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Economia
Faccamp
2010
*
O princípio da escassez é o fundamento da Ciência Econômica. Provavelmente, os problemas econômicos não existiriam, se os recursos não fossem escassos, mediante os desejos ilimitadas dos indivíduos.
As pessoas consumiriam maior quantidade de bens se pudessem obtê-los gratuitamente. Isso porque nossos desejos materiais são virtualmente ilimitados, ao passo que os recursos econômicos para satisfazê-los são limitados (escassos). Por isso, nos preocupamos em como utilizar de forma mais racional estes recursos, de maneira que possamos atender as nossas necessidades. 
Princípio da escassez:
 desejos humanos ilimitados X recursos e bens limitados 
O que é Economia?
Fonte: MANKIW (2002). 
*
Primeiro Modelo: o diagrama do fluxo circular de renda (sem governo e sem comércio exterior)
Mercado de
Bens e serviços
Empresas vendem
Famílias compram
Famílias
 Consomem bens e serviços
 Possuem fatores de produção e os vendem
Bens e serviços 
comprados
Pagamento por bens e serviços (despesa)
Mercado de fatores de
Produção
 Famílias vendem
 Empresas compram
Terra, trabalho e capital
 (fatores de produção)
Fluxo de Renda
Empresas
 produzem e vendem bens e serviços
 Compram e utilizam fatores de produção
Salários, aluguéis e lucros (renda paga pelos fatores de produção)
Insumos para produção
Pagamento por bens e serviços (receita)
Bens e serviços vendidos 
A Economia como Ciência: modelos em economia
Fonte: MANKIW (2002). 
Fluxo de Moeda
Fluxo de Bens e Serviços
*
Primeiro Modelo: o diagrama do fluxo circular de renda (com governo e com comércio exterior)
Mercado de
Bens e serviços
Empresas vendem
Famílias compram
Famílias
 Consomem bens e serviços
 Possuem fatores de produção e os vendem
Bens e serviços 
comprados
Pagamento por bens e serviços (despesa)
Mercado de fatores de
Produção
 Famílias vendem
 Empresas compram
Terra, trabalho e capital
 (fatores de produção)
Fluxo de Renda
Empresas
 produzem e vendem bens e serviços
 Compram e utilizam fatores de produção
Salários, aluguéis e lucros (renda paga pelos fatores de produção)
Insumos para produção
Pagamento por bens e serviços (receita)
Bens e serviços vendidos 
GOVERNO
 Fornece bens e serviços
 Cobra impostos
Fluxo de bens e serviços
Impostos
Fluxo de bens e serviços
Impostos
Fiscalização
Fiscalização
Exterior
(Empresas e governos)
Fluxo de Moeda
Fluxo de Bens e Serviços
A Economia como Ciência: modelos em economia
*
Fonte: MANKIW (2002). 
A Economia como Ciência: modelos em economia
Segundo Modelo: Fronteira de Possibilidades de Produção
 A fronteira de possibilidades de produção é um gráfico que mostra as várias combinações de produto que uma economia pode produzir potencialmente, dados os fatores de produção e a tecnologia disponíveis no momento.
Produção impossível: tendo em vista os recursos e o desenvolvimento tecnológico disponíveis no momento.
Ineficiência: por alguma razão a economia produz menos do que o permitido pela disponibilidade de recursos.
CPP empresa X
		25
		22
		18
		13
		7
		0
D ●
A
B ●
C
Quantidade produzida de carros (mil)
Quantidade produzida de computadores (mil)
Fronteira de Possibilidades de Produção
Exemplo: computadores e carros numa Economia qualquer
CPP empresas X e Y
		25		32		6		6		6		0
		22		29		1		1		1		1
		18		25		2		2		2		2
		13		20		3		3		3		3
		7		14		4		4		4		4
		0		7		5		5		5		5
		6		0
Empresa X
Empresa Y
Sapatos Femininos
Sapatos Masculinos
Curva de Possibilidade de Produção (CPP)
Empresas X e Y
Plan1
				sapatos masculinos		sapatos femininos
				25
				22				1		2		3		4		5		6
				18
				13		0
				7		1
				0		2
						3		0		1		2		3		4		5		6
						4		25		22		18		13		7		0
						5		32		29		25		20		14		7		0
Plan2
		
Plan3
		
*
Resultados: 1 (93%); 2 (93%); 3 (84%); e 4 (78%).
