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Apostila de estudo para Endodontia 2017

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A endodontia é a ciência e arte que envolve a etiologia, a prevenção, o diagnostico e o 
tratamento das alterações patológicas da polpa dentaria e de suas repercussões na região 
apical e periapical e consequentemente em todo o organismo – “Mário Roberto Leonardo”. 
O Endodonto está representado: pela dentina, polpa e a cavidade pulpar, enquanto 
que a região apical e periapical são representadas pelo ápice e pelos tecidos de sustentação 
que contornam o ápice radicular e que são constituídos: 
 Limite C.D.C 
 Cemento 
 Coto pulpar 
 Forame 
 Ligamento periodontal apical 
 Parede 
 Osso alveolar 
 Neste segmento vamos discorrer sobre algumas alterações pulpares, suas 
características e seus respectivos tratamentos. 
 
Alterações patológicas pulpares agudas: 
1) No exame clínico endodôntico alguns itens são fundamentais e de suma 
importância para a correta definição de tratamento, são eles: 
 
1.1) Anamnese – sempre um item importante para cada clínico, uma anamnese bem 
feita e bem elaborada pode ser fundamental para o sucesso do tratamento. Nesse 
item a queixa principal e os aspectos clínicos do paciente devem ser avaliados. 
 
1.2) Inspeção dentaria – é o exame objetivo, realizado através da visualização da coroa 
dentaria em campo seco e bem iluminado com auxilio de um espelho e uma sonda 
exploradora. Sozinho não é suficiente para diagnosticar, mais testes devem ser 
feitos a fim de se definir qual a causa da dor do paciente, sua origem, entre outros 
fatores. 
 
1.3) Percussão dentaria – método pelo qual o profissional aplica leves toques na coroa 
dentaria, realizados com auxilio do cabo do espelho clínico, no sentido vertical e 
horizontal. A percussão, embora seja ainda um teste primário é muito importante 
para a localização de um dente responsável pela dor de origem endodôntica, 
principalmente quando aplicado no sentido VERTICAL. 
A Inflamação pulpar não sendo uma alteração tecidual estática, mas sim 
dinâmica, pode envolver os tecidos periapicais. Assim, uma resposta positiva a um 
teste de percussão vertical, indicaria uma reação inflamatória do ligamento 
periodontal apical (pericementite apical aguda de origem bacteriana), como 
consequência de uma PULPITE AGUDA IRREVERSIVEL, as vezes, não localizada! 
A resposta positiva ao teste de percussão vertical necessita-se ser comprovada 
por outros testes de sensibilidade pulpar. O choque térmico é imprescindível para 
complementar o diagnostico para a localização do dente responsável pela dor. 
 
1.4) Palpação – a palpação é um exame que consiste em aplicar a palma da mão sobre 
uma região do corpo com a finalidade de contribuir para o estabelecimento do 
diagnóstico. 
Na endodontia, a palpação é digital, isto é, consiste em pressionar firmemente 
os dedos da mão, sobre os tecidos moles e duros da face e da cavidade bucal. 
A região cutânea que corresponde ao terço apical do dente comprometido, 
quando submetida à palpação, pode contribuir para o diagnóstico de três estágios 
evolutivos dos abscessos dentoalveolares agudos: o abscesso em fase inicial, em 
evolução e/ou evoluído. 
O edema consistente, duro e sem flutuação, caracteriza a fase clínica de um 
abscesso dentoalveolar agudo EM EVOLUÇÃO, sendo este um sinal 
PATOGNOMÔNICO. 
 
1.5) Sondagem – a sondagem, principalmente, dos tecidos de sustentação do dente, 
pode contribuir para o sucesso do tratamento endodôntico, podendo detectar a 
destruição dos tecidos de sustentação ocasionada por uma doença periodontal. 
 
1.6) Mobilidade dentaria – o teste de mobilidade tem por objetivo avaliar as condições 
do periodonto, método este, muito importante no prognóstico do tratamento. 
Sendo a mobilidade dentaria de origem endodôntica, seu desaparecimento 
ocorre após o tratamento do canal radicular. 
 
1.7) Teste de vitalidade/sensibilidade (quente, frio, elétrico, preparo cavitário) – a 
estimulação da dor através de agentes térmicos/elétricos, induz uma resposta 
dolorosa do paciente a esses estímulos e pode identificar o dente acometido por 
uma patologia pulpar. 
Envolvendo o SNC e consequentemente atingindo o limiar de sensibilidade à 
dor, a resposta a esses testes poderá ser influenciada pelo estado emocional do 
paciente, com resultados falso positivo e/ou falso negativo. 
Os testes de sensibilidade auxiliam na diferenciação de dentes com polpas 
afetadas, principalmente nos casos de necrose pulpar, quando se utiliza outros 
dentes como controle. 
 
1.8) Teste de sensibilidade – Resposta ao FRIO 
Resposta ao frio Duração da dor após a 
remoção do frio 
Condição pulpar 
POSSIVEL 
Nenhuma -------------------------------- Normal ou Anormal 
Moderada Desaparecimento imediato Normal 
Aguda/imediata Rápido alívio Dúvida 
Aguda/imediata Demorada/prolongada Anormal 
 
 
2) Exame radiográfico – as alterações patológicas da polpa, isto é, pulpites agudas 
reversíveis ou irreversíveis, não são evidenciadas radiograficamente, sendo, esse 
exame considerado como de valor relativo para auxiliar no diagnóstico dessas 
patologias. 
Entretanto, permite uma avaliação das estruturas mineralizadas do dente e da 
região apical e periapical podendo ser de grande contribuição para a obtenção do 
correto diagnostico das condições pulpares. 
Em casos de PULPITES AGUDAS REVERSIVEIS e IRREVERSIVEIS, o exame 
radiográfico poderá evidenciar, por exemplo, a presença de caries, restaurações 
defeituosas, etc. Na região apical e periapical, devera mostrar um periodonto 
apical normal e/ou ligeiramente espessado, porém com lamina dura INTACTA. 
 
