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Direito_Empresarial_I-Resumo

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Direito Empresarial I ­ Resumo de Aulas ­ UNESA 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 
 
Resumo das Aulas de Empresarial I 
Fonte: Universidade Estácio de Sá ­ Campus Menezes Cortês 
 
Introdução e Evolução Histórica do Direito Empresarial: 
● Começa a se desenvolver um Direito Comercia baseado em costumes 
● Corporações de mercadores (Gênova, Florença, Veneza), surgidas em virtude das condições 
avessas ao desenvolvimento do comércio. Era preciso que os comerciantes se unissem para ter 
força política, econômica e militar 
● Jurisdição especial (cônsul), distinta da jurisdição comum, o direito comercial só se aplicava aos 
comerciantes.   
● Comerciantes passaram a praticar atos acessórios, que surgiram ligados a atividade comercial, 
mas logo se tornaram autônomos (títulos cambiários), sendo utilizados inclusive por quem não era 
comerciante.  
● Código Comercial napoleônico, o qual influenciou diretamente a elaboração do nosso Código 
Comercial de 1850, posteriormente complementado pelo Regulamento 737 de 1850. 
● Direito comercial surge como o direito das empresas, orientação maciçamente adotada na doutrina 
pátria, apesar de alguma ainda existir alguma resistência. 
● Atualização do direito comercial positivo brasileiro, sobretudo na elaboração do novo Código Civil, 
que unifica a disciplina das matérias mercantis e civis, similar ocorreu na Itália no Código de 1942.   
   
Relações com outros ramos do Direito e com a Economia ­  Evolução: 
● A noção inicial de empresa advém da economia, ligada à idéia central da organização dos fatores 
da produção (capital, trabalho, natureza), para a realização de uma atividade econômica. 
● A empresa é a unidade produtora cuja tarefa é combinar fatores de produção com o fim de oferecer 
ao mercado bens ou serviços, não importa qual o estágio da produção". 
● Prevale a idéia de que o conceito jurídico de empresa se assenta nesse conceito econômico, pois o 
fenômeno é o mesmo econômico, sociológico, religioso ou político 
 
Fontes do Direito Empresarial: 
­ Fontes primárias ­ leis empresariais. Direito positivo. 
­ Fontes secundárias ­ fontes indiretas ou subsidiárias: 
Usos e costumes ­ raízes histórias do direito consuetudinário.   
Analogia e princípios gerais do Direito (Art. 4. da lei de introdução ao código brasileiro).  
Jurisprudência 
  
Perfil Corporativo: ​Pelo qual a empresa seria a instituição que reúne o empresário e seus colaboradores, 
seria "aquela especial organização de pessoas que é formada pelo empresário e por seus prestadores de 
serviço, seus colaboradores e demais stakeholders. Um núcleo social organizado em função de um fim 
econômico comum. 
  
Teoria da Empresa: 
● Conceito de Empresa e a organização da atividade econômica:​ A ​empresa ​se apresenta 
como um instrumento voltado para a produção de riquezas; atua de forma organizada e profissional 
desenvolvendo atividades econômicas voltadas para a produção ou a circulação de bens ou de 
serviços. A combinação do capital com a tecnologia e o trabalho, no intuito de lucro, faz nascer o 
risco de a empresa alcançar, ou não, o objetivo esperado, por isso, o negócio tem que ser realizado 
1 
Direito Empresarial I ­ Resumo de Aulas ­ UNESA 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 
 
de maneira profissional, uma vez que vários agentes dependem do sucesso da empresa, para 
continuar operando no mercado. 
Princípios Norteadores da Ordem Econômica: 
● Importante ressaltar que os artigos 170 a 181 da ​CRFB/1988​ estabelecem os ​Princípios Gerais 
da Ordem Econômica​, pautados na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa. 
● A ​Teoria da Empresa​ e sua aplicabilidade no ​Código Civil de 2002​: O Código Civil de 2002 
revogou a primeira parte do Código Comercial de 1850, continuando em vigor apenas os 
dispositivos relativos ao Direito Marítimo. Ao incorporar o Direito de Empresa no Código Civil de 
2002, o objetivo era a unificação do Direito Privado. 
● O Código Civil de 2002 não conceitua empresa, limitando a conceituar o empresário, deslocando o 
foco para quem efetivamente assume os riscos da atividade empresarial. 
● Empresário:​ O artigo 966 traz o conceito de empresário: ​Considera­se empresário quem 
exerce profissionalmente atividade econômica organizada ​para a produção ou a circulação 
de bens ou de serviços.  
● Empresa:​ Cinco elementos principais: a) atividade econômica; b) atividade organizada; c) exercida 
de forma profissional; d) para produção e/ou circulação; e) bens e/ou prestação de serviços. 
 
