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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
ANTÔNIO DE PÁDUA DUARTE MATOS
SEGURANÇA PÚBLICA EM FORTALEZA
PALHOÇA – SC
2012
ANTÔNIO DE PÁDUA DUARTE MATOS
SEGURANÇA PÚBLICA EM FORTALEZA
Relatório apresentado ao Curso Gestão em Segurança Pública, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial à aprovação na disciplina de Estudo de Caso.
Professor Orientador: José Carlos Noronha de Oliveira.
PALHOÇA – SC
2012
ANTÔNIO DE PÁDUA DUARTE MATOS
SEGURANÇA PÚBLICA EM FORTALEZA
Este trabalho de pesquisa na modalidade de Estudo de Caso foi julgado adequado à obtenção do grau de Tecnólogo em Segurança Publica aprovada em sua forma final pelo Curso Superior de Tecnologia em Segurança Pública da Universidade do Sul de Santa Catarina.
Palhoça, ____ de ____________de _____.
Prof. e orientador, José Carlos Noronha de Oliveira, Unisul.
Universidade do Sul de Santa Catarina
Agradecimentos
Primeiramente a Deus, que foi a força e energia perfeita durante todo o decorrer do meu curso e na elaboração desse trabalho, que nos momentos pelos quais eu me sentia cansado, esgotado e às vezes sem força, chegou até mim, por meio da minha fé, e me aconselhou a não desistir, a ver que as possibilidades de conquistas surgem a cada momento para quem acredita na vitória e não baixa a cabeça para as vicissitudes da vida. Agradeço também a todos os professores do meu curso, que por meio de conhecimentos excelentes, favoreceram para mim, uma das maiores dádivas da vida, que é a dádiva do aprendizado: um crescimento novo para mim, um saber frutífero, que cooperarão cada vez mais com o meu crescimento, tanto profissional, como pessoal. Não posso deixar de agradecer também aos meus amigos do coração ( Valdez, Jorge Cesar, João Batista, Gilson Carneiro) aos meus pais Raimundo |Rodrigues de Matos e Raimunda Duarte de Matos; todos são responsáveis por cada degrau que tenho subido em minha vida, principalmente meus pais, que me deram a oportunidade de chegar a este planeta e viver, sentir o mecanismo da vida fluir belo, mesmo nos momentos feios de dificuldades. A todos aqueles, os quais, embora não sejam próximos a mim de alguma forma trabalham em prol da Segurança Pública, seja profissionalmente ou mesmo voluntariamente, buscando uma forma de ajeitar uma vida cercada de tantas violências, de tanto abandonos, de tantas negações a vários direitos. E também aqueles que não mais pertencem a esse plano e tiveram suas vidas ceifadas tão bruscamente à custa da violência, que cotidianamente nos torna prisioneiros do medo.
 Simplesmente, obrigado a todos.
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REsumo
O trabalho apresenta Segurança pública em Fortaleza, enfocando que essa temática não se relaciona somente à polícia, mas também, a sociedade, ou seja, segurança nacional, combatendo ou defendendo interesses nacionais em nossas fronteiras, trabalhando com um sistema preventivo, ou seja, a política comunitária, e o principal aspecto preventivo é o sistema educacional, educando desde crianças no combate a esse mal tão enraizado no século XXI, a violência, e segurança pública para dar certo, deve ser preventiva e enfocado pelos sistemas educacionais. A metodologia utilizada será uma pesquisa bibliográfica em relação a Segurança Pública na capital cearense.
Palavras-chave: Fortaleza, Segurança Pública, violência urbana.
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sumário
1 INTRODUÇÃO	7
2 TEMA	8
3 OBJETIVOS	10
3.1 OBJETIVO GERAL	10
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS	10
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS	11
4.1 CAMPOS DE ESTUDO	12
4.2 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS	13
5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DA REALIDADE OBSERVADA	14
6 PROPOSTA DE SOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA	29
6.1 Proposta de melhoria para a realidade estudada	29
6.2 Resultados esperados	30
6.3 Viabilidade da proposta	32
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS	33
REFERÊNCIAS	35
1 INTRODUÇÃO
Atualmente falar em Segurança Pública é aspecto essencial, pois, o tema da violência invadiu o imaginário social. E a discussão da criminalidade violenta, a pobreza e à desigualdade impede um entendimento mais complexo da questão. As proposições sobre a existência de uma cultura da violência e do monopólio legítimo da violência, ambas falsas, terminam por dificultar a compreensão dos diversos conflitos na arena social e política. Um país violento como o Brasil, é necessário que haja políticas públicas eficazes sobre segurança, que possam atuar a nível de prevenção. 
Embora, um tema tão escutado diariamente na mídia, mas, que dificilmente vemos solução, no decorrer do trabalho é enfocado propostas a nível de prevenção, e ela consiste em adotar uma segurança pública eficaz a nível da política comunitária, e já instalada a violência, que é exacerbada na conjuntura brasileira, que educadores possam em sala de aula, trabalhar com a temática, ensinando o valor de práticas não violentas, e sim humanizadas. É necessária uma didática concreta de dissolução destes seus geradores de defeitos, para ensinar ao homem erradicar do interior de si mesmo o germe da ambição e todos os outros eus engendradores de todo tipo de violência. O presente trabalho tem como objeto enfocar a violência urbana e a se e como objetivo geral: abordar a segurança pública em Fortaleza.
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2 TEMA
	A segurança pública atualmente, é abordado com muita freqüência nas épocas de campanhas políticas. Embora, esse tema, somente geram inúmeras promessas que tem por finalidade mais a moral partidária do que a própria necessidade do povo que o elegeu.
