pessoal 
O Juiz interroga pessoalmente o acusado e as partes somente pedirão esclarecimentos, se necessário, nos 
termos do art. 188 do CPP 
EXCEÇÕES – Providências que podem ser tomadas após o encerramento do interrogatório: 
1) “Mutatio e emendatio libelli”: Trata-se da possibilidade da mudança ou emenda do libelo acusatório 
(denúncia) 
Art. 384 CPP – Após o interrogatório, se o MP entender cabível nova definição jurídica ao fato, em 
decorrência de prova apresentada na instrução, poderá aditar a denúncia (ou queixa-crime subsidiária) 
§4º - Havendo aditamento, o Juiz ficará limitado, não podendo proferir sentença fora desse aditamento, 
ainda que agrave a situação do réu 
 
14 
2) Requerimento de Novas Diligências: Art. 402 CPP – Após o interrogatório, as partes podem requerer 
diligências (providências), que se tornaram importantes (necessárias), diante das provas produzidas em 
Audiência, ficando a critério do Juiz o seu deferimento (ele indeferirá os pedidos de provas irrelevantes, 
impertinentes ou protelatórias) 
OBS.: O perito não poderá pedir novas diligências, somente as partes elencadas no art. 402 
Se o Juiz deferir, a audiência será encerrada e após o cumprimento das diligências a instrução (fase 
probatória) será encerrada pelo Juiz. 
Art. 404 CPP – Apresentação de memoriais finais: Memoriais finais é o reforço das teses, na qual as 
partes apresentarão, no prazo sucessivo de 5 dias, suas alegações finais, por memorial, e, no prazo de 
10 dias, o juiz proferirá a sentença 
 
Art. 403 CPP – Caso não haja pedido de diligências,ou o pedido for indeferido, o Juiz determinará 
(após o interrogatório), oferecimento de alegações orais finais pelo prazo de 20 min para cada parte, 
prorrogáveis por mais 10 min. O Assistente de acusação tem 10 min. após o MP e +10 min. para defesa. 
Após alegações, o Juiz deverá proferir sentença 
OBS.: Se apresentados memoriais escritos a sentença será proferida em 10 dias (Art. 403, §3º CPP) 
OBS².: Sempre se inicia com a acusação (20 min.), depois a defesa (20 min.). Prorrogáveis por mais 10 
minutos 
OBS³.: Assistente de acusação tem 10 min. Mais de um defensor e vários réus: 20 minutos para cada 
um. Mais de um defensor e um único réu: 20 min. que divide-se entre eles ou só 1 defensor utiliza o 
tempo 
 
Audiência: Art. 405 CPP – TERMO DE AUDIÊNCIA 
 
Alegações Finais – Reforço ou modificação da tese apresentada na peça inicial (acusação ou defesa), 
baseada nas provas produzidas em audiência 
 
Regra no Processo Ordinário: Alegações Orais – Produzidas após a instrução – Art. 403, § 1º e 2º CPP 
Após as alegações orais o Juiz profere a Sentença, também oralmente 
Art. 403, 3º c.c Art. 404 CPP – Autorização para memoriais finais escritos 
5 dias sucessivos – Primeiramente Acusação, depois a Defesa 
 
Prolação de Sentença em 10 dias - Em qualquer hipótese, o Juiz que presidiu a instrução deverá prolatar a 
Sentença (Princípio da vinculação do Juiz) 
 
 
15 
A Sentença pode ser: 
1) Condenatória: Aplicação do sistema trifásico (art. 59, 61 e 65 do CP), determinação ou manutenção 
de prisão ou medidas cautelares e fixação do inicio do regime para cumprimento da pena – Art. 387 
CPP 
2) Sentença Absolutória Própria: Declara a inocência ou absolve por exclusão de antijuridicidade, 
culpabilidade ou punibilidade. Revoga medidas ou prisão cautelar imposta – Art. 386 CPP 
3) Sentença Absolutória Imprópria: Impõe as medidas de segurança ao inimputável – Art. 26 c.c Art. 
96 CP 
TODA sentença deverá ser fundamentada (direito e verdade real) e a condenação só ocorre com a plena 
convicção do Juiz 
Se houver dúvida ocorrerá a absolvição – “in dubio pro réu” 
 
