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1. Introdução:
Nos dias de hoje, ao visitar qualquer fábrica ou indústria, é fácil perceber que elas adotam seus próprios métodos para produzir uma quantidade suficiente de produtos de qualidade que possam ser colocados no mercado a preços competitivos.
Hoje isso é muito comum, mas nem sempre foi assim. Até o século XVII, aproximadamente, todos os bens de consumo eram confeccionados praticamente de forma artesanal, em pequena escala, sem necessidade de uma organização complexa.
Quando ocorreu a Revolução Industrial, cada vez mais se tornou necessário sistematizar a produção que começou a ser realizada em fábricas, com máquinas e equipamentos.
2 - Taylorismo 
Conforme já mencionado, o Taylorismo é uma concepção acerca de como produzir, que foi desenvolvida por Frederick W. Taylor, um engenheiro norte-americano. No início do século XX, mais precisamente em 1911, Taylor publicou um material chamado “Os princípios da administração” e foi justamente nessa obra que expôs e explicou o seu sistema de produção.
Embora tenha mais de cem anos, alguns pressupostos do Taylorismo podem ser percebidos em certas fábricas dos dias atuais. Um deles, por exemplo, é a ideia de organização e de hierarquização do trabalho, que estão entre os principais princípios defendidos por Frederick Taylor em sua obra.
Mas é claro que esse sistema é muito mais abrangente do que isso e tem diversos objetivos que você vai ver quais são.
2.1 - Principais características e objetivos:
A partir da obra publicada por Taylor, é possível extrair os conceitos fundamentais do Taylorismo e entender como seria a aplicação deles na prática para atingir determinadas metas. Vamos ver quais são!
• Fragmentação do trabalho industrial e especialização dos colaboradores. A ideia era que cada funcionário tivesse uma atividade específica para realizar e passaria seu tempo fazendo aquilo. Vamos supor que, em uma indústria de automóveis, um indivíduo é responsável por encaixar parafusos nas rodas, então, é só isso que ele fará e terá bastante prática nisso.
• Organização hierarquizada e sistematizada, ou seja, há limites claros entre as funções de cada um, bem como quem são os superiores.
• Os trabalhadores deveriam receber um treinamento para que desenvolvessem aptidões previamente apresentadas. Ou seja, o empregador iria constatar qual era a habilidade de um funcionário e, a partir disso, poderia prepará-lo para que a executasse de forma cada vez melhor.
• A figura do supervisor era muito importante dentro desse sistema de produção. No Taylorismo, é fundamental que haja uma pessoa encarregada de observar de perto toda a produtividade, avaliando quais são os funcionários que realmente estão cumprindo seus papéis de acordo com o esperado.
• O improviso não tem vez para uma fábrica que segue o Taylorismo. Essa concepção acredita que só devem ser empregados efetivamente métodos de trabalho que já tenham sido testados e aprovados, para que o risco de falhas seja o menor possível.
• Utilizar métodos já padronizados, além de diminuir o risco de falhas, era uma forma encontrada por Taylor para reduzir os custos e aumentar a produção, para que o resultado fosse uma lucratividade maior.
• Analisar os processos produtivos que movem a indústria é outra máxima do Taylorismo. Essa avaliação constante permite que o trabalho possa ser otimizado dia após dia.
• O Taylorismo começava a lançar as bases para algo que hoje já se consolidou: a preocupação com a qualidade de vida do trabalhador. Sendo assim, ele pregava a busca por alternativas que reduzissem a fadiga dos funcionários e que impedissem que o trabalho prejudicasse de alguma forma a saúde. Dentro disso, a melhoria do ambiente profissional era uma das ideias, sempre para produzir e lucrar mais.
• Incentivar os trabalhadores para que a produtividade deles aumentassem também já era uma ideia do Taylorismo, que continua sendo colocada em prática hoje. Oferecer recompensas e aumentos salariais estava entre as principais medidas.
Com todo esse conjunto de características, podemos dizer como um resumo do Taylorismo que o objetivo principal desse sistema de produção era promover o maior e mais eficiente rendimento possível com o mínimo de custos.
Um dos aspectos mais peculiares do Taylorismo era a separação de duas grandes categorias de trabalhadores: aqueles que eram pagos para pensar e os que eram pagos para executar o trabalho manual. Esse é um exemplo claro de hierarquização e, de acordo com Taylor, era fundamental para que a desordem não se instaurasse no ambiente de trabalho.