Atividades Empresariais: 
● Empresários individuais: exercem suas atividades em uma firma individual 
● Sociedades empresárias: Empresário coletivo, Art. 981,CC 
● Empresas Individuais de Responsabilidade Limitada (Lei 12.441/2011) : EIRELI, Art. 44, CC 
 
Empresário Individual: ​O empresário individual é aquele que exerce a atividade empresarial enquanto 
pessoa física, individualmente, tendo como conseqüência a responsabilidade integral pelas obrigações 
sociais inclusive com o patrimônio pessoal (confusão patrimonial). O empresário individual é equiparado a 
uma Pessoa Jurídica pela  legislação fiscal. 
Atividades ​excluídas do contexto empresarial:​ Intelectual. Científica. Artística. Literária: À exceção é 
quando o exercício desta atividade for elemento da empresa, organizando os fatores de produção.  
Requisitos para exercício da empresa individual: 
● Capacidade Civil Plena:​ conforme artigo 972 do Código Civil é requisito para o exercício da 
empresa individual.  
O incapaz poderá continuar a exercer a empresa, que constitui enquanto era capaz e menor poderá 
continuar a empresa constituída por seus pais ou pessoa de quem seja sucessor, Art. 974, CC 
●  ​Ausência de Impedimento Legal: Art. 972, parte final, CC 
Os proibidos de Empresariar: Estrangeiro empresário. Servidor Público. Empresário Falido.   
Mulher Casada empresária: Não depende de autorização marital. 
O exercício da atividade empresarial entre cônjuges é possível desde que não tenham casado no regime da 
comunhão universal de bens ou no da separação obrigatória, conforme disposto no artigo 977, CC. 
Responsabilidade pessoal pelas obrigações sociais por quem é legalmente impedido de exercer a atividade 
empresarial (Art 973, CC). 
  
Obrigações Profissionais do Empresário: 
● Registro Público de Empresas Mercantis:​ É obrigatório o arquivamento dos atos constitutivos 
da empresa no Registro Público de Empresas Mercantis, de acordo com o Art. 967, CC.  
Empresário e a Sociedade Empresária ⇒  Registro junto ao Registro Público de Empresas Mercantis. 
Sociedades Simples ⇒  Registro junto Cartório Civil de Pessoa Jurídica.  
Registro das empresas com atividade economicamente organizada está disciplinada na Lei 8.934/1994. 
2 
Direito Empresarial I ­ Resumo de Aulas ­ UNESA 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 
 
SIREM​ (Sist. Nac. de Registros) = ​DREI​ (Depto Reg. Emp e Int) e ​Juntas Comerciais 
 
Consequência do Registro:  
● Empresario Individual: ​confere regularidade (Art. 967, CC) 
● Empresário Coletivo: ​confere regularidade e personalidade jurídica (Art. 967 e 985) 
 
Escrituração Regular:  
● É obrigatória​ de acordo com o Art. 1.179, CC, e ​possui natureza gerencial​. Tem também 
natureza fiscal,​ onde verificam o cumprimento da legislação vigente acerca do recolhimento 
obrigatório dos impostos, inerentes a sua atividade e de  ​natureza documental,​ onde há o registro 
dos ​eventos contábeis​, descrevendo os acontecimentos ​financeiros​ e contábeis relevantes da 
empresa, possuindo fé pública após autenticação no Registro Público de Empresas Mercantis. 
Intrumentos de Escrituração:  
● Livros Contábeis (mercantis e fiscais) 
● Livro Diário​: O artigo 1.180, CC, torna obrigatório a podendo, caso a empresa seja microempresa 
ou empresa de pequeno porte, que o registro seja feito no Livro Caixa,atendendo ao mandamento 
constitucional do tratamento diferenciado a microempresa e emp. de pequeno porte Arts: 170, IX e 
179, da CRFB/1988. 
A ​não escrituração regular​, além das punições previstas em lei, ​pode configurar crime​ de acordo com 
a nova legislação falimentar. 
O​ microempresário ​e o ​empresário de pequeno porte optante pelo simples ​estão obrigados ​apenas 
a ​escrituração do livro caixa. 
● Balanço Patrimonial e de Resultados:​ Art. 1179, CC  
Na ​sociedade limitada: ​balanço geral do ativo e passivo e demostrações de resultados. 
Na ​sociedade anônima​ e de ​grande porte​ (lei 11638/2007) ­ demostrações mais complexas 
Periodicidade anual​ ou ​semestral as instituições financeiras ​e nas ​sociedades anônimas​ que 
distribuam dividendos semestrais. 
 
