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Alain RUELLAN e Mireille DOSSO
SOLDIDAC 2003
Educagri éditions - AUF
Tradução: Alain Ruellan e Selma Simões de Castro
Módulo 3
Os agregados dos solos: 
descrições e interpretações
Objetivos: depois da cor (ver módulo 2), saber descrever e 
interpretar os agregados dos solos.
ƒIntrodução geral relativa aos agregados (Dia. 2 a 4)
ƒAs estruturas fragmentares (Dia. 5 a 44)
ƒAs estruturas contínuas (Dia. 45 a 55)
ƒRetomando o nosso exemplo (Dia. 56 a 61)
ƒUma conclusão: morfologia e umidade dos solos
(Dia. 62)
©B
Módulo 3: os agregados dos solos 2
Introdução geral relativa aos agregados
Î Depois da cor, a segunda característica morfológica que permite, em campo, 
continuar a descrição dos horizontes de um solo, é relativa à maneira como os 
diversos constituintes do solo estão agregados: quando, em campo, com ajuda 
de uma faca, retiramos um volume do material solo, em geral esse volume se 
fragmenta naturalmente em agregados com formas (arredondadas, angulares, 
foliares) e dimensões diversas.
Î Os agregados resultam da reunião de partículas entre si e da fissuração de 
conjuntos agregados.
Î Tal como as cores, a presença e a morfologia dos agregados muda vertical e 
lateralmente. Dentro de um horizonte, agregados de morfologias diversas podem 
coexistir. Cada tipo de agregado tem seu próprio significado em termos de 
história, de funcionamento e de fertilidade do solo.
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Módulo 3: os agregados dos solos 3
71
Î Em função da presença ou não de agregados dentro de 
um horizonte, distingue-se, ao nível de cada horizonte, 
dois tipos principais de estruturas:
- as estruturas fragmentares: há presença de agregados
(foto 71 : horizontes 1 e 3);
- as estruturas contínuas: não há agregados (foto 71 : 
horizonte 2).
Nota: a palavra « estrutura » é aqui utilizada com o seu significado clássico em 
pedologia: organização do solo em agregados (torrões). No módulo 1, 
utilizamos essa palavra com um sentido mais amplo: organização do solo em 
todas as escalas, desde aquela do microscópio até a da paisagem.
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Módulo 3: os agregados dos solos 4
Solo vermelho lixiviado:
• O horizonte 1 é constituído de 
agregados grosseiramente 
arredondados, de dimensão 
diversa (de alguns milímetros 
até alguns centímetros).
• O horizonte 2 não tem 
agregados.
• O horizonte 3 é inteiramente 
constituído de agregados 
angulares, bem delimitados por 
fissuras verticais e horizontais, 
até oblíquas.
Espessura do corte: 60 cm.
Foto 71
Portugal, Sul, clima mediterrânico sub-úmido
p. 80
foto 31
n° 3
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Módulo 3: os agregados dos solos 5
As estruturas fragmentares
1 1 –– GeneralidadesGeneralidades relativasrelativas ààss estruturasestruturas fragmentaresfragmentares
Î Fala-se em estruturas fragmentares quando há presença de agregados.
Î Três mecanismos contribuem na formação dos agregados:
- A floculação dos constituintes, principalmente as partículas mais finas 
chamadas argilas: esse mecanismo é ligado à presença de matéria orgânica e de 
cátions bivalentes (Ca++, Mg++) ou trivalentes (Al+++) sobre o complexo de 
adsorção dos minerais argilosos.
- A cimentação dos constituintes, devido à presença de matéria orgânica, de 
minerais argilosos, de ferro, de carbonato de cálcio e de sílica; a atividade 
biológica desempenha também um papel importante na cimentação dos 
constituintes entre eles.
- A fissuração dos volumes floculados ou cimentados: a fissuração se faz cada 
vez que o solo seca um pouco; ela será tanto mais desenvolvida quanto mais 
argiloso for o solo e as argilas forem do tipo expansivo.
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Módulo 3: os agregados dos solos 6
Nota: a palavra argila tem, em ciência de solo, dois significados diferentes (figura 72):
- um significado mineralógico: a argila é um mineral silicatado, um silicato; a dimensão desses minerais é
sempre fina (< 5µm), até muito fina (< 2µm);
- um significado granulométrico: a palavra “argila” indica partículas de dimensão inferior a 2µm. Com esse 
significado, uma partícula de "argila" nem sempre é constituída de mineral argiloso; entre as partículas muito 
finas, chamadas argilosas, pode- se encontrar quartzo, mica, carbonato de cálcio, etc. Entretanto, em geral, a 
maioria dos minerais argilosos do solo se encontra na forma de partículas argilosas, quer dizer de dimensão 
inferior a 2µm.
Figura 72
Tradução da legenda da figura 72
óxidos e hidróxidos
outros silicatos herdados da rocha 
minerais argilosos
quartzo
fração arenosa 
fração siltosa
fração argilosa
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p. 84
figura 4
n° 344 Natureza mineralógica das classes granulométricas
(Schroeder, 1984)
Módulo 3: os agregados dos solos 7
Î A descrição dos agregados refere-se a:
- suas formas, mais ou menos arredondadas, angulosas ou foliadas, e mais ou 
menos regulares;
- suas dimensões, que vão do milímetro até o decímetro;
- sua nitidez, quer dizer sua visibilidade e a facilidade de separar os agregados 
um dos outros;
- sua consistência, mais ou menos friável (resistência à pressão dos dedos).
73
Î Há três tipos principais de agregados
(figura 73) :
- arredondados (1, 2, 3)
- angulares (4, 5)
- foliares (6, 7)
Cada um desses três tipos de agregados 
tem significados precisos em termos de 
constituintes, de gênese, de funciona-
mento e de fertilidade.
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Módulo 3: os agregados dos solos 8
Cuidado :
- Dentro de um horizonte, pode haver
associação de vários tipos de agregados, tanto 
quanto às formas como às dimensões (ver o 
horizonte 1 da foto
1
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71: associação de agre-
gados mais ou menos arredondados e de 
dimensões muito diversas).
