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Resumo de Direito Tributário II
LINHA DO TEMPO TRIBUTÁRIA:
Cobrança Administrativa:
Hipótese de Incidência – Fato Gerador – Obrigação Tributária – Lançamento – Crédito Tributário
__________________________________________________________________________
Cobrança Judicial:
 Inscrição Dívida Ativa Extração CDA Execução Fiscal.
_________________________________________________________________
 Crédito Tributário (139 a 141 do CTN)
Vínculo jurídico de natureza patrimonial, por meio do qual o poder público exige do sujeito passivo, tributo ou penalidade tributária.
Decorre da obrigação principal, tendo a mesma natureza desta. 
Processo de Concreção = no direito fiscal, as expressões “obrigações” e “crédito” não são equivalentes, sendo certo, inclusive que estes institutos surgem em momentos diversos: seguem o processo que torna concreta a exigência fiscal:
1 – a obrigação tributária surge com o fato gerador (artigo 114 do CTN);
2 – o crédito tributário surge com o lançamento (artigo 142 do CTN);
3 – a exigibilidade surge com a Certidão de Dívida Ativa (artigo 201 do CTN);
OBS¹ = o crédito tributário regularmente constituído não pode ser dispensado, conforme artigo 141 do CTN. 
OBS² = segundo o artigo 146, III, “b” da CRFB, o crédito tributário depende de lei complementar para o seu tratamento – Súmula 8 do STJ. 
Lançamento (142 a 150 do CTN)
Seu conceito encontra-se no artigo 142 do CTN, pode ser considerado como procedimento administrativo para verificação do fato gerador e do quantum tributário devido - o lançamento constitui o crédito tributário. 
Consiste em um procedimento administrativo privativo da autoridade administrativa, tendente a verificar a ocorrência do fato gerador e a matéria tributável, a definir o montante e identificar o sujeito passivo.
Deve ser notificado ao sujeito passivo em seu domicílio tributário, para que se possa exercer contraditório e ampla defesa.
Deve ser notificado ao sujeito passivo em até 5 anos, sob pena de decadência – artigo 173 do CTN. 
OBS: no tocante ao IPTU, aplica-se o enunciado 397 DO STJ sobre notificação de lançamento – é notificado através do envio do carnê ao seu endereço. 
Princípios 
Legalidade = o lançamento configura ato administrativo vinculado e obrigatório, uma vez que, o agente fiscal não possui mérito administrativo para realizar a cobrança –
A Administração nada pode fazer senão o que a lei determina, a autoridade fiscal só age de acordo com a lei - artigo 142, parágrafo único do CTN.
Irretroatividade = a lei nova não retroage para atingir fatos geradores ocorridos sobre império da lei anterior. Dessa maneira, no momento do lançamento, a autoridade administrativa deve aplicar a lei vigente e eficaz na data do fato gerador – artigo 144 do CTN. 
OBS = a penalidade tributária mais benéfica retroage – artigo 106, II, “c” do CTN.
Irrevisibilidade = o lançamento notificado ao sujeito passivo não pode ser revisto pela Administração Pública, salvo nas hipóteses do artigo 145 do CTN (processo administrativo ou revisão de ofício em caso de omissão ou fraude do contribuinte). 
OBS: no tocante ao erro de fato e erro de direito, a jurisprudência do STJ entende que somente será legítima a retroeficácia de lançamento no caso de erro de fato. 
Inalterabilidade = a mudança nos critérios jurídicos de ordem pública somente pode ser aplicada para os fatos geradores posteriores à alteração do critério jurídico – 146 do CTN.
Modalidades:
O lançamento pode ocorrer de maneiras distintas, conforme se passa a examinar:
Declaração = ocorre nos casos que o contribuinte presta informações ao Pode Público sobre o fato gerador e os elementos tributáveis – 147 do CTN. Exemplo: ITBI e ITD. 