Fonte: MANKIW (2002). 
A Economia como Ciência: modelos em economia
Segundo Modelo: Fronteira de Possibilidades de Produção
No gráfico anterior, observamos as seguintes relações: 
 Os pontos C e A, indicam a máxima produção (computadores e carros) possível num determinado momento para essa economia.
 No nosso exemplo, quando a sociedade aloca recursos da indústria automobilística para a indústria de computadores, movendo a economia de A para C, abre mão de 1000 carros para obter mais 5000 computadores. Assim, o custo de oportunidade de 5000 computadores é 1000 carros.
 A fronteira de possibilidades de produção mostra o tradeoff entre a produção de diferentes bens ao longo do tempo. No entanto, esse tradeoff pode mudar por vários motivos, gerando o deslocamento (para fora) da fronteira de possibilidades de produção. Alguns dos principais motivos: (a) alteração na utilização dos fatores de produção em uma sociedade; e (b) alteração na capacidade tecnológica da economia.
*
A Economia como Ciência
 A Economia, como outros campos da ciência, é estudada em vários níveis, dividindo-se em dois ramos principais: a Microeconomia e a Macroeconomia. 
 
 A Microeconomia trata do comportamento das unidades econômicas individuais, como trabalhadores, famílias, investidores, proprietários de terras, empresas e quaisquer indivíduos ou entidades que desempenhem um papel no funcionamento de nossa economia. A Microeconomia explica como e porque essas unidades econômicas tomam decisões, e de que maneira interagem em mercados específicos.
 A Macroeconomia trata do comportamento da economia como um todo. Trata da produção total de bens e serviços, do crescimento do produto, das taxas de inflação e do desemprego, do balanço de pagamentos, das taxas de câmbio, do orçamento do governo e das taxas de juros. Em síntese, a Macroeconomia lida com as principais variáveis econômicas e com os problemas do dia-a-dia. 
Fonte: MANKIW (2002); DORNBUSCH & FISCHER (1991); PINDYCK & RUBINFELD (2002). 
*
Fonte: MANKIW (2002). 
O que é um Mercado?
 O conjunto de vendedores e compradores que interagem entre si, resultando na possibilidade de trocas, constitui um Mercado. Ex. unidades produtoras (empresas) e unidades consumidoras (famílias). A extensão de um mercado é determinada tanto geograficamente quanto em termos de faixas de produtos que nele estão inseridos.
 Mercado competitivo (em concorrência perfeita): possui muitos vendedores e compradores, de modo que nenhum comprador ou vendedor individualmente consiga exercer um impacto significativo sobre os preços. Nesse mercado, pressupõe-se que os bens e serviços ofertados sejam todos iguais (qualidade, marca, rótulo, etc.). Não há barreiras de acesso para esse mercado aos novos empresários. A interação entre Demanda e Oferta que estudaremos a seguir ilustra o funcionamento de um mercado competitivo. 
Fonte: MANKIW (2002); NELLIS e PARKER (2003); e O’SULLIVAN, SEFFRIN E NISHIJIMA (2004).
*
Fonte: MANKIW (2002). 
O que é um Mercado?
 Mercado não competitivo: pode ou não possuir muitos produtores, porém determinadas empresas exercem grande influência sobre o preço do produto. Podem surgir Monopólios (uma empresa é a única vendedora de um produto sem substitutos próximos) ou Oligopólios (poucos produtores oferecem produtos idênticos ou muito similares, com baixa competição de preços entre si). Ex. TV a cabo e produção de petróleo no Oriente Médio. 
Fonte: MANKIW (2002); NELLIS e PARKER (2003); e O’SULLIVAN, SEFFRIN E NISHIJIMA (2004).