-Por outro lado, quase sempre há vários níveis 
encaixados de estruturação em agregados. Um 
agregado centimétrico pode se dividir em 
agregados cada vez menores, que podem ser 
da mesma forma ou de uma forma diferente; 
por exemplo, um agregado anguloso centimé-
trico pode ser composto por agregados 
arredondados menores (foto
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74).
Módulo 3: os agregados dos solos 9
Figura 73
Tradução da legenda da figura 73
As estruturas fragmentares
As estruturas arredondadas:
1 = agregados granulares
2 = agregados grumosos
3 = agregados poliédricos (blocos)
subangulares
As estruturas angulares:
4 = agregados poliédricos (blocos)
5 = agregados prismáticos
As estruturas foliares:
6 = agregados em plaquetas oblíquas
7 = agregados laminares
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As estruturas fragmentares: os diversos tipos de agregados 
(Baize e Jabiol, 1995)
Módulo 3: os agregados dos solos 10
Foto 74
p. 85
foto 33
n° 140
Os diversos níveis encaixados de estruturaçãoem 
agregados de um torrão (Soltner, 1982).
10 cm
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Módulo 3: os agregados dos solos 11
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2 2 –– As As estruturas fragmentares arredondadasestruturas fragmentares arredondadas
Î Elas se formam por floculação e/ou cimentação.
Î Elas podem ser (figura 73 75; fotos , 76 e 77):
- granulares [agregados pequenos (< 1 cm), regularmente arredon-
dados];
- grumosas [agregados pequenos a médios (< 2 cm), com contornos 
muito irregulares];
- poliédricas (blocos) subangulares [agregados em geral bastante gran-
des, de forma poliédrica mas com todos os ângulos arredondados].
Î A formação das estruturas fragmentares arredondadas é
favorecida pela presença:
- de matéria orgânica;
- de cátions Ca++ e Al+++ sobre o complexo de adsorção;
- da atividade biológica, principalmente as minhocas.
Î As estruturas fragmentares arredondadas constituem, para 
as raízes, um meio acolhedor:
- poroso;
- friável;
- estável (os agregados resistem à sua destruição pela água:
ver módulo 6).
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Módulo 3: os agregados dos solos 12
Î Os líquidos e os gases aí circulam facilmente; a vida animal e 
vegetal se desenvolve bem.
Î Do ponto de vista químico, as estruturas fragmentares 
arredondadas significam:
- seja um meio neutro ou ligeiramente básico (pH = 7 a 8,2), 
ligado à presença de Ca++ e Mg++ sobre o complexo de adsorção 
das argilas e da matéria orgânica, e mesmo a presença de 
carbonato de cálcio como constituinte: trata-se então de um meio 
fértil (que pode ser um pouco prejudicado se houver excesso de 
carbonato de cálcio fino) (fotos 75 e 76);
- seja um meio muito ácido (pH < 5,5), o cátion estruturante
sendo Al+++: trata-se então de um meio quimicamente pobre (foto 
77).
Dentro de um horizonte de superfície do solo, a presença de uma 
estrutura arredondada fina, granular ou grumosa, significa bons 
teores em matéria orgânica, portanto fortes potencialidades 
nutriticionais (complexo de adsorção elevado, capaz de reter 
elementos nutritivos).
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Módulo 3: os agregados dos solos 13
Foto 75
Estruturas fragmentares 
arredondadas: associação de 
agregados granulares e 
grumosos dentro do horizonte 
superior organo-mineral de 
um solo calcário (básico), 
pouco espesso.
Espessura do corte: 100 cm.
p. 86
foto 34
n° 61
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França, Charente, clima temperado
Módulo 3: os agregados dos solos 14
Foto 76
Brasil, Planalto Central, clima tropical sub-úmido
p. 86
foto 35
n° 65
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Estruturas fragmentares arredondadas: associação de agregados 
poliédricos (blocos) subangulares e grumosos dentro de uma amostra do 
horizonte organo-mineral superficial de um solo argiloso neutro.
Módulo 3: os agregados dos solos 15
Foto 77
p. 87
foto 37
n° 142
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3 cmFrança, Bretagne, clima temperado
Estruturas fragmentares arredondadas: estrutura grumosa muito fina 
de um solo muito ácido.
Módulo 3: os agregados dos solos 16
78
3 3 –– As As estruturas fragmentares angularesestruturas fragmentares angulares
Î Elas se formam por floculação e/ou cimentação, e 
posteriormente por fissuração.
Î Elas podem ser (figura 73 ; fotos 78, 79 e 80) :
- poliédricas (blocos);
- cúbicas ;
- prismáticas.
A dimensão dos agregados varia do milímetro ao decímetro e 
até mais.
Î A formação das estruturas fragmentares angulares é favore-
cida por:
- presença, em quantidade significativa, de argila mineralógica
(mais de 10 a 20 %); quando há muita argila (mais de 30%), as 
estruturas cúbicas e prismáticas podem aparecer; a presença 
de argila expansiva (esmectita) favorece a gênese de estru-
turas angulares nítidas;
- ausência de atividades biológicas animais, principalmente das 
minhocas;
- teores baixos de matéria orgânica.
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Módulo 3: os agregados dos solos 17
Î Os agregados angulares são mais compactos, menos friáveis, menos estáveis que 
os agregados arredondados (eles resistem menos à sua destruição pela água: ver 
módulo 6). Portanto, as estruturas angulares são, para as raízes, um meio muito 
menos acolhedor que as estruturas arredondadas:
- As estruturas angulares reduzem o volume de solo que as raízes podem explorar, 
tanto mais quando os agregados forem maiores, mais consistentes, mais fechados 
pela presença de películas argilosas sobre as suas paredes (ver módulo 5).
- Os líquidos e os gases circulam mais facilmente entre os agregados do que 
dentro deles. Durante os períodos úmidos, a circulação é dificultada pelo 
fechamento das fissuras.
