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INTRODUÇÃO 
 Desde a sua criação até os nossos dias, as técnicas de primeiros socorros são tidas como de fundamental importância para a vida humana. Nota-se, estatisticamente, que muitas pessoas feridas ou acidentadas acabam chegando a óbito antes de chegar a uma unidade de saúde, devido à falta de um atendimento adequado nos primeiros socorros, atendimento esse que poderia ser realizado por qualquer tipo de pessoa devidamente e previamente instruída. A expressão primeiros socorros é usada para caracterizar uma série de procedimentos adotados para preservar vidas sob o risco iminente e em condições de urgência e/ou emergência. Esses procedimentos são realizados geralmente por pessoas comuns, com conhecimentos teóricos e práticos acerca das técnicas utilizadas. A ocorrência de acidentes por ser muito antiga, quase não se encontram registros, datas e história que relatem o início da sua existência.
 Segundo a obra de Novais e Novais (1994), os procedimentos adotados nos primeiros socorros surgiram com o suíço Jean Henry Dunant, no ano de 1859, projeto apoiado pelo imperador francês Napoleão III, e tinha o intuito de instruir pessoas das comunidades locais, principalmente aquelas que viviam em estado de guerra. 
 Em 1863 realizou-se a conferencia de Genebra onde foi criada a “Sociedade Internacional Humanitária em Defesa do Ferido de Guerra”, que hoje se tornou conhecida como a Cruz Vermelha. Posteriormente Dunant foi homenageado por diversos países como a Prússia, Portugal, França, e no ano de 1981 recebeu o Premio Nobel da Paz. 
 Desde a sua criação até os nossos dias, as técnicas de primeiros socorros são tidas como de fundamental importância para a vida humana. Nota-se, estatisticamente, que muitas pessoas feridas ou acidentadas acabam vindas a óbito antes de chegar a uma unidade de saúde, devido à falta de um atendimento adequado nos primeiros socorros, atendimento esse que poderia ser realizado por qualquer tipo de pessoa devidamente e previamente instruída. 
 De acordo com HAFEN, et all (2002), primeiros socorros tratam do atendimento temporário a uma vitima que esta ferida ou que possua mal súbito. Envolvem atendimentos residenciais quando não se tem a presença de uma equipe de resgate especializado, são utilizados para identificar quais os riscos que a pessoa corre e para a manutenção da vida da vitima.
 O ser humano por ter uma vida em constante movimento está sempre exposto á situações de acidente de grande ou pequeno risco. Estamos propensos a nos depararmos com alguns tipos de acidentes em casa, na rua, no trabalho, nas praças e nas escolas não seria diferente. As crianças por não terem a noção de cuidado quando estão brincando tornam-se mais vulneráveis. A curiosidade natural às expõe em situações de risco nem sempre, perceptível para seus responsáveis segundo Junior e Toledo (2013, P.42).
 Qualquer pessoa está sujeita a uma situação de emergência é importante à busca de alternativas de conhecimentos para amenizar estas ocorrências de forma que a vítima não sofra um dano maior até a chegada da equipe de emergência especializada (Machado et al., 2011)
 Stocco et al. (2011) conceituam primeiros socorros como um atendimento temporário e imediato ao portador de mal súbito ou em perigo de vida, consiste num primeiro atendimento até que o socorro especializado chegue ao local.
 Conforme Gonçalves (1997) os primeiros socorros consiste na atuação imediata prestada a pessoa fisicamente em perigo, a fim de manter suas funções vitais e evitar o agravamento de suas condições até que ela receba assistência qualificada.
 Sendo assim, a busca por alternativas preventivas nos espaços escolares para amenizar essas ocorrências se faz necessário orientar gestores e professores em relação aos procedimentos básicos de primeiros socorros em caso de acidentes. A escola por ter um grande número de crianças exige das pessoas um olhar mais aguçado para falhas estruturais, atividades inadequadas, comportamento favoráveis no desenvolvimento de Educação Física e nos períodos de recreação para a ocorrência de acidentes. 
 Os riscos de acidentes no ambiente escolar são frequentes e podem ocorrer a qualquer momento. O risco aumenta entre as aulas ou durante o horário de intervalo para lanche, onde os alunos aproveitam para correr e brincar (Leite et al., 2013).
 Souza e Tibeau (2008), afirma que as ocorrências mais comuns que acontecem nas escolas são os desmaios, entorses, escoriações e ferimentos.
 De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN’s (PCN,1999), conhecer e utilizar medidas de primeiros socorros no seu alcance é objetivo de formação acadêmica do longo da Educação Física. Espera-se que os acadêmicos sejam capazes de realizar processos básicos, como: higienização de feridas superficiais, o uso de compressas frias em casos de contusão e controle de sangramentos nasal. Adicional, e ao final do segundo ciclo, ser capaz de discernir problemas de maior gravidade, reconhecendo forma de busca de auxilio.
 De acordo com Liberal (2005), as crianças e adolescentes tem seus direitos assegurados por lei. O Estatuto da Criança e do Adolescente, criado em 1990, assegura a criança e ao adolescente todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar desenvolvimento físico, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.
 A organização Mundial de Saúde (OMS) definiu no ano de 1958, o termo acidente como sendo um acontecimento independente da vontade humana, provocado por força exterior que atue rapidamente sobre o individuo, com consequente dano físico ou mental (BATIGÁLIA, 2002).
 É necessário que o profissional de Educação Física tenha conhecimento técnico para prestar o primeiro atendimento aos alunos podendo evitar possíveis complicações decorrentes de procedimentos inadequados. Sendo assim o profissional se encontra confiante e preparado para realizar sua aula e poder proporcionar segurança e benefícios para seus alunos.
 Segundo (Souza 2012) todos os professores de Educação Física devem ter um curso de primeiros socorros em sua formação. A ação imediata do professor é fundamental para que o aluno ou a vítima não sofra um dano maior até a chegada da equipe de atendimento emergencial.
 É preciso lembrar que o Código Penal Brasileiro no Decreto-lei Nº 2.848, de 7 de Dezembro de 1940 em seu artigo de número 135, obriga todo cidadão a prestar os Primeiros Socorros a todo e qualquer indivíduo vítima de acidentes ou males de súbito. Prevendo ainda uma pena em caso de omissão de socorro, detenção de um (1) a seis (6) meses, ou multa e a pena é aumentada de metade se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada se resulta em morte.
 
