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1 Lucyus da Silva Souza mat. 20120217802-2 Campus: Queimados -Noite DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV -CCJ0038 Aula 1 PROCESSO DE EXECUÇÃO. DISPOSIÇÕES GERAIS PARA O CUMPRIMENTO DA SENTENÇA OU PARA A EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL. Conceito de execução e sua distinção com o processo ou fase de conhecimento. Características da execução. Princípios. Breves considerações sobre as espécies/procedimentos de execução. Objetivos - Conhecer a execução, seja em caráter autônomo ou como etapa de cumprimento. - Examinar, ainda que brevemente, os procedimentos executivos existentes e suas finalidades. - Estudar os princípios que norteiam e inspiram a execução. - Diferenciar o desenvolvimento do processo ou fase de conhecimento em comparação com o de execução. Estrutura do Conteúdo 1. Conceito de execução, em caráter autônomo ou como etapa de cumprimento. 2. Características da execução e sua distinção com o processo ou fase de conhecimento. 3. Princípios que norteiam a execução. 4. Breves considerações sobre as espécies/procedimentos de execução. Aplicação Prática Teórica 1a Questão: Ao iniciar o cumprimento de sentença envolvendo obrigação de pagar, o credor pretende que seja penhorado um bem imóvel do devedor, avaliado em R$ 1.000.000,00 (um milhão de Reais), para pagamento de uma dívida de apenas R$ 10.000,00 (dez mil Reais). O devedor, por meio do seu patrono, peticiona ao juízo informando que possui um veículo automotor avaliado em R$ 30.000,00 (trinta mil Reais), valor que é mais compatível com o do débito, requerendo a substituição do bem penhorado em atenção ao princípio do menor sacrifício ao executado. Indaga-se: deve ser deferido o pleito do executado? O art. 805 do NCPC consagra o princípio da execução menos onerosa ao executado: “Quando por vários meios o credor puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o devedor” 2 A opção pelo meio menos gravoso pressupõe que os diversos meios considerados sejam igualmente eficazes. Assim, havendo vários meios executivos aptos à tutela adequada e efetiva do direito de crédito, escolhe-se a via menos onerosa ao executado. Portanto o pleito deve ser deferido. Questão nº 2. (XVI Exame de Ordem Unificado – FGV) Daniel possui uma pequena mercearia e costuma aceitar cheques de seus clientes, como forma de pagamento. Ocorre que, no último mês, três dos cheques apresentados no prazo foram devolvidos por insuficiência de fundos. Daniel não obteve êxito na cobrança amigável, não lhe restando, portanto, outra alternativa senão recorrer ao Poder Judiciário. Com base nessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta. a) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o devedor, ainda que fundadas em títulos diferentes e diversa a forma do processo, desde que o juízo seja competente para todas. b) É vedado ao juiz examinar de ofício os requisitos que autorizam a cumulação de execuções. conforme Art. 1065 CPC/15 c/c Art.50 da Lei 9.099/95. c) Daniel pode cumular várias execuções, fundadas em títulos diferentes, ainda que diversos os devedores, desde que para todas elas seja competente o juízo e idêntica a forma do processo. d) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o mesmo devedor, ainda que fundadas em títulos diversos, de que seja competente o juízo e haja identidade na forma do processo. 3 Aula 2 Tema Legitimidade ativa e passiva na execução (originária ou superveniente). Responsabilidade Patrimonial (primária e secundária). Fraude a Credores e Fraude a Execução. Objetivos - Conhecer a legitimidade ativa e passiva na execução, originária ou superveniente. - Examinar as regras que estabelecem a responsabilidade patrimonial primária e secundária entre os sujeitos do processo. - Estudar as hipóteses e os meios processuais que autorizam que um bem que não mais integra o patrimônio do devedor ainda possa ser utilizado para quitar suas obrigações. - Diferenciar as espécies de transferências fraudulentas de bens. Estrutura do Conteúdo 1. Legitimidade ativa e passiva na execução (originária ou superveniente). 2. Regras sobre responsabilidade patrimonial primária ou secundária. 3. Fraude a credores e fraude a execução. 