*
Interação entre Oferta e Demanda
Fonte: MANKIW (2002). 
O lado da Demanda
 A demanda (procura) de uma pessoa ou grupo de pessoas por um determinado bem qualquer indica o quanto esta pessoa ou grupo de pessoas desejam consumir deste bem num determinado período de tempo. Mas o que determina a quantidade demandada de um bem qualquer? Há uma série de fatores determinantes da demanda de um bem:
 Preço do bem. Lei da demanda:
tudo o mais mantido constante, quando o preço de um bem aumenta, a quantidade demandada cai.
 Renda. Se a demanda por um bem cai quando a renda cai, chamamos esse bem de bem normal. Por outro lado, se a demanda por um bem aumenta quando a renda cai chamamos esse bem de bem inferior.
 Preço de outros bens relacionados com o bem procurado. Quando a queda no preço de um bem reduz a demanda por outro bem, dizemos que se trata de bens substitutos. Quando a queda no preço de um bem aumenta a demanda por outro bem, os bens são chamados complementares.
 
 Gostos / Expectativas. O gosto é um dos fatores determinantes da formação da demanda. Já as expectativas em relação ao futuro também podem afetar a demanda por um bem ou serviço.
*
Interação entre Oferta e Demanda
Fonte: MANKIW (2002). 
O lado da Demanda
 Como vimos, são muito os fatores determinantes (Preço, Renda, Preço de produtos relacionados, Gostos e Expectativas) da demanda. Imagine agora que para a formação da demanda todos esses determinantes permaneçam constantes, exceto o preço do bem. Para isso, usaremos a expressão latina ceteris paribus, que serve para lembrar que todas as variáveis, que não aquela que está sendo estudada, são mantidas constantes. Assim, temos:
 Esquema de demanda: tabela que mostra a relação entre preço de um bem e quantidade demandada.
 Curva de demanda: gráfico da relação entre preço de um bem e quantidade demandada. 
 Esquema de demanda individual (Exemplo)
*
Interação entre Oferta e Demanda
Fonte: MANKIW (2002). 
O lado da Demanda
Curva de demanda individual (exemplo)
06
12
0
3,00
1,50
Preço do sorvete (R$)
Quantidade demandada de sorvete
 Essa curva de demanda individual representa graficamente o esquema de demanda apresentado no slide anterior, e mostra como a quantidade demandada do bem (sorvete) varia à medida que seu preço se altera. Observa-se a lei da demanda em operação: tudo o mais mantido constante, quando o preço de um bem aumenta, a quantidade demandada cai.
*
Interação entre Oferta e Demanda
Fonte: MANKIW (2002). 
O lado da Demanda
Esquema de demanda de mercado: mostra a demanda de mercado, que é o somatório de todas as demandas individuais por um dado bem ou serviço. 
Esquema de demanda individual e de mercado (Exemplo)
Preço do sorvete (R$)
Quantidade demandada de sorvete
0
3,00
1,50
Curva de demanda de mercado (exemplo)
10
19
1
*
Interação entre Oferta e Demanda
Fonte: MANKIW (2002). 
O lado da Demanda
Deslocamentos da curva de demanda
Preço do sorvete
Quantidade demandada de sorvete
D3
D1
D2
Aumento da demanda
Redução da demanda
*
Interação entre Oferta e Demanda
Fonte: MANKIW (2002). 
O lado da Oferta
 A Oferta: a quantidade oferecida de qualquer bem ou serviço é a quantidade que os vendedores querem e podem vender. Há uma série de fatores determinantes da oferta de um bem ou serviço:
 Preço do bem. Lei da oferta: tudo o mais mantido constante, a quantidade oferecida do bem aumenta quando seu preço aumenta.
 Preço dos insumos. A quantidade de um bem oferecida por uma empresa se relaciona negativamente com os preços dos insumos usados em sua fabricação.
 Tecnologia. Ao reduzir os custos da empresa, os avanços tecnológicos aumentam a quantidade oferecida de um bem.