PROCEDIMENTO SUMÁRIO 
Art. 394, §1º, II CPP 
Muito semelhante ao Procedimento Ordinário, porém possui algumas peculiaridades para torná-lo mais célere 
Cabimento: Destinado aos crimes com pena máxima cominada inferior a 4 anos e superior a 2 anos – 
Art. 531 CPP, ressalvado o art. 538 (necessidade de citação por edital) 
Início – Oferecimento da denúncia ou queixa; Resposta à acusação (Art. 396-A); Possibilidade de Absolvição 
Sumária (Somente os previstos no Art. 397 CPP) 
1ª DIFERENÇA – Número de testemunhas no rol a ser oferecido pelas partes (Art. 532 CPP) – Serão 
inquiridas 5 testemunhas pela acusação e 5 testemunhas pela defesa (No Proc. Ordinário são 8 
testemunhas) 
2ª DIFERENÇA – Prazo para a marcação da audiência: 30 DIAS (Art. 531 CPP) (No Proc. Ordinário são 60 
dias) 
Audiência – Mesma sequencia do art. 400 CPP, conforme o art. 533 CPP 
Art. 535 CPP: Ato adiado somente quando imprescindível a prova faltante. Objetivo: Garantir a celeridade 
Art. 536 CPP: Admissível a oitiva de quaisquer testemunhas que estejam presentes 
3ª DIFERENÇA - Art. 533 CPP: Inexiste possibilidade de requerimento de diligências. Parte da Doutrina 
aceita como possível pela aplicação de analogia (Art. 2º CPP) com o art. 402, com fundamento da defesa 
pela busca da verdade real 
4ª DIFERENÇA – Art. 534 CPP: Impossibilidade (em tese) de apresentação de memoriais escritos 
Há autores que também aplicam a analogia com o proc. ordinário pelos mesmos fundamentos 
 
16 
Tempo dos debates: §s do art. 534 CPP 
Sentença – Oral ou por escrito (exceção) 
 
PROCEDIMENTO COMUM SUMARÍSSIMO 
Art. 394, §1º, III do CPP - Previsto na Lei 9.099/95 – Arts. 1º e 2º 
Artigos 60 e 61 da Lei nº 9.099/95 – Definição dos crimes de menor potencial ofensivo 
OBS.: Não se aplica a Lei 9.099/95 nas infrações praticada com violência doméstica (segue-se a Lei da Maria 
da Penha) 
Art. 62 da Lei – Critérios da Oralidade, 
Informalidade, Economia Processual e Celeridade 
(Objetivando, sempre que possível, a reparação 
dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de 
pena não privativa de liberdade) 
Art. 63 da Lei – A competência do Juizado será 
determinada pelo lugar em que foi praticada a 
infração penal 
Art. 64 da Lei – Os atos processuais serão 
públicos e poderão realizar-se em horário noturno 
e em qualquer dia da semana, conforme 
dispuserem as normas de Organização Judiciária 
Art. 66 da Lei – A citação será pessoal e no 
próprio Juizado (sempre que possível) ou por 
mandado 
§ Único - Não encontrado o acusado para ser 
citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao 
Juízo Criminal Comum, onde seguirá o Rito 
Sumário (art. 538 CPP) 
Art. 67 da Lei – Intimação por correspondência 
Art. 68 da Lei – Do ato de intimação do autor do 
fato e do mandado de citação do acusado, 
constará a necessidade de seu 
comparecimento acompanhado de advogado, 
com a advertência de que, na sua falta, será 
designado defensor público 
Procedimento: Divide-se em 3 FASES: 
1ª FASE: FASE PRELIMINAR 
Art. 69 da Lei – Termo Circunstanciado – Irá noticiar o crime, encaminhando imediatamente ao Juizado, 
composto de poucas laudas 
Art. 70 da Lei – Comparecendo o autor do fato e a vítima, e NÃO sendo possível a realização imediata da 
audiência preliminar, será designada data próxima, da qual ambos sairão cientes 
Art. 71 da Lei – Se faltar qualquer das partes e não puder se realizar a audiência imediata, a Secretaria 
providenciará sua intimação 
A ideia inicial era de ser resolvido tudo no mesmo dia, porém a demanda foi MUITO MAIOR e com isso 
houve acriação de varas independentes do JEC 
 
