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ANESTESIA EM RUMINANTES

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ANESTESIA EM RUMINANTESANESTESIA EM RUMINANTES
- Os ruminantesnão são bonspacientespara anestesia geral
- ↑↑↑↑↑↑↑↑ Risco de regurgitação e aspiração do que outras espécies
- Dóceis ���� procedimentos com anestesia local e sedação 
- Alguns procedimentos só com anestesia geral (ortopédicos, p.ex.)
- Cuidados redobradospara evitar complicações
- Gado adulto ���� ↑↑↑↑miopatiase neuropatiasapósdecúbito
* posicionamento corretoe acolchoamento
- Decúbito ���� esfíncter esofágico sob o conteúdo ruminal
* Impede eructaçãoe facilita acúmulode gas
- Timpanismo dependeda fermentação e tempo de acúmulo
- Decúbito prolongado���� Distensão ���� Regurgitação
- Vísceras abdominais ���� compressão diafragmática
- Aspiração do material regurgitado ���� obstrução de vias aéreas
* Asfixia � complicações e óbito em 24 horas
- Salivação profusa
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- Minimizando o problemada regurgitação:
* Jejum alimentar(12-24h)/ jejumhídrico (6-12h)
* Colocar uma almofadaembaixo do pescoço
* Sonda orogástrica�drenar conteúdoruminal e gas 
* Limpar a boca no final do procedimento
* Deixar a sonda com o cuff infladoaté o decúbito esternal,
degluta e seja capaz de colocar a lingua dentro da boca
- Bezerros e pequenosruminantes
* jejumalimentar de 12 e hídrico de 8 horas
- Bovinos adultos jejum alimentar e hídrico de 12 a 24 horas
- Touros muito grandes24 a 48 horas(½ às 48 e total às 24) 
- Neonatos ���� jejum mínimo ���� hipoglicemia
- Exame físico ���� auscultação, arritmias, sons pulmonares
- Estabilizar animais debilitados
- Cateterização
* Veia jugular
* Veias auricular e coccígea
* Cateter 12-14 G para animais grandes
* Cateter 16 – 18 G para pequenos ruminantes
Medicaçãopré-anestésica
- Vantagens da MPA
- Em bov inos poucas opções disponíveis
- Neuroleptanalgesiaé muito usada (xilazina + butorfanol
/ acepromazina + morfina)
Acepromazina
- Classificação e efeitos
- 0,025 – 0,05 mg/kg IV 
- Não aplicar na veia coccígea (injeção intra-arterial � necrose distal) 
- Aumenta o risco de regurgitação
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Diazepam/Midazolam
- Classificação e efeitos
- Em pequenos ruminantes podemser usados na MPA
- Em bov inos sãousados na indução (junto com cetamina) 
- 0,02 – 0,1 mg/kg IV 
Xilazina
- Classificação e efeitos
- Hipoxemia, hipercapnia e edema pulmonar(principalmente em
pequenos ruminantes, ovelhas) 
- 0,01 – 0,1 mg/kg, i.v. (10 vezesmenos que emeqüinos)
- 0,1 mg/kg, i.v.�decúbitoanestesia superficial até por uma hora
- Decúbito mesmo com doses menores
- Variações na sensibilidade
* Heref ords mais sensíveis do que osHolandeses
* Bos indicus são os mais sensíveis do que Bos taurus
Butorfanol
- Classificação e efeitos
- Sedação inconsistente (pode induzir inquietação e vocalização)
- 0,02 – 0,05 mg/kg, i.v. � sedação emanimais debilitados
- Com xilazina e outros sedativos � sedação e analgesia
- Isoladamente�mínimas alterações emFC, PA, DC
- Detectadono leite até 36 horas após a administração
xilazina 0,02 mg/kg, i.v. + butorfanol 0,02 mg/kg, i.v.
pico de sedação em 5 minutos
Anticolinérgicos (atropina-glicopirrolato)
- Classificação e efeitos?
- Diminuição do volume de secreção salivar
- Mais v iscosa, difícil eliminação quando há aspiração
- Altos níveis de atropinase, doses mais altas e freqüentes
- Depressão da motilidadeGI � desconforto e cólica
- Não são usados na MPA de ruminantes rotineiramente
- Podem ser usados emcaso de bradicardia
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Cetamina
- Classificação e efeitos
- Não causa convulsões embovinos
- Indução de baixa qualidade se usada como agente único
- Associar com benzodiazepínicos ou agonistas adrenérgicos alfa-2
Cetamina + xilazina
- xilazina 0,1 – 0,2 mg/kg, i.m. ou 0,05-0,1 mg/kg, i.v.