Conforme o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF, 2008)
 
 As responsabilidades com os alunos e beneficiários das atividades físicas perpassam os direitos constitucionais, civis, penais e sobre tudo, a ética profissional. Sendo assim, de suma importância que os profissionais de Educação Física estejam treinados, atualizados e preparados para acidentes e fatalidades que venham a acontecer em seu trabalho e criem uma rotina de atendimento de socorros de urgência que envolva toda a equipe de trabalho.
 
 De acordo com Souza (2008), o profissional de Educação Física deve estar preparado para agir de maneira eficiente, segura e adequada frente a um acidente que possa ocorrer em sua prática pedagógica.
 
 Conforme o Conselho Regional de Educação Física (CREF)
Estabelece a obrigatoriedade de Academias, Clubes Desportivos e demais estabelecimentos de práticas desportivas a disponibilizarem profissionais de EducaçãoFísica qualificados para o atendimento de emergência (CREF, 2014).
 
 Em se tratando de Primeiros Socorros é muito comum encontrarmos na sociedade pessoas que já ouviram falar, ou leram algo sobre o assunto. Raro é encontrar pessoas que estejam aptos para prestar socorros mediante a uma situação de emergência.
 Conforme Oliveira (1999), o conceito de primeiros socorros – PS como atendimento prestado às vítimas de qualquer acidente ou mal súbito, antes da chegada de qualquer profissional qualificado da área de saúde ou equipe especializada em atendimento pré-hospitalar.
 Para Silveira et al. (2006) os primeiros socorros são os cuidados imediatos prestados a uma pessoa, fora do ambiente hospitalar, cujo o estado físico, psíquico e ou emocional coloquem em perigo sua vida ou sua saúde, com o objetivo de manter sua funções vitais e evitar o agravamento de sua condições, até que receba assistência médica especializada.
 O Suporte Básico à Vida (SBV) é uma medida de emergência que consiste no reconhecimento e na correção imediata da falência dos sistemas respiratórios e ou cardiovascular, ou seja, avaliar e manter a vítima respirando, como batimento cardíaco e sem hemorragias graves (Oliveira, 1999)
O suporte básico a vida descreve os procedimentos de primeiros socorros necessários para preservar a vida em uma situação de emergência. Os primeiros passos no suporte básico à vida são a avaliação da vítima, a desobstrução das vias aéreas e o provimento de respiração de salvamento (HAFEN, 2002, p.57). 
 