 
17 
2ª FASE: AUDIÊNCIA PRELIMINAR 
Art. 72 da Lei - As partes serão intimadas para o comparecimento, sendo assim não há ainda citação, essa 
intimação é feita por correspondência 
Tentativa de composição dos danos civis (autor e vítima). Condução da conciliação – Art. 73 da Lei 
Art. 74 da Lei – A composição dos danos civis – Refere-se a um acordo feito entre as partes (Isso não há em 
qualquer outro processo que não seja do JEC) 
Art. 75 da Lei – Se não ocorrer a composição, será dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de 
exercer o direito de representação verbal, que será reduzida a termo 
TRANSAÇÃO PENAL: Art. 76 da Lei – É um acordo oferecido pelo MP, que ocorre entre o MP e o suspeito 
para que NÃO ocorra o Processo Penal. Esse acordo consiste na aplicação imediata de pena de multa ou 
restritiva de direitos. A transação põe fim ao procedimento e não terá validade para reincidência 
O agente não poderá ser beneficiado por outra transação penal no prazo de 5 ANOS – Art. 76, § 3ºe 4º da Lei 
Se NÃO FOR POSSÍVEL a transação penal (art. 76, §2º) o Juiz poderá conceder o sursis (suspensão 
condicional da pena – Art. 77 e seguintes do CP). O sursis suspende o processo pelo período de 2 a 4 
anos, desde que preenchidos os requisitos 
Mesmo com o sursis, nos casos que não houver composição irá para a 3ª fase 
 
3º FASE: RITO SUMARÍSSIMO 
Art. 77 da Lei - DENÚNCIA oral ao FINAL da audiência preliminar 
Art. 78 da Lei – Redução a termo da denúncia ou queixa e citação 
Art. 79 da Lei – Início da audiência: Possibilidade de conciliação entre as partes e transação pelo MP 
Art. 80 da Lei – Possibilidade de condução coercitiva. Pra essa audiência de instrução e julgamento, se a 
parte não comparecer o Juiz poderá determinar a condução coercitiva 
Art. 81 da Lei – Audiência: Sequencia: 
1) Defesa preliminar oral 
2) Recebimento da denúncia 
3) Depoimento das testemunhas: Acusação e 
Defesa (Até 3 testemunhas para cada parte – Art. 
34 da Lei – Analogia ao número de testemunhas 
civis) 
4) Interrogatório do réu 
5) Debates orais (20 min. Prorrogáveis por mais 10 
min) 
6) Sentença 
Art. 82 da Lei – Recurso de Apelação: É proposta perante a Câmara do Juizado Especial que é composta 
por 3 Juízes Criminais da própria Comarca (Não é dirigido ao Tribunal) 
 
18 
Art. 84 e 85 da Lei – Execução da pena de multa e sua consequência no caso de não pagamento – 
Conversão em prisão ou restritiva de direito 
Posicionamento majoritário: Conversão em restritiva de direito. Prisão só se presentes os requisitos 
OBS.: Não há previsão legal no caso do não cumprimento da pena restritiva de direitos, apresentando a 
Doutrina diversos posicionamentos: 
1) Conversão em pena privativa de liberdade 
2) Conversão em pena de multa 
3) Retomada do processo que não teve continuidade em decorrência da transação penal 
 
 
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 
No CPP estão previstos 4 Ritos Especiais: Para apuração dos Crimes Dolosos contra a Vida (Arts. 406 a 
497), dos Crimes Funcionais (Arts. 513 a 518), dos Crimes contra a Honra (Arts. 519 a 523) e dos Crimes 
Contra a Propriedade Imaterial (Arts. 524 a 530). Além destes, existem inúmeros outros ritos diferenciados 
em Leis Especiais 
 
TRIBUNAL DO JÚRI 
A CF reconhece o Instituto do Júri como garantia individual (Art. 5º, XXXVIII CF), sendo que se trata de uma 
cláusula pétrea, ou seja, essa Instituição não pode ser suprimida do ordenamento nem por Emenda 
Constitucional 
 
O Júri é Órgão Jurisdicional de 1º grau da Justiça Comum Estadual e Federal, composto por cidadãos 
(Juízes Leigos) escolhidos por sorteio, que são temporariamente investidos de jurisdição, e por um Juiz 
Togado (Juiz de Direito) 
 