- Sedação profunda e muitas vezes decúbito
- Butorf anol0,1-0,2 mg/kg, i.v., �melhora analgesia e miorrelaxamento
- Cetamina 2 mg/kg, i.v. � na indução
- Tentar intubar após xilazina e antes da cetamina
- A cetaminaincrementa a salivação e podeinterferir na deglutição
- Pode ocorrer hipoxia�suplementar com O2
Indução anestésica
Cetamina + diazepam 
- Menos depressão cardiovascular que com xilazina-cetamina
- Indução após MPA com xilazina (diazepam 0,1 mg/kg + cetamina 2 mg/kg, iv)
- Bezerros e pequenos ruminantes
* Diazepam 0,25 mg/kg + 5 mg/kg cetamina na mesma seringa� a efeito
- Butorf anol0,1-0,2 mg/kg, i.v.�melhorar analgesia e miorrelaxamento
- Anestesia de aproximadamente 15 minutos
Tiletamina/zolazepam(Zoletil®, Telazol®) 
- Telazol 4mg/kg + xilazina 0,1 mg/kg (anest/analg por 70’ embezerros)
- Telazol, 12-24 mg/kg, i.v. �40’ de anestesia emovelhas
* Depressão cardiopulmonar e recuperação prolongada
- Doses iniciais reduzidas 2-4 mg/kg, i.v., e doses adicionais se necessário
Guaifenesina (EGG) 
- Classificação e efeitos
- Não dev e ser usado como agenteúnico� não é analgésico
- Melhora a indução e diminui a dose dos anestésicos (cetamina ou tiopental)
Triple-Drip (EGG / Cetamina / Xilazina) 
- 1 litro de glicose a 5% 
- EGG 50 g (50 mg/ml)
- Xilazina 100 mg (0,1 mg/ml) 
- Cetamina 1 g (1 mg/ml) 
- Bolus 0,5 -2 ml/kg “a efeito” até quepermitaa intubação
- Depois gotejamento até plano anestésico com isofluorano (5-10’)
- Ou� após indução com xilazina-cetamina administrar EGG-cetamina
* A meia-vida da xilazina é maior do que a da cetamina em bovinos
- De f orma intermitente ou em infusãocontínua�0,5 - 2 ml/kg/hr 
Tiopental
- Classificação e efeitos
- 6-10 mg/kg, semMPA � 10-15’ de decúbito
- Tiopental (2 g) + EGG (50 g) � 100 mg/kg EGG + 4 mg/kg Tio a efeito
Propofol
- Classificação e efeitos
- Pequenos ruminantes e bezerros na induçãoe manutenção
- 5-6 mg/kg, IV � 4-9 minutos de anestesia
- Manutenção� infusão contínua
- Custo e grandes volumes � fatores limitantes
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Agentes inalados (isofluorano, halotano, sevofluorano, ou desfluorano) 
- Pequenos ruminantes e bezerros�máscara facial
- Administraçãorápida e menor poluição� intubação nasotraqueal
- Primeiro circuitos sem reinalação e depois com reinalação
Intubação endotraqueal
- Via aérea segura e prevéma aspiração de saliva e conteúdo ruminal
- Após o decúbitocolocar o abridor de boca
- Tubo guia de f orma “cega” e depois a sonda endotraqueal
- Ov elhas, cabras, bezerros e llamas 
* A visualização da laringe é difícil, pois a abertura da boca é limitada
* Laringoscópio com lâmina longa e mandril podem ajudar
- Espasmo laríngeo nãoé incomumempequenos ruminantes
* Pode-se usar a lidocaína para limitar essa complicação
- Intubação nasotraqueal� quando a intubação orotraqueal é difícil
- Conf irmar pela saída de ar e/ou por capnografia(ETCO2)
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Anestesia inalatória
- Fator econômico� halotano ainda é o mais usado
- Em brev e será substituído pelo isofluorano
- Complicações ocorremcom maior freqüência
- Mais hipotensão, hipoventilação, redução do DC
- Grav es conseqüências se o plano anestésiconão for bem controlado
Halotano
- CAM do halotano� 0.8 % 
- Indução� 5% (bovinos) e 2.5-4% (pequenos ruminantes)
- O2 20 ml/kg/min 
- Manutenção� 1-3% com O2 10 ml/kg/min
Isofluorano
- Mais caro do que o halotano
- Estabilização do planoe recuperação rápidas
- CAM em bov inos � 1.3% 
- Indução� 5% (bovinos) e 3-4 % (pequenos ruminantes)
- O2 20 ml/kg/min
- Manutenção� 1.5-3 % em O2 10 ml/kg/min 
- Depressão cardiovascular dose-dependente
- Maior v asodilatação periférica do que halotano
Anestesia Total Intravenosa (T.I.V.A.) 
