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Apostila de Estudo para PERIO 2017

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Plano de tratamento dos pacientes com doença periodontal 
Objetivos do tratamento: 
 Redução ou resolução da gengivite (sangramento a sondagem). A média de 
sangramento a sondagem deve ser inferior ou igual a 25% 
 Redução da profundidade da bolsa à sondagem. Sem bolsas residuais com redução na 
profundidade em bolsas maiores que 5 milímetros 
 Eliminação de furcas grau III em dentes multirradiculares, envolvimento de furca inicial 
não deve exceder 3 milímetros 
 Ausência de dor 
 Satisfação individual de estética e função 
 
Existem três fatores de risco para periodontite crônica são eles: 
1) Controle inadequado da placa 
2) Tabagismo 
3) Diabetes mellitus não controlado. 
O tratamento periodontal se divide em fases, sendo elas: 
1) Fase sistêmica 
Vamos começar falando da fase sistêmica, 
 Nela compreende: 
 Precauções visando proteger a saúde dos profissionais e pacientes contra doenças 
infecciosas e contagiosas 
 Proteção contra potenciais efeitos sistêmicos adversos da rotina terapêutica 
 Consideração de doenças ou distúrbios sistêmicos que possam influenciar a etiologia 
das condições periodontais do paciente, seu potencial de cura e resposta sistêmica ao 
tratamento. 
 Controle da ansiedade e baixo limiar de dor 
 Avaliacao de risco e considerações sobre a terapia sistêmica de apoio 
 Orientação em relação ao tabagismo e orientação quanto a programas de abandono 
do tabagismo. 
Destina-se a proteger o paciente contra reações sistêmicas imprevistas, prevenir as 
complicações que afetam a sua saúde geral e proteger os profissionais e outros pacientes 
(sobretudo quanto a infecção cruzada) durante o tratamento de pacientes de risco. 
Envolve a preocupação com as implicações gerais para a saúde resultantes das doenças 
periodontais e seus tratamentos. 
No caso de pacientes que tomem medicação anticoagulante ou medicação anticoagulante 
preventiva – para o primeiro grupo de pacientes é indispensável uma consulta ao médico 
 
 
assistente, especialmente antes de procedimentos periodontais ou cirúrgicos para implantes, 
talvez seja necessário iniciar uma redução temporária da dose da medicação em comum 
acordo com o médico. É indispensável considerar cuidadosamente tanto o planejamento 
quanto o momento da execução desses procedimentos. 
Em pacientes com complicações cardíacas, muitas vezes eles são tratados com 
medicamentos anticoagulantes, e assim, poderão desenvolver problemas de sangramento, se 
estiverem tomando medicação que interage com a coagulação (como exemplo vou citar – 
aspirina, sulfonamida, tetraciclina). Outras drogas cardiovasculares são administradas a esses 
pacientes, aumentando, assim, o perigo de episódios de hipertensão durante o tratamento 
dentário. 
O estresse associado aos procedimentos dentários poderá precipitar a dor provocada pela 
angina ou uma insuficiência cardíaca congestiva em pacientes portadores de doença CV. 
Assim, deve-se fazer o possível para que os procedimentos sejam CURTOS e há a necessidade 
de CONTROLAR a ANSIEDADE e a DOR nessa população de pacientes. 
Sobre reações alérgicas: 
 É importante conhecer muito bem as alergias que o paciente relata ter e também as 
medicações administradas antes de prescrever, administrar ou usar qualquer medicação 
durante o tratamento. 
Como objetivo apresenta então: 
 Avaliar os aspectos que poderão exigir proteção tanto da equipe odontológica quanto 
da saúde sistêmica do paciente. 
O controle da infecção no consultório dentário primordial que é proteger o paciente 
contra possíveis complicações, tais como infecção, especialmente endocardite bacteriana, 
sangramentos, episódios CV e alergias, exige conhecimento profundo da história médica 
do paciente e do exame oral! 
 
2) Fase inicial (de profilaxia) – TERAPIA PERIODONTAL INICIAL (controle da infecção) 
Esta fase esta dividida em algumas etapas, sendo assim vamos agora mostrar de cada uma 
delas, 
1) Entrevista motivacional 
Nada mais é do que durante o procedimento de anamnese sentar com seu paciente e 
conversar, literalmente de um ser humano para o outro os erros, as deficiências e até mesmo 
as dificuldades de o paciente higienizar corretamente a boca para o sucesso do tratamento 
odontológico. 
 
 
 