Cabimento: Crimes dolosos contra a vida, 
consumados ou tentados 
Crimes dolosos contra a vida são apenas 
aqueles previstos no capítulo específico do CP: 
Homicídio Doloso, Infanticídio, Auxílio, Induzimento 
ou Instigação ao Suicídio e Aborto 
As infrações que apresentarem morte a título 
doloso, mas que não se incluem nesses casos, 
NÃO será de competência do Júri. Ex.: A 
competência para o processo e julgamento de 
latrocínio é do Juiz singular e não do Tribunal do 
Júri (Súmula 603 do STF) 
 
 
19 
CARACTERÍSTICAS do Tribunal do Júri 
 Temporariedade – Órgão Jurisdicional de caráter não permanente, sendo que é constituído em 
determinadas épocas e depois do julgamento é dissolvido 
 Órgão Colegiado – Integrado por vários membros 
 Heterogeneidade – Composto de 1 Juiz Profissional e 25 Juízes Leigos (jurados), dos quais 7 são 
sorteados, a cada Julgamento, para formação do Conselho de Sentença 
 Decisão por maioria – A Decisão é tomada por maioria simples de votos 
OBS.: Para ser jurado é necessário ter: Nacionalidade brasileira, Cidadania, ser maior de 18 anos, ter Notória 
idoneidade, ser Alfabetizado e ter gozo das Faculdades Mentais e dos Sentidos 
OBS².: É obrigatório o serviço do Júri, pois trata de um dever imposto a todos, sendo que sua recusa será 
aplicada multa de 1 a 10 salários mínimos (Art. 436, §2º CPP). Serão ISENTOS do serviço somente os 
elencados no art. 437 do CPP (Ex.: Presidente da República, Governante, Prefeito) 
OBS³.: Os jurados são considerados funcionários públicos para fins penais (Art. 327 CP), desta forma se 
solicitar dinheiro de uma das partes, incorre em crime de corrupção passiva 
 
Procedimento do Processo do Tribunal do Júri 
O Procedimento é desenvolvido em 2 FASES: 
A 1ª Fase, denominada SUMÁRIO DA CULPA, 
tem início com o recebimento da denúncia e 
encerra-se com a preclusão da decisão de 
pronúncia. Tal etapa serve para a formação de 
Juízo de Admissibilidade da acusação 
 
A 2ª Fase, denominada JUÍZO DA CAUSA, se 
inicia com a intimação das partes para indicação 
das provas que pretendem produzir em plenário e 
tem fim com o trânsito em julgado da Decisão do 
Tribunal do Júri. Essa fase compreende uma etapa 
preparatória ao julgamento e o próprio 
julgamento do mérito da pretensão punitiva 
 
Vamos analisar melhor cada uma dessas fases: 
1ª FASE – SUMÁRIO DA CULPA (Fase de formação da culpa) 
Semelhante ao Processo Ordinário, entretanto possui algumas diferenças, que veremos a seguir 
O Processo dará na seguinte ordem: 
 
Inquérito Policial  Denúncia ou queixa subsidiária  Resposta à acusação (10 dias)  
Manifestação do MP em 5 dias  Não há aqui possibilidade de absolvição sumária  Audiência em 10 dias 
Aditamento da denúncia  Debates Orais  Sentença (Visa apenas verificar se há crime doloso contra a 
vida, consumado ou tentado) 
 