Vale lembrar que, embora o Taylorismo tenha algumas semelhanças com os sistemas de trabalho de hoje, naquela época não havia legislação trabalhista em boa parte do mundo, que garantisse os direitos dos colaboradores. Além disso, a grande meta era produzir para lucrar e tudo que era feito para beneficiar o funcionário tinha esse objetivo final.
O tempo era sempre cronometrado e os funcionários eram monitorados incessantemente no Taylorismo, o que não deixava de ser uma forma de exploração. 
3 - Toyotismo
O Toyotismo, que também é popularmente conhecido pelo termo “acumulação flexível”, nada mais é do que um modelo de produção desenvolvido pelos japoneses. Ele foi desenvolvido por Eiji Toyoda.
Esse tipo de sistema foi claramente difundido a partir da década de 1970 e ganhou esse ‘apelido’ uma vez que a sua primeira aplicação foi pela fábrica de veículos automotivos Toyota. E foi a partir dessa mudança que a montadora japonesa se tornou extremamente rentável, o que se segue também nos dias atuais.
3.1 - Quais são as principais características do Toyotismo?
Certamente o principal fator que caracteriza o Toyotismo é a própria flexibilização dos produtos da fábrica que aposta nesse sistema. Tal característica, durante o período em que ele foi implantado, é totalmente oposta ao que era aplicado anteriormente – o Fordismo.
Neste sentido, a principal defesa do sistema do Fordismo é de que a indústria deveria acumular um grande número de produtos no estoque, contra essa premissa surge o Toyotismo, que apoia uma estocagem mais adequada com base na demanda dos clientes para cada um dos produtos.
Sendo assim, vamos imaginar o seguinte exemplo: a fábrica da Toyota, desde sempre, tem alguns carros que são priorizados e dessa forma a demanda para compra também é maior. Por outro lado, alguns veículos mais exclusivos – e geralmente mais caros – são comprados por uma parcela menor de consumidores. Portanto, o certo a fazer, segundo as premissas do Toyotismo, é estocar a produção dos veículos automotivos que mais saem.
Isso porque o sistema do Toyotismo acredita que quando a procura por um determinado produto é muito alta, a sua produção deve ser aumentada – juntamente com a sua estocagem. Mas por outro lado, se a procura do mesmo tem sido baixa, o melhor é diminuir também os esforços de produção, destinando-os para os produtos que saem com mais frequência.
Criado em uma fase em que a estrutura do capitalismo se encontrava em crise, o único polo industrial com suporte para a criação de um sistema como esse só poderia ser o Japão. Baseado principalmente em premissas capitalistas, onde o lucro deveria ser priorizado acima de tudo, o Toyotismo também conta com outras regras que caracterizam esse tipo de sistema. Entre elas estão:
• Prioriza-se o trabalho realizado em equipe, assim como a automatização de tarefas. Neste sentido, os trabalhadores são levados a trabalhar em conjunto em praticamente todas as etapas de produção, se responsabilizando especialmente pela sua qualidade. Tanto que, no Toyotismo, o produto só costuma ser liberado após uma intensa inspeção do setor de controle de qualidade;
• O modelo “just-in-time” também foi definido por esse sistema de produção. Ele determina que nada seja produzido, comprado ou até mesmo transportado antes do momento certo. A tradução literal para o termo, no caso, é “na hora/momento certo”. Dessa forma, só eram produzidas as mercadorias que verdadeiramenteeram necessárias para aquele momento, na quantidade e no tempo exato;
• E para fazer com que o modelo de gestão ‘Just in time’ pudesse ser efetivado com destreza, o método ‘kanban’ também foi criado, sendo ele responsável pela programação da produção com determinados prazos aos trabalhadores;
• Flexibilização constante de mão de obra;
• Para se adequar às principais necessidades e exigências dos clientes foi nesse período que as pesquisas de mercado começaram a ser utilizadas e implantadas também no setor industrial;
• Controle de qualidade dos negócios.
3.2 O Toyotismo hoje
Dificilmente ouvimos falar desse termo nos dias de hoje, não é mesmo? Mas a verdade é que ele se difundiu de uma forma tão intensa por todo o mundo que, em vários países, ele já se tornou um padrão de produção.
E um exemplo de nação que aposta no Toyotismo é o próprio Brasil, uma vez que temos vários fábricas e indústrias que apostam nesse sistema para produção de suas mercadorias. E os motivos são principalmente pelos atrativos que ele proporciona: seja por possibilitar uma margem de lucro mais alta ou pela própria economia de custos, garantindo a empresa um maior controle sobre suas vendas e gastos.