4. Meio processual adequado para alegar e obter o reconhecimento de qualquer transferência fraudulenta de bens realizada pelo executado. Aplicação Prática Teórica 1a Questão: No curso de uma ação de indenização e antes da sentença de 1o grau, o réu vendeu seus dois únicos imóveis por R$ 100.000,00 (cem mil reais), os quais constituíam a totalidade de seu patrimônio. Julgado procedente o pedido, com sentença transitada em julgado, o autor pretende receber o valor da indenização fixado pelo Juiz, ou seja, R$ 100.000,00 (cem mil reais). Considerando o enunciado acima, distinga os institutos da fraude à execução e da fraude contra credores, e, num segundo momento, indique os caminhos processuais adequados para que o exequente, na prática, possa receber seu crédito. A Súmula 375 /STJ, dispõe que o reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado, o que não é o caso, pois ainda não havia a sentença e consequentemente o devedor não havia sido citado para a execução. No caso, ocorreu a fraude contra credores conforme o art. 790, inciso VI, do NCPC. O reconhecimento da fraude contra credores, com a consequente anulação da alienação ou gravação do bem, demanda ação própria, de 4 ampla dilação probatória insuscetível, portanto, de ser alegada exclusivamente no processo de execução ou na fase do cumprimento da sentença. A necessidade de ação própria para o reconhecimento da fraude contra credores o caput do art. 799, inciso IX, do NCPA, sugere que o credor, para realmente precaver-se contra a fraude, teria de procede r a duas averbações sucessivas. Uma da propositura da execução (art. 799, IX), outra, ato contínuo à propositura, de que a execução foi admitida pelo juiz (art. 828, caput) Considerando o CPC, e, principalmente, as normas que tutelam a legitimidade passiva em execução, indique a alternativa incorreta, ou seja, de quem não pode figurar como executado. a) o devedor, reconhecido como tal no título executivo; b) o responsável tributário, assim definido em lei; c) o fiador do débito constante em título extrajudicial; d) o Ministério Público, nos casos previstos em lei. Aula 3 Tema Competência para o cumprimento de sentença ou para a execução por título extrajudicial. O rol dos títulos executivos judicia Objetivos - Conhecer as regras que estabelecem a competência para o cumprimento de sentença e as hipóteses em que um novo foro poderá ser escolhido pelo exequente. - Examinar as regras que estabelecem a competência para a execução por título extrajudicial. - Estudar o rol dos títulos executivos judiciais e extrajudiciais, de acordo com o CPC. - Diferenciar as modalidades de liquidação criadas pelo CPC. Estrutura do Conteúdo 1. Regras de competência para o cumprimento de sentença. 2. Regras de competência para a execução por título extrajudicial. 3. Títulos executivos judiciais e extrajudiciais. 4. A liquidação de sentença. Modalidades. Procedimento. 5 Aplicação Prática Teórica Adalberto ajuizou uma ação em face da Seguradora Porto Bello pleiteando o recebimento do seguro de vida realizado pelo seu tio Marcondes. Alega na inicial quea seguradora, de forma injustificada, se negou a pagar a indenização sob o argumento de que o segurado agiu de má-fé ao não informar que realizara uma cirurgia de coração 10 anos antes da assinatura do contrato. Após a instrução o juiz julgou procedente o pedido para condenar a Seguradora a pagar a respectiva indenização em valor a ser apurado em fase de liquidação. Diante do caso concreto indaga-se: a) Qual é a modalidade de liquidação de sentença mais adequada ao caso concreto? É possível modificar a sentença em fase de liquidação? Não, em tese caberia arbitramento para que em tese um terceiro expert no assunto indicasse o valor indenizatório, contudo, em havendo necessidade de novas provas, caberia liquidação pelo procedimento comum, com a produção de provas superveniente s a sentença. Não, a única maneira de se ver isso é pelo artigo 966 do CPC. b) Como deverão proceder as partes caso discordem do valor apurado na liquidação? Se as partes não concordarem com o valor fixado na sentença de liquidação cumprirá a elas ingressar com agravo de instrumento, artigo 1015, PU, CPC Considerando o CPC, indique a alternativa que não contempla título executivo extrajudicial: a) o crédito de auxiliar de justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial; b) a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; c) a nota promissória; d) o crédito decorrente de foro ou laudêmio. 6 Aula 4 Cumprimento de sentença por quantia certa contra devedor solvente fundada em título judicial. Impugnação. Objetivos - Conhecer as regras que norteiam o cumprimento de sentença que estabeleça obrigação de pagar e que é promovida em face de devedor solvente. - Examinar o que deve constar na peça inaugural, bem como o comportamento a ser adotado pelo magistrado na sequência. - Estudar a defesa a ser apresentada pelo executado neste procedimento. - Diferenciar os temas de resposta que podem ser trazidos na defesa apresentada. Estrutura do Conteúdo 1. Regras para o cumprimento de sentença que imponha obrigação de pagar. 