 Embora os primeiros socorros não substituam o médico, a enfermeira ou os técnicos em emergência médica, um dos fundamentos dos primeiros socorros é a obtenção de assistência médica em todos os casos de lesão grave. Os primeiros socorros incluem reconhecer condições que põem a vida em risco e tomar atitudes necessárias para manter a vítima viva e na melhor condição possível até que se obtenha atendimento médico (HAFEN, 2002). 
 Os principais objetivos dos PS de acordo com Hafen (2002, p. 03). Reconhecer situações que ponham a vida em risco, aplicar respiração e circulação artificiais quando necessário, controlar o sangramento, tratar de outras condições que ponham a vida em risco, evitar infecções, deixar a vítima o mais confortável possível, providenciar assistência médica e transporte.
 A experiência universal indica um grande número de pessoas que morrem em decorrência de traumatismo ou mal súbito poderiam ser salvas. Para isso reconhecer os objetivos dos primeiros socorros, e as técnicas, atualmente disponíveis para o atendimento, fossem corretamente aplicadas às potencialidades de recuperação desses acidentados crescem em relação á rapidez com que essas emergências e urgências são reconhecidas e adequadamente tratadas (OLIVEIRA, 1999).
 O presente estudo justifica-se pelo fato das aulas de Educação Física necessitem de momentos em que os alunos executem movimentos ou atividades nas quais podem ocorrer vários tipos de acidentes, sejam o contato físico, as condições do ambiente escolar, ou por uso indevido de materiais. 
 Sendo assim, quem na escola está apto ou capacitado á prestar esse socorro inicial? Se observarmos a formação dos diferentes profissionais que atuam na escola, o professor de Educação Física deveria ser aquele apto a desempenhar tal papel. Ao olharmos a estrutura curricular de alguns cursos superiores é possível vislumbrar a presença de disciplina de primeiros socorros e porque não em Educação Física licenciatura? O professor de Educação Física na escola usa o corpo como o principal instrumento de trabalho e deveria está apto a desempenhar tal papel.
 O objetivo geral desta pesquisa é descrever o conhecimento geral que os professores de Educação Física têm sobre primeiros socorros, acidentes frequentes ocorridos em sua aula ou no recinto escolar, a ação do professor mediante a um acidente e verificar se estes adquiriram conhecimentos durante a graduação ou depois de formados em escolas públicas e particulares no bairro de Jacarepaguá-RJ. E os objetivos específicos é identificar se a formação inicial contribui para atuação dos professores de Educação Física frente ás situações de urgência e emergência no ambiente escolar, investigar os conceitos e conhecimentos que os professores de Educação Física têm sobre primeiros socorros e identificar a situação das escolas públicas e particulares de Jacarepaguá com relação á prevenção de acidentes. 
MATERIAIS E MÉTODOS 
 Esta pesquisa é de natureza descritiva com uma abordagem quantitativa e qualitativa. Segundo GIL (2008, p.57), a abordagem quantitativa tem como objetivo primordial descrever características de populações ou fenômenos ou ainda estabelecer relações entre variáveis. Quanto aos meios ela pode ser classificada como de campo, em que segundo GIL, é o tipo de pesquisa que produzirá um aprofundamento das questões propostas por meio da abordagem das pessoas ou instituições diretamente onde o fato pesquisado acontece. Quanto ao método é classificado como quantitativa, pois se caracteriza pelo emprego da quantificação, tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento dessas através de técnicas estatísticas.
 O presente estudo teve como proposta inicial um questionário com perguntas fechadas que será aplicada para 34 (trinta e quatro) professores de escolas públicas e privadas, localizadas no bairro de Jacarepaguá no município do Rio de Janeiro. Os mesmos foram selecionados por amostragem de conveniência, ou seja, pela proximidade da universidade e facilidade de acesso dos pesquisadores, que residem e desenvolvem seu estágio acadêmico nesta região. A cada participante foi falado a respeito dos objetivos da pesquisa, esclarecendo todas as dúvidas que pudessem ocorrer, e os que concordaram em participar de livre e espontânea vontade receberam o Termo de Consentimento livre e esclarecido. Todos os responsáveis dos participantes do estudo concordaram em assinar o Termo de Participação Consentida (Contendo objetivo do estudo, procedimentos de avaliação, caráter de voluntariedade da participação do sujeito e isenção de responsabilidade por parte do avaliador e da Universidade Estácio de Sá), que pode ser visto no (Anexo A). Além disso, também foi elaborado um Termo de Informação à Instituição (Anexo B) na qual se realizou a pesquisa, e a Declaração de Autoria e Originalidade (Anexo C). E por fim, deu-se pela realização das análises e apresentação dos resultados obtidos, fazendo as discussões dos dados, concluindo a pesquisa.
RESULTADO E DISCUSÃO 
 No presente estudo propusemos trazer o conhecimento sobre Primeiros Socorros. O objetivo da pesquisa é analisar o conhecimento sobre primeiros socorros dos Professores de Educação Física nas escolas públicas e privadas de Jacarepaguá-RJ. A coleta de dados foi realizada mediante um questionário composto de perguntas fechadas, que avaliou o conhecimento de 34(trinta e quatro) Professores de Educação Física, sobre o conhecimento de Primeiros Socorros. A quantificação das respostas se deu a partir do número de afirmações dos docentes consultados, em forma de frequência e porcentagem. Os resultados obtidos da pesquisa foram apresentados por meio de gráficos. A população investigada foi composta por Professores de Educação Física com tempo de formação média entre 2 e 36 anos, sendo os entrevistados 14 do sexo feminino e 20 do sexo masculino.
 