- Indução e/ou manutenção
- Mínima depressão cardiopulmonar
- Duas limitações� hipoxemia e recuperação prolongada
- Anestesiaporperíodos de no máximo 45 minutos semO2
- Propof ol� não cumulativo, mas caro
- Menor controle do plano anestésico�acordar abrupto
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- Plano de anestesiaadequado ↓ depressão cardiorrespiratória e do SNC
- Mov imentos, tônus da mandibulae movimentosmastigatórios, posição
do olho, relaxamentomuscular, reflexos palpebral, corneal 
- Dif erenças na posiçãodo olho em ruminantes� rotação ventral mais do 
que rostroventral, somente se observa a esclera; posiçãocentral durante a 
anestesia profunda
- FC, pulso, PA, mucosas, TPC, ECG, freqüência e amplitude respiratória
- Oximetria de pulso
- Ref lexopalpebral se perde emplanos superficiais (pouco valor nesta espécie)
- Ungüento oftálmicopara prevenir lesões corneais
- Temperatura corpórea, principalmenteem pequenos ruminantes
MONITORAÇÃO
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RECUPERAÇÃO
- Bov inos permanecemem decúbito esternal até que são capazes de se 
lev antar e permanecer emposiçãoquadrupedal
- Colocar uma almofada embaixo da mandíbula com a boca abaixo da laringe
para permitir a drenagem da saliva e evitar a aspiração
- Deixar o traqueotubo com o cuff inflado
- Se não há sinais de recuperação depois de um tempo pertinente� reversão
- Extubação somente após a volta do reflexo de deglutição e a presença de 
tônus muscular
- Observ ação até que o animal esteja totalmenterecuperado (se voltar a dormir
pode aspirar)
ANESTESIA EM SUÍNOSANESTESIA EM SUÍNOS
INTRODUÇÃO
- Os métodos de contenção variamcom o tamanho
* De neonatos até adultos de mais de 350 kg
- Os suínos podem ser treinados, mas tambémpodemser extremamente
dif íceis de manejar
- Em geral a anestesia de suínos nãoé complicada
* Não se excitamviolentamente (apesar dos gritos!)
* Recuperação calma
* Aparentemente, não há incremento das arritmias peloestresse (?)
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VIAS DE ADMINSITRAÇÃO
- A v ia intravenosa(veias na parte externa da orelha)
- Estes vasos nãosão propícios para a terapiade fluidos, a veia jugular 
dev e ser abordada de forma cirúrgica
- A v eia cefálica podeser usada(difícil visualização pelapele grossa)
- Injeção intramuscular �músculos do pescoço ou membro pélvico
- Em porcos muito grandes� usar agulhas longas
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INDUÇÃO ANESTÉSICA
- Como em outras espécies a anestesia balanceadaé mais comum
- Associação de agonistas alfa-2 + cetamina� i.v., i.m.
* xilazina + cetamina
* Suínos são muito menos sensíveis aos agonistas alfa-2
- Benzodiazepínicos + cetamina, i.v., i.m.
* Cetamina + midazolam, cetamina + diazepam 
- Telazol (± cetamina e xilazina), i.m., i.v.
- Tiopental, Propofol, i.v.
- Butorf anolou morfina�melhorar analgesia e sedação
- Azaperone (Stressnil®) � 0,2 – 1 mg/kg, i.m. (MPA)
- Atropina + acepromazina + cetamina
*0,04 mg/kg + 0,1-0,4 mg/kg + 10 mg/kg (20 minutos depois)
- Atropina + xilazina + cetamina
* 0,04 mg/kg + 2-6 mg/kg + 10 mg/kg (20 minutos depois)
- EGG + xilazina + cetamina
* 500 ml de EGG a 5% + 500 mg de xilazina + 500 mg de cetamina
* i.v. “a efeito” +/- 2-4 ml/kg
- Telazol + xilazina
* 5 ml de xilazina a 10% + frasco de telazol
* 1 ml da solução para cada 50 kg, i.m.
- Propof ol
* 2-5 mg/kg
* Lento e a efeito
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INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL
- Dif ícil no suíno, tamanho e forma da cabeçadificultamusodo laringo
- O espasmo laríngeo é facilmenteprovocado
* Somente intubar sob anestesia geral, relaxante muscular ou lidocaína
- Traqueotubo menor que para outras espécies (6 para um porco de 25kg)
- Laringoscópio de Rowson/ O usode estilete pode ser útil
- A conf ormação anatômica torna ainda mais difícil a intubação
- Decúbito dorsal, cabeça e pescoço extendidos, flexionar o pescoço
- Virar o traqueotubo 180 graus quandoencontrar resistência
MANUTENÇÃO
- Anestesia inalatória é a melhor opção
- Isof luorano, halotano, sevofluorano e desfluorane podemser usados
- Halotano é o menos desejável� hipertermiamaligna
- A anestesia loco-regional é desejável (epidural)
- Usados em medicina experimental � protocolos complexos
- Na rotina � f ator $$ é limitante
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HIPERTERMIA MALIGNA
- Miopatia genética de origembioquímicaem algumas linhagens e raças
- Se desenv olve durante a anestesia
- Rigidezmuscular, taquipnéia, taquicardia, aumentoprogressivoda
temperaturacorporal, hipercalemia, acidose respiratóriae metabólica
- Raças afetadasmais comumente:
* Animais musculosos e pesados
* Poland-China, Pietrain, Landrace, Large White, Hampshire. 
- O Duroc é menos suscetível
- O dantrolene (miorrelaxante) via oral, 2 a 5 mg/kg, a cada 6 a 8 h, antes da
indução, pode prevenir o início da síndrome
- Doses de 2 a 10 mg/kg, são úteis no tratamento umavez que o problema
aparece
RECUPERAÇÃO
-Manter a temperatura
- Analgesia 
-Observar até a total recuperação
� ev itar obstrução das vias aéreas
Como diabos 
você foi parar 
aí dentro?!

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