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1 Informática Básica 2 Autor(a): Claudio Boghi Curso Superior de Tecnologia em Gestão da Tecnologia da Informação Coordenador: Emerson dos Santos Paduan Co-autor(a): Daniel Gomes Ferrari São Paulo - 2016 3 Sumário 1. A História do Computador 4 1.1 Linguagem do Computador 7 1.2 O Computador 8 2. A História do Excel 14 2.1 Planilhas Eletrônicas 15 2.2 Interface do Excel 2016 16 Área Geral da Planilha do Excel 18 Guias de Tarefas 18 Visão Geral 18 Referências bibliográficas 21 4 1. A História do Computador O ser humano sempre procurou construir instrumentos para facilitar o trabalho matemático. Assim, criou em cada época algo que pudesse medir, calcular e elaborar projetos até chegar aos computadores atuais, para ajudar em qualquer área do saber. A seguir, a Figura 1 ilustra alguns instrumentos criados pelo ho- mem na sua evolução histórica. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ábaco Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Diffe rence_engine Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Punche d_card Figura 1 – Instrumentos matemáticos criados pelo homem. O primeiro instrumento, da esquerda para a direita, é o ábaco, que tinha como base numérica o número 5. Nosso sistema numérico possui como base o nú- mero 10 (decimal), e os computadores, o número 2 (binário). O objeto ao centro é uma máquina de calcular mecânica, desenvolvida por Charles Babbage, para calcular logaritmos. Por fim, o famoso cartão perfurado, criado por Herman Hol- lerith, para calcular o censo de 1890 da população americana. O primeiro computador eletrônico construído foi o ENIAC (Electronic Numerical Integrator and Computer), em 1947. Era uma máquina enorme e lenta, compa- rada aos computadores atuais. Sua memória era composta de 18.000 válvulas e ocupava um espaço de cerca de 85 m3. 5 Figura 2 –ENIAC. Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/ENIAC O grande problema do ENIAC é que ele era totalmente desenvolvido com válvu- las, e as da primeira geração de computadores necessitavam de muita energia, esquentavam muito e queimavam com muita facilidade. O homem precisava de computadores mais evoluídos (ou modernos) e, então, criou a segunda geração deles, que já usavam transistores. A vantagem dos transistores em relação às válvulas é que não esquentavam, consumiam pouca energia e não queimavam. Figura 3 –Transistor. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Transístor 6 No entanto, o homem precisava de mais velocidade no seu processamento e, na terceira geração dos computadores, criou os circuitos integrados, entre os anos de 1964 a 1970. Com a evolução da eletrônica e da física, em 1971 foi criada a quarta geração de computadores, também conhecida como circuitos integrados (LSI) ou de microprocessadores. A partir daí, o homem começou a desenvolver outros computadores e dispositivos de armazenamento de dados. A tabela a seguir ilustra alguns computadores e dispositivos. Altair – 1975 Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Altair_8800 Apple – 1976 Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Apple_I Disquete – 1978 Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Disquete Disco Rígido – 1980 Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Hard_disk_drive IBM PC – 1981 Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/IBM_Perso- nal_Computer MS-DOS – 1981 Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/MS-DOS 7 Apple Macintosh – 1984 Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Macin- tosh_II_series MS Windows – 1990 Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Windows_3.x Processador Pentium – 1993 Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/P5_(micro- architecture) Windows 10 – 2015 Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Windows_10 Tabela 1 – Evolução dos computadores e dispositivos. 