 FIGURA 1 - Escolaridade
 A figura 1 mostra que 59% dos entrevistados tem especialização, 29% possuem somente a graduação, 6% outros e 6% não responderam. A presente análise nos informa que grandes partes dos entrevistados possuem especialização, ou seja, agregaram em sua formação conhecimentos além da graduação
 TABELA 1 – Tempo de formação
	Idade
	Indivíduos
	1 a5 anos
	4
	6 a 10 anos
	6
	11 a 15 anos
	6
	16 a 20 anos
	11
	Não responderam
	3
 
 
 A tabela 1 nos mostra o tempo de formação dos indivíduos entrevistado, sendo a maioria com mais de 20(vinte) anos de tempo de formados. 
 Com relação ao conhecimento sobre Primeiros Socorros 100% dos entrevistados envolvidos no estudo tiveram contato com os conteúdos referente aos princípios básicos de primeiros socorros, logo os mesmos se julgaram aptos em situação de emergência.
 Mas ao se falar em primeiros socorros percebemos que a população pensa em cursos fixos que ao final já está apto para realizar procedimentos, mas podemos ver que são necessários estudos e treinamentos periódicos, pois as atualizações que ocorrem no mundo da saúde avançam em uma velocidade considerável nos tempos de hoje. Isso exige que o profissional se esforce cotidianamente para adquirir conhecimentos novos, pois as situações que irão encontrar no cotidiano deles podem ser e vão ser muito difíceis. E tendo esse conhecimento sempre reciclado o socorrista terá maior repertório para trabalhar e auxiliar aquele que necessita de cuidados (SARDINHA; CARVALHO, 2006).
 Sobre a importância do conhecimento em Primeiros Socorros 100% dos entrevistados envolvidos no estudo reconhecem a importância que o atendimento de primeiros socorros tem em uma emergência, ou seja, todos tem plena consciência que com o auxilio desta disciplina, os mesmos se capacitam ainda mais para atuar em suas devidas funções. 
 Para Darido (2007) os socorros de urgência devem fazer parte dos conteúdos trabalhados nas aulas de Educação Física, pois quando estamos em uma atividade corporal, seja ela aonde for o risco de ocorrer uma lesão ou um acidente está sempre presente. Mesmo que essa situação ocorra em uma cidade, com médicos e hospitais por perto, quem estiver próximo da pessoa que se machucou ou que está se sentindo mal precisará, às vezes, prestar-lhe socorro. 
FIGURA 2 – O conhecimento de PS foi durante a graduação
 Na figura 2 já se define uma relação ao conhecimento de primeiros socorros durante a graduação, onde 79% dos participantes tiveram o contato com a disciplina e 21% responderam que não tiveram nenhum tipo de contato com Primeiros Socorros durante a graduação. O gráfico acima representa a questão de haver alguma disciplina, durante a graduação, que ensinava as técnicas de Primeiros Socorros.
 Segundo os PCNs (1997), conhecer e utilizar medidas de PS no seu alcance é objetivo de formação acadêmica do longo da Educação Física. Espera-se que os alunos sejam capazes de realizar processos básicos, como: higienização de feridas superficiais, o uso de compressas frias em casos de contusão e controle de sangramento nasal. Ser capaz de discernir problemas de maior gravidade, reconhecendo a forma de buscar auxílio (BRASIL, 1997).
 Conforme Cossote (2007), a importância da disciplina de socorros e urgência, tem papel fundamental na formação do graduando e na sua área de atuação como profissional de d Educação Física.
 Segundo Coelho (2015), primeiros socorros poderia ser mais discutido por profissionais da educação, pois seria importante que todos os funcionários da escola tivessem conhecimento sobre os princípios básicos dos primeiros socorros, onde os mesmos dariam suporte e agiriam com maior segurança em casos de acidentes. 
FIGURA 3 – Curso de PS depois da graduação
 A figura 3 nos mostra a participação dos professores de Educação Física em cursos de primeiros socorros depois da graduação. Apenas 62% buscaram conhecimento e 38% não buscaram nenhum curso ou atualização na área depois de formados.
 A falta de informação e o despreparo dos professores Educação Física podem acarretar um atendimento de baixa qualidade a vitima e o manuseio incorreto de materiais depois da ocorrência de algum acidente grave. O atendimento inicial, logo após uma situação iminente de morte pode salvar a vítima (FIORUC et al., 2010).
 Segundo Pergola; Araújo (2009) é importante que o professor tenha uma qualificação de primeiros socorros, para que em um momento de urgência e emergência com aluno, seja capaz de salvar vidas e prevenir sequelas. 
 