Arbitramento = ocorre nos casos em o Poder Público não confia nos dados apresentados pelo sujeito passivo. Neste caso, será cabível o arbitramento após o processo administrativo – 148 do CTN. 
OBS: artigo 123 do CTN.
De Ofício = é realizado sem a participação do sujeito passivo, cabendo ao fisco o procedimento para quantificação fiscal. Este lançamento pode ser realizado diante da omissão do contribuinte. Esta modalidade também é chamada de auto de infração – artigo 149 do CTN. 
É feito por iniciativa da autoridade administrativa, independentemente de qualquer colaboração do sujeito passivo. Ou seja, não tem auxílio por parte do contribuinte. 
Homologação = ocorre nos casos em que o contribuinte declara o valor que entende devido, e recolhe antecipadamente este montante, sem prévio exame da administração pública – artigo 150 do CTN. Exemplo: IPI, ICMS, IOF, IR, ISS, contribuições.
Após o recolhimento, a autoridade administrativa pode adotar as seguintes condutas:
- concorda com o recolhimento (homologação expressa);
- não concorda com o recolhimento;
- inércia por 5 anos (homologação tácita – artigo 50, parágarfo4º do CTN). 
Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário (artigo 151 a 155-A do CTN)
As hipóteses da exigibilidade do crédito tributário são taxativas, conforme se verifica nos artigo 141 a 151 do CTN.
Presente uma das hipóteses do artigo 151 do CTN, não é cabível inscrição na dívida ativa e ajuizamento de execução fiscal - evita a cobrança judicial do tributo. 
Estando configurada a hipótese de suspensão da exigência fiscal, o contribuinte faz jus a CPEN (Certidão de Crédito Positiva com Efeito Negativo) – 206 do CTN.
É importante destacar que a suspensão alcança a exigibilidade do crédito tributário e não a sua constituição, uma vez que o lançamento é vinculado e obrigatório – 142 do CTN. 
A Interpretação é Literal - artigo 111, I, CTN – é vernacular, na podendo ser utilizados métodos integrativos e analogia. 
 Seis hipóteses de suspensão: Pra gravar: MO DE RE CO PA 
Moratória = (152 ao 155 do CTN) = a moratória caracteriza ampliação do prazo de pagamento do tributo, e só pode ser concedida mediante lei.
Pode ser geral ou individual. Aquela ocorre quando são atingidos grupos indeterminados de contribuintes. Já a individual possui requisitos e deve ser solicitada e comprovada por cada contribuinte. 
É a prorrogação do prazo ou a outorga de novo prazo, se já findo o original, para o cumprimento da obrigação principal. 
Depósito = somente suspende se for integral e em pecúnia, conforme enunciado 112 do STJ.
O depósito não significa pagamento. Tanto é verdade que, ao término da demanda, sendo o contribuinte o depositante vitorioso haverá o levantamento do depósito. Se o contribuinte perder, haverá a conversão do depósito em renda, extinguindo-se o crédito tributário – artigo 156, VI do CTN. Ou seja:
Depósito = suspende o CT;
Conversão do depósito em renda = extingue o CT. 
O valor depositado judicialmente deve compreender o valor nominal do crédito acrescido dos acréscimos legais para suspender a exigibilidade do crédito tributário.
Reclamação Administrativa = se faz pelas chamadas “reclamações e recursos administrativos”. 
O processo administrativo tributário tempestivo suspende a exigência fiscal, enquanto perdurar o julgamento administrativo. O recurso nesse âmbito não é obrigatório, conforme Súmula Vinculante nº 21. 
A reclamação é a defesa administrativa ou a impugnação
Concessão de Liminar ou tutela antecipada = a disputa judicial permite, em determinados casos, que o crédito tributário seja suspenso.
 O deferimento de medida liminar ou antecipatória suspende a exigência tributária enquanto essa medida tiver eficácia.