- A vida animal e vegetal se desenvolve mais facilmente entre os agregados do que 
dentro deles; isso é particularmente verdade para as raízes, que podem encontrar 
dificuldades para entrar dentro alguns agregados compactos demais ou fechados 
demais por películas exteriores.
Portanto, os horizontes com estrutura angular constituem um meio desequilibrado, 
do ponto de vista da sua penetrabilidade.
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Módulo 3: os agregados dos solos 18
Î Do ponto de vista químico, não se pode fazer deduções muito precisas sobre 
essas estruturas angulares. Entretanto:
- a presença dessas estruturas é facilitada pela ausência de matéria orgânica e
de atividade biológica forte (= complexo de adsorção fraco), pela presença de 
argilas, principalmente de argilas expansivas (= complexo de adsorção elevado), 
por um complexo de adsorção dessaturado (teores fracos de Ca++) ou por um 
excesso de Na+ sobre o complexo de adsorção;
- a presença dessas estruturas reduz, para as raízes, o acesso às riquezas quí-
micas do solo (nutrientes).
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Módulo 3: os agregados dos solos 19
Foto 78
França, Norte, clima temperado
p. 88
foto 38
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Agregados poliédricos 
(blocos) de dimensão 
centimétrica, dentro de um 
horizonte argiloso (1)
formado pela 
descarbonatação
(dissolução do calcário) de 
uma marga (2).
Espessura do corte: 50 cm.
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Módulo 3: os agregados dos solos 20
Agregados cúbicos de um horizonte de acumulação de argila. Observa-se que as 
superfícies dos agregados, quer dizer as paredes das fissuras que separam os 
agregados, são lisas; isso é devido à presença de uma fina película de argila, cuja 
origem é dupla: pode ser, seja um depósito vindo dos horizontes situados acima ou a 
montante (lixiviação), seja uma película resultante da compressão dos agregados 
entre si quando as fissuras se fecham devido à expansão das argilas situadas dentrode cada agregado (essa expansão se faz quando os agregados se umedecem).
Foto 79
Marrocos, Doukkala, clima mediterrânico semi-árido
p. 88
foto 39
n° 50
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Photo 80
p. 89
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Marrocos, Baixa Moulouya (Triffa), clima mediterrânico semi-árido
Agregados prismáticos dentro de um horizonte muito argiloso; os agrega-
dos têm a forma de prismas bastante finos (2 a 5 cm de largura) e alonga-
dos (10 a 15 cm de altura).
Módulo 3: os agregados dos solos 22
4 4 –– As As estruturas fragmentares foliaresestruturas fragmentares foliares
Î As estruturas foliares são caracterizadas 
pela existência de um componente horizontal 
ou oblíquo na fissuração.
Î Elas podem ser:
- em plaquetas oblíquas;
- laminares ;
- escamosas.
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Î Cada uma dessas estruturas é
específica, devido suas características 
morfológicas e sua origem.
Módulo 3: os agregados dos solos 23
4 a 4 a –– As As estruturas em plaquetas oblestruturas em plaquetas oblííquasquas
81
Î Chamam-se também de estruturas vérticas. Os 
agregados apresentam forma trapezoidal, com 
faces lisas e estriadas, de tamanho decimétrico, 
muito compactos (figura 
82
8173, fotos , 82, 83 84e ).
Î Essa morfologia é o resultado da presença, em 
quantidade elevada, de argilas expansivas (es-
mectitas: principalmente a montmorilonita). Cada 
vez que o solo fica úmido, ele aumenta muito de 
volume (até mais de 40%): isso provoca movi-
mentos internos bastante importantes, dando 
origem a superfícies oblíquas e lisas, estriadas, 
chamadas faces de deslizamento. Quando o solo 
seca de novo, ele se fissura muito, 
particularmente ao longo das superfícies 
oblíquas: assim surgem as plaquetas oblíquas.
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Módulo 3: os agregados dos solos 24
Î Essas estruturas apresentam (ainda mais fortemente) as mesmas limitações 
que as estruturas angulares: forte redução do volume de solo explorável pelas 
raízes, circulações desequilibradas das águas, dos gases e da vida. E mais:
- uma circulação muito fraca dos fluídos quando o solo está úmido: a poro-
sidade fissural é totalmente fechada e os outros tipos de porosidade são muito 
reduzidos;
- movimentos internos muito importantes, em função das alternâncias perma-
nentes de umidificação e dessecação: as raízes, que se desenvolvem muito 
dentro das fissuras, são esmagadas, quebradas, depois de terem sido 
encharcadas pela água que invadiu as fissuras. As edificações que forem feitas 
sobre e dentro solos que têm esse tipo de estrutura, deformam-se: as estradas 
ondulam, as fundações "dançam samba", as canalizações "dão nó", etc.
Î Em compensação, os horizontes que têm esse tipo de estrutura são sempre
quimicamente muito ricos: o complexo de adsorção, devido às argilas 
expansivas, é importante; além disso, ele esta sempre saturado, principalmente 
em Ca++ e Mg++.
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Módulo 3: os agregados dos solos 25
Foto 81
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foto 41
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Vertissolo:
• A estrutura em plaquetas oblí-
quas aparece abaixo de 80 - 90 
cm de profundidade (3).
• Acima, os agregados são 
prismáticos (2).
• Rumo à superfície do solo, os 
agregados tornam-se 
pequenos, poliédricos (blocos) 
e grumosos (1). 
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Marrocos, Saïs, clima mediterrânico semi-árido
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foto 42
n° 145
Vertissolo: transição entre a estrutura prismática (2) e a estrutura em 
plaquetas oblíquas (3); uma superfície oblíqua, lisa e estriada é bem visível 
(4): as estrias são devidas a seixos presentes dentro do material argiloso.