2. A peça inaugural. 3. O deferimento pelo Magistrado e a sequência do procedimento. 4. A impugnação e os temas que nela podem ser ventilados. Aplicação Prática Teórica Juca Cipó ingressa em juízo com ação de cobrança em desfavor de Sinhozinho Malta, que, citado pelo correio, quedou-se inerte, vindo, em consequência, o pedido autoral a ser julgado procedente, com a condenação do réu ao pagamento de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Iniciado por Juca Cipó o cumprimento de sentença, após a segurança do juízo, Sinhozinho Malta oferece impugnação, na qual alega a nulidade de sua citação na fase cognitiva. O juiz, então, acata a impugnação de Sinhozinho Malta. Qual seria o recurso cabível contra esta decisão judicial? Seria cabível o Agravo por instrumento conforme o art 1015 § único, NCPC. R.: A IMPUGNAÇÃO É UM INCIDENTE PROCESSUAL, E O ATO DO JUIZ Q UE JULGOU A IMPUGNAÇÃO TEM NATUREZA DE DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. NESSE C ASO CABE AGRAVO DE INSTRUMENTO. Considerando o CPC , indique a alternativa que não contempla matéria passível de ser alegada em sede de impugnação ao cumprimento de sentença: a) incompetência relativa; b) impossibilidade jurídica do pedido; c) ilegitimidade da parte; 7 d) excesso de execução ou cumulação indevida de execuções. Aula 5 Tema Execução por quantia certa contra devedor solvente fundada em título extrajudicial. Embargos. Objeção de não executividade. Objetivos - Conhecer as regras que norteiam a execução de título executivo extrajudicial que contenha obrigação de pagar e que é promovida em face de devedor solvente. - Examinar o que deve constar na peça inaugural, bem como o comportamento a ser adotado pelo magistrado na sequência. - Estudar as defesas que pode ser apresentadas pelo executado neste procedimento. - Diferenciar os temas de resposta que podem ser trazidos nas defesas apresentadas. Estrutura do Conteúdo 1. Regras para a execução de título executivo extrajudicial que contenha obrigação de pagar. 2. A peça inaugural. 3. O deferimento pelo Magistrado e a sequência do procedimento. 4. Os Embargos, a Objeção de Não Executividade (popularmente rotulada como Exceção de Pré-Executividade), bem como os temas que nelas podem ser ventilados. Aplicação Prática Teórica Repelidos Embargos de Devedor com fundamento em sua intempestividade, apresenta o Executado petição avulsa, intitulando-a como Objeção de Não Executividade (também conhecida como Exceção de Pré-Executividade), denunciando a nulidade do título. Deve tal pleito, inobstante a rejeição dos Embargos, ser admitido ao exame do órgão judicial? Se admissível a referida peça, teria a apresentação da mesma efeito suspensivo? Admite-se a propositura da exceção de pré executividade pois não existe prazo limitado quanto a sua propositura uma vez que tem por objetivo alegar matéria de ordem pública que poder ser feita a qualquer tempo ou grau de jurisdição. A exceção não tem por si só o poder de suspender a decisão. 8 Os embargos do devedor serão oferecidos no prazo: a) de 10 dias, contados da juntada aos autos do mandado de citação; b) de 10 dias, contados da efetivação da penhora, depósito ou caução; c) de 15 dias, contados da efetivação da penhora, depósito ou caução; d) de 15 dias, contados da juntada aos autos do mandado de citação; e) em dobro do previsto em lei, quando forem vários os executados e tiverem procuradores diferentes nos autos. Aula 6 Tema Penhora. Expropriação dos bens. Estrutura do Conteúdo 1. Regras que norteiam a penhora de bens e a gradação legal. 2. Os bens que são reputados por lei como impenhoráveis. 3. As diversas modalidades de penhora. 4. Expropriação. Adjudicação e Alienação (por iniciativa particular ou por leilão judicial eletrônico ou presencial). Aplicação Prática Teórica Determinado credor instaurou processo de execução, lastreado em título executivo extrajudicial, em face de um incapaz, que se encontra regularmente representado nos autos. A penhora recaiu sobre um determinado bem e não foram oferecidos embargos à execução. Como o exequente não manifestou interesse na adjudicação, o magistrado determinou a expropriação por alienação em leilão judicial. No segundo leilão, o bem constricto recebeu um lance equivalente a 75% do valor da avaliação, o que gerou a assinatura no auto de arrematação. Imediatamente, o executado peticionou ao juízo, postulando o reconhecimento da ineficácia da arrematação, uma vez que o bem foi expropriado por preço vil. Já o credor, por sua vez, ponderou que, de acordo com o art. 891, parágrafo único, do CPC, a arrematação teria sido perfeitamente válida. Indaga-se: como deve decidir o magistrado? 