Concessão de Liminar em Mandado = também irá suspender o créditos tributário
Cuidado com o artigo 206 do CTN. 
Parcelamento (155-A, CTN) = depende de lei autorizativa que suspende a exigibilidade enquanto o parcelamento estiver em dia. O parcelamento inclui juros e multa, salvo se a disciplinar em contrário. Não é excessivo mencionar que o parcelamento interrompe a prescrição, conforme artigo 174, parágrafoúnico do CTN. 
Extinção do Crédito Tributário (156 do CTN)
O rol é taxativo, se encontra no artigo 156, conforme preconiza o artigo 141 do mesmo código.
Do Pagamento (157 a 163 do CTN) = é a principal forma de extinção de crédito, o que motivou o legislador a disciplinar a matéria de maneira pormenorizada. 
O artigo 158 revela que o pagamento de uma prestação não presume o pagamento das anteriores. Dessa maneira, o contribuinte deve comprovar o pagamento com documento próprio (recibo) ou certidão negativa de débito.
O artigo 159 preceitua que o adimplemento fiscal deve ser feito no domicílio do sujeito passivo
O Artigo 160 releva que o prazo de pagamento do tributo é de 30 dias, merecendo destaque que essa matéria não depende de leis, mas apenas legislação tributária – 96 do CTN.
O artigo 161 apresenta a denominada mora ex re do Direito Tributário, uma vez que o não pagamento do tributo no prazo implica na cobrança cumulativa do tributo, juros e mora. 
OBS = o lançamento tributário deve ser notificado no domicílio tributário do sujeito passivo. Por outro lado, a inscrição na dívida ativa não exige prévia notificação. 
O artigo 162 apresenta as modalidades do pagamento do crédito tributário, sendo válido ressaltar que o inciso II do referido artigo não tem eficácia atualmente.
O artigo 163 trata de imputação de pagamento – presume dívida vencida, após o ato cabe a autoridade ordenar o pagamento. 
De acordo com o artigo 164, a consignação em pagamento no âmbito tributário, pode ser proposta judicialmente nos seguintes casos: recusa de recebimento, subordinação de um tributo ao outro, dúvida sobre o legítimo credor tributário. 
Pagamento Indevido (165 a 169 do CTN) = todo pagamento realizado em descompasso com a legislação tributária permite a repetição do indébito fiscal. Esta restituição pode ser pleiteada na esfera administrativa ou judicial.
O artigo 168 preceitua que a restituição judicial pode ser pleiteada em até 5 anos, após o pagamento indevido. Por outro lado, o artigo 164 estabelece prazo de 2 anos após a decisão administrativa.
O artigo 166 aplica-se aos tributos indiretos, isto é, tributos que tenham repercussão econômica. Dessa maneira, o consumidor final deve autorizar o contribuinte do direito a pleitear a restituição. A pessoa jurídica também poderá requerer a restituição se comprovar que não repassou o ..... tributário ao consumidor final.
Compensação (170 E 170-A do CTN) = o encontro de contas somente é possível no plano tributário se houver lei autorizativa. Compensação tributária depende de créditos e débitos líquidos e certos. Atento a última premissa fixada, não é cabível liminar ou tutela antecipada para compensação tributária (súmula 212, 170 A do CTNB e 7º, parágrafo 2º da Lei de Mandado de Segurança). A Compensação pode ser pleiteada na esfera administrativa ou judicial. Tem que ter o transito em julgado.
Súmula 461 do STJ.
A compensação depende de lei autorizativa. 
Transação (artigo 171 do CTN) = permite um acordo entre o Poder Público e o contribuinte para a extinção dó crédito tributário.
Parte da doutrina entende que a transação tributária é inconstitucional, já que contrária ao princípio da impessoalidade, moralidade e indisponibilidade dos bens e valores públicos. 