E por mais que o Toyotismo possa parecer um modelo de produção que dê mais valor aos trabalhadores e operários (pelo menos quando em comparação com o Taylorismo ou com o Fordismo) infelizmente isso é uma ilusão.
Quando estamos ‘presentes’ na realidade da fábrica, o que verdadeiramente acontece é uma concorrência, ou melhor, uma disputa intensa que ocorre entre os próprios trabalhadores. O que eles querem? Destaque na produção, mostrando que seu índice de produtividade é maior do que o do outro, por exemplo. Além da automatização, que “rouba” o trabalho que vários funcionários exerceriam.
E são exatamente essas disputam que sacrificam de forma cada vez mais agressiva os profissionais, o que também alerta para uma consequência: o desemprego. E no fim, o Toyotismo também pode ser caracterizado como um modelo que aumenta a exploração da mão de obra do trabalhador, assim como já ocorria anteriormente.
4 - Fordismo
A semelhança do termo “Fordismo” com o nome da marca da grande multinacional do setor automobilístico não é mera coincidência. Ambos vieram do nome de Henry Ford (1863-1947), maquinista estadunidense de Michigan. Mesmo tendo frequentado a escola de forma irregular por somente oito anos, ele revolucionou a indústria como um todo e a automobilística em particular.
É comum ouvir que Ford criou a linha de montagem, o controle de estoque em tempo real, a gestão de recursos humanos e a produção em massa. Isso é um equívoco. Na verdade, o que ele fez foi usar esses conceitos com eficácia extraordinária.
O Fordismo se baseia em três princípios:
Intensificação: aqui, o objetivo era reduzir o tempo que se levava para produzir um produto através da utilização de meios adequados e, dessa forma, fazer com que ele chegasse rapidamente ao mercado. Com essa ideia em mente, Ford desenvolveu a linha de montagem móvel, em que o trabalho ia até o trabalhador.
Economicidade: tinha como meta fazer com que as empresas reduzissem ao mínimo seus estoques. Neste princípio foram trabalhadas as questões da integração vertical (quantas etapas um produto passa até chegar ao consumidor) e integração horizontal (número de centros de distribuição espalhados geograficamente com o intuito de facilitar e agilizar a distribuição do produto). Foi exatamente pensando nisso que Ford desenvolveu um sistema de franquias que colocou uma concessionária em milhares de cidades da América do Norte.
Produtividade: a especialização do trabalhador faz com que ele se torne mais produtivo.
Ford visava atingir o mercado de massa. Os automóveis eram à época exclusividade das classes muito abastadas. O Rolls Royce, por exemplo, era produzido pelo antigo sistema artesanal. Cada veículo era artesanal, lapidado por encomenda. Já o Ford T, primeiro produto a ser fabricado pelo sistema fordista, conseguiu ter seu custo drasticamente reduzido lançando-se mão dos princípios acima, além de contar com peças padronizáveis e intercambiáveis.
Além de reduzir o custo através da padronização do produto, Ford também elaborou um sistema de pagamento baseado em bônus e altos pagamentos que cresciam à medida que a produtividade aumentava. Como consequência, os próprios operários se tornaram parte do mercado consumidor e os carros passaram a fazer parte da realidade das classes proletariadas. Nesse sentido, é possível dizer que o Fordismo teve um importante papel social.
Apesar do Fordismo ter contribuído para que a segunda Revolução Industrial atingisse seu ponto mais alto no início do século XX, ele tinha alguns problemas. Um deles era a produção eficiente concentrada em um só modelo. Diz uma anedota que Ford deixava seus clientes escolherem qualquer cor para seu automóvel, desde que ela fosse preta. A piada mostra como o Fordismo favorece a quantidade em detrimento da qualidade e o foco mais voltado para o produto que para o mercado. O sistema, apesar de sua eficiência, não dava muito espaço para a inovação e a adaptação às oscilações do mercado.
REFERÊNCIAS
 
Disponível em: <https://www.resumoescolar.com.br/geografia/resumo-do-taylorismo/> acesso em 26 de Março de 2017.
Disponível em:< http://www.infoescola.com/administracao_/fordismo/> acesso em 26 de Março de 2017.
Disponivel em:<https://www.resumoescolar.com.br/geografia/toyotismo/> acesso em 26 de Março de 2017.

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