1.1 Linguagem do Computador Até aqui abordamos a história da computação, tendo como objetivo mostrar a evolução dos equipamentos (hardware). Agora vamos falar sobre os programas de computadores, aos quais chamamos de software. Os primeiros computado- res eram programados em linguagem de máquina. Os comandos eram dados praticamente por meio de combinações de números. O grande problema de programar nessa linguagem eram as inconvenientes ma- nutenções e a própria forma de programar, pois, na década de 1950, os progra- mas eram constituídos por um conjunto de números. 8 O Assembler, uma linguagem de baixo nível, ou seja, que está próxima da lin- guagem de máquina, já foi uma evolução muito grande na área da linguagem de programação. Em 1957, foi criada a linguagem de programação chamada Fortran, que, na época, foi considerada a primeira linguagem de computação de alto nível. A par- tir daí, surgiram outras linguagens, como Cobol, Basic e PL/1. Com a evolução dos computadores, foram surgindo programas que ajudaram muito naquele tempo, como o DBase, o Lotus 1-2-3, o Clipper, entre outros. Nos dias atuais, sistemas operacionais novos foram surgindo, e outras lingua- gens de programação apareceram. Alguns exemplos: Visual Basic, PHP, ASP, JAVA, Linux, C#, Pearl, Python, entre outras. 1.2 O Computador Um computador é uma máquina que transforma dados de entrada em infor- mações de saída. A ideia de entrada/processamento/saída é a definição mais elementar que podemos dar ao computador. Em uma comparação simplificada, o computador é semelhante a uma máquina de calcular. Imagine, por exemplo, que você diga ao computador para que efe- tue a soma de dois números. Nesse caso, o procedimento será o seguinte: Claro que, em um computador, internamente, a parte relacionada ao processa- mento é bem mais complexa. Para entender esse raciocínio, veja a Figura 4. Entrada Processamento Saída 3 5 + 8 9 Figura 4 – O computador em diagrama esquemático. O processamento é um conjunto de unidade de controle, unidade de aritmética e lógica, memória principal e memórias auxiliares. A unidade central de proces- samento (UCP) é onde fazemos o nosso processamento. Como a sigla UCP é a tradução do inglês CPU, vamos utilizar essa nomenclatura por uma questão cor- riqueira na área da informática. Agora vamos entender um pouco de cada com- ponente da CPU: Unidade de Controle: controla todo o funcionamento do computador. Vamos supor que nosso programa de adição esteja armazenado na me- mória do computador. A unidade de controle examina a instrução (lê os dois números, que são 3 e 5) e verifica que se trata de uma instrução de leitura. Após examinar que se trata de uma soma (3 + 5), ele passará as informações à unidade de aritmética e lógica, para que os cálculos sejam efetuados. Depois disso, examinará se há outra instrução a ser processada, e assim por diante. Unidade de aritmética e lógica (UAL): é na UAL que todas as operações aritméticas e lógicas são executadas. Memória: é o local onde são armazenadas as instruções a ser interpre- tadas pela unidade de controle. Nosso programa de soma com todas 10 as instruções, como o exemplo citado, estará armazenado na memória. A memória em que armazenamos todas as instruções é a memória RAM (Random Access Memory – memória de acesso aleatório). Memórias auxiliares: geralmente são as memórias onde gravamos algo, como HD (hard disk), pen drive, HD externo, entre outros. Unidades de entrada: as informações de entrada deverão estar em um meio de armazenamento em que possam ser lidas pelo computador, por exemplo: teclado, pen drive, monitor touch screen (toque na tela), voz,entre outros. Unidades de saídas: as informações são gravadas pelo computador em um meio de armazenamento de saída, por exemplo: papel da impres- sora, relatório em vídeo, pen drive, entre outros. A Figura 5 ilustra o conceito de computador. Figura 5 – O computador de acordo com seus componentes físicos. Fonte: http://pt.freeimages.com/ 11 O computador usa dois estados para representar informação e associa a cada estado o dígito 0 (zero) ou 1 (um), arbitrariamente. A menor unidade de infor- mação capaz de armazenar 0 ou 1 é chamada de bit (BInary digiT). Um conjunto de oito bits forma um byte (BinarY TErm). Um byte pode armazenar 256 combi- nações de zeros e uns. Seria mais ou menos assim: 1 1 0 0 1 0 1 0 Para termos uma visão melhor das combinações, vamos analisar a Figura 6. Figura 6 – Combinações. A Figura 7 mostra o que são essas combinações. Figura 7– 256 combinações. 