Remissão (artigo 172 do CTN) = caracteriza o perdão do crédito tributário. Depende de lei autorizativa. Segue distinção técnica de remissão e anistia
Anistia (artigo 180 do CTN) = se refere ao perdão da penalidade tributária (multa). Remissão é o perdão do crédito tributário.
Decadência (artigo 173 do CTN) = a decadência e a prescrição tributária dependem de lei complementar para o tratamento normativo, conforme o artigo 146, III, “b” da CF e Súmula Vinculante nº 8.
A decadência caracteriza a perda do direito de o Poder Público efetuar o lançamento tributário, em razão do decurso do prazo (5 anos). 
Segundo a jurisprudência, a decadência não se interrompe e nem se suspende.
Fato Gerador Lançamento Prescrição Execução Fiscal
I I I I
 Decadência prazo p pagto
- A decadência vem antes da prescrição. 
Prescrição (artigo 174 do CTN) = caracteriza extinção do crédito tributário pela inércia do Estado para o ajuizamento da execução fiscal. Desse modo, se o executivo fiscal não proposto em até 5 anos após o vencimento do crédito tributário, terá ocorrido a prescrição. É importante ressaltar que a prescrição tributária atinge o direito de ação e o próprio crédito tributário (artigo 156, V do CTN). 
* Causas que interrompem a prescrição:
Artigo 174, parágrafo único do CTN.
* Causas que suspendem a prescrição:
Artigo 151 do CTN;
Artigo 40 da Lei de Execução Fiscal.
Não obstante, existe regra expressa no CTN (174, parágrafo único), o STJ vem entendendo que a decisão de citação retroage a data do ajuizamento, com base em sua súmula 106. 
Conversão de Depósito em Renda = é uma hipótese de depósito (que suspende a exigibilidade) - se perde a ação esse depósito se reverte em renda para o Poder Publico, se ganha levanta o valor.
Lançamento Antecipado (156, VII) = inciso desnecessário.
Coisa Julgada Administrativa (156, IX) = caso de procedência.
Exclusão do Crédito Tributário (artigo 175 do CTN)
A doutrina mais técnica costuma debater a desnecessidade de o CTN apresentar diferença entre extinção e exclusão de crédito, por outro lado, por outro lado, trata-se de uma opção legislativa.
A exclusão do crédito se dá por isenção e anistia (ambas dependem de lei).
A Interpretação é Literal - artigo 111, I, CTN – é vernacular, na podendo ser utilizados métodos integrativos e analogia.
Isenção (176 a 179 do CTN) = a isenção caracteriza auto limitação do poder de tributar, sendo certo que a referida modalidade de exclusão de crédito depende de lei autorizativa. É importante destacar que a isenção somente será legítima se possuir algum substrato social. Em outras palavras, a isenção não pode criar desequiparações contrárias a isonomia (critério de natureza subjetiva, o próprio ente cria a isenção.
A isenção pode ser gratuita ou onerosa. A Isenção gratuita é aquela que o contribuinte não possui nenhuma prestação em favor do Estado. A isenção onerosa é aquele em que existem direitos e deveres recíprocos entre o Estado e o contribuinte (contraprestação).
	Gratuita – lei – deverá ser solicitada - se pagou poderá pleitear o valor de volta. 
Isenção 
 Onerosa – lei e contrato adm – contraprestação – se os critérios do contrato não forem cumpridos, poderá ser revogada a isenção. 
OBS: isenção onerosa é utilizada para grandes investimentos e geralmente possui prazo para fruição do benefício.
 - Existe divergência sobre a necessidade de cumprir a anterioridade e noventena na revogação da isenção gratuita.
Quando ocorre a revogação,l a cobrança só poderá se efetuada no exercício seguinte.
OBS: a doutrina sempre entendeu que é necessário aguardar o próximo exercício financeiro para evitar surpresa ao contribuinte. Em recente julgado, o STF aderiu a este posicionamento, afastando a súmula 615 do mesmo tribunal.