 FIGURA 4 - A escola em que trabalha tem espaço adequado e seguro
 
 Na figura 4, como representado no gráfico, 68% das escolas onde os entrevistados trabalham possui espaço adequado e seguro para ministrar as aulas de Educação Física, e 32%dos entrevistados responderam que as escolas onde trabalham não possuem espaço adequado. 
 A principal causa de acidentes nas aulas de Educação Física são as más qualidades das quadras esportivas e as atividades físicas onde ocorre contato natural dos alunos durante as atividades. Com isso é necessário uma melhoria nas quadras e atenção dos professores nas aulas, para aumentar a segurança e assim diminuir os acidentes (SOUZA; TIBEAU, 2008). .
 Ritter (2013) e Silva (2012) afirmam que na escola é comum acontecer pequenos acidentes com crianças em decorrência dos objetos e ambientes de recreação na hora do intervalo através de corridas, esportes e curiosidade pelo desconhecido.
 Lopes, Mendes e Faria (2006) alertam que muitos dos acidentes que ocorrem com as crianças acontecem dentro de sua residência ou no local onde a criança permanece a maior parte do tempo. 
 
TABELA 2 - Acidentes mais comuns que acontecem nas aulas de E.F
	Acidentes
	Indicação
	Nunca houve acidentes
	2
	Desmaios
	1
	Luxações
	15
	Ferimentos
	20
	Entorses
	18
	Convulsões
	0
	Outros
	2
 