	Segurança pública caracteriza-se pelo conjunto de tutela do Estado.A temática está vinculada às instituições: polícia civil, polícia militar,corpo de bombeiros,entre outras. Parte-se do pressuposto que o Estado deve garantir a ordem e segurança dentro das esferas públicas, usando mecanismos de controles por meio das forças policiais sempre com objetivo de proteger a população. Segurança pública da população brasileira é resultado da somatória da segurança adquirida pela população de cada Estado da Federação, como também de cada município, distrito.
 
	Nos grandes centros urbanos, as favelas surgem a cada dia aumentando de forma considerável e concreta a desigualdade,e logo a criminalidade.A busca pelo espaço público para práticas ilícitas, que venham a ferir o direito de todo cidadão brasileiro, é algo que o Estado, representado por suas instituições,previne e reprime.
	Nos dias de hoje, é possível observar claramente a que condições precárias de segurança que está passando a população de grandes metrópoles brasileiras, como o caso da capital Fortaleza.
No tocante à violência na Região Metropolitana de Fortaleza constatou-se uma taxa média de 26,12 homicídios por 100 mil habitantes entre 2000 e 2005, tornando-se a 15º metrópole mais violenta do Brasil. Regionalizando o contexto, esta área metropolitana esteve entre as quatro mais violentas da região Nordeste�.
Dados, divulgados na edição de 2010 do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, referentes a 2009, confirmaram a realidade dos adolescentes que vivem na “linha” entre a vida e a morte, inserindo Fortaleza como a 4ª Capital do Nordeste que mais mata jovens entre 12 e 29 anos de idade, ficando atras apenas de Recife, Maceió e Salvador.No ranking, a cidade aparece entre as 50 com maior exposição à violência, estando na 48º posição e com classificação de risco alto no Índice de Vulnerabilidade Juvenil (IVJ)�.
	Segurança pública não se relaciona somente à polícia, más também, a sociedade, ou seja, segurança nacional, combatendo ou defendendo interesses nacionais em nossas fronteiras, trabalhando com um sistema preventivo, ou seja, a política comunitária, e o principal aspecto preventivo é o sistema educacional, educando desde crianças nocombate a esse mal tão enraizado no século XXI, a violência, e segurança pública para dar certo, deve ser preventiva e enfocado pelos sistemas educacionais.
	Para melhor compreensão da temática serão enfocados algumas visões e reflexões de autores que abordam violência urbana, segurança pública, policiamento, educação.
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3 OBJETIVOS
3.1.OBJETIVO GERAL
O presente trabalho tem por objetivo abordar a segurança pública na capital Fortaleza, como também algumas sugestões a nível de prevenção.
3.2.OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abordar a violência urbana nos grandes centros urbanos e possíveis causas.
Enfocar o trabalho dos Administradores Públicos e Segurança Pública no Brasil.
Relatar o estudo de caso da violência em Fortaleza.
Ressaltar a necessidade do trabalho preventivo na área de Segurança Pública em Fortaleza.
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4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Neste capítulo apresenta-se o tipo de pesquisa, a metodologia do estudo e seu embasamento teórico, com a descrição das técnicas de coleta dos dados e os procedimentos utilizados para a obtenção das informações relacionadas a cada objetivo específico da pesquisa.
Segundo Cervo e Bervian (1976, p. 69) qualquer tipo de pesquisa em qualquer área do conhecimento, supõe e exige pesquisa bibliográfica prévia, quer para o levantamento da situação em questão, quer para a fundamentação teórica. Assim, afirmam que a pesquisa bibliográfica é um excelente meio de formação e juntamente com a técnica de resumo de assunto ou revisão de literatura, constituí geralmente o primeiro passo de toda pesquisa científica. Por isso, os universitários devem ser incentivados a usarem métodos e técnicas científicas para realizá-la, tanto independente quanto como parte complementar de qualquer tipo de pesquisa descritiva ou experimental.
A metodologia utilizada na elaboração desse trabalho é baseada em pesquisas bibliográficas e documentais já existentes na área de Segurança Pública. 
O desenvolvimento deste trabalho iniciou com uma introdução relativa à fundamentação do problema de pesquisa, de onde foram extraídos o tema e as questões norteadoras do objeto central de investigação, cujas variáveis que permeiam o problema, foram investigadas e analisadas separadamente em forma de questionamentos, para, a partir de então, estabelecer relações destas com os resultados percebidos. Seguido de uma fundamentação teórica pertinente ao tema, dele constando, dentre outros fatores, fundamentação capazes de dá suporte ao pensamento e a possibilidade de avaliar resultados quantitativos e qualitativos sobre a Segurança Pública em Fortaleza.
Em seguida, apresentam-se os métodos e os procedimentos utilizados, seguindo os parâmetros de coleta de dados. Na seqüência, relacionam-se as bases de dados utilizados na pesquisa. Depois, apresentam-se os resultados das análises bibliográficas e documentais.
Para compreensão do tema escolhido, foi realizada uma pesquisa bibliográfica e documental com as seguintes técnicas de pesquisa:
4.1 CAMPOS DE ESTUDOS
 A proposta teórico-metodológica está fundamentada no método exploratório-descritivo no intuito de analisar a Segurança Pública em Fortaleza.
 Exploratória, pois esta pesquisa se propõe a estudar as características da violência e segurança pública em Fortaleza. 
	
 A abordagem será quali-quantitativa, pois esse método permite entender o problema no meio em que ele ocorre e auxilia o pesquisador a se aproximar do seu objetivo e do seu objeto a ser estudado. O método quali-quantitativo é o mais adequado para busca de compreensão e descrição das experiências vividas.
 Segundo Severino (2002), quando se deseja colher informações sobre um ou mais aspectos de um grupo grande ou numeroso, verifica-se ser praticamente impossível fazer um levantamento do todo. Daí a necessidade de investigar apenas parte desta população ou universo.