Marrocos, Saïs, clima mediterrânico semi-árido
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Módulo 3: os agregados dos solos 27
Foto 83
Vertissolo: as plaquetas 
oblíquas que aparecem 
abaixo de 50 cm de 
profundidade, são 
organizadas em arco.
Espessura do corte: 200 
cm.
p. 90
foto 43
n° 146
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Sul da Espanha, clima mediterrânico semi-árido
Módulo 3: os agregados dos solos 28
Foto 84
p. 90
foto 44
n° 91
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Sul da Espanha, clima mediterrânico semi-árido 10 cm
Vertissolo: os agregados de forma trapezoidal e as superfícies oblíquas 
lisas são bem visíveis.
Módulo 3: os agregados dos solos 29
4 b 4 b –– As As estruturas laminaresestruturas laminares
Î As estruturas laminares (figura 73), cujas lamelas são de espessura variável (do 
milímetro até alguns centímetros), são de origens diversas. Podem ser:
85
85- herdadas da estrutura da rocha (foto ): muitas rochas 
(xistos, arenitos …) têm uma estrutura foliada; na parte 
inferior dos solos desenvolvidos a partir dessas rochas, 
a estrutura laminar da rocha pode permanecer;
86
- o resultado de algumas fortes acumulações mono-
minerais que podem acontecer em muitos solos (foto 
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86): essas acumulações, de carbonato de cálcio, de 
ferro, de sílica, etc., dão origem a crostas e a 
couraças cujas estruturas são frequentemente 
laminares, resultado de uma fissuração horizontal 
dos materiais acumulados;
Módulo 3: os agregados dos solos 30
87
- a consequência da alternância repetida de gelo e degelo de 
um horizonte silto-arenoso; um horizonte duro e laminar se 
desenvolve no solo (chamado "fragipan") (foto 87);
88
- o resultado da destruição, pelas chuvas ou por irrigações mal 
conduzidas, dos agregados arredondados ou angulares da 
superfície do solo (ver módulo 6): forma-se uma crosta de 
abatimento, de espessura fina, com estrutura laminar (foto 88);
- a conseqüência da compactação do solo resultante de 
um manejo inadequado (compactação pelas rodas dos 
tratores e dos implementos agrícolas, pelo material de 
lavoura mal regulado, etc.) (ver módulo 6). Essa 
compactação do solo provoca a formação, seja de uma 
estrutura laminar na superfície do solo, seja de uma 
estrutura laminar na base do horizonte trabalhado pelo 
material de lavoura (pé-de-grade ou pé-de-arado) (foto
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89
89).
Módulo 3: os agregados dos solos 31
Î As estruturas laminares são sempre um obstáculo à penetração vertical da água 
e ao desenvolvimento dos sistemas radiculares.
Ao contrário, elas facilitam as circulações laterais das águas, as porosidades 
horizontais sendo muito mais desenvolvidas que as porosidadesverticais.
88
89
Quando elas se formam rapidamente na superfície 
(crosta de abatimento: foto 88) ou no interior (pé-de-
grade, pé-de-arado: foto 89) de um solo cultivado, isso 
significa que o solo é estruturalmente frágil (seus 
agregados são destruídos facilmente: ver módulo 6), 
ou que o manejo do solo foi inadequado.
Crosta de abatimento e pé de grade facilitam o escoa-
mento lateral das águas na superfície e no interior dos 
solos: assim podem nascer erosões graves.
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Módulo 3: os agregados dos solos 32
Foto 85
p. 91
foto 45
n° 147
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Estrutura laminar herdada de uma rocha mãe arenítica.
Espessura do corte: 60 cm.
Módulo 3: os agregados dos solos 33
Foto 86
Sul da Austrália, clima tropical árido
1
p. 91
foto 46
n° 148
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Estrutura laminar de um velho horizonte de acumulação de carbonato de 
cálcio e de sílica (1), em meio árido. As lâminas são espessas.
Espessura do corte: 150 cm.
Módulo 3: os agregados dos solos 34
Foto 87
Estrutura laminar de um 
"fragipan", desenvolvido 
a cerca de 80 cm (entre 
78 e 82 cm) de 
profundidade, na parte 
inferior de um horizonte 
siltoso, empobrecido em 
argila, no contato com 
um horizonte de 
acumulação de argila 
situado abaixo. As 
lâminas são finas.
p. 91
foto 47
n° 149
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França, Bretagne, clima temperado
Módulo 3: os agregados dos solos 35
Foto 88
França, Bretagne, clima temperado
p. 92
foto 48
n° 58
Crosta de abatimento 
desenvolvida na superfície 
de um solo siltoso
cultivado. Essa crosta, 
muito fina (alguns 
milímetros), se formou por 
destruição, pelas chuvas, 
dos agregados formados 
antes, pela lavoura. A 
formação dessa crosta de 
abatimento significa que a 
estrutura superficial do 
solo é frágil, instável, 
facilmente destruída pela 
água.
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Módulo 3: os agregados dos solos 36
A superfície lisa foi criada no interior do solo, a cerca de 15 cm de 
profundidade, pela passagem de uma relha de arado: é um pé-de-arado, com 
estrutura finamente laminar. Vê-se que a presença dessa película laminar 
dificulta o desenvolvimento vertical das raízes.
Foto 89
p. 92
foto 49
n° 60
França, Bretagne, clima temperado
2 cm
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Módulo 3: os agregados dos solos 37
4 c 4 c –– A A estrutura escamosaestrutura escamosa
Î Essa estrutura, muito particular, aparece apenas na superfície dos solos (foto
90).
90Î Ela se apresenta na forma de 
plaquetas, de espessura milimétrica ou 
centimétrica, com bordos levantados. 
A face superior de cada plaqueta é
argilosa, muito lisa e brilhante; a face 
inferior é arenosa; a dimensão das 
partículas diminui progressivamente 
quando se vai da parte inferior para a 
parte superior da plaqueta.
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Módulo 3: os agregados dos solos 38
Î A estrutura escamosa significa que houve, na superfície do solo, um 
empoçamento de água temporário que, por exemplo, pode acontecer numa roça 
depois de uma chuva muito forte ou depois de uma irrigação mal controlada. 