20 
Detalhando melhor a ordem acima mencionada: 
Recebida a Denúncia ou a Queixa, o Juiz ordenará a citação do acusado para oferecer resposta escrita, no 
PRAZO DE 10 DIAS (art. 406, caput CPP). O PRAZO para o réu apresentar resposta será contado a partir 
da data do cumprimento do mandado (ATENÇÃO NESTA DATA) ou, no caso de citação inválida ou por 
edital, a partir do comparecimento em juízo do acusado ou de defensor constituído (art. 406, § 1º CPP) 
OBS.: Se o réu, Citado por Edital, não oferecer resposta, não comparecer em juízo e não nomear 
Defensor, será decretada a suspensão do processo e do prazo prescricional, nos termos do art. 366 do 
CPP 
Na resposta, o réu poderá, além de arguir preliminares e de alegar o que entender útil à sua defesa, 
apresentar documentos e justificações, requerer a produção de provas e arrolar até 8 Testemunhas 
(art. 406, § 3º CPP), sendo idêntico ao que a acusação pode arrolar na denúncia (art. 406, § 2º CPP) 
Depois de apresentada a resposta, o MP será ouvido em 5 DIAS 
OBS².: (ATENÇÃO!!!) Apesar da existência de previsãopelo Código (Art. 394, §4º do CPP) da possibilidade 
de absolvição sumária logo após a apresentação da defesa, no Procedimento do Júri fica AFASTADO 
essa possibilidade nesta etapa, em razão do Princípio da Especialidade, pois a Lei prevê oportunidade 
diversa para a absolvição sumária nos processos de Competência do Júri 
Após isso, em 10 DIAS, o Juiz deverá deliberar por iniciativas probatórias requeridas pelas partes, a 
inquirição das testemunhas e a realização de outras provas (Art. 410 CPP). Em Audiência única, serão 
ouvidos, nesta ordem (Art. 411 CPP): 
1º) Ofendido 
2º) Testemunhas arroladas pela acusação e 
defesa 
3º) Esclarecimentos dos Peritos 
4º) Realizar Acareações e Reconhecimento de 
pessoas ou coisas 
5º) Interrogar o Acusado 
6º) Proceder Debates Orais 
OBS³.: A Lei fixou o prazo máximo de 90 DIAS para conclusão do procedimento (Art. 412 do CPP) 
OBS4.: Terminados os Debates Orais, passa-se à etapa Decisória do sumário da culpa (ou fase da 
pronúncia), em que o Juiz, na própria audiência, profere sua Decisão ou determina que os autos lhe venham 
conclusos para proferir Decisão no prazo de 10 dias 
Etapa Decisória do Sumário da Culpa – Fase da Pronúncia 
Alcançada essa etapa, o Juiz pode encerrar a fase de formação da culpa com uma das 4 Espécies de 
Decisões: 
1) SENTENÇA DE PRONÚNCIA: Art. 413 CPP – Nesta Decisão o Juiz considera que restou provada a 
materialidade e autoria de crime doloso contra a vida consumado ou tentado 
O Juiz NÃO pode antecipar elementos de convicção, mas pode tratar de causas especiais de aumento de 
pena – Art. 413, §1º CPP 
 
21 
Quanto às causas de diminuição de pena, atenuantes e agravantes, serão formuladas pelas partes em 
Plenário e decididas pelo Conselho de Sentença (Jurados) 
Natureza Jurídica da Sentença de pronúncia é uma Decisão de natureza interlocutória mista não 
terminativa, pois encerra somente uma fase do processo, sem encerrar o processo 
OBS.: Crimes Conexos NÃO dolosos contra a vida: Caberá seu julgamento ao Conselho de Sentença. 
Na Sentença de pronúncia, eles serão demonstrados 
Pronúncia, Liberdade Provisória e Prisão – Art. 413, §2º e §3º CPP 
Da Sentença de pronúncia cabe o RESE (Recurso em Sentido Estrito: Art. 581 IV CPP) 
Despronúncia: Ocorre quando a Decisão de pronúncia, após o RESE é reformada pelo Tribunal 
 
2) SENTENÇA DE IMPRONÚNCIA: Art. 414 CPP – Ocorre quando o Juiz não se convence sobre a prova 
de materialidade, não sobre a autoria, ou seja, não há prova suficiente de que o crime ocorreu e/ou 
não há prova suficiente de que foi cometido pelo autor 
Esta Decisão permite que, uma vez descoberta novas provas antes da ocorrência da prescrição, seja 
ofertada nova denúncia contra o acusado. Esta Decisão acarreta o término do processo, cabendo 
apelação – Art. 416 CPP 
 
3) ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA: Art. 415 CPP – Ocorrerá quando: 
a. Provada a inexistência do fato 
b. Provada a inocência do autor 
c. Não constituir o fato infração penal 
d. Provada descriminante, exceto inimputabilidade 
 
Trata-se de Decisão Terminativa, passível de recurso de apelação – Art. 416 CPP 
 
OBS.: NÃO CONFUNDA COM ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA DO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO 
 
