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Revisão de Psicologia

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PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 
Prof. Stella Aranha 
A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE : RELAÇÕES AFETIVAS 
Vamos iniciar com dois conceitos : 
 
Conjugalidade - Dois sujeitos, com suas diferentes histórias de vida, 
se unem e estabelecem uma relação. 
 
Parentalidade – é a relação estabelecida entre pais e filhos 
 
A parentalidade não se estabelece automaticamente, a partir da 
chegada de um filho. 
 
Tornar-se pai ou mãe é investir afetivamente na criança, 
reconhecendo-a como filho. 
 
A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE : RELAÇÕES AFETIVAS 
A filiação não está apoiada apenas na realidade genética, mas deve 
ser fundada no desejo e na disponibilidade de assumir a função 
parental. 
 
Ao nascer, a criança recebe o direito à cidadania, ou seja, é natural 
de algum lugar. Nome e sobrenome indicam pertencimento a um 
grupo familiar. Quando nomeada, a criança é incluída em uma rede 
de parentesco a qual se vinculará, e a família será responsável pela 
produção de sua identidade social. 
 
Filiação socioafetiva - aqueles que se intitulam pais que irão 
inscrever o sujeito em uma família. É necessário também que tenha 
sido tratado, educado e mantido por aqueles como filho e, portanto, 
reconhecido como tal pela sociedade e pela família. 
 
A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE : RELAÇÕES AFETIVAS 
A filiação afetiva ganha cada vez mais espaço e diferentes adultos 
podem assumir funções parentais, mesmo não sendo os pais legais 
nem os genitores. 
 
No caso de uma adoção não existe gestação, mas os pais adotivos 
vão falar de uma “gestação psicológica”, que indica seu desejo de 
recebera criança adotada como filho. 
 
Qualquer processo de construção da parentalidade se inicia com 
uma criança imaginária, sonhada pela mãe durante a gravidez ou 
durante o período de espera da adoção. 
CONJUGALIDADE x PARENTALIDADE: SEPARAÇÕES E 
 
 RECASAMENTOS 
 
O fracasso conjugal dos pais não impede que se continue a 
assegurar conjuntamente as funções parentais. 
 
Os laços conjugais se rompem, mas há necessidade de cuidar dos 
laços parentais. 
 
Mesmo que o laço conjugal se desfaça, espera-se que o laço 
parental se fortaleça e, idealmente, os ex-cônjuges devem 
permanecer pais em conjunto 
e de comum acordo. 
 
 
Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança - o 
direito da criança à sua identidade, inclui, enquanto elementos 
básicos da identidade de um indivíduo, a nacionalidade, o nome e as 
relações familiares. 
 
Princípio do Melhor Interesse da Criança, previsto na Constituição 
em seu artigo 227, mas também no Estatuto da Criança e do 
Adolescente em seus artigos 4º e 5º - a convivência familiar foi 
entendida como um direito fundamental da infância, e a 
filiação sócioafetiva foi valorizada. 
 
 
 
GUARDA COMPARTILHADA 
 
 
 
As mulheres foram conquistando, em nossa sociedade, igualdade de 
direitos e oportunidades, mas também os homens têm buscado ocupar um 
maior espaço no cotidiano familiar e igualdade de direitos na participação 
da educação dos filhos. 
 
A lei nº 11.698/2008 representou uma nova compreensão do modelo de 
família e estabeleceu como preferencial o modelo de guarda 
compartilhada, que permitiu repensar a concepção vigente até então 
quanto aos papéis de pai e de mãe na formação de um filho. 
 
Atualmente temos a Lei nº 13.058, de 22 de dezembro de 2014 que surgiu 
para estabelecer o significado da expressão “guarda compartilhada” e 
dispor sobre sua aplicação. 
 
 
ALIENAÇÃO PARENTAL 
A Alienação Parental fere o melhor interesse da criança, pois o 
interesse dos pais prevalece sobre os interesses dos filhos, 
provocando danos em seu desenvolvimento. 
 
A criança demonstraria uma intensa rejeição a um dos genitores (o 
genitor alienado) como resultado de manipulação psicológica 
realizada pelo outro genitor (o genitor alienador), sem que 
houvesse uma justificativa para isso. 
 
