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A Era Vargas Os governos Provisório e Constitucional

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HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO - CCJ0105
A Era Vargas - Os governos Provisório e Constitucional
“EM 26 JANEIRO de 1933, o Diário de Pernambuco iniciou a publicação de uma enquete, realizada junto a "ilustres senhoras e senhorinhas da sociedade pernambucana"1. Dezenove mulheres colaboraram com o jornal, respondendo à indagação "A quem deverá caber a representação da mulher pernambucana na futura constituinte?", sendo o resultado da última consulta publicado em 4 de abril daquele mesmo ano. A pesquisa, inicialmente pensada para restringir-se às pernambucanas, acabou alcançando os Estados vizinhos da Paraíba e de Alagoas. Foram incorporadas à amostra duas associações de mulheres: a Federação Pernambucana para o Progresso Feminino e a Liga Eleitoral Católica, que funcionavam no Recife, perfazendo o total de vinte e duas matérias jornalísticas dedicadas ao assunto. [...] uma das inquiridas [era] a doutora Albertina Correia de Lima, advogada, formada na Faculdade de Direito do Recife e residente na capital paraibana. [..] Partidária da emancipação política das mulheres, cujas conquistas dizia acompanhar com vivo interesse, nutria igual simpatia pela enquete realizada pelo Diário, sinalizando perceber a iniciativa como mais uma manifestação da luta das mulheres pela ampliação de seus direitos civis e políticos e pela conquista de novos espaços na sociedade”. (ARAUJO, Rita de Cássia Barbosa de. O voto de saias: a Constituinte de 1934 e a participação das mulheres na política. Estud. av., São Paulo , v. 17, n. 49, p. 133-150, Dec. 2003 . Available from . access on 17 Feb. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142003000300009.) 
Um ano depois, em 1934, a Constituição Federal consagra o chamado “voto de saias”. Esta Carta trouxe algumas importantes novidades que fizeram com que fosse considerada uma constituição moderna para a época, entre elas podemos apontar o voto feminino. 
Segundo a referida Constituição, responda: 
a) A quem se assegurava o direito de voto?
 b) O voto feminino era obrigatório ou facultativo?
 c) Havia igualdade de tratamento entre homens e mulheres neste tema? 
Resolva as questões objetivas 2 e 4 do capítulo 6 de seu Livro Didático.
Respostas
As mulheres maiores de 18 anos.
Obrigatória para toda mulher maior de 18 anos.
De certo ponto de vista havia uma pequena igualdade no sentido do voto, pois em outros sentidos ainda era desigual.
Questões Objetivas
Questão 2 
No que se refere à construção da institucionalidade social e trabalhista da Era Vargas, podemos afirmar que: 
I - A criação do Ministério do Trabalho, que ocorreu logo após a vitória da Revolução de 1930, revelou um novo projeto jurídico-político-institucional em que o Estado brasileiro passaria a regulamentar e fiscalizar as relações entre capital e trabalho no país.
 II - Durante a gestão do Salgado Filho (1932 a 1934), à frente do Ministério do Trabalho, foram sancionadas numerosas leis que tratavam da regulação das condições de trabalho dos que se encontravam no mercado de trabalho (leis trabalhistas) e das questões que tratavam do amparo àqueles que, temporariamente ou definitivamente, se afastavam do mercado de trabalho (leis previdenciárias).
III - A implementação da Carteira de Trabalho, em 1932 (Decreto nº 22.035, de 29 de outubro de 1932), permitiu ao Ministério do Trabalho um maior controle sobre a população trabalhadora.
 Após analisar cada uma das afirmativas acima (verificando se elas estão CORRETAS ou ERRADAS), assinale qual alternativa melhor reflete o resultado de sua análise: 
A - Todas as afirmativas estão erradas. 
B - Todas as afirmativas estão corretas. 
C - Somente a afirmativa I está errada. 
D - Somente a afirmativa II está correta.
 E - Somente a afirmativa III está errada.
Questão 4 
Em discurso pronunciado na Assembleia Nacional Constituinte, em 20 de julho de 1934, Getúlio Vargas não escondeu o descontentamento com a nova Constituição. De acordo com ele, a Constituição de 34, diferentemente daquela que fora promulgada em 1891, enfraquecia os elos da Federação, anulava, em grande parte, a ação do presidente da República, cerceando-lhe os meios imprescindíveis à manutenção da ordem, ao desenvolvimento normal da administração, estimulando as forças armadas à prática do facciosismo partidário, subordinando a coletividade, as massas proletárias e desprotegidas ao bel-prazer das empresas poderosas e colocando o indivíduo acima da comunhão de interesses da sociedade. Levando-se em consideração as críticas perpetradas por Vargas, nesse discurso, em relação ao texto da Constituição de 1934 e o curto tempo de sua vigência, é correto afirmar que: 
A - A Carta de 34 destoa completamente dos principais objetivos que nortearam a Revolução de 1930, já que manteve os mesmos princípios liberais de organização do Estado que orientaram a elaboração do primeiro texto constitucional republicano.
 B - Apesar do fortalecimento do Poder Executivo, no texto da constituição de 1934 ficou assegurado o predomínio do Poder Legislativo no sistema político, que deveria se constituir em um inibidor do avanço do Executivo.
 C - As críticas de Vargas se referem à total ausência das temáticas da proteção social e da proteção às relações trabalhistas nesta constituição, o que dificultaria a continuidade da organização socioprodutiva capitalista no Brasil.
D - Apesar das tensões políticas que marcaram o período de vigência dessa ordem constitucional, sua substituição pelo texto de 1937 ocorreu por meio dos trabalhos de uma assembleia revisora que, reunida a partir do final de 1936, elaborou as emendas ao texto de 34, emendas que serviram para o aprimoramento dessa carta e que acabaram por compor a Constituição de 1937
E - Por ter sido outorgada, a carta de 34 previa uma organização do Estado brasileiro com características bastante semelhantes àquelas de alguns dos textos constitucionais que regiam os regimes fascistas europeus do período, especialmente no que dizia respeito à organização partidária, já que a primeira constituição da Era Vargas previa a organização de um partido único capaz de dar sustentação ao governo.

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