9 A DECISÃO DO MAGISTRADO DEVE ORIENTAR-SE PELA INVALIDAÇÃO, UMA VEZ QUE NÃO FOI ATINGIDO O PREÇO MÍNIMO EXIGIDO NO ART 896 NCPC. QUANDO SE TRATAR DE INCAPAZ EXECUTADO O LANCE MÍNIMO DEVE ALCANÇAR PELO MENOS 80% DO VALOR DA AVALIAÇÃO, CASO CONTRÁRIO O JUIZ DEVE CONFIAR A GUARDA E A ADMINISTRAÇÃO DO DEPOSITÁRIO IDÔNEO, ADITANDO A ALIENAÇÃO POR PRAZO NÃO SUPERIOR A 1 ANO. A respeito dos bens impenhoráveis, marque a alternativa incorreta: a) o seguro de vida; b) os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas; c) os móveis, os pertences e as utilidades domésticasque guarnecem a residência do executado, inclusive os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; Art.833 d) os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor Aula 7 Tema Suspensão e Extinção da Execução. Recursos. Objetivos - Conhecer as regras que norteiam a suspensão do cumprimento de sentença ou da execução. - Examinar como se processa a suspensão da prescrição intercorrente. - Estudar as diversas hipóteses que autorizam a extinção do cumprimento de sentença ou da execução. - Diferenciar os recursos utilizados para a impugnação das decisões judiciais proferidas em execução. Estrutura do Conteúdo 1. Regras que norteiam a suspensão do cumprimento de sentença ou da execução. 2. A suspensão da prescrição intercorrente. 3. As diversas hipóteses que autorizam a extinção do cumprimento de sentença ou da execução. 10 4. Os recursos utilizados para a impugnação das decisões judiciais proferidas em execução. Aplicação Prática Teórica Após a vigência do CPC, Rodolfo promove execução em face de Matheus e Lucas, objetivando o recebimento de determinada quantia. A citação de ambos foi realizada regularmente e não foram localizados bens passíveis de penhora. Diante desta situação, o magistrado suspendeu o processo pelo prazo de um ano. Findo este período e, também tendo sido ultrapassado o prazo prescricional da obrigação, os executados peticionam ao juízo requerendo o desarquivamento do processo e a pronúncia da prescrição intercorrente. Devidamente intimado, o exequente se posiciona em sentido contrário, ao argumento de que esta suspensão deveria permanecer sine die, ou seja, indefinidamente, até que sejam localizados bens passíveis de constrição judicial. Como deverá se posicionar o magistrado quanto ao tema? No caso em exame tendo sido ultrapassado o prazo prescricional poderia o juiz extinguir a execução em razão de ocorrência da referida prescrição intercorrente, aquela que se opera mesmo na fluência do procedimento jurisdicional, nos casos de inércia do titular do direito nos termos dos artigo s 921 §4º combinado com artigo 924,V do NCPC. Trata-se de uma sentença com resolução de mérito de acordo com o artigo 487 ,II do NCPC. 2a Questão. A respeito das hipóteses de suspensão da execução, marque a alternativa incorreta: a) a execução é suspensa no todo ou em parte, quando recebidos com efeito suspensivo os embargos à execução; b) a execução é suspensa no todo ou em parte, quando o exequente renunciar ao crédito; (art. 924, IV do CPC) Art. 924. Extingue-se a execução quando: IV - o exequente renunciar ao crédito. c) ocorrerá a suspensão se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de licitantes e o exequente, em 15 (quinze) dias, não requerer a adjudicação nem indicar outros bens penhoráveis; d) a execução é suspensa no todo ou em parte, quando o executado não possuir bens penhoráveis. 11 Aula 8 Tema Cumprimento de sentença por obrigação de fazer, não fazer ou para entrega de coisa. Meios Executivos. Impugnação. Objetivos - Conhecer as regras que norteiam o cumprimento de sentença que estabeleça obrigação de fazer, não fazer ou para entrega de coisa. - Examinar o que deve constar na peça inaugural, bem como o comportamento a ser adotado pelo magistrado na sequência. - Estudar a defesa a ser apresentada pelo executado neste procedimento. - Diferenciar os meios executivos que podem ser fixados para auxiliar no cumprimento da obrigação. Estrutura do Conteúdo 1. Regras para o cumprimento de sentença que imponha obrigação de fazer, não fazer ou para entrega de coisa. 2. A peça inaugural, o seu deferimento pelo Magistrado e a sequência do procedimento. 3. A impugnação e os temas que nela podem ser ventilados. 