Durante a formação da poça, os agregados superficiais são destruídos, as 
partículas da superfície do solo (argilas, siltes, areias) são separadas e colocadas 
em suspensão na água. Depois sobrevem a decantação lenta: primeiro as areias, 
em seguida os siltes, depois as argilas, cada vez mais finas. Finalmente, a poça 
seca, a pequena camada sedimentada seca também e se fissura: como as argilas 
se retraem mais do que os siltes e as areias, essa retração mais forte das argilas 
provoca o levantamento dos bordos ao longo das fissuras.
Î A presença dessa estrutura significa sempre a destruição dos agregados da 
superfície dos solos pelo excesso de água. Isso é um indício negativo relativo:
- à estabilidade estrutural do solo: ela é fraca (ver módulo 6);
- ao funcionamento hídrico do solo: ele é pouco permeável;
- ao modo como o solo é manejado: trabalho do solo que instabiliza e compacta; 
irrigação forte demais, com gotas grandes demais, etc.
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Módulo 3: os agregados dos solos 39
Foto 90
p. 92
foto 50
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Norte da França, clima temperado
Estrutura escamosa, desenvolvida numa roça depois de uma forte chuva 
que provocou a formação temporária, na superfície do solo, de pequenas 
poças d’água.
Módulo 3: os agregados dos solos 40
5 5 –– O que devemos memorizar a respeito das estruturas fragmentaresO que devemos memorizar a respeito das estruturas fragmentares
Do estudo das estruturas fragmentares, é útil memorizar alguns pontos 
importantes (fotos 91 e 92) :
91
Î Um horizonte é tanto mais acolhedor para um 
sistema radicular quanto mais sua estrutura em 
agregados for mais arredondada, mais fina, menos 
consistente (cimentação fraca): essa estrutura facilita 
a circulação dos gases e das soluções, a penetração 
das raízes e dos animais (foto 91).
Essa estrutura é facilitada:
- pela presença de matéria orgânica neutra ou ligeiramente básica;
- por um complexo de adsorção com 80% de saturação pelo cálcio Ca++;
- por uma forte atividade biológica;
- globalmente, por um meio neutro ou ligeiramente básico.
As fertilidades físicas e químicas do solo são, então, máximas.
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Módulo 3: os agregados dos solos 41
77
Î Entretanto, a estrutura arredondada, fina, 
pouco consistente, existe também em meio 
muito ácido (pH < 5,5) (foto 77). São, então, a 
matéria orgânica ácida e, sobretudo, o 
alumínio Al+++, que desempenham os papéis 
estruturantes. A fertilidade física é boa, mas a 
fertilidade química é deficiente: faltam ele-
mentos nutritivos e há excesso de alumínio 
(tóxico para muitas plantas).
A tentação para o agricultor é então procurar aumentar o pH do solo: por exemplo, 
colocando quantidades importantes de calcário (calagem). De fato, é a solução, mas 
com a condição de não parar no meio: quer dizer, devem ser colocadas quantidades 
suficientes de calcário para compensar o desaparecimento do alumínio estruturante. 
A faixa de pH entre 5,5 e 6,5 é perigosa para a estabilidade estrutural do solo (ver 
módulo 6) porque não há mais Al+++ e a quantidade de Ca++ é ainda baixa: há, nessa 
situação, risco muito forte de destruturação e de compactação.
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Módulo 3: os agregados dos solos 42
92Î As estruturas angulares (foto 92) (e as 
estruturas foliares) reduzem o volumede solo 
utilizável pelas raízes, e isso quanto mais os 
agregados forem maiores e mais consistentes 
(forte cimentação). Os gases, as soluções, as 
raízes e os animais circulam então mais facilmente 
dentro das fissuras do que dentro dos agregados, 
fissuras que são instáveis: elas se fecham cada 
vez que o solo fica úmido.
Os principais fatores responsáveis dessas estruturas angulares e foliares, que se 
formam por fissuração e pressão, são:
- um alto teor de argila; em particular, muita argila expansiva (esmectita);
- uma instabilidade estrutural, favorecida por taxas fracas de matéria orgânica, 
por taxas fracas de cálcio sobre o complexo de adsorção, por excesso de sódio 
sobre o complexo de adsorção (ver módulo 6);
- uma cimentação excessiva.
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Foto 91
França, Charente, clima temperado
Um meio acolhedor 
para as raízes: 
agregação 
arredondada, fina.
Espessura do corte: 
100 cm.
p. 93
foto 51
n° 61
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Foto 92
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Marrocos, Doukkala, clima mediterrânico semi-árido
Um meio difícil para as raízes: agregação angular grande.
Retorno ao sumário
Módulo 3: os agregados dos solos 45
p. 83
foto 32
n° 185As estruturas contínuas
Foto 93
Î Fala-se de estrutura contínua quando não há
agregados (ver foto 93, ao lado).
Î Há dois tipos de estruturas contínuas:
- a estrutura particular;
- a estrutura maciça.
Solo pouco diferenciado sobre material arenoso do 
Quaternário recente. Não há agregados: a estrutura é
contínua. A única diferenciação morfológica um pouco 
visível é uma cor ligeiramente mais escura na 
superfície: essa cor indica a presença de um pouco de 
matéria orgânica, mas em quantidade insuficiente para 
formar agregados.
Espessura do corte: 130 cm.
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Sul da Austrália,
clima tropical áridoRetorno ao sumário
Módulo 3: os agregados dos solos 46
1 1 –– A A estrutura particularestrutura particular
Î Fala-se de estrutura particular quando as partículas 
constitutivas do solo não têm nenhuma coesão entre si: o 
melhor exemplo que se poder dar é aquele de uma areia seca, de 
praia, de duna costeira ou de duna desértica (foto 94).