2) Controle mecânico da placa supragengival 
Qual a importância do controle Dr? 
R: A placa dental é um biofilme bacteriano de difícil remoção da superfície dos dentes 
pela autolimpeza bucal que o sistema estomatognático produz, sendo assim necessária a 
complementação com a escova para manutenção do ambiente bucal limpo de bactérias 
nocivas. Sendo assim a importância do controle mecânico da placa supragengival é evitar o 
acumulo de bactérias nocivas que podem levar a doenças periodontais mais avançadas. 
Sendo assim, se faz necessário o controle da higiene bucal pessoal (do paciente) em 
concomitante auxílio do profissional CD  por meio de instruções de higiene oral durante 
todo o tratamento odontológico. 
Vamos falar agora quando se faz necessário esse incentivo a escovação pelo CD ao 
paciente: 
A realidade é que depende de paciente a paciente, como regra geral, o ideal era que se 
fosse feito em cada sessão uma nova OHB a cada fim de atendimento para reforçar a 
necessidade de complementação pessoal na escovação pra manter o ambiente bucal limpo e 
estável para a continuidade do tratamento. 
3) Controle químico da placa supragengival 
Lembrando que a limpeza mecânica visa remover regularmente microrganismos 
suficientes, deixando uma “placa saudável” presente, que não possa induzir a inflamação 
gengival. Os agentes químicos, por outro lado, podem influencia a placa através de vários 
processos, a ação dessas substâncias pode se encaixar em quatro categorias: 
 Antiadesiva 
Agem na película da superficie para prevenir a aderência da placa primaria formando 
bactérias. Provavelmente teriam ser totalmente preventivos quanto a seus efeitos, agindo 
mais efetivamente numa superficie dentaria inicialmente LIMPA. Atuam prevenindo a fixação e 
o desenvolvimento de uma variedade de biofilmes e são geralmente descritos como agentes 
anti-residuais. Infelizmente ou são muito tóxicas ao ambiente bucal ou são ineficazes contra as 
placas bacterianas dentárias. 
 Antimicrobiana 
Agentes antimicrobianos podem inibir a formação da placa através de um ou dois 
mecanismos isolados ou combinados, o primeiro seria a inibição da proliferação bacteriana e 
seria direcionado, assim como os agentes antiadesivos, à placa primária formando bactérias. 
Os agentes antimicrobianos, portanto, poderiam exercer seus efeitos na superficie dentaria 
coberta pela película  esse efeito inibidor da placa então seria do tipo bacteriostático. O 
segundo efeito seria o bactericida pelo qual o agente antimicrobiano destrói todos os 
microrganismos que estejam se fixando ou que já estejam fixados à superfície dentária. 
 
 
 
 Removedora de placa 
 Antipatogênica. 
Conclusões que podemos retirar depois desse estudo breve sobre o controle químico: 
 Atualmente, muitos agentes são antimicrobianos e previnem a fase de proliferação 
bacteriana do desenvolvimento da placa. 
 A formação da placa pode ser controlada por agentes antiadesivos ou removedores de 
placa, mas esses ainda não se encontram disponíveis ou não são seguros para o uso 
ORAL. 
 A alteração da patogenicidade da placa bacteriana através de agentes químicos ou da 
modificação bacteriana necessitaria de um maior entendimento em relação a etiologia 
bacteriana da gengivite. 
 
4) Terapia não cirúrgica. 
Atualmente é aceito que a meta inicial do tratamento periodontal é 
reestabelecer/restaurar a compatibilidade biológica dassuperfícies radiculares 
periodontalmente doentes e retardar o processo da doença. 
O objetivo da terapia não cirúrgica é eliminar tanto bactérias que habitam o biofilme 
quanto o biofilme calcificado da superficie do dente e dos tecidos adjacentes. A completa 
eliminação desses microrganismos patogênicos é talvez bastante ambiciosa. Contudo, a 
redução da inflamação no periodonto devido a menores cargas bacterianas leva a mudanças 
clínicas benéficas. 
Periodontites estão fortemente associadas à presença do calculo dental nas superfícies das 
raízes. Do ponto de vista clinico diminuir o volume do calculo dental parece ser desejável, 
entretanto, a remoção agressiva de substancia dental não parece ser justificável. Os fatores 
que podem influenciar na completa remoção do calculo incluem a extensão da doença, fatores 
anatômicos, a habilidade do operador e os instrumentos utilizados. 
A raspagem é o procedimento que objetiva a remoção de placa bacteriana e o calculo das 
superfícies dos dentes. Dependendo da localização dos depósitos a raspagem é feita por 
instrumentação supra e/ou subgengival. O aplainamento radicular indica uma técnica de 
instrumentação na qual o “cemento amolecido” é removido e a superficie da raiz se torna 
“dura” e “lisa”. Sendo que o termo ideal para esses procedimentos é DEBRIDAMENTO 
RADICULAR, que pode ser definido como sendo a remoção de placa e/ou calculo da superficie 
radicular sem a intencional remoção de estrutura dental. 
O tratamento não cirúrgico pode ser realizado de várias maneiras, que incluem 
instrumentos manuais, raspadores sônicos e ultrassônicos, instrumentos de movimento 
alternado e terapia a laser. 
A raspagem supra/subgengival resulta no rompimento mecânico da placa de biofilme 
persistente como a modalidade “padrão-ouro” para o tratamento periodontal. A remoção da 
 