4.2 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS
A técnica para coleta de dados foi à pesquisa de dados secundários e primários. Inicialmente procedeu-se a revisão de literatura com a finalidade de aprofundar as questões relacionadas à violência urbana. A partir desta base teórica, organizaram-se os fatores proeminentes na formulação de diretrizes na violência urbana e segurança Pública. 
 
A metodologia utilizada nesse estudo contemplou o diagnostico da situação atual da violência urbana.
 Após descrição de cada aspecto com base na literatura, procedeu-ser a formulação de diretrizes para a segurança pública em Fortaleza e, por fim teceram-se algumas considerações finais na forma de conclusão. 
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5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DA REALIDADE OBSERVADA
5.1.VIOLÊNCIA URBANA
 A primeira noticia da violência que conhecemos nos é trazida pela Bíblia sagrada e relata o assassinato de Abel por seu irmão Caim, dando-nos uma idéia de que o homem é violento por natureza.
 A partir desse fato, a história é pródiga em nos mostrar o grau de violência que pode atingir a mente humana, iniciando na luta pela sobrevivência na idade da Pedra, passando pela inquisição e cruzadas na idade Média e culminando com o holocausto de milhões de judeus na 2ª Guerra sem contar a barbárie das bombas atômicas no Japão, guerra Santa no Islã, com base em argumentos tão pouco convincentes quanto mesquinhos, constatamos estarrecidos que milhões de pessoas foram exterminadas em nome de Deus.
 Atualmente a violência toma outras formas e vem revestida nas cores do descaso, da indiferença e do preconceito, tomando forma nos corpos esquálidos, mal vestidos e subnutridos de nossas crianças e adolescentes.
A sociedade dualista de ricos e pobre, brancos e pretos, cultos e incultos é preconceituosa quando atribui a violência à pobreza, a violência inseriu-se no dia a dia do homem do fim deste século, o qual perdeu sua capacidade de diálogo, passando a resolver seus mínimo conflitos á base da força, tanto que inúmeros pesquisadores no mundo inteiro ainda não chegaram a uma conclusão aprimorada sobre as causas dessa violência desenfreada e assustadora.
 O homem dos nossos dias se angustia entre a violência e o medo, a violência é um privilégio apenas dos países pobres, pois nos Estados Unidos se persiste o preconceito racial e a opressão de minorias étnicas .
 A nível universal as nações rica, definidas como grandes potências, manipulam os países subdesenvolvidos, fomentando agitações e conflitos internos, que por vezes culminam em golpes e revoluções sangrentas com o único fim de atender seus interesses político – econômicos.
 O terror passou a fazer parte do cotidiano das pessoas, pois os meios de comunicação levam diariamente aos lares, cenas brutas, através de filmes e noticiários de baixa categoria, marca registrada da decadência moral da civilização humana.
 A nível familiar, núcleo base da sociedade, o espancamento e violação de crianças por seus próprios pais, acrescido das brigas entre homens e mulheres que normalmente acabam culminando na morte brutal e dramática de um pelo outro, às vezes com a ampla ciência criminosa da sociedade. Como os casos de defesa da honra dá-nos uma idéia de semântica fétida onde se incumba parte da violência das ruas.
 
Nesse contexto proliferam as brigadas particulares e grupos de extermínios, que geram mais violência, sob o égide da contenção da violência que atemoriza a elite burguesa do país.
 A criminalidade e a violência, urge uma reflexão profunda sobre o ponto de vista sociológico, são questões de defesa social e não podem ser vistas apenas sob o ângulo jurídico e policial são problemas de consciência coletiva e de vontade política e estão a exigir a participação séria da sociedade organizada como um todo e não de segmentos específicos da mesma.
A violência é um dos assuntos mais comentados nos noticiários e vivenciados no dia-a-dia de forma assustadora.Violência urbana é a expressão que designa o fenômeno social de comportamento deliberadamente transgressor e agressivo ocorrido em função do convívio urbano. A violência urbana tem algumas qualidades que a diferencia de outros tipos de violência; e se desencadeia em conseqüência das condições de vida e do convívio no espaço urbano. Sua manifestação mais evidente é o alto índice de criminalidade; e a mais constante é a infração dos códigos elementares de conduta civilizada. A violência urbana é determinada por valores sociais, culturais, econômicos, políticos e morais de uma sociedade. No entanto, ela incorpora modelos copiados dos países de maior influência na esfera internacional. As populações de países subdesenvolvidos, por exemplo, aprendem e reproduzem, muitas vezes com pequenas modificações, procedimentos violentos originários de expressões artísticas (filmes estrangeiros, novelas etc.) que tem a violência como tema. As manifestações mais extremadas da violência urbana ocorrem em sociedades nas quais há uma tradição cultural de violência e acentuada divisões étnicas, sociais e econômicas.(MORAIS, 1993, p. 86)
É importante destacar que o viver em sociedade foi sempre um viver violento, sendo que a supremacia dessa violência configura-se com a guerra, talvez esse caráter essencial parece passar a ser secundário se o analisarmos sob razões que vão desde a defesa da pátria, como também às incompatibilidades ideológicas. 
Matar em defesa de honra, qualquer que seja essa honra , em muitas sociedades e grupos sociais deixa de ser um ato de violência para se converter em ato normal quando não moral, de preservação de valores que são julgados acima do respeito à vida humana. (SETTE, 2002)
Uma sociedade em crise como a nossa acaba por quase gerar formas intensas e perversas de violência. E o ser humano com suas pulsões agressivas, com sua sede de poder, está inserido nesta crise, em sua base. Há aqueles cujos impulsos são facilmente controlados e outros que regridem com mais facilidade, retornando ao primitivo, às primeiras formas de relação. Como agravante da situação ocorre a permissividade social. A nossa sociedade se acomoda com a violência, incorpora-a em seu cotidiano, não se surpreende mais com notícias de violências e assassinatos. A sociedade não liga para estes fatos. Nas relações sociais quase não há mais laços de solidariedade e humanismo.