Î A estrutura particular só ocorre nos horizontes muito 
arenosos. Portanto, é possível encontrá-la em duas situações 
extremas:
94
95
- aquela de horizontes não ou pouco diferenciados sobre rocha mãe 
arenosa, por exemplo sobre dunas de formação muito recente: a 
alteração e a pedogênese ainda não tiveram o tempo de produzir os 
cimentos orgânicos e minerais capaz de agregar as partículas arenosas 
(é o caso da duna da foto 94);
- aquela, ao contrário, de horizontes muito diferenciados, completa-
mente empobrecidos em elementos capazes de agregar; é o caso, por 
exemplo, dos horizontes eluviais, empobrecidos, dos podzóis (foto 
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95), 
cuja estrutura pode ser completamente particular (incoerente), quando o 
solo é seco: a pedogênese que podzoliza elimina as argilas e as 
matérias orgânicas, capazes de formar agregados (ver módulos 7 a 9).
Módulo 3: os agregados dos solos 47
Foto 94
p. 94
foto 53
n° 49
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Mauritânia, clima desértico
A existência de uma duna com crista aguda mostra que as partículas de 
areia estão soltas umas das outras: as duas vertentes de cada lado da 
duna resultam do amontoamento dessas partículas soltas.
Módulo 3: os agregados dos solos 48
Foto 95
Norte da França, clima temperado
p. 95
foto 54
n° 150
1
2
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4
Podzol :
• Horizonte orgânico muito delgado
(1).
• Abaixo, o horizonte branco (2) é
completamente arenoso; as 
partículas siltosas e argilosas foram 
destruídas e seus elementos 
constitutivos (exceto a sílica) foram 
levados em profundidade: eles são 
parcialmente acumulados nos 
horizontes subjacentes mais escuro
(3) e mais bruno (4).
• A estrutura do horizonte branco, 
arenoso (formado pela destruição e 
partida das argilas e dos siltes finos) 
é particular quando seco, maciça 
quando úmido.
Espessura do corte: 160 cm.
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Módulo 3: os agregados dos solos 49
2 2 –– A A estrutura maciestrutura maciççaa
96
Î Fala-se de estrutura maciça quando as partí-
culas de um horizonte são cimentadas entre 
elas, mas sem formar agregados; isto é, não há
fissuração. Quando penetramos esse tipo de 
horizonte com a ajuda de uma faca, os torrões 
que aparecem são blocos artificiais: ou seja, não 
são volumes limitados por faces formadas natu-
ralmente.
Î A estrutura maciça se descreve principalmente em termos de morfologia dos 
blocos de terra (eles podem ser angulares ou com ângulos arredondados) e de 
dureza dos mesmos. É claro que essas duas características variem muito em 
função da umidade: morfologia e dureza devem ser avaliadas em horizontes 
secos.
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Módulo 3: os agregados dos solos 50
Î A estrutura maciça caracteriza as seguintes situações:
- horizontes úmidos que, quando secos, são particulares: por exemplo, quando uma 
criança brinca na praia fazendo blocos de areia úmida, ela produz uma estrutura 
maciça a partir de uma estrutura particular;
- horizontes, não ou pouco orgânicos, desenvolvidos sobre rochas-mães essencial-
mente arenosas: uma estruturação em agregados não pode se formar (fotos 93 e 96);
93
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Módulo 3: os agregados dos solos 51
97
- horizontes não ou pouco diferenciados pela pedo-
gênese: é o caso, por exemplo, de solos jovens sobre 
rochas-mãe arenosas ou siltosas; é o caso também dos 
horizontes da base dos solos situados sobre esses 
tipos de rochas (fotos 97 e 98);
- ao contrário, horizontes muito diferenciados, forte-
mente empobrecidos pela pedogênese: freqüente-
mente, os horizontes lixiviados em argila apresentam 
uma estrutura maciça (foto 97), até particular (foto 95);
- horizontes cujas estruturas fragmentárias foram des-
truídas pelas práticas culturais (foto 
98
98).
Î Freqüentemente, uma estrutura maciça quando o ho-
rizonte está úmido se fissura quando o horizonte seca, 
dando origem a uma estrutura fragmentar angulosa, em 
geral grosseira e pouco desenvolvida. Esse fenômeno 
testemunha uma estruturação se desenvolvendo ou 
desaparecendo, de qualquer maneira frágil e instável.
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Módulo 3: os agregados dos solos 52
Foto 96
Senegal, clima tropical semi-árido
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p. 95
foto 55
n° 48
- O primeiro metro desse solosobre rocha-mãe arenosa (duna) mostra uma estrutura maciça (1). 
- Na altura da cabeça do pedólogo há uma acumulação de ferro (nódulos) (2). 
- Abaixo, há uma acumulação de carbonato de cálcio(3).
A presença dessas acumulações de ferro e de carbonato de cálcio mostra que o solo é evoluído. 
Entretanto, essa evolução em meio árido não foi suficiente para estruturar agregados no 
horizonte superior arenoso: há falta de matéria orgânica.
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Módulo 3: os agregados dos solos 53
Foto 97 Solo muito diferenciado, lixiviado, sobre 
loess.
A estrutura é maciça:
• Na base do solo (5): é a estrutura do loess, 
que permanece no horizonte de alteração 
situado abaixo de 135 cm de profundidade.
• No horizonte branco, que resulta de uma 
forte lixiviação das argilas (3): esse horizonte 
é arenoso, com um pouco de silte.
No topo do solo, no horizonte organo-
mineral (1), a estrutura é arredondada; ela 
passa a ser laminar na transição entre o 
horizonte organo-mineral e o horizonte 
lixiviado (2): é o resultado da alternância 
gelo / degelo. 
Abaixo do horizonte lixiviado, a estrutura é
angular (4), conseqüência de uma forte 
acumulação de argila: de cima para baixo, 
essa estrutura angular aparece, 
sucessivamente, poliédrica (blocos), cúbica, 
prismática. A estrutura prismática
desaparece por volta de 135 cm: a estrutura 
maciça aparece (5).
p. 96
foto 57
n° 23
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Rússia, Sibéria, clima continental frio
Módulo 3: os agregados dos solos 54
Exemplo de um horizonte arado que perdeu 
sua estrutura grumosa de origem (1): a 
estrutura ficou maciça quando úmida, 
grosseiramente prismática e cúbica quando 
seca.