 
placa subgengival e depósitos de calculo através da raspagem expõem o cemento, a dentina e 
o epitélio da bolsa a uma nova colonização. 
A redução da concentração de produtos bacterianos e produtos do tecido doente, bem 
como do fluxo do fluido crevicular gengival, e um pH do biofilme mais neutro podem encorajar 
o crescimento de espécies menos patogênicas. Também a diminuição na profundidade da 
bolsa, como resultado da resolução da inflamação, diminuição do edema e readaptação do 
epitélio juncional. 
Reavaliação  a cicatrização da terapia não cirúrgica esta completa após 3 meses. 
Entretanto, uma cicatrização contínua, mais lenta e limitada pode acontecer nos próximos 9 
meses posteriores ao tratamento. A reavaliação é um estagio vital no plano de tratamento 
periodontal. Na reavaliação, a efetividade do tratamento anteriormente executado é 
observada e um tratamento adicional, se necessário, pode ser estabelecido. 
As medidas são feitas no dia 0 (inicio do tratamento) e, novamente, após três meses do 
termino do tratamento, como método de avaliação do estado periodontal e da efetividade do 
tratamento. Essas medidas incluem: 
 Índice de placa 
 Sangramento à sondagem 
 Nível clínico de inserção 
o Recessão gengival + 
o Profundidade de sondagem 
 Grau de mobilidade 
Essas medidas são feitas em 6 sítios (mesiovestibular, vestibular, distovestibular, 
distolingual, lingual e mesiolingual). 
Interpretação das medidas de sondagem na reavaliação: 
 A sondagem de bolsas profundas é definida como a distância que vai da margem 
gengival ate a base da bolsa, medida em milímetros e usando-se uma sonda 
periodontal. 
 A mudança observada em bolsas profundas após o tratamento é a combinação da 
recessão da margem gengival devido à resolução da inflamação e à adaptação do 
epitélio juncional na base da bolsa. 
 Além disso, a redução do sangramento à sondagem, encontrada após o tratamento, 
pode refletir o aumento da resistência de penetração da sonda no tecido conjuntivo. 
 
 
 
 
3) Fase corretiva (medidas de terapia adicional) 
Cirurgia Periodontal: Acesso Cirúrgico 
Técnicas cirúrgicas para tratamento da bolsa periodontal: 
 Gengivectomia – Indicação: 
o Consiste na técnica cirúrgica que visa à eliminação ou redução da bolsa 
periodontal. 
o Atualmente é feita em casos de hiperplasia gengival e aumento de 
coroa clínica (quando não há invasão do espaço biológico). 
o Tradicionalmente é realizada em bolsas periodontais supra-ósseas (até 
3 mm – sem invasão do espaço fisiológico), de profundidades 
semelhantes, paredes densas e fibróticas e em fundo de bolsa em 
áreas de gengiva inserida. 
o Corrigir contornos gengivais anormais, como crateras e hiperplasias 
gengivais – nesses casos é chamado gengivoplastia. 
 
 Gengivectomia – Técnica: 
o Quando a região indicada para cirurgia estiver adequadamente anestesiada, as 
profundidades das bolsas serão identificadas com uma sonda convencional, ao 
nível do fundo da bolsa é marcada com a ponta da sonda e um ponto 
sangrante é produzido na superficie externa do tecido mole. 
 
o As bolsas são sondadas e diversos pontos sangrantes são produzidos ao redor 
de cada dente da região. 
 
o A sequência desses pontos demarcara a profundidade das bolsas na área 
indicada para o tratamento sendo usada como um guia para a incisão. 
 
 
 
 
o A incisão primaria que pode ser feita com bisturi (bard-parker 12 ou 15) com 
cabo bard-parker ou um gengivotomo de Kirkland 15-16, deve ser biselada 
para proporcionar uma margem afilada e festonada da gengiva remanescente. 
Assim na área em que a gengiva é volumosa a incisão deve ser mais 
apicalmente aos pontos sangrantes do que nas áreas em que a gengiva é mais 
delgada, onde se faz necessário um bisel menos acentuado. 
 
o A incisão biselada é direcionada a base da bolsa ou um nível ligeiramente 
apical em relação à extensão apical do epitélio juncional. 
 
o Uma vez que a incisão primaria estiver completa nas faces vestibular e lingual 
dos dentes, o tecido mole interproximal é separado do periodonto interdental 
por meio de uma incisão secundaria utilizando-se um gengivotomo de Orban 1 
ou 2. 
 
o Os tecidos incisados são cuidadosamente removidos por meio de uma cureta. 
 
 
 
 
 
o O tecido remanescente deve ser removido com uma tesoura ou cureta. 
o Quando o campo estiver adequadamente preparado às superfícies radiculares 
expostas são cuidadosamente raspadas e alisadas. 
o Após o debridamento meticuloso, as regiões são novamente sondadas para 
detectar alguma bolsa remanescente, o contorno gengival é verificado e se 
necessário é corrigido por meio de gengivotomo ou brocas diamantadas. 
 
o Paciente é orientado a higienizar adequadamente a área operada. 
Procedimentos a retalho: 
 Retalho original de Widman – técnica: 
o Incisões relaxantes verticais são feitas primeiramente para demarcar a área 
operada, essas incisões iniciaram-se na região mediana da margem gengival 
vestibular de dois dentes adjacentes a área a ser operada e continuava por 
alguns milímetros na mucosa alveolar. As duas incisões relaxantes foram 
unidas por uma incisão gengival que acompanhava a margem gengival e 
separava o epitélio da bolsa e o tecido conjuntivo inflamado da gengiva não 
inflamada. 
 
o Um retalho mucoperiosteo foi rebatido para expor pelo menos 2 a 3 mm do 
osso alveolar marginal. O colar da gengiva inflamada em torno dos dentes foi 
removido com curetas e as superfícies radiculares expostas cuidadosamente 
raspadas. 
 