A convivência entre as pessoas gera desejos a atos de agressão. A violência e agressão estão alarmantes em nossos dias. As cenas de vandalismo, de assassinato frio e arbitrário , a organização de grupos que pregam a violência como único meio de alcançar seus objetivos. É chocante constatar crimes hediondos que em nome de uma justiça acontecem com naturalidade . (ZALUAR, 1985, p. 55)
	Para compreender a violência nas suas verdadeiras dimensões, é importante não reduzi-la à criminalidade, pois ela é tudo que fere ou esmaga a dignidade de qualquer pessoa humana. Violência são todas as formas de violação do corpo, da consciência e da vida. Percebe-se , por isso , que existem várias formas de violência: violência divulgada , violência silenciada, violência escandalosa, violência ocultada. (ZALUAR, 1985)
As manifestações de brutal agressividade multiplicam-se nos centros urbanos desenvolvidos. E tudo resulta da fome. Desde os mais clássicos estudiosos do homem e de sua vida, sabe-se que há uma fome que brota do estômago e faz doer a vida e outra fome, igualmente dolorosa, que nasce e se esparrama pelos espíritos carentes e ofendidos. Nenhum sistema aviltará a pessoa imprudentemente. Todas as discriminações típicas da selvageria consumista são aguçadoras da fome, de um tipo ou de outro, como também de ambos os tipos ao mesmo tempo.(CUNHA, 2002, P. 103)
Entendemos que, postos à parte todos os motivos de desequilíbrios mentais, todas as modalidades de agressão emergem de um clima social no qual o viltamento da vida humana se transforma em mais uma mercadoria do sistema de lucros infindáveis.
Segundo, ZALUAR: a violência atual é uma resposta à crise social e econômica na qual estamos imersos. sabemos que em momentos de crise e desestruturação social o espaço para a violência se amplia. uma sociedade como a nossa, cada vez mais pragmática, insensível, competitiva, individualista, sendo que a violência não se restringe a uma certa classe social ou a determinada faixa de idade e sim se torna um caráter generalizado. (zaluar, 1985, p. 56)
5.2.CAUSAS DA VIOLÊNCIA URBANA
5.2.1.Condicionantes Sócio-Econômicos
Se a violência é urbana, pode-se concluir que uma de suas causas é o próprio espaço urbano? Os especialistas na questão afirmam que sim: nas periferias das cidades, sejam grandes, médias ou pequenas, nas quais a presença do Poder Público é fraca, o crime consegue instalar-se mais facilmente. São os chamados espaços segregados, áreas urbanas em que a infra-estrutura urbana de equipamentos e serviços (saneamento básico, sistema viário, energia elétrica e iluminação pública, transporte, lazer, equipamentos culturais, segurança pública e acesso à justiça) é precária ou insuficiente, e há baixa oferta de postos de trabalho. (Cadernos Adenauer, 2009, p. 45)
	
Esses aspectos apontados pelos especialistas não são exclusivos do contexto brasileiro, mas ocorrem em toda a América Latina, embora, em intensidades diferentes. Os pesquisadores verificam que não é a pobreza que causa a violência, e sim uma diversidade complexa de elementos que contribuem para cada vez aumentar mais a violência urbana. (CUNHA, 2002)
Há aqueles que já sofrem violência desde o útero materno pela subalimentação. “Famílias pobres, sem casa, sem comida, sem saúde, sem perspectivas, sem acesso a um trabalho honesto, geram filhos pobres, sem casa, sem comida, sem saúde, sem perspectiva, sem acesso a um trabalho honesto. O aborto é a violência maior cometida contra o menor ainda no ventre materno”. (CUNHA, 2002, p. 115)
Há a violência que atinge o menor nos seus primeiros anos de vida, onde os que não morrem - o Brasil é um país onde a mortalidade infantil tem um dos maiores índices do mundo - sofrem as conseqüências da poluição ambiental, das doenças (tétano, raiva, poliomielite, sarampo, tuberculose, diarréia, desidratação...), da carência nutricional com o conseqüente prejuízo ao seu crescimento e desenvolvimento, com riscos de se tornar deficiente mental; da ausência de instruções escolares.
Os que superam os primeiros anos de vida deverão enfrentar outras violências como a exploração e a escravidão no trabalho - “25 por cento da força de trabalho total do nosso país compõem-se de menores de idade, trabalhando em fiação e tecelagem, industriais de vestuários, de vidros, de cristais, de cerâmicas e de artefatos de borracha...; sendo bóias-fria; entregando-se à prostituição”.(CUNHA, 2002, p. 116)
	Os que caíram na marginalização sofreram as violências próprias dos estabelecimentos em que foram criados; torturas, agressões físicas, carências de assistência, promiscuidade, uso indiscriminado de medicamentos, internação injustificada de menores, incentivos ao homossexualismo, etc. A repressão dos policiais também tem sido estímulo para a marginalidade e para o aumento da violência e tem demonstrado a falência total do esquema existente para os recuperar.
5.2.2. Condicionantes Políticos
Com o surgimento do capitalismo, a força trabalhista é exaltada, o trabalho passa a imperar o produtivismo como única fonte de riqueza. A elite burguesa detém o capital, e inicia-se a exploração da mão-de-obra, o trabalhador assalariado sempre servindo uma elite que detém o poder através do novo sistema econômico. (Revista Veja, 1996)
	A supervalorização do trabalho se dissemina por todas as camadas sociais, e torna-se alvo de discurso de políticos em campanhas, meios de comunicação que passam para a população que a delinqüência é oriunda da falta de vontade de trabalhar.O trabalhador vivendo no universo da mercadoria, torna-se mercadoria também, distanciando-se dos outros homens e até de si mesmo. A perda da autonomia em suas atividades faz com que ele não se reconheça mais como o responsável pelo produtor do trabalho realizado, não se reconhecendo mais como o produtor do seu trabalho, realiza-se a ideologia dominante, que é quando se intensifica a imposição de idéias da classe dominadora sobre a classe subalterna, o proletariado.