12 Os computadores trabalham em um sistema diferente do nosso. Nós trabalha- mos para fazer qualquer tipo de cálculos na base 10, o cálculo decimal. Para os computadores serem mais rápidos nos seus cálculos, o homem desenvolveu o sistema binário (base 2), que é formado somente pelos números 0 (zero) e 1 (um). Fazendo uma analogia entre o sistema binário e o sistema decimal, criamos uma tabela onde vemos uma relação entre números decimais e seus respectivos nú- meros binários, que o computador entende. O número 10, na nossa base decimal, é interpretado pelo computador pelo nú- mero 1010 em binário. Para entender como foi feita essa conversão, vamos aos cálculos: 13 Essas combinações de zeros e uns podem representar um número binário ou um código preestabelecido. Podemos associar, por programa ou dispositivo eletrônico, o código que quiser- mos. Ou ainda: Mi 14 2. A História do Excel Nas empresas, a automação das tarefas que exigiam cálculos começou com a utilização das máquinas mecânicas. Na sequência, surgiram as máquinas ele- tromecânicas, até chegar aos anos 1970, quando foram criadas as calculadoras eletrônicas. No final dos anos 1970, com o advento dos computadores pessoais, surgiram as planilhas eletrônicas portáteis, revolucionando a forma como as pessoas faziam seus cálculos. Em 1978, Daniel Bricklin, com a ajuda do amigo e programador Robert Franks- ton, do MIT, elaborou um programa no computador Apple que simulava cálcu- los. Tratava-se da primeira planilha eletrônica, com o nome de VisiCalc (Visible Calculator), a qual efetuava cálculos e simulações com dados dispostos em ta- belas formadas por linhas e colunas. Assim, a primeira planilha eletrônica VisiCalc (1979) foi lançada há mais de 30 anos para a linha Macintosh. Em 1980, a SuperCalc foi lançada para o sistema operacional CP/M. Depois, a Planilha Lotus 1 - 2 - 3 (1983), com as três funções de planilha, gráficos e banco de dados, dominou nos anos 1980. O Excel 1.0 foi lançado em 1985 pela Microsoft para Macintosh, e, em 1987, o Excel 2.0 para PC, dominando o mercado dos anos 1990 até os dias de hoje. A Figura 8 mostra Bricklin e Frankston com seu invento, o VisiCalc. Figura 8 - Bricklin e Frankston com a tela do VisiCalc. A seguir, surgiram o Lotus 1-2-3 e o QuattroPro, sucessores diretos do VisiCalc. A Figura 9 ilustra essas ferramentas. 15 Figura 9 – Lotus 1-2-3 e QuattroPro para MS-DOS. A Microsoft lançou o Windows, e as planilhas de cálculos começaram a ter inter- faces mais amigáveis. A Figura 10 mostra o QuattroPro e o Excel já no ambiente visual de janelas. Figura 10 – Ambiente baseado em janelas. 2.1 Planilhas Eletrônicas As planilhas eletrônicas são programas de computador altamente interativos, compostos de grupos de linhas e colunas exibidas em uma janela. A intersecção das linhas e colunas é chamada célula. A célula é designada por um número na linha e uma letra na coluna. Uma célula pode armazenar números, caracteres ou fórmulas. 16 O uso de fórmulas em células, que podem ser facilmente copiadas por toda a planilha, é uma das grandes facilidades que o Excel oferece ao usuário. As fór- mulas são recalculadas automaticamente quando você altera o conteúdo de uma das células utilizadas. Dessa forma, você poderá utilizar um mesmo modelo de planilha para outras situações. O Excel é muito bom também na construção de gráficos, e permite a criação de projeções ou simulações. As planilhas eletrônicas foram desenvolvidas com a finalidade de substituir o processo manual ou mecânico para a elaboração de cálculos. 