4. Os meios executivos que podem ser fixados para auxiliar no cumprimento da obrigação. Aplicação Prática Teórica 1a Questão: Em determinado processo, o magistrado fixou astreintes diárias para compelir o devedor a cumprir obrigação de entrega de coisa, o que não ocorreu no prazo estabelecido. Levando em consideração que o valor acumulado das astreintes está próximo de R$ 100.000,00 (Cem Mil Reais) e que o conteúdo econômico discutido no processo é de no máximo R$ 20.000,00 (Vinte Mil Reais), a parte ré peticiona requerendo a redução do valor retroativamente. Ocorre que a exequente, por seu turno, sustenta que este montante de R$ 100.000,00 (Cem Mil Reais) já integra o seu patrimônio. Vindo os autos conclusos para decisão, o magistrado percebe, na ambiência de seu gabinete, que o CPC fornece um tratamento inconclusivo quanto ao tema astreintes. Em determinada norma, por exemplo, autoriza que o magistrado possa alterar ou mesmo excluir o valor das multas, mas apenas para aquelas vincendas (art. 537, par. 1º), o que contraria entendimento jurisprudencial. Por outro lado, em outro momento, deixa o tema um tanto vago (art. 806, par. 1º), nada dispondo se a revisão do valor pode ser realizada em caráter retroativo. Indaga-se: Como decidir? O valor das astreintes poderia ser reduzido ex tunc? E, para os casos de fixação desta multa, não seria melhor simplesmente o magistrado fixar multa de incidência única, em valor mais substancial, para que a mesma realmente possa funcionar como fator coercitivo? 12 Não, esse pleito deve ser negado, pois o pagamento deve ser realizado por precatório ou rpv (requisição de pequeno valor), conforme prevê a CF/88, de modo que a fazenda pública está impedida de tal exigência, Aliás o §2º do artigo 534 do NCPC, diz literalmente : " A multa prevista no § 1º do art 523, não se aplica à Fazenda Pública". Ademais os bens públicos são impenhoráveis, logo as técnicas há de ser diferenciada para a atividade expropriatória. Aula 9 Tema Execução de título executivo extrajudicial para cumprimento de obrigação de fazer, não fazer ou para entrega de coisa. Meios Executivos. Embargos. Objetivos - Conhecer as regras que norteiam a execução de título executivo extrajudicial para cumprimento de obrigação de fazer, não fazer ou para entrega de coisa. - Examinar o que deve constar na peça inaugural, bem como o comportamento a ser adotado pelo magistrado na sequência. - Estudar a defesa a ser apresentada pelo executado neste procedimento. - Diferenciar os meios executivos que podem ser fixados para auxiliar no cumprimento da obrigação. Estrutura do Conteúdo 1. Regras para a execução de título executivo extrajudicial para cumprimento de obrigação de fazer, não fazer ou para entrega de coisa. 2. A peça inaugural, o seu deferimento pelo Magistrado e a sequência do procedimento. 3. Os embargos e os temas que neles podem ser ventilados. 4. Os meios executivos que podem ser fixados para auxiliar no cumprimento da obrigação. 13 Aplicação Prática Teórica Maurício promove execução por título extrajudicial em face da Fazenda Pública, para cumprimento de obrigação de fazer, observando o disposto entre o art. 815 e art. 821 do CPC. Esta, ao ser citada, aduz em sua defesa que há error in procedendo, eis que tem a prerrogativa de ser executada por modelo próprio estatuído no art. 910 do NCPC. A quem assiste razão? Não Pode ser deferido porque o caso é de natureza tributária, sendo aplicado o artigo 155- A do CTN, onde diz que o parcelamento de dívida tributária deve observar a lei específica do ente federativo, de outro lado, levando em consideração o artigo 2o da lei 6830/80, diz que a CDApode ser de natureza tributária ou não, entendemos que caso o CDA não seja tributário poderá se aplicar o parcelamento da dívida. 2a Questão. Considerando o CPC, indique a alternativa que represente o mecanismo de resposta que deve ser empregado pelo executado para apresentação das suas teses defensivas: a) Impugnação; b) Embargos a execução; (art. 914 do CPC) c) Exceção; d) Contestação. Aula 10 Tema Execução contra a Fazenda Pública por obrigação de pagar. Insolvência Civil. Objetivos - Conhecer as regras que norteiam o cumprimento de sentença que estabelece obrigação de pagar em relação à Fazenda Pública. 14 - Examinar os dispositivos que regulam a execução por título extrajudicial que contenha obrigação de pagar em relação à Fazenda Pública. - Estudar as peças defensivas que poderão ser apresentadas pela Fazenda Pública. - Diferenciar os meios para que a Fazenda Pública possa liquidar suas obrigações pecuniárias: precatório ou por RPV (requisição de pequeno valor). - Conhecer as que regras do CPC/73 que tratam da insolvência civil e de sua ultratividade no âmbito do CPC/2015. Estrutura do Conteúdo 1. Regras que norteiam o cumprimento de sentença que estabelece obrigação de pagar em relação à Fazenda Pública. 