	 Estamos inseridos em uma sociedade, a qual repassa a ideologia dominante“o homem quanto mais civilizado, mais reprimido e, assim quanto mais reprimido, mais violento. Este é um ponto que se confirma no espaço urbano. Se o nativo pode viver sua vida de comunidade com um mínimo de códigos sociais e leis, dá-se o contrário com o cidadão cujo cotidiano é marcado por uma grande quantidade de códigos e expedientes restritivos da sua liberdade. 
Além das organizações de classe e profissionais, há um intenso policiamento da vida do homem citadino – o que, indiretamente, o coloca em um confronto constante e diário com a justiça e seu poder”. através da produção e do consumo, mantidos por falsas necessidades de bens materiais.
5.2.3. Condicionantes Emocionais
	Há algumas décadas os pais e professores preocupavam-se com o que podemos chamar hoje de banalidades. Antes uma bebedeira, hoje a droga; antes as brigas de gangues que terminavam em pancadaria, hoje acabam em tiroteio; antes uma gravidez, hoje a proliferação da AIDS. O tempo passou e os problemas cresceram. Como reduzir os riscos? Há necessidade de nos preocuparmos com algumas questões básicas de sobrevivência. Como conter a violência; convencer a adiar a atividade sexual; incutir-lhe o respeito próprio para que não abusem de drogas e álcool?
	
Algumas crianças e jovens adquirem um comportamento anti-social em virtude de problemas familiares onde a solução deve constituir casamentos melhores e assegurar aos pais melhores condições econômicas. Muitos filhos de casamentos desfeitos não recebem apoio financeiro, nem emocional do pai. (GOTTMAN, 1997, p. 9)
	
Como diz GOTTMAN (1997, p. 10) “Uma criança ou jovem que está sofrendo emocionalmente não deixa os problemas na porta da escola” Devido a tais problemas emocionais as escolas vêm acusando um aumento de problemas de comportamento, muitas prestando um grande número de serviços sociais à crianças e jovens emocionalmente carentes. A escola é uma zona de proteção para crianças e jovens machucados pelo divórcio, pobreza, e descaso social, diminuindo a disponibilidade para educação básica, o que reflete no rendimento escolar.
	Além do mais, as mudanças sociais na força de trabalho e na economia, faz com que os pais trabalhem mais para poder sobreviver, mais mulheres trabalham, o homem deixa de ser o único responsável, o tempo livre diminui, as pessoas têm menos tempo para as atividades básicas como dormir, comer e brincar com os seus filhos. Sem tempo, as famílias participam menos das atividades comunitárias e religiosas que sustentam a estrutura da família. Cada vez é menor o número de famílias que convive com os parentes e amigos.
A principal conseqüência de todas essas mudanças sociais é que nossas crianças e jovens correm riscos de saúde e bem-estar. Portanto, o mais importante para poupar os que estão em formação é construir laços emocionais mais fortes com eles, torná-los capazes de sentir o amor e o apoio, protegendo-o da violência juvenil, do comportamento anti-social, violência, dos vícios, da atividade sexual precoce, do suicídio na adolescência e outras doenças sociais.6
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5.3.A VIOLÊNCIA NA CIDADE DE FORTALEZA
O Ceará se tornou mais violento quanto aos assassinatos. A taxa de homicídios cearense é maior do que a da região Nordeste e também mais alta do que no Brasil, conforme levantamento do Instituto Sangari, que leva em consideração dados do Ministério da Saúde, entre 1997 e 2007. No Ceará, o crescimento chega a 57,4%. No Nordeste, esse número ficou em 53,3% & foi a região que teve o maior aumento. Pernambuco foi o estado nordestino com melhores resultados & com taxa de 6,8% – enquanto o País apresenta índice negativo de -0,7%. Os dados fazem parte do Mapa da Violência 2010 & Anatomia dos homicídios no Brasil�.
Esse estudo realizado mostrou que Fortaleza é a 10ª capital mais violenta do país, sob o mesmo critério de avaliação em relação as taxas de homicídio. Embora, quem lidere a lista é Maceió (AL), seguida por Recife (PE) e também Vitória (ES). Na capital cearense, a taxa de homicídio é proporcional a 40,3 por 100 mil habitantes. Já na capital mais violenta, que é Maceió, o número é 97,4 por 100 mil. Em Recife, 87,5.
Outro índice alarmante que chama a atenção é na população de 0 a 19 anos, também há crescimento da taxa de homicídios no Ceará. São 122,9% no Estado contra 88,6% na região Nordeste. No País, o índice é de 23%. Quanto aos homicídios na população jovem (de 15 a 24 anos), de 1997 a 2007, o Ceará também mostra crescimento & de 88,3%. O aumento é, mais uma vez, superior à taxa da região e à taxa do País.
Uma das vítimas que forma o quadro estatístico foi o cearense Assis Sampaio, que foi assassinado aos 21 anos em 2003. Ele voltava do café da manhã com a tia em uma padaria no bairro Conjunto Ceará. Posteriormente, pegou sua bicicleta e foi trabalhar. Acabara de ser pai e estava feliz com o emprego novo de montador de móveis. Eram quase 8 horas da manhã quando foi abordado por um homem no bairro Granja Portugal que queria a sua bicicleta. Morreu com um tiro na cabeça. E o fato marcante, é que o assaltante nem mesmo levou a bicicleta. Um ato banal por uma simples bicicleta, com medo da reação de populares, fugiu. Segundo a tia Maria Alice “Foi só pra matar mesmo“.