A menos que um dos pais seja física ou psicologicamente nocivo 
para o filho, nada justifica a privação do exercício da função 
parental, sendo a convivência com ambos os pais um direito 
inalienável atribuído à criança. 
 
ALIENAÇÃO PARENTAL 
Na lei nº 12.318/2010, que dispõe sobre a alienação parental, ela é 
descrita como sendo a interferência na formação psicológica da criança 
ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos 
avós ou pelos que tenham a criança ou o adolescente sob a sua 
autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause 
prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com ele. 
 
ABORDAGEM PSICOLÓGICA DA VIOLÊNCIA 
COMUNIDADE INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS - a violência é 
compreendida como toda violação de direitos civis; políticos; 
econômicos e culturais. 
PSICOLOGIA – BOCK , FURTADO E TEIXEIRA – uso desejado da 
agressividade, com fins destrutivos, podendo ser voluntário, racional e 
consciente ou involuntário, irracional e inconsciente. 
MANGINI (2008) – a violência ocorre quando a agressividade não está 
relacionada à proteção de interesses vitais, trazendo em si a ideia de 
destruição entre seres da mesma espécie, quando outras soluções 
poderiam ser empregadas. 
 
ABORDAGEM PSICOLÓGICA DA VIOLÊNCIA 
Mecanismos de controle da agressividade - por exemplo, a educação, a lei e a 
tradição. Transformação dos impulsos agressivos em produções consideradas 
socialmente positivas, como a criação intelectual, as artes e o esporte. 
Desde a infância - o ser humano é levado a aprender a reprimir e a não expressar 
a agressividade de forma descontrolada. 
Violência e agressividade - contexto social e cultural no qual o ato é realizado. 
O comportamento agressivo em um contexto pode ser considerado violência em 
outro, e vice-versa. 
As visões teóricas da Psicologia não se contradizem, se complementam, 
reforçam-se e possibilitam a compreensão deste fenômeno sob diferentes visões. 
 
 
ABORDAGEM PSICOLÓGICA DA VIOLÊNCIA 
Formas de violência: 
• Estrutural - negam a cidadania para alguns indivíduos ou determinados 
grupos de pessoas, pautados principalmente na discriminação social 
contra os “diferentes”. 
• Urbana - tipificadas como violação da lei penal, como: 1) assassinatos, 2) 
sequestros, 3) roubos e, 4) outros tipos de crime contra a pessoa ou 
contra o patrimônio . 
• Institucional - aquela praticada nas instituições prestadoras de serviços 
que deveria garantir uma atenção humanizada, preventiva e também 
reparadora de danos. 
• Simbólica - relações estabelecidas entre grupos dominantes e dominados 
que aparecem de forma “naturalizada”. 
 
 
 
 
 
ABORDAGEM PSICOLÓGICA DA VIOLÊNCIA 
Formas de violência 
• Violência doméstica 
-A violência doméstica é o tipo de violência que ocorre no lar, compreendido 
como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo 
familiar, inclusive as esporadicamente agregadas. 
- Existem cinco tipos de violência doméstica: física, psicológica, sexual, 
patrimonial e moral. A negligência é o ato de omissão do responsável pela 
criança/idoso/outra (pessoa dependente de outrem) em proporcionar as 
necessidades básicas, necessárias para a sua sobrevivência, para o seu 
desenvolvimento. 
 
ABORDAGEM PSICOLÓGICA DA VIOLÊNCIA 
Situações relacionadas ao comportamento violento, sob uma perspectiva de 
desenvolvimento : 
1-Transtorno desafiador opositivo - O Transtorno Desafiador Opositivo em 
geral se manifesta antes dos 8 anos de idade e habitualmente não depois 
do início da adolescência. Os sintomas opositivos frequentemente emergem 
no contexto doméstico, mas com o tempo podem aparecer também em 
outras situações.O início é tipicamente gradual, em geral se estendendo 
por meses ou anos. 
2-Transtorno de conduta - para ser considerado transtorno de conduta, esse 
tipo de comportamento problemático deve alcançar violações importantes, 
além das expectativas apropriadas à idade da pessoa e, portanto, de 
natureza mais grave que as travessuras ou a rebeldia normal de um 
adolescente ou uma criança mais velha. 
 