Essa transformação estrutural é ligada a:
- uma importante diminuição da quantidade de 
matéria orgânica;
- manejo agrícola feito, regularmente, em 
condições que favorecem o abatimento do solo 
(máquina agrícola pesada demais, solo úmido 
demais, etc.);
- perda de partículas argilosas liberadas pela 
destruição dos agregados.
Abaixo do horizonte arado e degradado, se 
encontram:
- a base do horizonte organo-mineral (2) ;
- a seguir, um horizonte de acumulação de 
carbonato de cálcio (3) ;
- a seguir, a rocha mãe com estrutura maciça 
(loess) (4).
Foto 98
Ucrânia, clima continental frio
p. 97
foto 58
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3 3 –– O que devemos memorizar a respeito das estruturas contO que devemos memorizar a respeito das estruturas contíínuasnuas
Em resumo, as estruturas contínuas caracterizam uma ausência de argila. Trata-se:
Î seja de um meio pedológico pouco diferenciado (fotos 93 e 96), sobre uma rocha-
mãe arenosa ou siltosa: a estrutura contínua revela uma baixa fertilidade química, 
porque há falta de argila e, portanto, falta de capacidade de adsorção elevada; 
entretanto, essa capacidade de adsorção pode ser saturada, assegurando, assim, 
um mínimo de fertilidade;
Î seja um meio pedológico muito diferenciado e empobrecido em argila:
- O empobrecimento pode ser natural (fotos 95 e 97); nesse caso, ele é sempre 
acompanhado de uma forte dessaturação do complexo de adsorção, portanto de 
uma acidificação do respectivo horizonte. Nesse caso, a estrutura contínua é sinô-
nimo de fertilidade, atual e potencial, baixa, e isso cada vez mais à medida que essa 
estrutura se torna particular.
- O empobrecimento pode ser de origem antrópica (foto 98), conseqüência do 
manejo do solo pelo homem: as diminuições dos teores de matéria orgânica, as 
diminuições das atividades biológicas, os adubos que desestruturam, os abati-
mentos pelo maquinário agrícola (instrumentos de lavoura, tratores, reboques), as 
dessecações excessivas depois dos desmatamentos, as irrigações mal conduzidas, 
etc. tudo isso conduz à destruição progressiva, frequentemente muito rápida 
(alguns anos), das estruturas fragmentares que se transformam em estruturas 
contínuas.
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Retomando o nosso exemplo (ver módulo 2)
Relembramos que o perfil apresentado aqui é aquele de um solo cultivado, situado ao Sul de Portugal (clima 
mediterrânico sub-úmido). A rocha-mãe desse solo, que é visível na base do perfil (5), é um xisto calcário, 
quer dizer uma rocha que contém minerais silicosos e carbonato de cálcio. A alteração dessa rocha fornece 
areias, siltes, argilas e carbonato de cálcio.
A descrição das estruturas desse solo é a seguinte (fotos 99, 100 e 101) :
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• Horizonte 1 (de 0 a 5/10 cm): estrutura fragmentar 
arredondada com predominância de agregados centimé-
tricos, poliédricos (blocos) subangulares; os outros agre-
gados são mais finos, grumosos e granulares.
• Horizonte 2 (de 5/10 a 25/30 cm): estrutura contínua ma-
ciça, localmente particular quando seco.
• Horizonte 3 (de 25/30 a 55/60 cm): estrutura fragmentar 
angular, poliédrica (blocos) e prismática; essa estrutura é
nítida, a fissuração vertical e horizontal sendo bem visível.
• Horizonte 4 (de 55/60 a 80/90 cm): transição progressiva 
da estrutura fragmentar angular do horizonte 3 para a 
estrutura laminar do xisto subjacente.
• Xisto calário (5) (> 80/90 cm): estrutura laminar, mais friá-
vel no topo que abaixo.
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Módulo 3: os agregados dos solos 57
Portanto, os fatos observados podem ser interpretados da seguintPortanto, os fatos observados podem ser interpretados da seguinte forma:e forma:
Î O horizonte 1, bruno-avermelhado situado na superfície é caracteri-
zado por uma estrutura arredondada grosseira. Isso quer dizer que as
ações estruturantes da matéria orgânica e da atividade biológica são 
um tanto fracas. Assim, se confirma o primeiro diagnóstico feito a 
partir da cor (ver módulo 2): esse horizonte organo-mineral não é muito 
rico em matéria orgânica. Como ele é igualmente arenoso (como é
também o horizonte 2, abaixo), pode-se deduzir que o seu complexo de 
adsorção (portanto seu potencial de fertilidade) é fraco.
Sua transição para o horizonte abaixo é progressiva.
Î O horizonte 2, vermelho claro, apresenta uma estrutura maciça, até
mesmo particular. Isso confirma sua pobreza em argila e em matéria 
orgânica, já deduzida a partir da sua cor clara. A ausência de 
agregados revela que esse horizonte é muito arenoso e siltoso
(confirmação fácil pelo tato): portanto, a lixiviação da argila foi muito 
forte; deduz-se que o complexo de adsorção desse horizonte é
reduzido e dessaturado [ausência de cátions estruturantes bivalentes 
(Ca++, Mg++) ou trivalentes (Al+++)]. O pH desse horizonte deve se situar 
entre 5,5 e 6,5.
Sua transição para o horizonte 3 abaixo é rápida.
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Î O horizonte 3, vermelho, é caracterizado por uma estrutura angular 
bem desenvolvida (foto 101). Isso confirma que esse horizonte é rico 
em argila; visto a nitidez das fissuras, até mesmo a largura de algumas 
delas, é possível considerara possibilidade de eventual presença de 
argila expansiva. Portanto, o complexo de adsorção desse horizonte é
elevado, mas não se pode dizer nada sobre a sua saturação. A 
transição entre os horizontes 3 e 4 é progressiva.