Para o diretor-geral da Guarda Municipal de Fortaleza, Arimá Rocha, é esse o tipo de homicídio que mais preocupa, o juvenil. Segundo ele, uma das causas para o aumento dessa violência entre os jovens é a desigualdade social, e não a pobreza. “Isso é a materialização da desigualdade social, porque esses jovens não têm acesso a bens materiais dignos de vida, à formação profissional de qualidade e estão perdendo a esperança“, analisa Arimá.
Tem que ficar claro para as autoridade, que não devemos nos acomodar como cidadãos, segundo Arimá Rocha comenta:
 que ao contrário, essa situação é anormal. “Não podemos tratar isso com normalidade. Vivemos em um estado de exceção, de horror. Isso não é normal, isso não se dá em todo lugar. Se nós nos acostumarmos com esses números, estamos fadados ao fracasso, vamos perder essa geração de jovens e dificilmente vamos recuperar a geração futura“. (Colaborou Bruno de Castro)�
	Já as estatísticas registradas no ano de 2009 e 2010:
O índice de homicídios no Ceará em 2010 aumentou em relação ao registrado em 2009, segundo a pesquisa Mapa da Violência 2012, divulgada pelo Instituto Sangari, nesta quarta-feira (14). Os resultados são obtidos por meio dos dados do Ministério da Saúde.De acordo com a pesquisa, em 2010 foram contabilizadas 2.514 mortes violentas no Estado contra 2.168 de 2009.Em dez anos os casos de mortes causadas por violência tiveram aumento de 104% no Ceará. No ano 2000, foram contabilizados 1.229 homicídios.O resultado colocou o Ceará na 14ª colocação em número de óbitos a cada 100 mil habitantes. O Estado chegou a ocupar o 17º lugar no ano 2000. Levando em conta apenas a região Nordeste, o Ceará está na 6ª posição na taxa de mortes violentas.
No entanto, os Estados que lideram o ranking da violência brasileira, são: Alagoas, Espírito Santo e Pará. E importante ressaltar que os que ocupam as últimas posições nessa pesquisa são: o Piauí, São Paulo e Santa Catarina. Em relação ao ano de 200, houve aumento em municípios menores, devido, alguns municípios não terem registrado nenhum homicídio durante o ano. Lembrando que apenas 27 cidades cearenses conseguiram tal proeza em 2010. 
É importante destacar que no estadocearense houve uma forte dispersão do foco de violência, devido ao significativo crescimento no número de casos, pois, em 90 municípios entre 5 mil e 20 mil habitantes, como as cidades de: Antonina do Norte, São João do Jaguaribe, Jaguaribara e Jijoca de Jericoacoara�.
Dentre as capitais brasileira, Fortaleza ocupa a 12ª colocação no ranking de mortes violentas. Foram registrados 45,9 assassinatos a cada 100 mil habitantes na maior cidade do Ceará.�
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5.4. OS ADMINISTRADORES PÚBLICOS E A SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL
"Segurança: derivado de segurar, exprime, gramaticalmente, a ação e efeito de tornar seguro, ou de assegurar e garantir alguma coisa. Assim, segurança indica o sentido de tornar a coisa livre de perigos, de incertezas. Tem o mesmo sentido de seguridade que é a qualidade, a condição de estar seguro, livre de perigos e riscos, de estar afastado de danos ou prejuízos eventuais. E Segurança Pública? É o afastamento, por meio de organizações próprias, de todo perigo ou de todo mal que possa afetar a ordem pública, em prejuízo da vida, da liberdade ou dos direitos de propriedade de cada cidadão. A segurança pública, assim, limita a liberdade individual, estabelecendo que a liberdade de cada cidadão, mesmo em fazer aquilo que a lei não lhe veda, não pode turbar a liberdade assegurada aos demais, ofendendo-a". (SILVA, 1963, p. 45)
Deve-se constituir em preocupação constante dos administradores públicos, a adequação das atividades estatais aos anseios e expectativas da população e ao objetivo definido de alcançar um progresso constante ao bem-estar da coletividade.
Na área da segurança pública, complexa sob todos os as​pectos, a opinião pública é influenciada pela multiplicidade de fa​tores que determinam o desequilíbrio da ordem e tranqüilidade em fa​vor de uma curva ascendente de modalidades criminosas.
Segurança pública foi conceituada como "…o estado de paz social que experimenta a população, decorrente do grau de garantia individual ou coletiva propiciado pelo poder público, que envolve, além das garantias de segurança, tranqüilidade e salubridade, as noções de ordem moral, estética, política e econômica independentemente de manifestações visíveis de desordem" (NETO, 1998, p.81).
Por isso, há que se procurar equacionar os objetivos pretendidos pelo governo, os quais devem retratar a manifestação da coletividade, em um processo democrático, de respeito à lei, de obediência à autoridade, de prevenção ao delito e de garantia dos di​reitos elementares assegurados na Carta Constitucional.
Os objetivos e programas da Corporação da Policia Militar, devem ir ao encontro dos interesses da população. Cabe aos administrado​res velar permanentemente pela não ocorrência de desvios que dis​tanciam o povo da PM, de distorções que os incompatibilizam e tornam inócua as atividades policiais voltadas ao serviço da comunidade. (CUNHA, 2002, p. 118)
Os objetivos da segurança são os mesmos ansiados pela po​pulação? Estariam os organismos de polícia correspondendo ás expectativas populares? Teriam eles condições de granjear o indispen​sável apoio da opinião pública? Suas ações e programas atendem a realidade e corresponde, efetivamente, ao que o povo deles espera?
Desde cedo, impõem-se aos indivíduos os valores de sua época e de cultura, permanecendo a sociedade disposta a intervir ​aplicando sanções ou manifestando desaprovação - quando seus ditames são infringidos. Assim, sempre sob a violência coletiva, o in​divíduo procura conduzir-se de acordo com as normas estabelecidas. A sua transgressão tem por resposta a repreensão, isto é, a sanção da opinião pública ou a dos órgãos especializados. (FELIPETTO, 2005)
O problema das transgressões sociais não é típico de uma sociedade. Presente em todas as épocas e em todos os meios sociais, sua gênese é condicionada por inúmeros fatores.