ABORDAGEM PSICOLÓGICA DA VIOLÊNCIA 
3-Transtorno de personalidade antissocial 
• Indivíduos destrutivos e emocionalmente prejudiciais. Costumam 
desorganizar o meio e as relações sociais, causando sofrimento nas 
pessoas que vivem ao seu redor. Apesar de causar problemas para os 
outros, são pessoas que estão sempre bem, não sentindo culpa nem 
necessidade de reparar os prejuízos que causam. Algumas pessoas com 
características antissociais podem jamais enfrentar problemas legais. 
• Para Trindade (2007), a criminalidade não é sinônimo de transtorno de 
personalidade antissocial. 
 
ABORDAGEM PSICOLÓGICA DA VIOLÊNCIA 
 
4- Psicopatia 
• A psicopatia é um modelo particular de personalidade. Ela é resultado da 
interação de diferentes fatores sociais e biológicos, como o transtorno de 
personalidade antissocial. O fato como agem em relação às normas sociais 
e jurídicas fez com que fossem também nomeados de sociopatas. Os 
psicopatas cometem delitos violentos que abalam a humanidade. 
• De acordo com a Escala Hare, os psicopatas preenchem os critérios para o 
transtorno de personalidade antissocial, mas nem todos os indivíduos com 
este transtorno preenchem os critérios para psicopatia. 
• Há uma prevalência duas a três vezes maior de transtornos de 
personalidade antissocial do que de psicopatas. 
 
ABORDAGEM PSICOLÓGICA DA VIOLÊNCIA 
• Outras formas de violência 
- Bullying - diferenças entre bullying e outras formas de violência e 
brincadeiras:ações repetitivas contra a mesma vítima em um período 
prolongado de tempo; há um desequilíbrio de poder ; o que dificulta a 
defesa da vítima; e ,ausência de motivos que justifiquem os ataques. 
 
- O assédio moral é uma coação social, que pode ser instalada em qualquer 
tipo de hierarquia ou relação que se sustente pela desigualdade social e 
pela autoridade. O assédio moral é um fenômeno antigo, no entanto sua 
importância atual deve-se ao novo cenário no trabalho, onde os vínculos e 
interesses próprios levam sempre à uma disputa competitiva. 
 
 
 
ABORDAGEM PSICOLÓGICA DA VIOLÊNCIA 
O psicólogo e a violência 
 
• A violência, para o psicólogo, deve ser tratada e não punida. 
• Ele utilizará a investigação das causas, usará as pesquisas já realizadas 
para, a partir de um trabalho em equipe, tornar viável a reestruturação da 
situação onde ocorreu a violência. 
• É preciso, desta forma, uma maior qualificação, para o psicólogo, como 
profissional e como pessoa, para que ele possa trabalhar nesta área. 
 
A PSICOLOGIA E SUAS INTERFACES COM OS SISTEMAS 
JURÍDICO E JUDICIÁRIO 
 Qual a finalidade da Justiça ? 
• Poderíamos dizer que é a transformação social, na busca de uma 
sociedade justa. 
O que é uma sociedade justa? 
• Segundo Cavalieri Filho (2002), é uma sociedade sem preconceitos e 
discriminação de raça, sexo, cor ou idade; uma sociedade livre, solidária, 
sem pobreza e desigualdades sociais, na qual a cidadania e a dignidade 
da pessoa humana são as principais metas. 
Qual a função do operador do Direito ? 
• Adequar o Direito à justiça. A justiça é um sistema aberto de valores e 
suscetível às mudanças, por melhor que seja a lei, sempre terá de ser 
ajustada às transformações sociais e aos novos ideais de Justiça. 
 
A PSICOLOGIA E SUAS INTERFACES COM OS SISTEMAS 
JURÍDICO E JUDICIÁRIO 
ACESSO À JUSTIÇA 
O acesso à justiça pressupõe a capacidade e oportunidade de realização 
de um direito, principalmente, dos direitos humanos que configuram a 
verdadeira cidadania. 
 