 
 Expectativas. Se a empresa espera que o preço de um bem aumente no futuro próximo, ela poderá estocar parte da produção desse bem para vende-lá no futuro. 
*
Interação entre Oferta e Demanda
Fonte: MANKIW (2002). 
O lado da Oferta
 Vejamos agora como a quantidade oferecida de um bem varia com o preço, mantendo constantes os preços dos insumos, a tecnologia e as expectativas. 
 Esquema de oferta: tabela que mostra a quantidade fornecida pela empresa a cada preço.
 Curva de oferta: gráfico que representa a relação entre o preço de uma mercadoria e a quantidade oferecida
Esquema de oferta de um bem (Exemplo)
*
Interação entre Oferta e Demanda
Fonte: MANKIW (2002). 
O lado da Oferta
Curva de oferta de um bem (exemplo)
02
05
0
3,00
1,50
Preço do sorvete (R$)
Quantidade de sorvete
 Essa curva de oferta de um bem representa graficamente o esquema de oferta apresentado no slide anterior, e mostra como a quantidade ofertada do bem (sorvete) varia à medida que seu preço se altera. Observa-se a lei da oferta em operação: tudo o mais mantido constante, a quantidade oferecida do bem aumenta quando seu o preço aumenta.
*
Interação entre Oferta e Demanda
Fonte: MANKIW (2002). 
O lado da Oferta
Esquema de Oferta de mercado: a quantidade oferecida no mercado é a soma das quantidades fornecidas por todos os produtores.
Esquema de oferta demanda individual e de mercado (Exemplo)
Preço do sorvete (R$)
Quantidade de sorvete
0
 3,00
1,50
Curva de oferta de mercado (exemplo)
13
4
*
Interação entre Oferta e Demanda
Fonte: MANKIW (2002). 
O lado da Oferta
Deslocamentos da curva de oferta
Preço do sorvete
Quantidade de sorvete
S1
Aumento da oferta
Redução da oferta
S2
S3
*
Interação entre Oferta e Demanda
Fonte: MANKIW (2002). 
Equilíbrio entre demanda e oferta
 Equilíbrio: situação em que demanda e oferta coincidem. O preço no qual as curvas se cruzam é o preço de equilíbrio e a quantidade, a quantidade de equilíbrio. 
 Excesso de oferta: situação em que a quantidade ofertada é maior do que a quantidade demandada.
 Escassez: situação em que a quantidade demandada é maior do que a quantidade ofertada.
2,00
1,50
2,50
4
7
10
Excesso
Escassez
Ponto de Equilíbrio (entre preço e quantidade)
Preço do sorvete (R$)
Quantidade de sorvete
Oferta
Demanda
*
Interação entre Oferta e Demanda
Fonte: MANKIW (2002). 
Equilíbrio entre demanda e oferta
 Um aumento na demanda desloca a curva de demanda para a direita (de D1 para D2). O preço e quantidade de equilíbrio aumentam (novo equilíbrio).
2,00
2,50
4
7
10
Equilíbrio inicial
Preço do sorvete
(R$)
Quantidade de sorvete
Oferta
D1
D2
Novo Equilíbrio
*
Interação entre Oferta e Demanda
Fonte: MANKIW (2002). 
Equilíbrio entre demanda e oferta
 Um fato que provoque uma redução na quantidade ofertada a qualquer preço dado desloca a curva de oferta para a esquerda (de S1 para S2). O preço de equilíbrio aumenta e a quantidade de equilíbrio cai.
2,00
2,50
4
7
10
Equilíbrio inicial
Preço do sorvete
(R$)
Quantidade de sorvete
S1
Demanda
Novo Equilíbrio
S2
*
Interação entre Oferta e Demanda
Fonte: MANKIW (2002). 
O que acontece ao preço e à quantidade quando a oferta ou a demanda se deslocam? 
Quadro resumo
Equilíbrio entre demanda e oferta
*
O preço dos ovos nos EUA caiu 59% entre 1970 e 1998.