Todavia, o desenvolvimento tecnológico, ao trazer novos padrões de existência social, alterou a convivência humana. Indivíduos e grupos, na sociedade contemporânea, vêem-se constantemen​te frente a situaçôes inéditas e complexas e se revelam incapazes de dominá-las. Decorrem daí freqüentes desajustes, que são os res​ponsáveis pelo incremento dos índices de comportamento divergente. (MACHADO, 2000)
Os fenômenos de urbanização e demográficos dentre eles o crescimento populacional e as migrações internas, provocam uma ga​ma de questões, crises e tensões de toda natureza, que se agravam e contribuem para a ampliação das taxas de comportamento desviados. As instituições, Polícia Militar e Polícia Civil, às quais tradicionalmente compete o controle social, vêem-se afetadas e debili​tadas pelas crises decorrentes das grandes transformações que se processam na sociedade.
As mutações e desvirtuamentos que se verificam nos as​pectos essenciais das instituições, restringem o seu poder opera​tivo.
A sociedade vive num estado permanente de insegurança, ape​sar dos esforços envidados para prevenir e reprimir a criminalida​de. Segurança, assim, se torna uma das exigências prioritárias. A necessidade de prevenir e reprimir todas as ameaças à segurança in​dividual e social é muito mais expressiva do que antes: em qualquer ângulo, as ações criminais vem sendo um ominoso problema nacional. Para vencê-la, a sociedade recorre a medidas e instituições que coo​peram na obra orientadora, educativa e repressora. Dentre elas, a Polícia, como um todo, é uma das que mais se salientam na missão de fazer individuos e grupos recalcitrantes conformarem-se aos padrões de comportamento vigente, ajudando a manter um estado de bem-estar social, do qual a sociedade depende para alcançar seus fins.(SETTE, 2002, p. 42)
Nenhuma sociedade poderia perpetuar-se sem a existência de uma força policial ou seu equivalente, já que esta, desde a antiga Grécia promove “o conjunto de acordos sem os quais é impossível viver em comum de modo polido”. (SETTE, 2002, p. 43)
Polícia é um termo que deve significar um corpo de pessoas organizadas para manter a ordem civil e investigar as rupturas da lei. A atividade policial deve ser tratada antes como um serviço essencial, para depois pensar-se em organizá-la.(FERNANDES, 2005)
Problemas estruturais e circunstanciais – reflexos: a polícia responde a uma necessidade da sociedade, eminentemente comunitária, de representar o prestígio e a autoridade da lei vigente e, com isso, preserva a sobrevivência do próprio Estado.
O serviço policial deve Ter caráter comunitário. Isso não implica qualquer espécie de assistencialismo e muito menos qualquer interesse em estimular o surgimento de uma instituição truculenta e insensível. (FELIPETTO, 2005)
O caráter comunitário significa o estabelecimento de permanente diálogo com os diversos segmentos da sociedade organizada. Este contato deve permitir constantes correções da rota, com efeito de oportunas advertências e informações. O serviço policial deve Ter caráter preventivo. Isso significa, de um lado, inserir a questão da segurança pública em instâncias de planejamento.
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6 PROPOSTA DE SOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA
6.1 PROPOSTA DE MELHORIA PARA A REALIDADE ESTUDADA
De outro lado, o compromisso preventivo implica uma tomada de consciência das limitações do serviço policial no tratamento da questão criminal, e sua necessária articulação com outros planos administrativos. Ao contrário dos xerifes do faroeste, a polícia de uma cidade moderna não enfrenta um inimigo de fora, estranho ao organismo social, mas tenta controlar reações agressivas provocadas dentro dele, e não raro vinculáveis as suas características organizacionais. Supor que boas penitenciárias darão segurança pessoal a todos é o mesmo que equacionar em bons hospitais os problemas da saúde pública – esquecem-se da alimentação, higiene, o sistema da água e esgoto.
O serviço policial preventivo se interessa pelas variáveis gerais da mudança social, e dentro deles pelos projetos que diretamente representam uma consideráveldiminuição do número de pessoas disponíveis para o desvio.
Nos últimos 30 ou 40 anos, a sociedade criou uma realidade que ninguém experimentou antes. O que é viver em uma megalópolis, o que é viver em companhia de milhões de pessoas. Enquanto isso os serviços essenciais não dispõe de estruturas condizentes para atender a grande demanda.(FERNANDES, 2005)
Na teoria a palavra “segurança” assume o sentido geral de garantia, proteção do adjetivo que a qualifica “Segurança Social” significa a previsão de vários meios que garantem aos indivíduos condições dignas.(FELIPETTO, 2005, p. 90)
Convivência pacífica não significa isenção de divergências, controvérsias e até rusgas interpessoais. Ela deixa de ser tal, quando discussões, divergências, rixas e outras contendas, ameaçam chegar a vias de fato com iminência de esforço pessoal de violência e do crime. A segurança pública consiste numa situação de preservação ou restabelecimento dessa convivência social que permite que todos gozem de seus direitos e exerçam suas atividades sem perturbação de outrem, salvo nos limites de gozo e reivindicação de seus próprios direitos e defesa de seus legítimos interesses. (FELIPETTO, 2005, p. 91)
6.2. RESULTADOS ESPERADOS
Na sua dinâmica, é uma atividade de vigilância, prevenção e repreensão de condutas delituosas.
Fatores sociais geradores da insegurança: (SETTE, 2002, p. 54)
o crescimento populacional acelerado.