E o Psicólogo nestas situações ? 
Fundamentará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da 
dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos 
valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos; 
promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e 
contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, 
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 
 
A PSICOLOGIA E SUAS INTERFACES COM OS SISTEMAS 
JURÍDICO E JUDICIÁRIO 
• Desde meados de 2007, a Secretaria de Reforma do Judiciário do 
Ministério da Justiça, definiu o tema “Democratização do Acesso à 
Justiça” como eixo prioritário de suas ações. 
 
• Na tentativa de dar mais visibilidade à Justiça Restaurativa, em 14 de 
agosto de 2014, o Presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) 
assinou um acordo para incentivar a Justiça Restaurativa com o 
objetivo de diminuir a judicialização de infrações e reparar relações 
sociais. 
 
 
A PSICOLOGIA E SUAS INTERFACES COM OS SISTEMAS 
JURÍDICO E JUDICIÁRIO 
JUSTIÇA RESTAURATIVA 
Princípios importantes da Justiça Restaurativa: 
 
• Voluntariedade 
 
• Horizontalidade 
 
• Responsabilização do autor do ato infracional 
 
• Resgate de valores que ficam prejudicados quando se pratica um ato 
infracional: respeito, honestidade, humildade, entre outros. 
 
CONFLITOS E MECANISMOS DE AUTOCOMPOSIÇÃO DOS 
CONFLITOS 
 CONFLITO 
• Faz parte de nossa vida. 
• Ele se estabelece a partir de expectativas, valores e interesses que são 
contrariados. 
• Cada uma das partes envolvidas no conflito busca encontrar 
argumentos para reforçar suas posições e enfraquecer e destruir os 
argumentos da outra parte. 
• Paz social = Ausência de conflito ? 
Perspectiva restauradora, entendemos que “a paz é um bem 
precariamente conquistado por pessoas ou sociedades que 
aprenderam a lidar com conflitos” (Vasconcelos, 2008). 
 
 
CONFLITOS E MECANISMOS DE AUTOCOMPOSIÇÃO DOS 
CONFLITOS 
• Mecanismos de autocomposição de conflitos 
1- Negociação - Pessoas com problemas e/ou processos entre elas lidam 
diretamente para a transformação e restauração de relações, buscando a 
solução para as suas disputas ou trocas de interesses. 
2- Mediação - É um meio de solução de conflitos em que duas ou mais 
pessoas, com a colaboração de um terceiro, que é o mediador, expõem o 
problema. O mediador as escuta, questiona e vai trabalhando com elas a 
comunicação, de forma construtiva, para chegar, eventualmente, a um 
acordo. 
3- Conciliação é um meio alternativo de resolução de conflitos em que as 
partes confiam a uma terceira pessoa (neutra), o conciliador, a função de 
aproximá-las e orientá-las na construção de um acordo” (Tribunal de Justiça 
do Paraná). 
 
 
As práticas psicológicas e suas aplicações no Judiciário 
• Nos Fóruns, tradicionalmente, o psicólogo realiza trabalhos de avaliação 
psicológica, elaboração de documentos, acompanhamento de casos, 
aconselhamento psicológico, orientação, mediação, fiscalização de 
instituições, programas de atendimentos à infância, adolescência e idoso 
e encaminhamentos. 
• Área Civil 
O psicólogo jurídico atua na área cível nos casos de interdição, sucessões 
e indenizações, entre outras ocorrências cíveis. 
• Área de Família 
O psicólogo trabalha assessorando o juiz, principalmente, nos casos de 
guarda e regulamentação de convivência nas separações que ocorrem de 
forma litigiosa. 
O trabalho do psicólogo nas Varas de Família visa a auxiliar na 
revelação das motivações e comunicações latentes dos indivíduos 
nos processos judiciais que envolvem conflitos familiares. 
 
 
 
As práticas psicológicas e suas aplicações no Judiciário 
• Nas áreas da infância e juventude, no estabelecimento demedidas 
protetivas, o psicólogo trabalhará com questões ligadas à violência contra 
crianças e adolescentes em consonância com o Conselho Tutelar no 
atendimento destes, de seus responsáveis e nas situações de 
abrigamento de crianças e adolescentes, quando é impossível a 
convivência e segurança em seus lares. 
 