Teoria Geral do Direito Societário: 
 
Pessoa Jurídica: ​Conjunto de pessoas ou destinação patrimonial com aptidão para adquirir e exercer 
direitos e contrair obrigações. 
● Nascimento da pessoa jurídica:​ Art. 45, CC. Inscrição do ato constitutivo no respectivo registro. 
● Efeitos da aquisição da personalidade jurídica:​ Titularidade obrigacional, processual e 
patrimonial. Aquisição de Domicílio e Nacionalidade Própria (Soc Nacional Art. 1126 e Soc 
Estrangeira Art. 1134, CC) 
 
Sociedade: ​Pessoa jurídica formada por de dois ou mais sócios, que pretendem realizar determinada 
atividade, com a finalidade de lucro.  
● Distinção entre sociedade simples e empresária: ​Art. 982, CC 
Sociedades simples:​ utilizada para atividades não empresariais. 
Sociedades empresárias:​ as que tem por objeto o exercício de atividade própria empresário. 
 
Toda sociedade​ independente do seu tipo, ​terá responsabilidade ilimitada​. ​Seus sócios​, dependendo 
do tipo societário,​ é que terão responsabilidade limitada ou ilimitada. 
 
 
 
3 
Direito Empresarial I ­ Resumo de Aulas ­ UNESA 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 
 
Desconsideração da Personalidade Jurídica: 
Conceito: Entende­se por Desconsiderar a Personalidade Jurídica de determinada sociedade, quando a 
mesma estiver ocupando o polo passivo de uma relação processual, onde deseja se afetar o sócio que, sob 
o véu da sociedade praticou o ato lesivo ao credor, através da fraude. Daí afasta­se a sociedade e 
penetra­se na responsabilidade deste ou mais sócios que agiram com fraude. 
Legislação: A Desconsideração da Personalidade Jurídica encontra­se disciplinada no artigo 50 do Código 
Civil, no artigo 28 do CDC, na CLT, e na Legislação Trabalhista. Não significa a morte da Pessoa Jurídica, 
relativização da Personalidade Jurídica ou dissolução, apenas o afastamento da Pessoa Jurídica do polo 
passivo da relação processual. 
  
Nome Empresarial: 
Dentre os elementos de Identificação da Empresa, temos o Nome Empresarial, que identifica o Empresário, 
a Marca que identifica o produto e o Título de Estabelecimento, que identifica o Ponto. O Nome 
Empresarial, encontra­se disciplinado no Código Civil, a partir do artigo 1155 a 1168 e também na Lei 
8934/94. Deverá atender ao Princípio da Veracidade e ao da Novidade e não poderá ser objeto de 
alienação. Temos os seguintes tipos de Nomes: 
Firma ou Razão Individual: Que identifica o Empresário Individual. 
Firma ou Razão Social e Denominação Social, que identificam a sociedade. Dependendo do tipo societário 
ou por força de lei, em alguns casos, a sociedade terá Firma ou Denominação. A Denominação deverá 
indicar obrigatoriamente o objeto da sociedade. 
 
Atos Constitutivos das Sociedades:​ O Contrato Social e o Estatuto Social. Como trataremos neste 
período das Sociedades Contratuais, estudaremos o Contrato Social. O contrato social é o elemento 
constitutivo das normas estabelecidas entre os sócios e o documento que será levado ao Registro Público 
de Empresas Mercantis.  Sua elaboração deve obedecer às normas legais, contendo cláusulas que são 
essenciais para seu arquivamento na Junta Comercial como, por exemplo, o nome da sociedade, 
qualificação dos sócios, indicação da sede, dentre outros. A doutrina estabelece elementos de validade 
para o contrato social e os classifica em elementos comuns e elementos específicos. 
Elementos do Ato Constitutivo: São Elementos Comuns do Contrato Social e de acordo o artigo 104 do CC: 
1. Agente capaz; 2. Objeto Licito; 3. Forma Prescrita ou não Defesa em Lei. 
Quanto ao elemento capacidade é importante sinalizar a possibilidade de o menor integrar uma sociedade 
desde que as seguintes condições sejam respeitadas: o capital social deve estar totalmente integralizado e 
o menor não poderá assumir atos de administração da sociedade. Outra questão diz respeito à sociedade 
entre marido e mulher, em que a lei civil admite desde que não sejam casados sob o regime de comunhão 
universal ou de separação obrigatória de bens. Artigo 977 do CC. 
São elementos específicos do contrato social:  
1. Pluralidade de sócios;  2. Participação nos resultados;  3. Affectio societatis;  4. Capital social.  
 