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Î O horizonte 4, de cor rosada, é estruturalmente um horizonte de 
transição, de alteração e de transformação da estrutura laminar da 
rocha mãe em uma estrutura pedológica angular: é no seio desse 
horizonte que se formam as argilas que vão predominar no horizonte 3.
A transição para a rocha mãe é progressiva.
Î A friabilidade do xisto calcário (5) indica que a alteração já come-
çou.
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Î Em resumo, a observação das estruturas em agregados 
confirma e refina as primeiras interpretações feitas a partir da 
descrição das cores (ver módulo 2). O que fica mais claro é o 
seguinte:
- a fraqueza da acumulação de matéria orgânica e da ativi-
dade biológica no horizonte 1;
- a importância da lixiviação das argilas, que empobrece os 
horizontes 1 e 2 em beneficio do horizonte 3 que se enriqueca
delas;
- a fertilidade, atual e potencial, baixa nos horizontes 1 e 2;
- a presença provável de argilas expansivas no horizonte 3;
- a fertilidade potencial elevada desse horizonte 3;
- a variação brusca de estrutura, portanto de sistema poroso, 
entre os horizontes 2 e 3.
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Foto 99 Foto 100
p. 80
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n° 3
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A estrutura fragmentar angular do horizonte 3.
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Módulo 3: os agregados dos solos 62
Uma conclusão: morfologia e umidade dos solos
No final deste estudo da agregação dos solos (estruturas, no sentido pedologi-
camente clássico dessa palavra), uma observação importante, já percebida quando 
estudamos as cores (ver módulo 2), deve ser feita: as características morfológicas 
dos solos mudam em função da umidade.
Isso é verdade para as cores e para a agregação. Veremos que isso é igualmente 
verdade para as porosidades (módulo 4), para as feições pedológicas (módulo 5) e 
para as estabilidades estruturais (módulo 6).
Isso significa que o comportamento do solo em relação com as plantas, e a 
maneira que o solo reage às ações antrópicas, mudam em função dos estados 
hídricos e portanto em função das estações do ano.
As plantas que nós cultivamos, os animais que usam nossas pastagens, vivem e 
suportam as variações morfológicas da cobertura pedológica em função das 
umidades; portanto, devemos conhecer essas variações se nós quisermos 
realmente entender e promover a harmonia entre os solos e as nossas 
necessidades agrícolas, industriais, habitacionais, etc.
A morfologia de um solo e a morfologia das relações entre os solos e a vida 
evoluem constantemente: uma única observação (isolada no tempo e isolada do 
contexto de uso do solo) não é significativa.
A exigência para a qualidade de vida é aquela da observação ao ritmo das estações 
… ao ritmo da vida.
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Módulo 3: os agregados dos solos 63
Este é um curso sobre a descrição e a interpretação dos agregados dos solos.
É possível avançar diapositivo por diapositivo utilizando os botões de ação 
"avançar" e "voltar" (em baixo à direita):
Há ligações em hipertexto para as fotografias e figuras ilustrando o curso que está
sendo visto; as fotos e figuras podem também acompanhar o texto sob a forma de 
vinhetas, sobre as quais é possível clicar para ampliar. Nos dois casos, para voltar 
ao texto inicial, o botão "retorna para o diapositivo anterior" está situado embaixo à
esquerda:
Uma vez chegando ao último diapositivo, é possível retornar ao sumário usando o 
botão "retorno":
Ao lado de cada imagem (figura e fotografia) são fornecidas as indicações para 
achar a imagem no CDROM Solimage e no livro Regards sur le sol (pois que todos 
dois tratam do tema): p. 82
figura 3
n° 343
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Módulo 3: os agregados dos solos 64
Obras e publicações citadas
BAIZE, D., JABIOL, D., 1995. Guide pour la description des sols, INRA Éditions, Paris.
GAUCHER, G., 1968. Traité de pédologie agricole. Le sol et ses caractéristiques 
agronomiques, Dunod, Paris.
RUELLAN, A., DOSSO, M., 1993. Regards sur le sol, Foucher-AUF, Paris.
RUELLAN, A., et al., 1998. Solimage, cederom, Éducagri éditions-AUF, Dijon-Paris.
SCHROEDER, D., 1982. Soils, facts and concepts, Int. Potash Institute, Berne.
SOLTNER, D., 1982. Les bases de la production végétale. Tome I : le sol, Sciences et 
Techniques Agricoles, Angers.
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Módulo 3: os agregados dos solos 65
Créditos das ilustrações
• Fotografias
AUROUSSEAU, P.: 77
BAIZE, D., JABIOL, B.: 73
CRDP AMIENS (MATHIEU, C.): 78, 95
GAUCHER, G.: 85
MATHIEU, C.: 90
PLET, P., TANGUY, H.: 89
RIVIÈRE, J.M.: 87, 88
SCHROEDER, D.: 72
SOLTNER, D.: 74
RUELLAN, A.: todas as outras fotografias
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	Módulo 3 Os agregados dos solos: descrições e interpretações
	Introdução geral relativa aos agregados
	As estruturas fragmentares
	2 – As estruturas fragmentares arredondadas
	3 – As estruturas fragmentares angulares
	4 – As estruturas fragmentares foliares
	4 a – As estruturas em plaquetas oblíquas
	4 b – As estruturas laminares
	4 c – A estrutura escamosa
	5 – O que devemos memorizar a respeito das estruturas fragmentares
	As estruturas contínuas
	1 – A estrutura particular
	2 – A estrutura maciça
	3 – O que devemos memorizar a respeito das estruturas contínuas
	Retomando o nosso exemplo (ver módulo 2)
	Portanto, os fatos observados podem ser interpretados da seguinte forma:
	Uma conclusão: morfologia e umidade dos solos

Outros materiais