- No que se refere a isenção onerosa, esta não pode ser afastada antes do prazo estabelecido no contrato administrativo, salvo se o beneficiado não cumprir o contrato – súmula 544 do STF.
Ex: se forem dados 15 anos de isenção de IPTU, não pode o novo prefeito revogar. 
OBS: a isenção deve ser interpretada de maneira restritiva, conforme prevê o artigo 111 do CTN. 
Anistia (180 a 182 do CTN) = caracteriza o perdão das penalidades tributárias (só a multa), sendo certo que a anistia depende de lei ordinária.
Anistia alcança somente as infrações cometidas antes da edição da lei, conforme artigo 180 do CTN (é retrospectiva).
	Anistia
	Remissão
	Perdãoapenas da penalidade (multa)
	Perdão do crédito – créditos + juros + multa
	Retira a multa
	Retira o crédito
- É bastante usual a denominada anistia condicional, prevista no artigo 181, II, “d” (ganha a anistia desde que pague o tributo).
- A anistia deve ser interpretada restritivamente (artigo 111 do CTN).
Garantias, Privilégios e Preferências do Crédito Tributário (artigos 183 a 193 do CTN)
Os artigos mencionados, não impedem que outras leis estabeleçam prerrogativas aos créditos públicos. Ex: lei de execução fiscal, prazo em dobro para o poder público contestar, entre outros.
- As garantias caracterizam uma forma de assegurar o crédito tributário, podendo ser encontradas nos artigos 185-A, 187, 188, 191 a 193 do CTN.
- Os privilégios denotam exceções criadas pela lei em favor do crédito – artigo 184 a 185.
- Já as preferências, indicam que o crédito tributário deve ser adimplido antes dos demais créditos, conforme artigo 186, 189 e 190 do CTN.
Privilégios = o artigo 184 revela que todos os bens e rendas do sujeito passivo respondem pela dívida tributária, ressalvados os que a lei declarar absolutamente impenhoráveis – lei 8009/90 e artigo 833 do CPC (todos os bens respondem, salvo os bens de família e os impenhoráveis).
O artigo 185 trata da fraude a execução no âmbito tributário, sendo válido destacar que a doutrina leciona, se tratar de presunção absoluta.
 - a presunção a absoluta ocorre se já estiver na dívida ativa.
- a fraude a execução tem como marco a inscrição na dívida ativa. Desse modo, não se aplica o verbete 375 do STJ.
- a súmula 375 aplica-se apenas para direito privada, não tendo aplicabilidade no Direito Tributário. 
Preferências de Crédito = os artigos 186 e 189 do CTN destacam que o crédito tributário possui preferência em relação aos demais créditos, isto é, o crédito fiscal deve ser adimplido antes dos demais; ressalvados os créditos trabalhistas ou com natureza alimentar.
O Poder Público recebe na frentes dos demais, salvo alimentar ou acidente de trabalho.
OBS: artigo 187 do CTN c/c 29 da Lei 6.830 – se houver falência, será observada a lei da falência.
Garantias = o crédito tributário possui prerrogativas para maior segurança de seu recebimento. Nesse contexto podem ser citados os artigo 187, 188 e 191 a 193 do CTN.
O artigo 191-A do CTN destaca que a Recuperação Judicial depende de quitação tributária regularidade fiscal.
De acordo com o artigo 193, a Administração Pública não deve contratar se o preponente não possuir regularidade tributária, aplicando-se no que couber os artigos específicos da lei de licitação.
Fiscalização Tributária (artigo194 ao 200 do CTN)
O objetivo da fiscalização tributária é a verificação sobre fato gerador tributário praticado pelo contribuinte. Se houver inadimplido, o agente fiscal deve lavrar o auto de infração respectivo.
É oportuno destacar que a fiscalização tributária deve ser documentada conforme o artigo 196 do CTN.