Capital Social: 
De acordo com o Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a 
contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos 
resultados. O Capital Social consiste na contribuição dos sócios para a formação de um montante 
pecuniário pertencente à pessoa jurídica. Esta contribuição pode se ocorrer em espécie, bens ou créditos. 
Nestes dois últimos casos, a responsabilidade por eventuais vícios redibitórios, evicção ou não satisfação 
do crédito, recai sobre o sócio que apresentou o respectivo bem ou crédito como forma de realização do 
capital social. Excepcionalmente, temos a contribuição em forma de serviços, caso único previsto no Novo 
Código Civil, quando dispõe o legislador a respeito das sociedades simples. A finalidade do capital social é 
4 
Direito Empresarial I ­ Resumo de Aulas ­ UNESA 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 
 
oferecer garantia aos credores. Na realidade, apesar de integrar o patrimônio da sociedade, em conjunto 
com outros bens, o capital social não se confunde com este. Isso ocorre porque o capital social é estático 
enquanto que o patrimônio é dinâmico. São três os princípios que regem o capital social: intangibilidade, 
veracidade e unicidade. No primeiro deles, o capital social mostra­se intangível, ou seja, não é um capital 
para ser utilizado como capital de giro. A veracidade determina que deva haver uma transparência entre o 
montante declarado no contrato social e o valor real existente do capital social. O último princípio perpetua 
que cada sociedade apresenta um único capital social. O capital social poderá ser modificado e, isso, não 
contraria o princípio da intangibilidade. Com efeito, a alteração só ocorre por provocação dos sócios, em 
procedimento assemblear anterior. A modificação poderá ser para o aumento ou para a redução do capital 
social, neste último caso, é necessária a notificação dos credores para que possam se manifestar a 
respeito. A notificação é necessária porque sendo o capital social uma garantia para os credores, devem 
esses tomar ciência que tal garantia está sendo reduzida. A não notificação aos credores acarreta a 
possibilidade do seu pedido de falência (Lei 11.101/2005).  
 
Estabelecimento Empresarial: ​é o conjunto de bens reunidos do empresário que visa a exploração de 
atividade econômica. É imprescindível que o empresário organize seu estabelecimento para que possa 
iniciar suas atividades com fins lucrativos. Por conseguinte, o estabelecimento empresarial compreende 
bens indispensáveis ou úteis para o bom desenvolvimento da empresa.  
O art. 1.142 do Código Civil de 2002 define estabelecimento empresarial: 
"Considera­se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por 
empresário, ou por sociedade empresária". 
A sociedade empresária, poderá possuir mais de um estabelecimento,sendo que o mais importante será a 
sede e o outro ou outros serão as filiais ou sucursais. Em todos os seus estabelecimentos, a sociedade 
empresária exercerá a sua atividade, bem como, cada um de seus direitos. Porém, tratando­se de 
competência judicial, o foro competente para a resolução de um conflito se dará conforme a origem da 
obrigação. E, no caso de pedido de falência ou de recuperação judicial, o foro competente será o do local 
onde se reúnem seus papéis e todos os documentos da administração, considerado estabelecimento 
principal do devedor empresário.  
Natureza do Estabelecimento Empresarial: Tivemos várias teorias sobre a natureza do estabelecimento, 
contudo, para tal entendimento ressaltamos três pontos fundamentais: 
1° o estabelecimento empresarial não é sujeito de direito; 
2° o estabelecimento empresarial é uma coisa; 
3° o estabelecimento empresarial integra o patrimônio da sociedade empresária. 
Desta forma, não se pode confundir estabelecimento com sociedade empresária (sujeito de direito) e nem 
com a própria empresa (possuidora de atividade econômica). De acordo com o art. 1.143, CC 2002, temos: 
"Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos e constitutivos, 
que sejam compatíveis com a sua natureza". 
Desta forma, tanto o Código Civil, como a doutrina estruturam o estabelecimento empresarial como uma 
coisa coletiva, como universalidade de fato, uma vez que os bens integrantes do estabelecimento poderão 
ser vendidos tanto unificadamente, como no trespasse, quanto isoladamente. Ou seja, tais bens poderão 
ser objetos de diversas relações jurídicas, sejam elas autônomas ou unificadas. 
Portanto, o estabelecimento empresarial é uma coisa que se diferencia da própria empresa, pois, esta, 
corresponde à atividade exercida pelo empresário. Vale ressaltar que por ser integrante do patrimônio da 
sociedade empresária, o estabelecimento é objeto de direito, podendo ser alienado, onerado, arrestado, 
penhorado ou objeto de seqüestro.  
Elementos do Estabelecimento Empresarial: O estabelecimento empresarial é formado por elementos 
materiais (corpóreos) e imateriais (incorpóreos). Os elementos corpóreos compreendem os mobiliários, 
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Direito Empresarial I ­ Resumo de Aulas ­ UNESA 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 
 