• O psicólogo, nestes casos, irá elaborar relatório que possa fundamentar a 
decisão da autoridade judiciária competente pela possibilidade de 
reintegração familiar ou colocação em família substituta destas crianças e 
adolescentes. 
 
As práticas psicológicas e suas aplicações no Judiciário 
• O Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990) compreende o 
adolescente como sujeito de direitos e em condição peculiar de 
desenvolvimento. 
• Não utiliza o termo menor, uma vez que este remete a noção de 
inferioridade. 
• Proíbe o cumprimento de penas para os adolescentes em conflito 
com a lei, e estabelece o cumprimento de medidas socioeducativas. 
• São elas: advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de 
serviços à comunidade, liberdade assistida, inserção em regime de 
semiliberdade, internação em estabelecimento educacional, além de 
medidas protetivas que visem ao acompanhamento do adolescente 
na família, escola, comunidade, serviços de saúde etc. 
 
As práticas psicológicas e suas aplicações no Judiciário 
Propostas de trabalho do psicólogo frente aos adolescentes em 
conflito com a lei: 
• promover intervenções críticas no programa de atendimento para a 
execução de medidas socioeducativas que incentivem os 
adolescentes a (re)pensarem seus desejos, seus valores, seus ideais e 
os modos possíveis de transformar a realidade vivida, além da 
realização de relatórios fornecendo subsídios à decisão judicial sobre 
a aplicação das medidas. 
 
As práticas psicológicas e suas aplicações no Judiciário 
Idoso 
• Foi criado o Estatuto do Idoso, por meio da lei federal nº 10.741, de 
1º de outubro de 2003. 
• Legislação apta a proteger e a tutelar os direitos do idoso, 
combatendo a violência por meio da análise de seus principais 
aspectos penais e processuais penais. 
• Constatação :além das omissões do Estado, são os familiares os 
maiores agressores, e a violência ocorre mesmo dentro de suas casas. 
• Essa violência contra os idosos pode acontecer de várias formas, 
desde a violência psicológica, que se manifesta pela negligência e 
pelo descaso, até as agressões físicas. 
 
 
As práticas psicológicas e suas aplicações no Judiciário 
Varas Criminais 
• Na realidade brasileira, a Psicologia aplicada à área criminal é talvez o 
mais antigo campo de atuação do psicólogo jurídico. 
• O trabalho nessa área relaciona-se com o Direito Penal(orienta-se pelo 
Código Penal, Código de Processo penal e as Leis que regulamentam o 
assunto) e insere-se em diversos campos tais como: 
- Inquérito Policial, efetuando avaliações em indiciados, para averiguar seu 
estado psíquico, sua eventual periculosidade; 
- Nos Processos criminais realizando avaliações de incidente de insanidade 
mental, dependência toxicológica, entre outros 
 
As práticas psicológicas e suas aplicações no Judiciário 
Juizados Especiais 
• Os Juizados Especiais são um importante meio de acesso à justiça, pois 
permitem aos cidadãos buscarem soluções para seus conflitos cotidianos 
de forma rápida, eficiente e gratuita. 
 
• Nesses Juizados, em geral, quando há psicólogos, ocorre 
encaminhamento do juiz e após a coleta dos dados e identificação do 
caráter da questão, por este profissional será feita uma avaliação. 
 
• A devolução da avaliação para as partes e para o juiz terá ligação com a 
intervenção realizada. 
 
As práticas psicológicas e suas aplicações no Judiciário 
Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a mulher 
 
• A Lei Maria da Penha ou Lei nº 11.340 de 7 de agosto de 2006, surgiu 
com o objetivo de responder às necessidades e anseios das mulheres 
vítimas de violência conjugal, diante dos problemas relativos à aplicação 
da lei nº9.099 de 1995 (Juizados Especiais),em situações de violência 
doméstica. 
 
• Considerado qualquer ato ou conduta baseada no gênero que cause 
morte, dano, sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na 
esfera pública como privada. 
 
• A violência pode ser uma forma patológica de comunicação entre os 
parceiros. 
 