4) DESCLASSIFICAÇÃO: Art. 419 CPP – Há a desclassificação para delito NÃO doloso contra a vida. 
Será encaminhado à Vara Criminal Comum. Cabe Recurso em sentido estrito (Art. 581, II CPP) 
ESQUEMATIZANDO: 
 
P
R
O
N
Ú
N
C
IA
 
•Indícios de autoria e 
prova de 
materialidade 
•Recurso em sentido 
estrito 
•Réu é mandado a júri 
e interrompe-se a 
prescrição 
IM
P
R
O
N
Ú
N
C
IA
 
•Ausência de indícios 
de autoria e prova de 
materialidade 
•Apelação 
•Decisão terminativa. 
A ação pode ser 
reaberta com novas 
provas 
A
B
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IÇ
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O
 S
U
M
Á
R
IA
 
•Reconhecimento da 
inexistência do fato 
ou de que o réu nao 
é o autor ou 
partícipe do crime, 
ou, ainda, da 
atipicidade da 
conduta, de causa 
excludente de 
ilicitude ou de 
isenção de pena 
•Apelação 
•Faz coisa julgada 
material 
D
ES
C
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SS
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A
Ç
Ã
O
 
•Reconhecimento da 
existência de crime 
que não é doloso 
contra a vida 
•Recurso em sentido 
estrito 
•Remessa dos autos 
ao juízo competente 
para proferir 
sentença 
 
22 
2ª FASE – JUÍZO DA CAUSA (Etapa Preparatória para o Julgamento) 
Também denominada Juízo da causa (“judicium causae”) e tem início com a preclusão de Decisão de 
Pronúncia (diz-se preclusão e não Trânsito em Julgado porque a decisão não põe fim ao processo, nem faz 
Coisa Julgada material) (Art. 421 CPP) 
Preparação para o Julgamento em Plenário 
Art. 422 CPP – Apresentação do rol de testemunha que deverão ser ouvidas em plenário, no MÁXIMO 5 
(Na primeira fase até 8 testemunhas). Também pode ser juntados documentos e requerimento de diligências 
Art. 423 CPP – Deliberações e Providências: O Juiz delibera sobre requerimentos, ordena diligências e 
realiza um relatório do processo, fixando uma data para a realização da cessão de Julgamento 
Art. 424 CPP – Determinação desde 2008, quanto as Leis de organização judiciária local não atribuírem ao 
Juiz presidente do TJ o preparo para o Julgamento 
Desaforamento 
Art. 427 CPP – Existe a possibilidade de qualquer das partes, inclusive o próprio Juiz (de ofício), requerer ao 
Tribunal de Justiça essa providência, que permite que o Julgamento pelo Júri seja feito em uma Comarca 
diferente daquela em que está em andamento o processo criminal. 
Em outras palavras, isso é mudar o Julgamento de lugar 
HIPÓTESES: 
1) Interesse Público: Intranquilidade social 
2) Segurança pessoal do acusado: Quando 
ocorrer suspeita de risco através de ameaças 
ou mesmo advinda de comoção ou 
manifestações públicas 
3) Dúvida sobre a imparcialidade dos jurados: 
Quando ocorre muita comoção pública 
4) Atraso na data para o Júri após 6 meses da 
preclusão da pronúncia: Art. 428 CPP. Não 
pode haver responsabilidade da defesa neste 
atraso 
OBS.: Art. 428, §2º CPP – Possibilidade de antecipação do Julgamento a requerimento da defesa 
 
Do Julgamento em Plenário 
Ordem de prioridade para organização da pauta de Julgamentos (Art. 429 CPP): 
1º - Acusados presos 
2º - Dentre os acusados presos, aqueles que estiverem há mais tempo preso 
3º - Em igualdade de condições, os precedentemente pronunciados 
Art. 430 CPP – Assistente de Acusação: Deve ser requerida sua habilitação para atuar na sessão até 5 
DIAS antes da data da sessão 
 