utensílios, máquinas, veículos, mercadorias em estoque e todos os demais bens que o empresário utiliza 
para o bom desenvolvimento e organização de sua atividade econômica. 
Por sua vez, os elementos incorpóreos do estabelecimento empresarial compreendem, principalmente, os 
bens industriais, desenho industrial, marca , patente de invenção, modelo de utilidade, nome empresarial e 
título de estabelecimento. 
 
Agentes Societários: 
A Natureza Jurídica dos sócios é discutida na doutrina e, sustentada por alguns como sendo um direito de 
propriedade do sócio sobre a sociedade que ele integra. Outros afirmam que ser sócio é um direito de 
crédito sobre a sociedade, por ter contribuído na formação do capital social. A doutrina majoritária inclina­se 
para a formação de um regime jurídico próprio entre sócio/sociedade com regras específicas que delimitam 
direitos e deveres peculiares.  
Direitos e Obrigações dos agentes societários: Direitos: São Direitos dos Sócios: A participação nos lucros, 
assumir a função de sócio administrador, fiscalizar os administradores das sociedades, terem acesso aos 
dados contábeis e o direito de retirada. São Obrigações dos Sócios: Integralizar o Capital Social, participar 
das perdas, respeitas as cláusulas pactuadas no Contrato Social, prestar contas quando assumir a função 
de sócio administrador. Ocorre a resolução do sócio perante a sociedade de quatro formas distintas, a 
saber: pela morte do sócio; de forma voluntária; cessão de suas quotas a terceiros ou exclusão 
(obrigatória). Pode ocorrer a exclusão, nos casos de: sócio remisso; falta grave via ação judicial; 
incapacidade superveniente via ação judicial; justa causa, para sociedades limitadas ou por via 
administrativa, desde que haja previsão contrato social ou pela penhora das quotas, art. 655 do CPC.  
A terminologia técnica usada para a desclassificação é resolução de um sócio perante a sociedade, já que 
o vocábulo resolução consiste na quebra do pacto estabelecido no contrato social por um dos sócios. 
 
Administração da Sociedade: 
A importância do estudo dos administradores das sociedades, antes da vigência do Código Civil de 2002, 
conhecidos como sócios gerentes, ocorre pelo fato de ser o agente responsável em corporificar a vontade 
da sociedade assumindo assim pessoalmente a responsabilidade pessoal pelos atos realizados. Distinguir 
sua atuação como gestor, norteada pela autonomia de vontade versus a submissão às normas sociais, 
compõe no contexto societário, extrema relevância no aspecto da responsabilidade pessoal pelos atos do 
administrador da sociedade. A Administração Societária encontra­se regulada no CC do artigo 1010 a 1021. 
O artigo 1061 do CC nos trouxe uma inovação: A de Administradores não sócios nas sociedades limitadas. 
Neste caso, esta designação dependerá da aprovação da unanimidade dos sócios, enquanto o capital não 
tiver sido integralizado, ou de 2/3 no mínimo, após a sua integralização. 
 