 Já em relação aos acidentes mais comuns que acontecem nas escolas, a figura nos mostra que 20 professores citaram os ferimentos como sendo o acidente mais comum; 18 professores citaram a entorses; 15 professores mencionaram as
luxações; 2 professores outros; 2 nunca houve acidentes e somente 1 professor citou desmaios.
 Souza e Tibeau (2008) ao comentar sobre as principais causas dos acidentes mencionam que os professores atribuem uma grande responsabilidade dos acidentes ao próprio aluno, seja por questões de (in) disciplina, brincadeira ou inabilidade.
 Quando perguntados sobre a importância da abordagem de Primeiros Socorros nas escolas todos os entrevistados acharam importante. Coelho (2011) afirma que, toda escola deveria disponibilizar para seus docentes cursos profissionalizantes para a formação de primeiros socorros ou até mesmo formar uma parceria com os profissionais de saúde para realizar com os seus educadores um treinamento com procedimentos básicos de primeiros socorros, colocando em prática a prevenção de novos acidentes.
 Educar os professores para prestar os primeiros socorros de forma correta é fundamental para assegurar a saúde dos alunos em qualquer escola. Esses profissionais precisam saber dominar e executar as técnicas corretas de assistência ao aluno frente a um acidente, pois na ausência de tal conhecimento, não conseguiriam agir de maneira rápida em relação aos primeiros atendimentos em sua escola (REDIN, 2005). 
FIGURA 5 - Você está preparado para atendimento de PS
 A figura 5 relata se os professores de Educação Física encontram-se preparados para o atendimento de Primeiros Socorros. A pesquisa nos mostra que 50% dos professores encontram-se preparado, 47% encontram-se pouco preparado, 3% encontram-se despreparado e 0% muito preparado. Em questão ainda existe um número considerável de professores de Educação Física que não se sentem seguros para prestar o primeiro atendimento. Mesmo os órgãos especializados em primeiros socorros acessíveis à população em geral, um acidente pode ocorrer em qualquer lugar e momento. O profissional de Educação Física tem o reconhecimento da sua área de atuação na saúde, portanto devese sentir apto para atender seus beneficiados em qualquer momento. 
 Uma pesquisa realizada por Colluci (2006) relata que, em algumas escolas públicas e privadas, de um estado brasileiro, diante da ocorrência de acidentes, os profissionais não estão preparados para prestar os primeiros socorros. A partir dessa informação, o autor aponta que, se os professores fossem capacitados antes de serem direcionados a qualquer escola para ministrar aulas, o atendimento emergencial ao aluno seria executado se forma segura e eficaz.
FIGURA 6 - A escola que você trabalha que você trabalha possui kit de PS
	 Segundo a figura 6, 50% dos entrevistados disseram que na escola que trabalham não possuem kit de primeiros socorros contrariando a Norma Regulamentar 7.5.1que diz.
Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação dos primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida; manter esse material guardado em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim. (107.045-5/ 11).
 
 Essa norma de regulamentação defende o kit de primeiros socorros não só para alunos, mas também para professores, entre outros. "NR" é a abreviatura de "Norma Regulamentadora", nomenclatura utilizada pela Portaria n. 3.214/78, emitida pelo Ministério do Trabalho, para regulamentar a Lei n. 6.514, de 22 de dezembro de 1977.
 FIGURA 7 - O que você avalia de imediato em pessoa acidentada
 
 Na figura 7, 68% dos entrevistados responderam que avaliariam de imediato o tipo de acidente, 29% responderam que avaliariam os sinais vitais, 3% responderam que avaliariam se estavam sentindo dor. De acordo com a figura 2 todos os docentes responderam ter conhecimento em primeiros socorros, mas mediante a resposta 10 a maioria dos docentes não soube responder que os sinais vitais devem ser avaliados de imediato em um acidentado. 
 Conforme Gonçalves (1997) os primeiros socorros consistem na atuação imediata prestada a pessoa fisicamente em perigo, a fim de manter suas funções vitais e evitar o agravamento de suas condições até que ela receba assistência qualificada.
 A principal preocupação no atendimento de primeiros socorros são os sinais vitais para que se mantenham a vítima com vida, temos sempre que nos preocupar com respiração, circulação e em liberar as vias aéreas.
Hafen et al. (2oo2, p.75) definem que alguns dos principais passos na sequencia de suporte básico à vida são “desobstruir as vias aéreas, determinar a ausência de respiração, fornecer respiração de salvamento, determinar a ausência de pulso, fazer compressões torácicas. 
 Sendo assim antes de realizar qualquer atendimento ou procedimento direto com a vítima, devemos obedecer a uma sequência padronizada para determinar a extensão das lesões que possam causar riscos de vida ao paciente. Com esta medida podemos corrigir imediatamente os agravos que esta vítima eventualmente possa ter, e assim executar ações de suporte básico de vida. 
 A vítima deve ser examinada sumariamente para que as prioridades no tratamento sejam estabelecidas imediatamente, com base nas lesões sofridas e na estabilidade de seus sinais vitais. 
 Este atendimento inicial deve ser rápido e com o objetivo de restabelecer as funções vitais. Seguido por uma segunda avaliação mais detalhada, denominada avaliação secundária e, finalmente, pelos cuidados definitivos. 
Ao chegar ao local onde está a vítima, o socorrista deverá avaliar as condições de segurança do local, a segurança para o próprio socorrista e por fim, a segurança da vítima. 
 Simultaneamente verifique a cena do acidente e busque informações sugestivas do mecanismo de lesão. Aproxime-se da vítima, identifique-se e imobilize sua cabeça com uma das mãos de forma que esta pessoa não consiga movimentar seu pescoço. Com isto você estará iniciando o exame primário. As informações obtidas por esse processo, que não se estende por mais do que alguns segundos, são extremamente valiosas na sequência do exame, que é subdividido em duas partes: Análise Primária e Secundária da vítima. Portal Educação Enfermagem (2013).
FIGURA 8 - Você conhece as leis do código penal para omissão de socorro
 Na figura 8 50% dos entrevistados responderam que conhecem e 50% responderam que não conhece.
 De acordo com Silveira et al. (2006) o fato de chamar o socorro especializado nos casos em que a pessoa não possui um treinamento específico ou não se sente confiante para atuar, já descaracteriza a ocorrência de omissão de socorro.
 Conforme Liberal et al. (2005), as crianças e adolescentes tem seus direitos assegurados pela lei. O Estatuto da Criança e do Adolescente, criado em 1990, assegura a criança e ao adolescente todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. Ainda diversas instituições particulares e públicas vêm alertando a questão dos acidentados e violências como um grave problema de saúde publica e tomando iniciativas para assegurar os direitos da criança e do adolescente. 
 