 
 
o Foi recomendado um recontorno ósseo com o objetivo de obter uma forma 
anatômica ideal do osso alveolar subjacente. 
 
o Seguindo o debridamento cuidados dos dentes na área cirúrgica, os retalhos 
vestibular e lingual (se necessário) foram reposicionados e mantidos na 
posição por suturasinterproximais. 
 
o Vantagens: 
 Menos desconforto para o paciente 
 Permite restabelecer o adequado contorno do osso alveolar. 
 
 Retalho de Neumann – técnica: 
o Incisão Intra-sulcular era feita até a base da bolsa periodontal, e toda a 
gengiva (e parte da mucosa alveolar) foi elevada com um retalho 
mucoperiósteo. Incisões relaxantes verticais eram feitas para delimitar a área 
da cirurgia. 
o Após a elevação do retalho, a parte interna deste era curetada para a remoção 
do epitélio da bolsa e tecido de granulação. As superfícies radiculares eram, 
em sequencia, cuidadosamente “limpas”. As irregularidades do osso alveolar 
eram corrigidas para conferir à crista óssea um perfil horizontal. 
o Os retalhos eram então ajustados para permitir tanto uma adaptação aos 
dentes quanto uma cobertura apropriada do osso alveolar nas faces 
vestibulares e linguais e áreas interproximais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cirurgia a retalho modificado – técnica: 
o Nesse procedimento, incisões intra-sulculares eram feitas ate o fundo da bolsa 
nas faces vestibular e lingual das áreas interproximais. As incisões estendiam-
se nas direções mesial e distal. 
 
o A gengiva era retraída vestibular e lingualmente para a exposição das 
superfícies radiculares doentes que foram cuidadosamente debridadas. 
Defeitos ósseos angulares foram curetados. 
 
 
 
 
 
o Após a eliminação do epitélio da bolsa e do tecido de granulação da face 
interna dos retalhos, eles foram reposicionados na sua posição original e 
mantidos por suturas interproximais. Assim, nenhuma tentativa foi feita para 
reduzir a profundidade pré-operatória das bolsas. 
 
o Como diferença deste tipo de retalho para os falados anteriormente (Widman 
e Neumann), a cirurgia a retalho modificado não incluiu: 
 Perda extensa dos tecidos não inflamados 
 Posicionamento apical da margem gengival 
o Este método pode ser indicado para: 
 Regiões anteriores da dentição por razões estéticas, pois as superfícies 
radiculares não ficam muito expostas. 
o Outra vantagem da cirurgia a retalho modificada era o potencial de 
regeneração óssea em defeitos infra-ósseos que frequentemente ocorreram, 
de acordo com Kirkland (1931). 
 
 Retalho posicionado apicalmente – indicação: 
o Realizado em áreas vestibulares de arcadas superiores e inferiores e nas áreas 
linguais da arcada inferior, enquanto uma técnica excisional tinha que ser 
usada no palato onde a falta de mucosa alveolar torna impossível à reposição 
do retalho em direção apical. 
 
 Retalho posicionado apicalmente – técnica: 
o Uma incisão é feita em bisel invertido usando um bisturi com lamina de bard-
parker (nº 12B ou 15). A distância da margem gengival na qual é feita a incisão 
depende da profundidade da bolsa, bem como da espessura e largura da 
gengiva inserida. A incisão biselada deve ter um contorno festonado, para se 
obter uma maior cobertura proximal do osso alveolar quando o retalho for 
reposicionado. 
 
 
 
o Incisoes verticais relaxantes que se estendem até a mucosa alveolar (além da 
junção mucogengival) são feitas em cada um dos pontos terminais da incisão 
biselada, o que permite o posicionamento apical do retalho. 
o Um retalho mucoperiosteo de espessura total, incluindo a gengiva e a mucosa 
alveolar vestibular, é afastado utilizando um descolador de periósteo. O 
retalho é estendido além da linha mucogengival, a fim de, posteriormente, 
reposicionar o retalho apicalmente. O colar marginal do tecido, incluindo o 
epitélio da bolsa e tecido de granulação, é removido com curetas, e as 
superfícies radiculares expostas são cuidadosamente raspadas e alisadas. 
 
o A crista óssea alveolar é recontornada com o objetivo de recuperar a forma 
normal do processo alveolar, mas em um nível mais apical. A cirurgia óssea é 
feita usando brocas e/ou cinzéis para osso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Após um ajuste cuidadoso, o retalho vestibular é reposicionado na altura da 
crista óssea recentemente recontornada e mantido nessa posição. 
 
o Após a cicatrização, uma faixa “adequada” de gengiva inserida é preservada e 
não deve haver bolsas residuais. 
 Para lidar com bolsas periodontais na área palatina de dentes 
anteriores, foi descrito por Friedman uma modificação no retalho 
posicionado apicalmente, que foi então denominado retalho em bisel: 
 A fim de preparar o tecido da margem gengival para 
acompanhar de maneira adequada o contorno da crista óssea 
alveolar, um retalho mucoperiosteo convencional é 
inicialmente afastado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 As superfícies dentárias são debridadas e é feito o recontorno 
ósseo 
 
 O retalho palatino é, em seguida, reposicionado e a margem 
gengival é preparada e ajustada à crista óssea alveolar por 
uma incisão secundária contornada e biselada. O retalho é 
mantido nessa posição por suturas interproximais. 
 