2.2 Interface do Excel 2016 A primeira modificação percebida no Excel 2016 é o novo visual. A nova interface do usuário orientada a resultados facilita o trabalho no Excel. Também os co- mandos e os recursos, que eram normalmente colocados em barras de ferra- mentas e menus complexos, agora estão mais fáceis de serem localizados nas guias orientadas a tarefas, que contêm grupos de comandos e recursos. Muitas das caixas de diálogo foram substituídas por galerias suspensas, que exibem as opções disponíveis e dicas descritivas ou visualizações de exemplo, fornecidas para ajudar a escolha da opção correta. O Excel 2016 manteve o acréscimo significativo de tamanho de linhas e colunas, comparado às versões mais antigas. Além disso, possui algumas outras aplica- ções, como resumido no quadro a seguir. Excel 2003 vs. Excel 2016 Funcionalidade Excel2003 Excel2016 Número de linhas 65.536 1.048.576 Número de colunas 256 16.384 Número de cores 56 4,3 bilhões Número de formatações condicionais 03 Sem limites Número de níveis de classificação 03 64 Número de itens exibidos em uma lista autofiltro 1.024 32.768 Número total de estilos de células exclusivos em uma planilha 4.000 65.536 Número de funções aninhadas em um SE 7 64 Número de testes lógicos nas funções E/OU 30 255 17 A maior alteração no Excel 2016 é a nova interface, em que a tradicional barra de ferramentas e menus foi substituída pelas Guias de Tarefas. A seguir, vere- mos detalhes da nova interface do Excel 2016. 18 Área Geral da Planilha do Excel Guias de Tarefas Visão Geral Guia Página Inicial: provavelmente será a mais utilizada. Ela contém os coman- dos básicos de copiar/colar, comandos de formatação, comandos de estilo, co- mandos para inserir ou deletar linhas e colunas e, ainda, classificar a planilha e os comandos de edição. 19 Guia Inserir: selecione esta aba quando você precisar inserir algo em sua plani- lha, como uma tabela dinâmica, um gráfico, um símbolo, entre outras coisas. Guia Layout da Página: esta guia contém os comandos de aparência sobre toda a planilha, inclusive os comandos de configuração de impressão. Guia Fórmulas: utilize esta aba para inserir fórmulas, dar nome a células ou in- tervalos, realizar auditoria em fórmulas, controlar como o Excel irá realizar os seus cálculos. Guia Dados: nesta guia você poderá obter dados externos de outros aplicativos, filtrar dados em uma planilha, classificar e consolidar dados, realizar testes e hipóteses com gerenciadores de cenários, atingir meta e tabela de dados e uti- lizar suplementos, como análise de dados e Solver. 20 Guia Revisão: nesta aba temos as ferramentas de correções de texto, traduções, ferramentas de adição de comentários ou para proteção de planilhas. Guia Exibição: esta guia contém comandos que controlam várias formas de se visualizar as planilhas. Bibliografia a ser acessada Livro: Introdução à Informática,Capítulo 1 http://anhembi.bv3.digitalpages.com.br/users/publica- tions/9788587918888/pages/3 Livro: Excel para engenheiros e cientistas, Capítulo 1 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-216- 2421-9/cfi/22!/4/2@100:0.00 21 Referências bibliográficas BLOCH, S.C. Excel para engenheiros e cientistas. LTC. Recurso Eletrônico em Mi- nha Biblioteca, 2ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2013. BROOKSHEAR, J. Glenn. Ciência da computação – uma visão abrangente. 7ª ed. Porto Alegre-RS: Bookman, 2008. CAPRON, H. L.; JOHNSON, J. A. Introdução à informática. 8ª ed. São Paulo: Pear- son Prentice Hall, 2004. Disponível na Biblioteca Virtual 3.0 Universitária. FRYE, Curtis D. Passo a passo: Excel 2010. Recurso Eletrônico em Minha Biblio- teca, 1ª ed, Porto Alegre-RS: Bookman, 2012. MANZANO, José Augusto N. G.; MANZANO, André Luiz N. G.. Estudo dirigido de MS Office Excel 2010. 1ª ed. São Paulo: Érica, 2010. Disponível em: http://anhembi.bv3.digitalpages.com.br/users/publica- tions/9788576051947/pages/_1 - Recurso eletrônico, Biblioteca Virtual Univer- sitária 3.0 NORTON, Peter. Introducción a la computación. 6ª ed. México: McGraw-Hill In- teramericana Editores, 2010. As gerações dos computadores. Disponível em: http://goo.gl/7oyTg2. Acesso em: 30 de outubro de2014. Informação: computação e comunicação. Disponível em: http://goo.gl/jJBBWG. Acesso em 04 de novembro de 2014.
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