2. Regras que regulam a execução por título extrajudicial que contenha obrigação de pagar em relação à Fazenda Pública. 3. As peças defensivas que poderão ser apresentadas pela Fazenda Pública. 4. Os meios para que a Fazenda Pública possa liquidar suas obrigações pecuniárias: precatório ou por RPV (requisição de pequeno valor). 5. Insolvência Civil e seu procedimento. Aplicação Prática Teórica 1a Questão: Geisa, servidora pública estadual, promove demanda em face da Fazenda Pública que se encontra vinculada, pleiteando o pagamento de determinada importância em dinheiro, que lhe foi indevidamente descontada em sua remuneração. A demanda se processa regularmente, tendo sido proferida sentença favorável condenando a ré ao pagamento. Na etapa de cumprimento e, diante da demora na executada em liquidar a sua obrigação sujeita a pagamento por meio de precatório, a exequente peticiona ao juízo requerendo que seja aplicada a multa de 10%, prevista no art. 523, parágrafo 1º, do CPC. Este pleito deve ser deferido? Não, esse pleito deve ser negado, pois o pagamento deve ser realizado por precatório ou rpv (requisição de pequeno valor), conforme prevê a CF/88, de modo que a fazenda pública está impedida de tal exigência, Aliás o §2º do artigo 534 do NCPC, diz literalmente : " A multa prevista no § 1º do art 523, não se aplica à Fazenda Pública". Ademais os bens públicos são impenhoráveis, logo as técnicas há de ser diferenciada para a atividade expropriatória. 15 2a Questão. Considerando o CPC, indique a alternativa que não contempla matéria passível de ser alegada em sede de impugnação ao cumprimento de sentença pela Fazenda Pública: a) incompetência relativa; b) impossibilidade jurídica do pedido; onforme Art.535 CPC/15. c) ilegitimidade da parte; d) excesso de execução ou cumulação indevida de execuções Aula11 Execução de Alimentos, em Título Executivo Judicial ou Extrajudicial. Procedimentos. Objetivos - Conhecer as regras que norteiam o cumprimento de sentença que estabelece obrigação de pagaralimentos. - Examinar os dispositivos que regulam a execução por título extrajudicial que contenha obrigação depagar alimentos. - Estudar as peças defensivas que poderão ser apresentadas pelo executado. - Diferenciar os diversos meios executivos permitidos em lei para o cumprimento da obrigação (descontoem folha de pagamento, prisão civil, constituição de capital, protesto do título judicial, entre outros). Estrutura do Conteúdo 1. Regras que norteiam o cumprimento de sentença que estabelece obrigação de pagar alimentos. 2. Regras que regulam a execução por título extrajudicial que contenha obrigação de pagar alimentos. 3. As peças defensivas que poderão ser apresentadas pelo executado. 4. Os meios executivos permitidos em lei para o cumprimento da obrigação (desconto em folha de pagamento, prisão civil, constituição de capital, entre outros). Aplicação Prática Teórica Questão: 16 O CPC prevê que, na execução por título extrajudicial por dívida alimentar, é possível oficiar o empregador do executado para que o mesmo efetue o desconto em folha de pagamento, o que coincide com o modelo do CPC-73. Contudo, o mesmo inova ao prever que o descumprimento pelo empregador gera a prática de crime de desobediência (art. 912, par. 1º). Ocorre que a lei de alimentos já possui tipo penal específico para esta situação (art. 22, parágrafo único, Lei 5.478/68), não tendo o mesmo sido revogado pelo CPC/2015, ao contrário de diversas outras normas (art. 1.072). Qual tipo penal deve prevalecer? No Art.22 da Lei de Alimentos (Lei 5478/68) prevalece o tipo penal da conduta de descontar e repassar, lex specialli derrogat generalis, por se norma especial prevalecerá sobre a norma geral. 2a Questão. Considerando o CPC, indique a alternativa que não contempla meio executivo, de coerção ou de sub-rogação, para forçar o devedor a adimplir obrigação de pagar alimentos: a) prisão civil; b) protesto do título judicial; c) desconto em folha de pagamento; d) mandado de imissão. Aula12 Princípios Norteadores do Sistema dos Processos Coletivos. Direitos Sociais. Legitimidade. Procedimentos existentes. A coisa julgada no processo coletivo. A Execução Individual ou Coletiva. Objetivos - Conhecer o microssistema dos Processos Coletivos. 