 
 
 
 Dentre as diversas vantagens, apresentadas pelo procedimento de 
retalho posicionado apicalmente, tem sido enfatizadas as seguintes: 
 Mínima profundidade de bolsa pós-operatória, 
 Se uma ótima cobertura do osso alveolar é obtida, a perda 
óssea pós-cirúrgica é mínima, 
 A posição pós-operatória da margem gengival pode ser 
controlada e todo o complexo mucogengival preservado. 
 
 
 
 Desvantagem: 
 Perda dos tecidos periodontais pela ressecção óssea e a 
subsequente exposição das superfícies radiculares (que 
podem causar problemas estéticos e sensibilidade radicular). 
 
 Retalho de Widman Modificado – técnica: 
o É também conhecida como técnica da raspagem a campo aberto. 
o De acordo com a descrição de Ramfjord e Nissle (1974), a incisão inicial, que 
pode ser realizada com um bisturi bard-parker (nº11), deve ser paralela ao 
longo eixo do dente e posicionada cerca de 1 milímetro da margem gengival 
vestibular, a fim e separar adequadamente o epitélio da bolsa e o retalho. 
 
o Se as bolsas na área vestibular forem menores que 2 milímetros ou se 
considerações estéticas forem importantes, é feita uma incisão intra-sulcular. 
o Além disso, a incisão deve estender-se o máximo possível entre os dentes, 
para permitir a inclusão da maior quantidade de gengiva interdental no 
retalho. Uma incisão semelhante é feita na face palatina. 
o Entretanto, frequentemente o contorno parabólico da incisão inicial pode ser 
acentuado com o posicionamento da lamina a uma distancia de 1 a 2 
milímetros da porção mediana da face palatina dos dentes. 
o Estendendo-se a incisão o mais distante possível entre os dentes, podem ser 
incluídas quantidades suficientes de tecido no retalho palatino para permitir 
uma adequada cobertura do osso interproximal quando o retalho for 
suturado. Incisoes relaxantes verticais geralmente, NÃO SÃO NECESSARIAS. 
o Retalhos totais vestibulares e palatinos são cuidadosamente elevados com um 
descolador de periósteo. O rebatimento do retalho deve ser limitado para 
permitir a exposição apenas de alguns milímetros do tecido ósseo. 
 
 
 
o Para facilitar a separação do colar do epitélio da bolsa e do tecido de 
granulação das superfícies radiculares, uma incisão intra-sulcular é feita em 
torno dos dentes (segunda incisão) até a crista alveolar. 
 
o Uma terceira incisão, feita em direção horizontal e num ponto próximo à crista 
alveolar, separa do osso o colar de tecido mole das superfícies radiculares. 
o O epitélio da bolsa e o tecido de granulação são removidos por meio de 
curetas. As raízes expostas são cuidadosamente raspadas e aplainadas, exceto 
uma área estreita, perto da crista óssea, na qual remanescentes das fibrasde 
inserção podem ser preservadas. Defeitos ósseos angulares são 
cuidadosamente curetados. 
o Após curetagem, os retalhos são aparados e ajustados ao osso alveolar para 
obter uma completa cobertura do osso interproximal. Se essa adaptação não 
puder ser obtida por meio do recontorno do tecido mole, alguma quantidade 
de osso pode ser removida para facilitar a tão importante adaptação do 
retalho. 
 
o Os retalhos são suturados com pontos interproximais, e devem ser removidas 
depois de uma semana. 
o Vantagens: 
 Possibilidade de obter uma intima adaptação dos tecidos moles às 
superfícies radiculares 
 O trauma mínimo ao qual ficam expostos o osso alveolar e o tecido 
conjuntivo 
 Menor exposição das superfícies radiculares, o que, do ponto de vista 
estético, representa uma vantagem no tratamento das regiões 
anteriores. 
 
 
 
 Retalho para preservação da papila – técnica: 
o Por razões estéticas a técnica de preservação da papila é frequentemente 
usada no tratamento cirúrgico de regiões anteriores. 
o A técnica é iniciada por uma incisão intra-sulcular nas faces vestibular e 
proximal dos dentes, mas sem fazer incisões na papila interdental. 
 
o A seguir, uma incisão intra-sulcular é feita pela lingual dos dentes com uma 
incisão semilunar feita ao longo de cada área interdental. 
o A incisão semilunar pode se estender apicalmente ate pelo menos 5 
milímetros do ângulo dos dentes, o que permitira a dissecção do tecido 
interdental da face lingual, de modo que este possa ser afastado intacto com o 
retalho vestibular. 
o Nas situações em que o defeito ósseo se apresenta extenso na área lingual, a 
incisão semilunar pode ser feita na face vestibular da área interdental, para 
que as papilas possam ser incluídas no retalho lingual. 
o Uma cureta ou bisturi interproximal é usado para liberar a papila 
cuidadosamente do tecido duro subjacente. O tecido interdental deslocado é 
empurrado através do espaço interproximal com um instrumento rombo. 
 
o Um retalho total é rebatido com um destaca-periósteo nas superfícies 
vestibular e lingual. As superfícies radiculares expostas são minuciosamente 
raspadas e alisadas, e os defeitos ósseos, cuidadosamente curetados. 
 