A má distribuição demográfica;
A distribuição inadequada de renda;
A falta de planejamento familiar;
As favelas e conglomerados;
O problema do menor;
A facilidade do cidadão em se armar
O menor abandonado
A proliferação de entorpecentes
A violência urbana
A provocação ao consumo pelos meios de comunicação;
A natalidade irresponsável;
O abandono pela administração pública da infra-estrutura sanitária e educacional.
A miséria e a sua exploração política;
A falta de programas assistenciais
A migração desordenada
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6.2.1.POLICIAMENTO COMUNITÁRIO
A sociedade tem o direito e o dever de policiar as autoridades sociais e não só o contrário. Para isso, deve conhecer as leis promanadas pela Administração Pública, para coibir aquilo que se julga certo, porém, que, interpretado a favor da sociedade, se torna errado, se aplicado ao bem-estar da coletividade. (CUNHA, 2002, p. 67)
 	
O verdadeiro policiamento comunitário acontecerá quando o policial livra-se de roteiros e cartões programas, agindo direto com a comunidade que, direto com as pessoas a quem serve, em uma área bem definida.
 	
O desenvolvimento do papel do policiamento comunitário exige um contato continuo e sustentado com as pessoas da comunidade respeitadoras da lei, zelando pelo cumprimento da lei, atendendo aos chamados e realizando prisões, mas também ultrapassam essa visão estreita, de modo a desenvolver e monitorar iniciativas mais abrangentes a longo prazo.(FERNANDES, 2005)
 	
 	Assim sendo, o policiamento comunitário promove o uso judicioso da tecnologia, mas também repouso na crença de que nada supera o que pose ser alcançado por seres humanos dedicados, conversando e trabalhando juntos. O policiamento comunitário transmite confiança às pessoas que estão na linha de frente, juntas na rua, ao confiar em seu discernimento, sabedoria experiência, para fabricar novas abordagens criativas para as preocupações contemporâneas da comunidade.
	
Após ter feito uma breve explanação sobre o policiamento comunitário e sua importância na segurança pública, abaixo é enfocado a importância da educação no combate a violência e que deve ser a base fundamental de segurança pública no Brasil, ou de qualquer país que deseja ser referencia em segurança pública.
6.3. VIABILIDADE DA PROPOSTA
6.3.1. Educação e Violência Múltipla.
Portanto, é necessário que a sociedade comunitária e o governo como um todo trabalhem em prol do combate as drogas, vetor da violência, para reduzir a miséria, para retirar os sem-nada da rua e dá-los abrigo e assistência condizentes com a dignidade do ente humano em uma sociedade tão desigual como o Brasil. (LUFT, 1970)
	É importante ressaltar que quem forma o caráter humano, que vai compor a sociedade, é a base da educação, pois, é ela que recebe quando ainda é criança ou jovem. Geralmente, o destino das pessoas que compõem a sociedade está em conexão com os princípios basilares educacionais que lhes foram repassados na infância e na adolescência. Pode-se afirmar que a violência atual mundial tem suas raízes no fracasso dos sistemas educacionais. Esse mal que a cada dia cresce mais na sociedade, tem suas múltiplas formas, relacionada à inegável falta da educação, no sentido real da palavra. 
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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Para um enfrentamento das causas da violência em Fortaleza, como em todo o Brasil, a participação de toda a sociedade – tanto cobrando soluções do Poder Público, da Segurança Pública, é necessário se organizar em redes comunitárias, policiamento comunitário e de proteção e apoio, de desenvolvimento social e mesmo de questões de políticas públicas de segurança preventiva – é um caminho apontado pelos especialistas. Não significa substituir as funções do Estado, mas trabalhar em conjunto. E é importante não transformar o diagnóstico, a identificação das causas, em motivo para mais violência.
	
Afirmar que as áreas urbanas mais desprovidas de recurso em Fortaleza acabam facilitando a criminalidade e marginalidade não significa dizer que os moradores dessas áreas sejam culpados pela violência. O que ocorre é que além de enfrentar condições precárias de subsistência, essa população do Estado do Ceará ainda é a principal vítima de crimes violentos e bárbaros. É fundamental, ações integradas na gestão urbana, que compete aos municípios. Porque embora, a segurança pública é tarefa dos Estados, é necessário que haja integração entre políticas urbanas e políticas de segurança pública.
	
A escola é um espaço importante onde se pode trabalhar aspectos relacionados a violência, pois, forma pessoas, e precisa ter qualidade e se integrar à comunidade a sua volta com os problemas sociais vivenciados pela comunidade. Além de procurar pela qualidade, a educação deve propor uma escola pública melhor, fazem parte da lista de ações recomendadas por quem estuda a violência, como também uma polícia melhor equipada e um Poder Judiciário mais ágil e, se necessário, mais rigoroso.
Verifica-se que para estancar a violência vigente, seria necessário promover a transformação do modelo econômico que aí está. Mas, para transformar este modelo vigente, promotor da violência pluridimensional, é preciso transformar o homem que o dirige. E, este não se transforma sem a erradicação do ego de dentro de si mesmo.
É fundamental que países do 3º Mundo, promovam a prevenção através do sistema educacional, pois, uma verdadeira educação, para elevação do homem e da sociedade ao grau de HUMANO, começar por ensinar, desde a formação escolar, o aluno a destruir dentro de si mesmo os aspectos animalescos que possui, o ego, o germe de todos os males, raiz da violência pluridimensional. É preciso educá-lo com aquela educação que possui a inteligência vegetal; da árvore produz frutos para alimentar não só a si mesma, mas a todos os demais seres vivos da biomassa. E no cenário globalizado, a humanidade cria um sistema econômico violento, que lhe possibilita poder usar o trabalho de outros homens em benefício próprio; assim, acaba se tornando ambicioso exacerbadamente o que muitas vezes o leva a atos violentos em Fortaleza como no restante do Brasil.
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REFERÊNCIAS
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