CONCLUSÃO
 A prestação de Primeiros socorros depende dos conhecimentos básicos, teóricos e práticos por parte de quem o está aplicando. O estudo de Primeiros socorros evidenciou que as ocorrências de acidentes no ambiente escolar existem, por isso é fundamental o conhecimento de Primeiros Socorros e saber aplica-los para preservar os sinais vitais da vítima até a chegada de socorro especializado.
 Quanto ao conhecimento e importância de Primeiros Socorros os resultados encontrados foram satisfatórios. Em relação ao curso de Primeiros Socorros durante a graduação os resultados encontrados foram que a maioria teve essa disciplina no componente curricular. Observa-se ainda que a maioria dos professores buscaram conhecimento especializado depois da graduação. A maioria das escolas em que trabalham possui espaço físico adequado e seguro, assim respondeu a maioria. Quanto aos acidentes mais comuns que ocorrem no recinto escolar os resultados apontam os ferimentos, luxações e entorses. Todos concordaram com a importância da abordagem de Primeiros Socorros.
 Quando perguntados o que avaliariam primeiro em uma pessoa acidentada, a grande maioria não soube responder o correto. Portanto cabe ressaltar que os profissionais devem continuar aprimorando seus conhecimentos, buscando se atualizarem. Com relação às leis do código penal os resultados foram satisfatórios, a maioria conhecem as leis do código penal.
 Para concluir ficou evidente que neste estudo a maioria dos profissionais entrevistados possui conhecimentos específicos em Primeiros Socorros, e estes saberiam prestar o primeiro atendimento.
 Com os resultados obtidos nesta pesquisa, entendemos que há uma grande necessidade de ser revisto alguns parâmetros em torno do tema “Primeiros Socorros nas escolas”, sugerimos assim algumas recomendações:
 A principal sugestão seria a exigência na formação de nível superior (graduação) da disciplina de Primeiros Socorros e Urgências para o curso de Educação Física, tanto na área do bacharelado, quanto na licenciatura, além da obrigatoriedade de que tal disciplina seja presencial em ambos os cursos, porém, para tais mudanças e cumprimento das mesmas, haveria a necessidade de fiscalização do CREF/ CONFEF e órgãos competentes às instituições de nível superior.
 Outra sugestão seria a exigência e controle por parte do CREF/ CONFEF e órgãos competentes na constante atualização por parte dos professores das escolas dos diversos seguimentos, mantendo assim uma capacitação contínua, onde a cada no máximo 2(dois) anos, tais profissionais sejam submetidos a um processo de atualização (reciclagem) para os Primeiros Socorros, pois tal exigência já ocorre nas academias e centros esportivoscom os profissionais de Educação Física, além da exigência por parte destes órgãos, de um suporte/ kit de Primeiros Socorros adequado, que possa auxiliar nas diversas situações que os profissionais de Educação Física possam vir a se deparar nas escolas.
REFERENCIAS:
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