 
 
 
o Com o retalho rebatido, as margens do retalho e do tecido interproximal são 
raspadas para remover o epitélio da bolsa e o tecido de granulação em 
excesso. Nas áreas anteriores, a remoção do tecido de granulação deve ser 
limitada a fim de manter a máxima espessura do tecido. 
o Os retalhos são reposicionados e suturados usando sutura tipo colchoeiro 
(simples) de forma alternativa, uma sutura direta das incisões semilunares 
pode ser feita, se esta for a única forma de fechar o retalho. 
 
o As suturas são removidas após uma semana. 
 
 Procedimentos de cunha distal – técnica: 
o A incisão inicia-se na superfície distal da tuberosidade e segue até a distal do 
molar. 
 
o Incisoes verticais – vestibular e lingual são realizadas ao longo da tuberosidade 
ou da região retromolar, formando um triangulo. 
 
 
 
o As incisões devem ser estendidas na direção mesial, contornando as faces 
vestibular e lingual do molar para facilitar o afastamento do retalho. 
o As paredes do retalho são rebatidas, dissecadas e separadas do osso. 
 
o Essas paredes são reduzidas em espessura por meio de incisões. 
 
o As pontas soltas de tecido são removidas e as superfícies radiculares são 
raspadas e alisadas. Se necessário, o osso é recontornado. 
o Os retalhos vestibular e lingual são reposicionados sobre o osso alveolar 
exposto, e as margens da ferida são aparadas para evitar a superposição das 
mesmas. Os retalhos são mantidos em posição e suturados com pontos 
simples, que após aproximadamente uma semana devem ser removidos. 
 
 
 
 
 
 
Cirurgias ósseas: 
Objetivo: 
 Estabelecer uma anatomia “fisiológica” do osso alveolar, mas a nível apical. 
 Osteoplastia: 
o Sua finalidade é criar uma forma fisiológica do osso alveolar sem remover osso 
de “suporte”. É uma técnica análoga a técnica de gengivectomia. 
o Exemplos de osteoplastia são: 
 Refinamento das bordas ósseas espessas 
 Estabelecimento de um contorno festonado ad crista óssea vestibular 
 
o Em cirurgia a retalho sem recontorno ósseo, muitas vezes a morfologia 
interdental pode impedir um recobrimento mucoso adequado após a cirurgia, 
mesmo que o acabamento dos retalhos seja realizado. 
o O nivelamento de crateras interproximais e eliminação (ou redução) de 
paredes ósseas em defeitos ósseos são frequentemente denominados de 
osteoplastia, já que, normalmente, não há necessidade de ressecção do tecido 
ósseo de suporte! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Osteotomia: 
o Osso de suporte, isto é, o osso envolvido diretamente na fixação do dente, é 
removido para remodelar defeitos ósseos, marginal e interdental causados 
pela periodontite. 
o Após exposição do osso alveolar pelo afastamento do retalho, as paredes 
vestibular e/ou lingual de crateras devem ser reduzidas até a base do defeito, 
fazendo uso de cinzéis e pinça-goiva. 
 
o Se a ressecção for realizada na área interdental, pode ser necessário 
recontornar as margens ósseas vestibular/lingual para compensar as 
discrepâncias na altura óssea resultante. 
 
 
 
 
 
 
Através do tratamento periodontal – a dentição é preparada para que ocorra higienização 
correta pelo paciente. Ao final do tratamento, os seguintes objetivos devem ser alcançados: 
 Ausência de depósitos supra ou subgengivais 
 Ausência de bolsas com sinais de doença 
 Ausência de deformidades na morfologia gengival que possam reter placa 
 Ausência de restaurações deficientes que auxiliem no acúmulo de placa junto a 
margem gengival. 
Esses requisitos conduzem as seguintes indicações para cirurgia periodontal: 
 Acesso inadequado para raspagem e alisamento radicular 
 Estabelecimento de uma morfologia favorável da região dentogengival que favoreça o 
controle de placa 
 Redução da profundidade de bolsa 
 Correção de deformidades gengivais 
 Mudança da margem gengival para uma posição mais apical em restaurações com 
termino subgengival 
 Facilitar a terapia restauradora apropriada. 
Contraindicação para a cirurgia periodontal: 
 Cooperação do paciente 
 Doença cardiovascular 
 Transplante de órgão 
 Discrasias sanguíneas 
 Distúrbios hormonais 
 Distúrbios neurológicos 
 Tabagismo 
Suturas: 
 Técnicas: 
 Suturas interdentais interrompidas 
o Proporciona uma intima adaptação interdental entre os retalhos vestibular e 
lingual com igual tensão em ambos os lados. Não é recomendado quando os 
retalhos forem posicionados em níveis diferentes. 
 
 Suturas suspensórias 
o É usada, principalmente, quando o procedimento cirúrgico é pouco extenso, e 
envolve somente a face vestibular ou lingual do dente. Essa é a sutura quando 
os retalhos vestibular e lingual estão em níveis diferentes. 
 Suturas contínuas 
o Normalmente utilizada quando estão envolvidos vários dentes, e os retalhos 
precisam ser reposicionados apicalmente. 
 