17 - Examinar as espécies de direitos sociais e os diversos procedimentos para a obtenção de uma tutela coletiva. - Estudar os princípios que norteiam e inspiram este sistema. Estrutura do Conteúdo 1. Microssistema dos Processos Coletivos. 2. Direitos Sociais. Princípios. Legitimidade ativa e passiva. 3. Procedimento. Aplicação Prática Teórica Questão: Determinada entidade de classe impetrou mandado de segurança coletivo em defesa de interesses de seus membros, o qual foi denegado pelo órgão competente, havendo tal decisão transitado em julgado. É cabível a posterior propositura de ação, pelo procedimento comum, individualmente, por qualquer dos membros da entidade, para pedir o reconhecimento do direito que alega e compreendido no pedido formulado no anterior mandado segurança coletivo? Primeiramente devemos entender que o processo coletivo foi criado com o intuito de alcançar a celeridade e a efetividade contribuindo para a racionalização da atividade jurisdicional. Sendo assim, o processo coletivo não prejudica o particular que opta pelo ajuizamento de demanda individual. Com o julgamento do processo coletivo impede-se novo processo coletivo evidentemente, exceto se o primeiro foi julgado improcedente por falta de provas (art 16 – Lei 7347/85) desta forma, considerando-se que estamos diante de ações distintas com partes, causas de pedir e objetos diferentes, nada impede a propositura da demanda individual. Sim, é cabível pois a coisa julgada se forma no plano coletivo, o que não impede o particular em ingressar no âmbito individual. 2ª Questão. Quanto aos processos coletivos, assinale a alternativa correta: a) a arguição incidental de constitucionalidade só pode ser admitida com fundamento do pedido, nunca como objeto da ação principal; b) no mandado de segurança coletivo, a improcedência dopedido por falta de provas faz coisa julgada em relação aos interesses individuais dos substituídos; 18 c) a ação popular, cuja legitimidade é atribuída aos cidadãos, só pode ser ajuizada em caso de atos ilegais e lesivos ao patrimônio público; d) os direitos individuais homogêneos são considerados como direitos difusos. Aula 13 Tema Sentença Genérica e suas características. A coisa julgada no processo coletivo. A Liquidação e Execução Individual ou Coletiva de sentença. Sistema Recursal Objetivos - Diferenciar a estrutura procedimental para a etapa cognitiva e executiva, bem como os efeitos da coisa julgada, entre as demandas coletivas e individuais. - Conhecer os procedimentos para liquidação da sentença genérica. - Estudar o sistema recursal da tutela coletiva. Estrutura do Conteúdo 1. Sentença Genérica. 2. Liquidação de sentença 3. Execução individual e Coletiva. 4. Coisa Julgada. 5. Sistemática Recursal Aplicação Prática Teórica Questão: Associação de Consumidores do Estado do Paraná ingressou com uma ação coletiva em face do Hipermercado Novo Horizonte, na Comarca do referido estado, visando obter tutela específica no sentido de determinar a abstenção do mercado de comercializar leite da marca Vacaboa, fora do prazo de validade e com alto índice de formol, cumulado com pleito indenizatório por danos morais e materiais decorrentes para os consumidores que adquiriram o referido produto. O juiz deferiu tutela específica, nos termos do art.84§3º do Código de Defesa do Consumidor, para determinar a abstenção do réu em comercializar o produto e condenou o réu a indenizar os consumidores prejudicados pelos danos 19 materiais e imateriais sofridos, cujo quantum será apurado em sede de liquidação de sentença. Diante do caso discuta as seguintes indagações: a) Considerando que o Hipermercado possui diversas filiais em todo Brasil, os consumidores do Estado do Rio de Janeiro e Minas Gerais poderão promover a liquidação da referida sentença genérica? Considerando a dimensão da tutela coletiva, os consumidores do Rio e de Minas poderão promover a liquidação e a execução de sentença em seus respectivos Estados conforme artigo 98 e 101, inciso I do CPC. b) Qual modalidade de liquidação de sentença poderá ser utilizada neste caso? A liquidação no processo coletivo será definida de acordo com a necessidade do caso concreto, podendo ser por arbitramento ou pelo procedimento comum c) Qual o juízo competente para promoção da execução do julgado para os consumidores de Minas Gerais e do Rio de Janeiro? A competência para execução da tutela coletiva é concorrente, podendo ser no juízo sentencial (Paraná) ou no juízo da liquidação que em regra é o domicílio do devedor (artigo 98 do CDC) 2ª A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro ingressou com uma ação