Classificação das Sociedades: 
Quanto ao Objeto: As Sociedades são Simples, artigo 997 c/c com o § único do artigo 966 do CC e 
Empresárias, artigo 966 do Código Civil. As Sociedades Simples serão registradas no Registro Civil de 
pessoas Jurídicas. As Sociedades Empresárias, no Registro Público de Empresas Mercantis, a cargo das 
Juntas Comerciais de cada Estado. 
Quanto à Responsabilidade dos Sócios: Dependendo do tipo societário, poderão ser: Limitadas, ilimitadas 
ou mistas. Mas a limitação ou ilimitação da responsabilidade será sempre dos sócios, pois a Pessoa 
Jurídica sempre terá responsabilidade ilimitada. 
Quanto à Natureza: De Pessoas ou de Capital. Nas sociedades de pessoas, o que importa são aqueles que 
vão integrar o quadro associativo, por vínculos de sangue, parentesco, função ou amizade. Nas sociedades 
de Capital, não interessa a pessoa do sócio e sim o valor do capital que vão comungar para a realização do 
objeto social.Quanto ao Ato Constitutivo: Temos as Sociedades Contratuais, que se formam através do 
Contrato Social e as Institucionais, que se formam através do Estatuto Social. 
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Sociedades do Código Civil: 
São classificadas as Sociedades no Código Civil em: 
Personificadas e não Personificadas. Personificadas são aquelas que possuem registro no órgão 
competente, dotadas de Personalidade Jurídica. Não Personificadas as que não possuem registro, ou por 
força de lei, como é o caso da Sociedade em Conta de Participação, ou porque os sócios ainda não 
registraram a mesma. São as Sociedades em Comum, sociedades informais. 
Simples ou Empresárias: 
Simples: As que não possuem elemento de Empresa, elencadas no § único do artigo 966 do Código Civil e 
regulamentadas a partir do artigo 997 e no § único do artigo 983 do mesmo ordenamento jurídico. 
Empresárias: As que possuem elemento de Empresa. Regulamentadas a partir do artigo 1039 a 1092 do 
Código Civil, como também no § único do artigo 983 do mesmo ordenamento jurídico. 
 
Reorganização Societária: 
Reorganização Societária: Na Reorganização societária, estudamos a transformação, que é a mudança de 
um tipo societário para outro, regulamentada nos artigos 1113 a 1115 do Código Civil e as Modificações 
Sociais, a Incorporação, regulamentada nos artigos 1116 a 1118 do Código Civil, onde temos a Sociedade 
Incorporadora que absorve a incorporada, que se extingue, sucedendo­a em todos os direitos e obrigações; 
a Fusão, regulamentada nos artigos 1119 a 1122 do Código Civil, bem como a Cisão, também 
regulamentada no artigo1122 do mesmo ordenamento jurídico, além da regulamentação na Lei do 
Anonimato, Lei 6404/76. 
 
Extinção da sociedade: 
A extinção da pessoa jurídica fica sujeita a três fases distintas, quais sejam: 
a) Dissolução: Consiste na decisão dos sócios ou acionistas em encerrar a empresa. 
b) Liquidação: Consiste em apurar todo o ativo (converter os bens e direitos em dinheiro) e pagar todas as 
obrigações. 
c) Extinção: Consiste na divisão do acervo líquido (Patrimônio Líquido) aos sócios ou acionistas. 
Dissolução: 
A dissolução da pessoa jurídica é o ato pelo qual se manifesta vontade ou obrigação de encerrar a 
existência de uma empresa individual ou sociedade empresária. 
Poderá ser definido como o momento em que se decide a sua extinção, passando­se, imediatamente, à 
fase de liquidação. 
Essa decisão pode ser tomada por deliberação do titular, sócios ou acionistas, ou por imposição ou 
determinação legal do poder público. 
Dissolve­se a pessoa jurídica, nos termos do art. 206 da Lei 6.404, de 1976 (Lei das Sociedades por 
Ações):   
a) De pleno direito;   
b) Por decisão judicial; 
c) Por decisão da autoridade administrativa competente, nos casos e forma previstos em lei especial. 
Igualmente, o artigos. 51, 1033, 1102 a 1112 da Lei 10.406, de 2002 (Código Civil) dispõem que as 
sociedades reputam­se dissolvidas:  a) Expirado o prazo ajustado da sua duração; 
b) Por quebra da sociedade ou de qualquer dos sócios; 
c) Por mútuo consenso de todos os sócios; 
d) Pela morte de um dos sócios, salvo convenção em contrário a respeito dos que sobreviverem; 
e) Por vontade de um dos sócios, sendo a sociedade celebrada por tempo indeterminado. 
 
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