A fiscalização tributária tem matriz constitucional, conforme se verifica no artigo 37, XVIII e XXII.
O agente fiscal não pode dar publicidade aos dados obtidos na fiscalização, conforme artigo 198 e 325 do CP. Ou seja, o fiscal não pode anunciar/publicar que existe dívida daquele sujeito passivo. 
O artigo 200 permite que a autoridade policial seja solicitada quando houver embaraço para fiscalização tributária.
Sigilo Bancário e Fiscal (LC 105/01)
Até o advento da LC 105/01, o entendimento predominante apontava que a quebra do sigilo bancário fiscal dependeria de autorização. Por outro lado, o artigo 6º da LC mencionada, permite as referidas quebras de sigilo diretamente pelo agente fiscal, desde que cumpridos os requisitos da lei (prova indispensável a fiscalização e já existência de processo administrativo).
O STJ observa, conforme o artigo 6º da LC 105/01. Já o STJ não observa de forma absoluta tal artigo, observando o critério para réu próprio.
OBS¹: a quebra do sigilo fora das hipóteses da lei constitui crime (artigo 10 da lei 105/01).
OBS²: para efeitos de concurso, é possível a quebra do sigilo sem autorização judicial.
 
Certidões Tributárias (artigo 205 a 208 do CTN)
O Direito Tributário apresenta 3 certidões atualmente: CND (certidão negativa de débito – 205 do CTN), certidão positiva (quando existem débitos em aberto) e certidão positiva com efeito negativos – 206 do CTN - débitos estão pendentes - créditos não vencidos, penhora já efetivada, artigo 151 do CTN.
OBS: a certidão será conforme o pedido do contribuinte, em 10 dias.
OBS: a recusa de recebimento da CPEN caberá mandado de segurança com pedido de liminar.
De acordo com o artigo 208 do CTN, a expedição negativa ou com fraude responsabiliza penalmente o funcionário (pelo crédito criminal e funcional).
Dívida Ativa (artigo 201 a 204 do CTN)
A CDA caracteriza título executivo extrajudicial, conforme artigo 784, IX do CPC - não há execução fiscal sem CDA.
 
Os requisitos da CDA estão previstos no artigo 202 do CTN e artigo 2º, parágrafo 5º da Lei de Execução Fiscal. A omissão ou erro na confecção da CDA torna esse título nulo, mas a nulidade pode ser revista até decisão de 1º instância, conforme artigo 203 do CTN. 
Ato nulo que permite correção = artigo 203 do CTN – verificar enunciado 392 do STJ (pode modificar a CDA, salvo para modificar o réu).
Na forma doa artigo 204 do CTN, cabe ao executado comprovar que a CDA possui algum vício ou omissão, uma vez que o referido título goza da presunção de certeza e liquidez. 
Execução Fiscal (Lei 6.830/80)
A LEF tem como objetivo a cobrança célere dos créditos tributários ou não tributários. O pressuposto da Execução Fiscal é a CDA. O artigo 3º destaca que a CDA presume-se legítima e correta, cabendo ao executado demonstrar a sua insubsistência. 
O artigo 6º versa sobre a petição inicial, tendo como requisitos: o juízo, pedido e requerimento para citação. A inicial a CDA podem constituir único documento (parágrafo 2º).
O artigo 7º versa que no despacho terão 5 decisões em uma: citação, penhora, arresto, registro e avaliação.
O artigo 8º da LEF destaca que o executado possui 5 dias para pagar a dívida ou garantir o juízo, na forma do artigo 9º. Após garantia de juízo, será cabível a oposição de embargos (artigo 16).
	 Embargos a Execução
As Defesas do Executado:
	 Exceção de Pré-Executividade - o nome correto é 
Objeção de Não Executividade (Súmula 393 do STJ).
Súmula 393 do STJ = A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória:
- Prescrição e Decadência patentes;
- Ilegitimidade Passiva. 