23 
SORTEIO E CONVOCAÇÃO DOS JURADOS 
Após a organização da pauta, o Juiz intimará o MP, a OAB e a Defensoria Pública para acompanharem o 
prévio sorteio dos 25 jurados que comporão aquela sessão, geralmente sendo este grupo de 25 sorteados 
para o período de 1 mês (Art. 432 e 433 do CPP) 
COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL DO JURÍ 
Composto por 1 Juiz Togado, seu Presidente e por 25 Jurados, que serão 7 alistados para compor o 
Conselho de Sentença em cada sessão de Julgamento (Art. 447 CPP) 
Antes do sorteio dos membros do Conselho de Sentença, o Juiz presidente esclarecerá sobre os 
impedimentos, a suspeição e as incompatibilidades constantes dos arts. 448 e 449 do CPP: 
São IMPEDIDOS de ser do mesmo Conselho de Sentença (Art. 448 CPP): 
1) Marido e mulher 
2) Ascendente e descendente 
3) Sogro, genro ou nora 
4) Irmãos e cunhados, durante o cunhadio 
5) Tio e sobrinho 
6) Padrasto, madrasta ou enteado 
 
NÃO PODERÁ SERVIR o jurado que (Art. 449 CPP): 
1) Tiver funcionado em julgamento anterior do mesmo processo, independentemente da causa 
determinante do julgamento posterior 
2) No caso do concurso de pessoas, houver integrado o Conselho de Sentença quejulgou o outro acusado 
3) Tiver manifestado prévia disposição para condenar ou absolver o acusado 
 
OBS.: Formação do Conselho de Sentença (Júri) – Presença de no mínimo 15 jurados para o sorteio, onde 
as partes (acusação e defesa) podem recusar imotivadamente 3 jurados cada. Outras recusas podem 
ocorrer, desde que motivadas (Art. 467 a 468 CPP) 
 
OBS².: Juramento Solene dos Jurados - Após a formação do Conselho de Sentença, todos ficarão em pé e 
o presidente fará a exortação: 
“Em nome da lei, concito-vos a examinar esta causa com imparcialidade e a proferir a vossa decisão de 
acordo com a vossa consciência e os ditames da justiça” 
Os jurados responderão: 
“Assim o prometo” 
 
 
 
24 
INSTRUÇÃO EM PLENÁRIO 
Prestado o compromisso pelos jurados, será iniciada a instrução plenária quando o Juiz presidente, o MP, o 
Assistente, o Querelante e o Defensor do acusado tomarão as declarações do ofendido, se possível, e 
inquirirão as testemunhas arroladas pela acusação (Máximo de 5 para cada parte – Art. 422 CPP) – 
Acareações, reconhecimento de pessoas e coisas, esclarecimentos dos peritos (Art. 473 CPP) 
Art. 474 CPP – Interrogatório do réu, se estiver presente. NÃO é permitido o uso de algemas durante a 
sessão, exceto em casos de extrema e comprovada necessidade 
 
Debates Orais – Art. 476 CPP 
Acusação: Em plenário – 1 hora e meia (1 réu) ou 2 horas e meia (2 ou mais réus) 
Defesa: 1 hora e meia (1 réu) ou 2 horas e meia (2 ou mais réus) 
OBS.: Art. 497, XII - Apartes: São breves interrupções da parte contrária no tempo de fala do outro para 
esclarecimento de questão relativa àquela fala específica. O Juiz geralmente concede à parte solicitante o 
aparte por até 3 minutos 
OBS².: Art. 480 CPP – Esclarecimentos: A acusação, a defesa e os jurados poderão, a qualquer momento 
pedir ao orador que indique a folha dos autos onde se encontra a peça por ele lida ou citada 
OBS³.: Art. 481 CPP – Pedidos de novas provas periciais, se necessário, 5 DIAS 
 
Questionário e Votação – Art. 482 CPP 
O Conselho de Sentença será questionado sobre matéria de fato e se o acusado deve ser absolvido - 
Redação objetiva só cabendo reposta “SIM” ou “NÃO” 
 
Votação dos Quesitos – Art. 485 CPP 
Sala secreta: Juiz, MP (assistente se houver), Defensor e Jurados. Serão lidos, explicados e votados os 
quesitos. Os votos deverão ser em SIGILO apurados, parando a contagem quando qualquer quesito caber 4 
votos em um determinado sentido. Havendo contradição entre a votação dos quesitos, o Juiz deverá 
proceder a novo esclarecimento e nova votação 
A Decisão do Tribunal do Júri é SOBERANA e após a votação, cabe ao Juiz proferir a sentença conforme o 
art. 492 do CPP, sendo que ela será lida em plenário 
Após a Sessão de Julgamento, o Escrivão irá elaborar o ato da sessão (Art. 495 CPP) - A ata da sessão 
contém todo o ocorrido durante a sessão em Plenário 
 