coletiva em face do Estado do Rio de Janeiro pleiteando o pagamento imediato dos pensionistas do estado que tiveram seus pagamentos suspensos indevidamente pelo governo. Nesta hipótese, o mérito da respectiva ação coletiva trata de: a) direitos difusos, por se tratar de direitos transindividuais e ligados à um número indeterminado de pessoas; b) direitos coletivos, transindividuais e determinado pelo grupo ou classe de pessoas; 20 c) direitos individuais homogêneos, estando os pensionistas cujo os fatos possuem a mesma origem comum; d) direitos individuais que, em nenhuma hipótese, admite a defesa através da referida ação coletiva. Plano de Aula 14 Caso Concreto O Juizado Especial Cível decidiu ação, recorrendo o vencido, tendo a turma Recursal própria mantido a sentença, que rejeitou arguição de incompetência absoluta daquele Órgão Julgador, em razão do valor em discussão superior ao atribuído, legalmente, à competência dos Juizados Especiais. Contra essa decisão da Turma impetrou o interessado Mandado de Segurança, perante o Tribunal de Justiça, repisando a alegação de incompetência absoluta, vindo o órgão da Justiça comum a denegar a ordem, afirmando a incompetência do Tribunal de Justiça para rever decisões prolatadas por Juizados Especiais e respectivas Turmas Recursais. Pergunta-se: 1) Qual o recurso cabível contra a decisão do Tribunal de Justiça? O recurso cabível vem a ser o Recurso Ordinário, nos termos do Art.1027, II, a CPC 15, devendo o órgão competente para julgar este recurso, no caso o STJ, atuar como Tribunais de segundo grau de jurisdição, não aplicando-se as restrições imanentes ao exercício de sua competência recursal extraordinária, sendo possível a apreciação por este Tribunal Superior em relação ao reexame de provas e apreciação de normas de ordem pública. 2) O que deve decidir o órgão competente para apreciar esse recurso? Justificar as respostas. Devendo o órgão dizer que cabe a impetração de MS de ato da Turma Recursal. 21 2ª Questão. Assinale a alternativa correta quanto aos embargos de declaração, interpostos para impugnar sentença proferida por magistrado lotado em juizado especial, após a vigência da Lei nº 13.105/15. a) estes embargos possuem efeito suspensivo quanto ao prazo para a interposição de ulterior recurso inominado; b) estes embargos possuem efeito interruptivo quanto ao prazo para a interposição de ulterior recurso inominado; c) os embargos de declaração são incabíveis em sede de juizados especiais; d) os embargos de declaração deverão ser apreciados pelo mesmo magistrado prolator da decisão embargada, em obediência ao princípio da identidade física do juiz; e) os embargos de declaração poderão ser empregados para a correção de erro material e nova valoração sobre as provas produzidas. Caso Concreto 15. Consumidor promove demanda em face da EBCT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) e da empresa Rodsolf Informática, perante um Juizado Especial Federal. Argumenta, em sua petição inicial, que comprou um determinado produto no site da segunda, para que o mesmo fosse entregue pela primeira em seu endereço residencial, o que não ocorreu em razão de extravio. Também aduz que não foi ressarcido, o que justificaria a instrução do presente processo em face de ambas, objetivando o recebimento de danos materiais e morais. Ocorre que a empresa Rodsoft já encerrou sua atividade, embora tenha ficado evidente nos autos que a mesma vinha sendo utilizado por seus sócios para a prática de diversos ilícitos civis. Diante desta situação, o autor pleiteia que, no Juizado Especial Federal, seja autorizada a desconsideração da personalidade jurídica. Ocorre que este requerimento foi indeferido pelo magistrado, ao argumento de que o NCPC (Lei n° 13.105/15) trata deste incidente como uma modalidade de intervenção de terceiros (art. 132 e 137). O que é vedado no sistema dos Juizados Especiais (art. 10, Lei n° 9.099/95). Esta decisão foi objeto de posterior mandado de segurança impetrado perante a Turma Recursal Federal, com o intuito de reforma-la. Indaga-se: os magistrados lotados no órgão revisor, analisando as normas constantes no NCPC (Lei n° 13.105/15), deverão conceder ou negar a segurança? Por quais fundamentos? A turma Recursal federal deverá conceder a segurança uma vez que embora realmente o CPC considere a desconsideração da personalidade jurídica como uma nova hipótese de intervenção de terceiros, ainda assim está modalidade pode ser admitida no sistemado juizado conforme artigo 1062 do Código do CPC
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