A oferta aumentou devido ao crescimento da mecanização na criação de aves e à redução no custo de produção.
A demanda diminuiu em razão da crescente preocupação do consumidor com a saúde (colesterol, etc. ).
Interação entre Oferta e Demanda
Equilíbrio entre demanda e oferta:
o caso dos preços dos ovos nos EUA
*
US$ 0,26
US$ 0,61
5.500
Equilíbrio inicial
Preço por dúzia
Quantidade (milhões de dúzias)
S 1998
Novo Equilíbrio
S 1970
Interação entre Oferta e Demanda
Equilíbrio entre demanda e oferta:
o caso dos preços dos ovos nos EUA
5.300
D 1970
D 1998
Nesse caso, os preços caíram até um novo equilíbrio ser atingido ao preço de US$ 0,26 e uma quantidade de 5.300 milhões de dúzias.
*
O preço do ensino universitário nos EUA aumentou 68% entre 1970 e 1995.
A oferta diminuiu em razão de custos mais elevados com equipamentos e manutenção das salas de aula, laboratórios e bibliotecas, além de salários mais altos do corpo docente.
A demanda aumentou em razão do maior número de estudantes que ingressam na universidade após concluir o ensino médio.
Interação entre Oferta e Demanda
Equilíbrio entre demanda e oferta:
o caso do preço do ensino universitário nos EUA
*
US$ 2.530
US$ 4.573
12,3
Equilíbrio inicial
Preço 
(Custo anual)
Quantidade
(milhões de alunos matriculados)
S 1970
Novo Equilíbrio
S 1995
Interação entre Oferta e Demanda
7,4
D 1995
D 1970
Equilíbrio entre demanda e oferta:
o caso do preço do ensino universitário nos EUA
Nesse caso, os preços aumentaram 
até um novo ponto
 de equilíbrio ser atingido
 ao preço de US$ 4.573
e uma quantidade de
12,3 milhões de alunos 
matriculados
*
Elasticidade e suas aplicações
Fonte: MANKIW (2002). 
 Os compradores em geral demandam maiores quantidades de um bem quando seu preço é baixo, quando suas rendas são maiores ou quando os preços dos bens complementares são menores. Para medir a resposta da demanda às alterações nesses determinantes, usamos o conceito de Elasticidade. 
Elasticidade: resposta (sensibilidade) da quantidade demandada ou da quantidade ofertada a variações em seus determinantes.
Tipos de elasticidades: 
 Elasticidade-preço da demanda; 
 Elasticidade-renda da demanda;
 Elasticidade-cruzada da demanda;
 Elasticidade-preço da oferta.
*
Elasticidade e suas aplicações
Fonte: MANKIW (2002). 
Elasticidade-preço da demanda
 Elasticidade-preço da demanda (EPD) = (Q2 – Q1) / [(Q2 + Q1) / 2] 
				 (P2 – P1) / [(P2 + P1) / 2]
	 Quadro Resumo: Elasticidade-Preço da Demanda (EPD)
*
Elasticidade e suas aplicações
Fonte: MANKIW (2002). 
Elasticidade-preço da demanda
Elasticidade-preço da demanda: como vimos, a lei da demanda afirma que uma queda no preço de um bem aumenta a quantidade demandada por ele. A elasticidade-preço da demanda mede o quanto a quantidade demandada responde a variações no preço. Determinantes da elasticidade-preço da demanda:
 Grau de essencialidade do bem (necessidades versus supérfluos): bens cujo consumo é essencial para a vida das pessoas tendem a ter sua demanda pouco sensível a alterações nos preços. Desta forma, os bens de primeira necessidade (alimentos básicos, remédios, por exemplo) tendem a ter Demanda inelástica, enquanto os chamados bens supérfluos (jóias, roupas finas, etc.) tendem a ter Demanda elástica. 