 
25 
SENTENÇA - Art. 492 CPP 
Possibilidades: 
a) Sentença Condenatória: Inciso I, alíneas “a” a 
“f” – Quantificação da pena e sobre prisão 
preventiva 
b) Sentença Absolutória Própria: Inciso II, 
alíneas “a” e “b” – Impositiva a colocação em 
liberdade se preso 
c) Sentença Absolutória Imprópria: Inciso II, 
alínea “c” – Medida de Segurança 
d) Desclassificatória: Art. 492, §1º e §2º - Será 
lida em Plenário 
 
 
LEI DE DROGAS – Nº 11.343/06 
Art. 1º - Sisnad: Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas 
Finalidade – Art. 3º: Cuida do usuário e reprimi o traficante 
Dos crimes e das penas: 
Art. 28 da Lei – Usuário: Medida despenalizadora 
mista 
§1º - Conduta equiparada 
§2º - Como a autoridade verifica o tratamento ao 
usuário ou traficante 
 
Penas – Advertências, Prestação de Serviços à Comunidade e Medida Educativa de comparecimento a 
Programa ou Curso 
Primário – Aplicada por 5 meses 
Reincidente – Art. 28, §3º e §4º - Em dobro, 10 meses 
 
Art. 29 da Lei- Multa: Irá para o Fundo Nacional Anti-drogas 
Art. 30 da Lei – Prescrição em 2 ANOS (usuário) 
 
Processo – Art. 48, §1º da Lei: Sanções só serão aplicadas por Juiz Criminal, mediante devido processo 
legal 
§2º - Não haverá prisão em flagrante (Para o usuário será termo circunstanciado) 
§3º - Providências pelo Juiz ou pela autoridade policial 
§4º - Exame de corpo de delito – Verificar se é usuário 
§5º - Transação penal pelo MP, aplicação das penas previstas no art. 28 
 
26 
Art. 33 – Tráfico 
§1º - Crime equiparado 
§2º - Caso de diminuição de pena 
§3º - Pena para quem compartilha (Tráfico amigo 
<3) 
§4º - Redução da pena 
 
Art. 34 a 39 da Lei – Outros 
delitos 
Art. 41 da Lei – Dilação 
premiada 
Art. 48, §1º da Lei – Aplica-se 
o procedimento sumaríssimo 
(lei 9.099/95) – Transação 
penal proposta pelo MP. 
Oferecimentos das penas 
previstas no art. 28 da Lei de 
Drogas 
 
Processo – Arts. 50 ao 59 da Lei 
Art. 50, §1º - Laudo de constatação feito por 
pessoa idônea, geralmente o próprio policial 
§2º - Laudo toxicológico definitivo 
§único – Pedido do Delegado de Polícia 
Art. 51 da Lei – Prazo para encerramento do 
Inquérito Policial, 30 dias se o indiciado estiver 
preso e 90 dias se estiver solto ou prazo em dobro 
com autorização judicial 
Art. 52 da Lei – Procedimento do Delegado 
quando encerra o Inquérito Policial. Inciso I – 
Elaboração do relatório; Inciso II – Requerimento 
de mais prazo 
Art. 53 da Lei – Procedimentos de investigação 
permitidos desde que autorizados pelo Juiz. Inciso 
I – Infiltração de policiais; Inciso II – Flagrante 
postergado 
Art. 54 da Lei – Procedimento judicial ao receber o 
Inquérito Policial – 5 testemunhas para arrolar 
Art. 55 da Lei – Defesa Preliminar - §1º - 
Complemento da defesa; §2º - Apresentação de 
exceção; §3º - nomeação de advogado; §4º - 
Prazo para decisão do Juiz: 5 DIAS; §5º - 
Requisições judiciais 
Art. 56 da Lei – Procedimentos para marcação da 
audiência 
Art. 57 da Lei – Realização da audiência 
Art. 58 da Lei – Prazo para Sentença 
Art. 59 da Lei – Apelação 
OBS.: A destruição das drogas apreendidas se faz por incineração, no prazo máximo de 30 DIAS da data da 
apreensão, guardando-se amostras necessárias à preservação da prova – Art. 50-A da Lei

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