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Semiótica – AV1 Ferdinand Saussore (suíço / conceito europeu): Desenvolveu a semiologia, que é o estudo da linguística moderna, o estudo a linguagem, da língua/fala. Charles Pierce (norte-americano / conceito americano EUA): Desenvolveu a semiótica, que é a ciência que estuda os signos, os sentidos, suas estruturas e combinações, manifestados em significante que fazem referência a um significado. Para Pierce, signo é algo que representa alguma coisa para alguém, dirige-se a alguém, cria na mente dessa pessoa um signo equivalente ou um signo melhor desenvolvido. É o que vemos, o imediatamente perceptível. Código é um sistema em que os signos se organizam de acordo com determinadas regras. Um signo possui: Significante – Aspectos sensíveis – O que podemos ver, ouvir, sentir. Ex: Som da palavra, grafia. Significado – Aspecto semântico, ideia que o significante representa, conceito. O que pensamos quando ouvimos/vemos/sentimos o significante. Ex: Nuvens escuras (significante) – Vai chover (significado) / sinal vermelho (significante) – vai parar (significado). Semiose é processo de significação, a produção de significados. Significação = Significado + Significante Um signo pode ser: Ícone: Representação por semelhança, Imagem. Ex: fotos, desenhos, pinturas. Índice: Indica uma coisa com a qual está ligado, é um indício de algo. Ex: Fumaça é um indício de fogo / Pegadas são um indício de que alguém passou por ali. Símbolo: São convenções criadas para representar algo. Ex: Letras, gestos. Relação tríade: Interpretante (referência) Signo Objeto (referente) Signo: Representa alguma coisa para alguém, é o imediatamente perceptível, o que vemos/ouvimos/sentimos. Interpretante (referência): É o que o receptor pensou, o que em primeiro momento será criado na mente (semiose). Objeto (referente): É a coisa representada, de fato. Tricotomias: Primeiridade: É o nível sensível, o ícone. Secundidade: É o nível de experiência, o índice. Terceiridade: É o nível que a mente cria uma razão, um argumento, é o símbolo. 1ª: Signo – Signo: Significação: Quali-signo: Ligado à qualidade, possibilidade, sentimento. (Primeiridade, ícone, rema). Sin-signo: É a realidade, algo existente, sensação. (Secundidade, índice, dicente). Legi-signo: É a lei, a lógica, uma convenção. (Terceiridade, símbolo, argumento). 2ª: Signo – Objeto: Objetivação: Ícone Índice Simbolo 3ª: Signo – Representante: Interpretação: Rema: Comentário sobre o tema, possibilidade; este, aquele. Dicente: Contexto, fato, referência. Argumento: Dedução, lógica, lei., Signo primário: Criados pelo homem para representar algo. Ex: Arroz como alimento. Signo secundário: Adquirem uma representação, status. Ex: Arroz usado para crenças religiosas. Uso de determinadas marcas, etc. Signo e semiótica: Signo é o externalizar do pensamento, as emoções, reações. Os efeitos interpretativos dependem do receptor. O signo possui função mediadora entre o que o emissor quer dizer e o que o receptor tem que entender. Qualquer coisa que esteja no plano mental tem a natureza de um signo. Rede articulada de representações sígnicas: Compõem meios de expressão: fala, escrita, produção de sons, imagens, formas simbólicas. Mensagens são signos ou complexos de signos Não há comunicação sem mensagem, e se mensagens são signos está aí a relação comunicação x semiótica. Semiótica e as matrizes da linguagem: A invenção das máquinas pós revolução industrial (séc XIX e XX) possibilitou a produção em larga escala e o armazenamento de imagens, textos e sons. - Fotografia, rádio, cinema, televisão, vídeos, mídias digitais. O homem é um ser de linguagem. O poder criador da linguagem dá ao homem a capacidade de ordenar o mundo e de categoriza-lo. A necessidade de se comunicar levou o homem à invenção da escrita, o que possibilitou a ele, o acesso a diversos tipos de poder, a divulgação de ideias, princípios ou dogmas e estratégias argumentativas que passaram a influenciar e regulamentar os sujeitos do grupo social. Há séculos o homem busca impor princípios e dogmas (que podem colonizar/influenciar outros países, pessoas, etc) e para isso desenvolve estratégias e argumentos (com base em sentimentos e na imaginação) que influenciam o grupo social. As diferentes formas de comunicação acompanham as transformações do homem (jornal, rádio, tv, cinema, etc). Cultura: - Publicidade: O termo “cultura de massas” deu origem ao termo “Indústria Cultural”, é o fazer cultural e artístico sob a lógica da produção industrial capitalista, que visa o lucro acima de tudo e a idealização de produtos adaptados para consumo das massas. A publicidade produz moda, induz o consumidor a adquirir determinado produto ou se manter fiel em relação a marcas, fazendo parte da indústria cultural. Visão semiótica da imagem: Investigação dos sistemas de significado (linguística) Linguagens – verbal/oral; números (matemática); vida (biologia); leis (direito); estética (artes). Sentido: Conceitual do signo / Subjetivo do signo: Conotativo: O que ele sugere (figurado, subjetivo). Denotativo: O que ela diz, motivo explicitante (literal, conceitual). Ex: Cara = rosto (denotativo) – pessoa, gíria (conotativo) / Estrela = astro (denotativo) – celebridade (conotativo). Funções da linguagem: - Referencial: Jornalistica - Emotiva: Expressa emoções - Conotativa ou apelativa: Publicidade - Metalinguística: Analisa a própria língua - Estética: Cuidado como texto, poesia - Fática: Sintonia com o receptor (né? ta?..) Matriz sonora - Música, silêncio, melodia, ruído. A matriz sonora está ligada a Primeiridade, a qualidade do sentimento. Para Pierce, é o exemplo de “quali-signo” icônico – remático, pois suas qualidades se apresentam como possibilidades abstraídas de qualquer relação empírica, espaço temporal da qualidade com qualquer outra coisa que não sejam qualidades idênticas ou similares. (O som é definido como qualidade pura e imediata). A matriz sonora compreende qualquer tipo de som, transportado por meio de fontes naturais ou não naturais, percebido somente pelo sentido da audição. Essa matriz tem como eixo fundamental a “sintaxe”, ou seja, a combinação de elementos como sons, alturas e durações para formar unidades mais completas. Música – Voz de alguém; Canto dos pássaros; Som da cidade. Maneiras de ouvir: Ouvir emotivamente: Alegria, espanto, raiva... Ouvir com o corpo: Ritmo, percussão, coreografia... Ouvir intelectualmente: hipótese, referência A música é um campo privilegiado para a exemplificação das tríades perceptíveis. Perceber é dar conta de algo externo a nós. O som que ouço no cd, enquanto escrevo, continua existindo, independente da minha audição. 1 – Defina signo e código. 2- O que é semiótica de acordo com os conceitos de Peirce e Saussore? 3- Explique ícone, índice e símbolo. 4- Cite um signo indicial e justifique. 5- Explique primeiridade, secundidade e terceiridade de um signo. 6- Qual a importância das linguagens visuais, sonora e verbal para a publicidade e propaganda e o jornalismo? 7- Explique as funções das linguagens fática, referencial, emotiva e estética. 8- Comente a relação entre significante e significado.
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