 Disponibilidade de substitutos próximos: a elevação do preço da manteiga provocará uma queda do consumo de manteiga que poderá ser substituída pela margarina. Neste caso, pequenas variações no preço da manteiga tendem a provocar um grande impacto sobre a quantidade demandada de manteiga. Por outro lado, como os ovos não tem substitutos muito próximos, a demanda por ovos é provavelmente menos elástica do que a demanda por manteiga. Assim, quanto maior o número de substitutos de um bem mais este bem tende a ter Demanda elástica. 
 O peso do bem no orçamento do consumidor: quando o peso relativo de um bem no orçamento total do consumidor é muito pequeno a tendência é que sua demanda seja pouco sensível as alterações nos preços, e tenha, portanto, Demanda inelástica. Por outro lado, caso o bem represente uma parcela significativa do orçamento, sua Demanda tende a ser elástica. 
*
Elasticidade e suas aplicações
Elasticidade-preço da demanda: alguns exemplos nos anos 90
Fonte: periódicos diversos
*
Preço
Quantidade
Preço
Quantidade
Preço
Quantidade
Demanda
Demanda
Demanda
Demanda inelástica: elasticidade menor do que 1
Demanda com elasticidade unitária: elasticidade = 1
Demanda elástica: elasticidade maior do que 1
Elasticidade e suas aplicações
Elasticidade-preço da demanda: representação gráfica
Fonte: MANKIW (2002). 
100
80
5
4
100
50
4
5
100
90
4
5
*
Preço
Quantidade
Preço
Quantidade
Demanda
Demanda
Demanda perfeitamente inelástica: elasticidade = 0
Demanda perfeitamente elástica: elasticidade infinita
Fonte: MANKIW (2002). 
Elasticidade e suas aplicações
Elasticidade-preço da demanda: representação gráfica
100
5
4
100
30
4
*
2,50
100
Preço do sorvete
(R$)
Quantidade de sorvetes
Demanda 
Elasticidade e suas aplicações
Receita Total e Elasticidade-preço da demanda
Receita Total: é a quantidade paga pelos compradores e recebida pelos vendedores do bem, calculada pelo preço do bem multiplicado pela quantidade vendida (P X Q).
P X Q = R$ 250
Área do retângulo sob a curva de demanda = Receita Total
Fonte: MANKIW (2002). 
*
2,50
100
Preço do Medicamento
(R$)
Quantidade
Demanda 
Elasticidade e suas aplicações
Receita Total e Elasticidade-preço da demanda
Comportamento da Receita Total com Demanda Inelástica: com uma curva de demanda inelástica, um aumento no preço provoca uma redução proporcionalmente menor na quantidade demandada. Portanto, a Receita Total aumentará.
P X Q = R$ 250
6,00
P X Q = R$ 480
80
Quantidade
Demanda 
Preço do Medicamento
(R$)
No caso abaixo, um aumento no preço de um remédio de R$ 2,50 para R$ 6,00 provoca uma queda na quantidade demandada de 100 para 80 e um aumento na Receita Total de R$ 250,00 para R$ 480,00
Fonte: MANKIW (2002). 
*
3,00
50
Preço do Sorvete
(R$)
Quantidade
Demanda 
Elasticidade e suas aplicações
Receita Total e Elasticidade-preço da demanda
Comportamento da Receita Total com Demanda Elástica: com uma curva de demanda elástica, um aumento no preço provoca uma redução proporcionalmente maior na quantidade demandada. Portanto, a Receita Total diminuirá.
P X Q = R$ 150
4,00
P X Q 
= R$ 80
20
Quantidade
No caso abaixo, um aumento no preço do sorvete de R$ 3,00 para R$ 4,00 provoca uma queda na quantidade demandada de 50 para 20 e uma diminuição na Receita Total de R$ 150,00 para R$ 80,00
Fonte: MANKIW (2002). 
Preço do Sorvete
(R$)
Demanda 
*
Elasticidade e suas aplicações
Fonte: MANKIW (2002). 
 A teoria econômica (neoclássica) parte da premissa de que as empresas têm como meta principal a Maximização dos Lucros, no curto e no longo prazos. O Lucro Total é definido como a diferença entre a Receita Total (RT) de vendas da empresa e seu Custo Total (CT) de produção. O Custo Total de produção pode ser subdividido em Custo Fixo (parcela dos custos que independe da produção) e Custo Variável (parcela dos custos que depende da produção, e por isso varia).