Súmula 409 do STJ = Em execução fiscal, a prescrição ocorrida antes da propositura da ação pode ser decretada de ofício (art. 219, § 5º, do CPC). 
Embargos à Execução = possuem natureza de ação, proposta pelo executado em face do Poder Público.
Nos embargos serão admissíveis todos os meios de prova, conforme prevê o artigo 16, parágrafo 2º da LEF.
Não cabem embargos se não garantir a execução (parágrafo 1º).
Não cabe compensação nos Embargos à Execução (parágrafo 3º).
Súmula 394 do STJ = É admissível, em embargos à execução fiscal, compensar os valores de imposto de renda retidos indevidamente na fonte com os valores restituídos apurados na declaração anual.
O artigo 15 da LEF autoriza a modificação da garantia de juízo em qualquer fase processual.
De acordo com o artigo 25 da LEF, o procurador deve ser intimado pessoalmente. 
O artigo 26 não tem eficácia atualmente, conforme prevê os enunciados 153 do STJ e 519 do STF.
O artigo 34 estabelece uma execução diferenciada para causas de alçada, isto é, limitadas até 50 OTN.
Se for até 50 OTN só cabem 3 recursos:
- Embargos de Declaração;
Embargos Infringentes (para o mesmo juiz);
Recurso Extraordinário (Súmula 640 do STF) - esse na prática não existe, pois tem que ter repercussãogeral.
Súmula 452 do STJ = A extinção das ações de pequeno valor é faculdade da Administração Federal, vedada à atuação judicial de ofício.
A Ação Anulatória com Depósito Obrigatório foi afastada – EM 247 TRF e SV 28 do STF… 
Súmula Vinculante 28 = É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário.
Súmula 247 – TRF = Não constitui pressuposto da ação anulatória do débito fiscal o depósito de que cuida o art. 38 da Lei 6.830/80.
Fato Gerador Lançamento Execução Fiscal 
_______________________________________________________________________
Decadência Prescrição Pura Prescrição Intercorrente (6 anos)
Prescrição Intercorrente (artigo 40) = a expressão “a qualquer tempo” está dentro do prazo de 5 anos do arquivamento – parágrafo 3º e entendimento do STJ;
Súmula 314 e 409 do STJ;
O Procurador da Fazenda tem que se manifestar.
Se o devedor ou os bens penhoráveis não forem encontrados, a Execução Fiscal ficará suspensa por 1 anos. Após este prazo, o processo será remetido ao arquivo, podendo permanecer por até 5 anos. Após tais prazos terá ocorrido a prescrição intercorrente – Sumula 314 do STJ.
Processo Administrativo Fiscal (Decreto 70.235/72)
Esta matéria caracteriza temática de competência legislativa concorrente - artigo 24, XI e 30, I da CRFB.
O PAF é gratuito, com base no direito de petição e não precisa de advogado.
O principal objetivo da impugnação administrativa é a suspensão da exigibilidade do crédito tributário. 
O prazo para impugnação administrativa é de 30 dias, no plano federal – artigo 15 do mencionado Decreto;
O artigo 33 do Decreto prevê o mesmo prazo para o recurso voluntário, sendo válido destacar que o recurso voluntário não precisa ser acompanhado do depósito preparatório – Súmula Vinculante nº 21. 
Não é legítima a utilização concomitante da ação judicial e do processo administrativo, uma vez que a demanda judicial se sobrepõe à decisão administrativa. 
O Artigo 16 do Decreto estabelece a forma para impugnação administrativa.
Consulta Tributária (artigo 46 e seguintes) = tem como objetivo fixar o entendimento jurídico sobre matéria consultada pelo contribuinte. Vale destacar que a consulta fixa um critério jurídico, na forma do artigo 146 do CTN.
Durante a consulta tributária, o consulente não pode sofrer autuação fiscal.
Não cabe consulta após qualquer medida de fiscalização.

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