• A violência não surge de repente, mas é a expressão de uma situação 
crônica que vai, aos poucos, destruindo as defesas da mulher, até deixá-
la completamente entregue ao agressor. 
 
As práticas psicológicas e suas aplicações no Judiciário 
Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a mulher 
 
• O trabalho do psicólogo nas situações de violência contra a mulher é 
realizado em equipe multidisciplinar. 
• Pode desenvolver trabalhos de orientação, encaminhamento, prevenção e 
outras ações voltadas para a mulher, o agressor e os familiares 
envolvidos nestas situações. 
• O psicólogo irá fornecer subsídios ao juiz, ao Ministério Público e à 
Defensoria Pública, mediante laudos ou oralmente, em audiências. 
 
As práticas psicológicas e suas aplicações no Sistema 
Penintenciário 
Este é um tema importante e polêmico porque envolve conceitos como 
justiça, castigo, punição e liberdade. Há muita discussão sobre o papel que 
o psicólogo quer e pode ocupar no sistema prisional. 
 
As atribuições do profissional, em todas as práticas do sistema prisional: 
respeito e promoção dos direitos humanos; na participação nos processos 
de construção da cidadania, desconstruindo o conceito de que o crime está 
relacionado unicamente à patologia ou à história individual; enfatizar os 
dispositivos sociais que promovem o processo de criminalização; elaborar 
estratégias de fortalecimento dos laços sociais, com uma ampla 
participação dos sujeitos, por meio de projetos interdisciplinares que 
resgatem a cidadania e a inserção na sociedade extramuros. 
 
 
O PROCESSO DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO JUDICIÁRIO 
 
• O compromisso do psicólogo, na avaliação, não está restrito ao 
fornecimento de informações ao juiz, para subsidiar decisões no processo 
judicial. O psicólogo trabalha todas as dimensões do processo 
encaminhado, visando promover e manter os direitos das pessoas 
avaliadas. 
 
• A avaliação não deve ser usada para excluir ou segregar socialmente as 
pessoas. É importante um trabalho crítico, qualificado e ligado aos direitos 
humanos, com o psicólogo assumindo um compromisso social frente às 
pessoas que são encaminhadas para esse tipo de atendimento. 
 
 
O PROCESSO DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO JUDICIÁRIO 
 
Perito psicólogo e Assistente técnico 
• Os peritos são os profissionais de confiança do juízo e têm alguns 
compromissos: a imparcialidade na avaliação do caso; apresentar um 
parecer técnico para o magistrado; e responder aos quesitos formulados 
no documento. 
 
• Nas situações em que encontramos partes em oposição, além da perícia, 
está previsto o direito de contratação de assistentes técnicos. Esses 
profissionais, psicólogos, estarão acompanhando os resultados do 
trabalho realizado pelo perito, profissional de confiança do juiz, 
confirmando ou rejeitando suas conclusões. 
 
 
DOCUMENTOS ELABORADOS PELO PSICÓLOGO NO 
JUDICIÁRIO 
 No Judiciário, os documentos elaborados pelo psicólogo são provas 
processuais, auxiliando para esclarecer controvérsias e decisões judiciais. 
 
O psicólogo realizará a avaliação psicológica podendo utilizar instrumentais 
próprios de sua técnica (entrevistas, testes, observações, dinâmicas) que 
servem para coletar dados, realizar estudos e interpretações de 
informações sobre as pessoas atendidas 
 
Documentos : Declaração ; Atestado;Laudo ou Relatório psicológico; e 
Parecer. 
 
QUESTÕES ÉTICAS LIGADAS AO PSICÓLOGO NO 
JUDICIÁRIO 
 O Código de Ética Profissional do Psicólogo foi aprovado em 2005, a partir 
de múltiplos espaços de discussão sobre a ética da profissão, suas 
responsabilidades e compromissos com a promoção da cidadania. 
 
Princípios fundamentais do Código de Ética dos Psicólogos 
- Princípio da dignidade da pessoa humana 
- Promoção da saúde e qualidade de vida das pessoas e coletividades 
- Responsabilidade social 
- Divulgação dos conceitos éticos e práticas psicológicas. 
- Reconhecimento das relações de poder nos contextos em que atua e os 
impactos destas relações.

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