A empresa maximizará o Lucro no momento em que a diferença entre RT e CT for a maior possível 
Maximização do Lucro: Receita Total, Lucro Total e Custo Total
*
Elasticidade e suas aplicações
Fonte: MANKIW (2002). 
 Temos então as seguintes definições:
Receita Total (RT) = Preço (P) X Quantidade (Q)
Lucro Total (LT) = Receita Total (RT) – Custo Total (CT)
Custo Total (CT) = Custo Fixo (CF) + Custo Variável (CV)
 Podemos, portanto, observar que a decisão de elevar preços com o intuito de aumentar o Lucro Total (LT) em uma determinada empresa deverá, em princípio, atender: (a) ao conhecimento prévio da elasticidade-preço da demanda (que condiciona a Receita Total) para o produto ou serviço dessa empresa; e (b) à estrutura de custos de produção nessa empresa. 
Maximização do Lucro: Receita Total, Lucro Total e Custo Total
*
Elasticidade e suas aplicações
Fonte: MANKIW (2002). 
Elasticidade-renda da demanda
A elasticidade-renda da demanda é usada para descrever como a quantidade demandada varia quando a renda dos consumidores sofre uma alteração. 
Elasticidade-renda da demanda (ERD) = variação percentual da quantidade demandada
			 variação percentual da renda
Quadro Resumo: Elasticidade-Renda da Demanda (ERD)
*
Elasticidade e suas aplicações
Elasticidade-renda da demanda: alguns exemplos nos anos 90
Fonte: periódicos diversos
*
Elasticidade e suas aplicações
Fonte: MANKIW (2002). 
Elasticidade-cruzada da demanda
A elasticidade-cruzada da demanda é usada para descrever como a quantidade demandada de um bem varia quando o preço de outro bem sofre uma alteração.
Elasticidade-cruzada da demanda (ECD) = variação percentual da quantidade demandada do bem 1
			 variação percentual no preço do bem 2
Quadro Resumo: Elasticidade-Cruzada da Demanda (ERD)
*
Elasticidade e suas aplicações
Fonte: MANKIW (2002). 
Elasticidade-preço da Oferta
 A
elasticidade-preço da oferta mede o quanto a quantidade oferecida responde às alterações no preço do bem. 
Elasticidade-preço da Oferta (EPO) = variação percentual da quantidade ofertada
			 variação percentual do preço
Quadro Resumo: Elasticidade-Preço da oferta (EPO)
*
Preço
Quantidade
Preço
Quantidade
Preço
Quantidade
Oferta
Oferta
Oferta
Oferta inelástica: elasticidade menor do que 1
Oferta com elasticidade unitária: elasticidade = 1
Oferta elástica: elasticidade maior do que 1
Elasticidade e suas aplicações
Elasticidade-preço da Oferta: representação gráfica
Fonte: MANKIW (2002). 
125
100
5
4
200
100
4
5
110
100
4
5
*
Preço
Quantidade
Preço
Quantidade
Oferta
Oferta
Oferta perfeitamente inelástica: elasticidade = 0
Oferta perfeitamente elástica: elasticidade infinita
Fonte: MANKIW (2002). 
Elasticidade e suas aplicações
Elasticidade-preço da Oferta: representação gráfica
100
5
4
100
30
4
*
Elasticidade e suas aplicações
Elasticidade-preço da Oferta: representação gráfica
 A elasticidade-preço da Oferta pode variar numa empresa: uma vez que as empresas têm uma capacidade máxima de produção, a elasticidade da oferta pode ser bastante alta quando a quantidade oferecida é pequena e muito baixa quando a quantidade oferecida é grande.
0
100
200
500
525
3
4
12
15
Preço
Quantidade
Grande elasticidade: maior do que 1
Oferta
Pequena elasticidade: menor do que 1
Fonte: MANKIW (2002). 
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
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