 
Tratamento de dentes com envolvimento de FURCA: 
Diagnóstico: 
 Classificação: 
 
o GRAU I  PERDA horizontal dos tecidos de suporte não excedendo 1/3 da 
largura do dente. 
o GRAU II  PERDA horizontal dos tecidos de suporte excedendo 1/3 da largura 
do dente, mas não envolvendo toda a largura da área da furca. 
o GRAU III DESTRUIÇÃO horizontal “LADO A LADO” dos tecidos de suporte na 
área de furca. 
 
 Trauma oclusal: 
o Pode causar inflamação e destruição tecidual ou alteraçõesadaptativas na 
área inter-radicular de um dente multirradicular. 
o O dente pode apresentar mobilidade aumentada 
o Nessa situação específica (quando com a sondagem não se consegue detectar 
o envolvimento de furca) o ajuste oclusal quase sempre deve preceder a 
terapia periodontal. 
o Se os defeitos observados dentro do complexo radicular forem de origem 
“oclusal”, o dente se estabilizara e os defeitos desaparecerão dentro de 
algumas semanas após a eliminação da sobrecarga oclusal. 
 
 TRATAMENTO: 
o O tratamento de um defeito na região de furca de um dente multirradicular 
tem a intenção de alcançar 2 objetivos: 
 A eliminação da placa microbiana das superfícies expostas do 
complexo radicular 
 O estabelecimento de uma anatomia das superfícies afetadas que 
facilite o adequado autocontrole da placa. 
o Diferentes métodos de terapia são recomendados: 
 Em Classe I a terapia recomentada é: 
 Raspagem e alisamento radicular, 
 Plastia de furca 
 
 Em Classe II a terapia recomendada é: 
 Plastia de furca 
 Tunelização 
 Ressecção radicular 
 Extração dentaria 
 Em casos de molares INFERIORES  RTG. 
 
 
 
 
 
 Em Classe III a terapia recomendada é: 
 Tunelização 
 Ressecção radicular 
 Extração dentaria. 
 
 Agora vamos falar um pouco de cada um dos tipos de terapia: 
o Raspagem e alisamento radicular: 
 Quando bem executada na entrada da furca com envolvimento de 
GRAU I, na maioria das situações vão resultar na eliminação da lesão 
inflamatória na gengiva. 
 A cicatrização restabelecerá uma anatomia gengival normal com uma 
adaptação adequada dos tecidos moles sobre os tecidos duros das 
paredes da entrada da furca. 
o Plastia de Furca: 
 É uma modalidade de tratamento ressectivo que pode levar a 
eliminação do defeito inter-radicular 
 O tecido dentário é removido (odontoplastia) e a crista óssea alveolar 
é remodelada (osteoplastia) no nível da entrada da furca. 
 É utilizada principalmente nas furcas VESTIBULARES E LINGUAIS 
 Técnica: 
 Dissecção e elevação de um retalho para obter acesso à área 
inter-radicular e as estruturas ósseas vizinhas 
 Remoção do tecido mole inflamatório na área da furca seguida 
de uma cuidadosa raspagem e alisamento das superfícies 
radiculares exposta 
 A remoção de substancia da cora e da raiz na área da furca 
(odontoplastia) para eliminar ou reduzir o componente 
horizontal do defeito e para alargar a entrada da furca 
 O recontorno da crista óssea alveolar para reduzir a dimensão 
vestibulolingual do defeito ósseo na entrada da área da furca 
 O posicionamento e a sutura do retalho mucoso no nível da 
crista alveolar, de maneira a cobrir a entrada da furca com 
tecido mole. Após a cicatrização um tecido semelhante a 
“papila” devera fechar a entrada da furca. 
 OBSERVAÇÃO: a remoção excessiva de tecido dentário 
aumentara o risco de sensibilidade radicular, em casos de 
dentes com vitalidade. 
 
 
 
o Tunelização: 
 É uma técnica utilizada no tratamento de defeitos de furca GRAU II 
profundo e GRAU III em molares INFERIORES 
 Pode ser indicado para molares inferiores que possuem um tronco 
radicular CURTO, um AMPLO ângulo de SEPARACAO entre as raízes e 
uma grande divergência entre as raízes Mesial e Distal. 
 O procedimento inclui exposição cirúrgica e o tratamento de toda a 
área da furca do molar afetado. 
 Técnica: 
 Após elevação dos retalhos Vestibular e Lingual, o tecido de 
granulação do defeito é removido e as superfícies radiculares 
são raspadas e alisadas. 
 A área da furca é ampliada por meio da remoção de parte do 
osso inter-radicular. 
 A crista óssea alveolar é recontornada e, para a obtenção de 
um contorno ósseo plano, parte do osso interproximal na 
região mesial e distal do dente também é removido. 
 Os retalhos são posicionados apicalmente ao nível da crista 
óssea interproximal e inter-radicular estabelecida 
cirurgicamente. 
 
o Hemisecção e Ressecção radicular: 
 São utilizadas em casos de molares com envolvimento de furca GRAU 
II avançado e GRAU III. 
 Antes de se fazer esse tipo de operação, deve ser observado alguns 
aspectos: 
 Comprimento do tronco radicular 
 A divergência entre os cones radiculares 
 O comprimento e a forma dos cones radiculares 
 A quantidade de suporte remanescente ao redor de cada raiz 
 Estabilidade individual de cada raiz 
 Acesso para dispositivos de higiene oral 
 
o Regeneração dos defeitos de furca: 
 Pode ser considerado em dentições com envolvimento de furca GRAU 
II em MOLARES INFERIORES ISOLADOS! 
 
o Extração: 
 A extração de um dente com envolvimento de furca deve ser 
considerada quando a perda de inserção é tão extensa que nenhuma 
das raízes pode ser mantida, ou quando o tratamento não ira resultar 
em uma anatomia dentaria/gengival que permita a realização 
adequada das medidas de controle de placa pelo paciente. 
 
 
 
 
4) Fase de manutenção (Terapia periodontal de suporte): 
O tratamento periodontal inclui: 
1) Avaliacao da saúde sistêmica do paciente 
2) Uma fase terapêutica relacionada à causa, em alguns casos. 
3) Uma fase corretiva envolvendo procedimentos não cirúrgicos e cirúrgicos periodontais 
4) Fase de manutenção. 
Na pratica diária: 
 A consulta de manutenção deve ser planejada para conhecerem as necessidades 
individuais do paciente. Basicamente consiste em quatro diferentes etapas que podem 
requerer diferentes períodos de tempo durante as visitas programadas regularmente: 
o Exame, reavaliação e diagnóstico; 
o Motivação, reinstrução e instrumentação; 
o Tratamento de sítios reinfectados; 
o Polimento, aplicação de flúor e determinação dos intervalos de consultas de 
manutenção – futura TPS. 
Trauma oclusal 
 Definição e terminologia: 
o É o termo utilizado para descrever alterações ou mudanças adaptativas que 
ocorrem no periodonto em consequência de forcas indevidas produzidas pelos 
músculos da mastigação. 
 
 Conceito de Glickman: 
o Este autor afirmou que a via de propagação da lesão gengival associada a placa 
pode ser alterada se forcas de intensidade anormal atuarem sobre dentes que 
apresentem placa subgengival. 
o As estruturas periodontais podem ser divididas em duas zonas: 
 
 Zona de Irritação: 
 Inclui gengiva marginal e a gengiva interdental. O tecido mole 
dessa zona esta limitado por tecido duro (o dente) apenas de 
um lado e não é afetado pelas forcas de oclusão. 
 Isto significa que esta inflamação não pode ter sido induzida 
por uma trauma oclusal, mas sim que resulta de uma irritação 
por PLACA BACTERIANA. 
 A progressão dessa lesão resulta em destruição óssea 
UNIFORME (HORIZONTAL). 
 Zona de Co-destruição: 
 Inclui o ligamento periodontal, o cemento radicular e o osso 
alveolar, sendo demarcada coronariamente pelos feixes de 
fibras colágenas transeptais (interdentarias) e 
dentoalveolares. 
 
 
 Os feixes de fibra que separam a zona de co-destruição da 
zona de irritação podem ser afetados em duas direções 
diferentes: 
o A partir da lesão inflamatória produzida pela placa na 
zona de irritação 
o A partir das alterações causadas pelo trauma na zona 
de co-destruição. 
 
 Conceito de Waerhaug: 
o Este autor examinou espécimes de autópsias do mesmo modo que Glickman 
porem, além disso, mediu a distancia entra a placa subgengival e a periferia do 
infiltrado inflamatório associado na gengiva e a superficie do osso alveolar 
adjacente. 
o Ele conclui que: 
 Os defeitos ósseos angulares a as bolsas infra-ósseas ocorrem com 
igual frequência tanto no periodontode dentes não-afetados pelo 
trauma de oclusão como em dentes traumatizados. 
 Em outras palavras, ele refutou a hipótese de que o trauma de oclusão 
desempenha um papel na propagação ad lesão gengival para a “zona 
de co-destruição”. 
 A perda da inserção conjuntiva e a reabsorção óssea em torno dos 
dentes são resultantes exclusivamente das lesões inflamatórias 
associadas à placa subgengival. 
 
 Experiências clínicas 
o Além da presença de defeitos ósseos angulares e bolsas infra-ósseas, o 
AUMENTO DA MOBILIDADE dentaria frequentemente é citado como um sinal 
importante de TRAUMA OCLUSAL. 
 
 Conclusões: 
o As experiências realizadas tanto em humanos quanto em animais, tem 
mostrado evidencias convincentes de que nem as forças unilaterais nem as 
forças alternadas aplicadas em um periodonto sadio resultam em formação de 
bolsa ou na perda da inserção do tecido conjuntivo. 
o O trauma de oclusão não pode induzir a destruição do tecido periodontal. 
o O trauma de oclusão pode, no entanto, pode resultar em uma reabsorção do 
osso alveolar, levando a um aumento da mobilidade dentaria, que pode ser de 
caráter transitório ou permanente. 
o Nos dentes com doença periodontal progressiva associada à placa, o trauma 
pode, no entanto, sob certas condições, aumentar a velocidade de progressão 
da doença, ou seja, atuar como um cofator no processo destrutivo. 
o Esse conhecimento fortalece a teoria para um correto tratamento da placa 
associada a doença periodontal. Esse tratamento impedira a destruição dos 
tecidos periodontais mesmo se o trauma oclusal persistir.

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