3) Aspectos relacionados à DOR: 
a. Os aspectos relacionados a dor são significativos nas alterações 
patológicas pulpares agudas, pois são indicadores de um tratamento 
endodôntico conservador ou radical! 
Quadros com características e tratamentos das pulpites agudas: 
 
 
Devemos salientar que: 
 Na pulpite aguda reversível – após cessar/remover o agente etiológico a dor acaba. 
Nesses casos o tratamento é conservador para a polpa. 
Por ultimo e não menos importante: 
4) Necrose pulpar – é geralmente assintomática, sendo a alteração da cor da coroa 
dental uma indicação da perda da vitalidade da polpa. 
Em alguns casos, o exame radiográfico poderá evidenciar uma cavidade de 
carie ou restauração, sem a devida proteção do complexo dentino-pulpar. 
 Também pode ser observado um aumento do espaço periodontal apical, 
demonstrando que jamais devemos considerar uma alteração pulpar como 
estanque, mas sim como dinâmica, uma vez que a necrose pulpar pode já estar 
envolvendo periodonto e não ser evidenciável radiograficamente. 
 Tratamento: 
 O tratamento do canal radicular para esses casos é a de necropulpectomia I que é 
a técnica de tratamento dos dentes despolpados, SEM lesão periapical visível 
radiograficamente. 
Alterações periapicais de origem INFLAMATÓRIA: 
A seguir veremos em quadros as características clínicas e o tratamento de tais alterações: 
 
 
 
 
Sobre os abscessos dentoalveolares agudos (Inicial, Em evolução e Evoluído): 
 
 
 
Biopulpectomia  tratamento de canal radicular de dentes com VITALIDADE PULPAR 
Necropulpectomia I  tratamento de canal radicular de dentes com necrose pulpar SEM 
LESAO PERIAPICAL visivelmente em radiografia 
Necropulpectomia II  tratamento de canal radicular de dentes com necrose pulpar e com 
nítida lesão periapical crônica evidenciável radiograficamente, casos considerados como 
processos patológicos periapicais de longa duração. 
 
Bio e Necropulpectomia 
Indicações: 
 Pulpites irreversíveis 
 Pulpites crônicas 
 Exposições patológicas ou exposições acidentaisda polpa (avaliação clínica) 
 Reabsorções internas 
 Finalidade protética ou cirúrgica 
Sequência da biopulpectomias: 
1) Anestesia 
2) Remoção do tecido cariado ou restaurações extensas 
3) Início da abertura coronária 
4) Isolamento e anti-sepsia do campo operatório: Álcool iodado 0,3% ou Clorexidina gel a 
2%. 
5) Complementação da ABERTURA CORONÁRIA. 
6) PULPOTOMIA  remoção da polpa dentária. 
7) Nos casos onde há possibilidade de tratamento conservador  avaliar os aspectos 
MACROSCÓPICOS da POLPA VITAL 
8) Irrigação da câmara pulpar com hipoclorito de sódio a 2,5%: prevenção do 
escurecimento da coroa, COMBATER POSSÍVEL INFECÇÃO SUPERFICIAL. 
9) Exploração  até 2 ou 3 mm aquém do comprimeto do dente, tomando como base a 
RADIOGRAFIA PARA DIAGNÓSTICO 
10) Odontometria 
11) Pulpectomia: remoção da polpa radicular. 
a. Canais amplos  em bloco. 
b. Canais atrésicos e curvos  por fragmentação. 
 
Pulpectomia por fragmentação: Preparo do canal associado com NaOCl 1% até total 
remoção do tecido pulpar. 
Após pulpectomia: Irrigar Câmara Pulpar com NaOCl 1 a 2,5% (Remoção de Produtos 
Sanguíneos). 
 
12) PBM 
13) Curativo de demora ou obturação 
 
 
Segunda sessão (quando necessária, sendo que se da prioridade nos casos de 
biopulpectomias em se fazer em uma sessão só). 
 
1. Anestesia 
2. Isolamento e anti-sepsia do campo operatório 
3. Remoção do selamento coronário 
4. Remoção do curativo de demora 
5. Remoção da camada residual: EDTA- 3 a 5 min. 
6. Irrigação do canal radicular com NaOCl 0,5% ou solução salina fisiológica 
7. Secagem do canal 
8. Seleção do cone principal de guta-percha: 
a)Descontaminação: [Desinfecção em [NaOCl: 0,5% (30 min); 1% (20 min); 2,5% (10 min); 4,0% 
(5 min); 5,25% (45 seg)]. 
b)Prova clínica 
c)Prova radiográfica 
9. Corte dos cones secundários de guta-percha no CT 
10. Preparo do cimento 
11. Obturação: 
a)Assentamento do cone principal de guta-percha: Técnica clássica ou Biológica 
controlada; 
 b) Condensação lateral. 
12. Radiografia da condensação lateral 
13. Condensação vertical e Corte da obturação: 2mm abaixo da coroa clínica 
14. Limpeza da câmara pulpar 
15. Selamento coronário 
16. RX final 
 
NECROPULPECTOMIA 
 
INDICAÇÕES 
 
 A Necrose pulpar: com lesão periapical visível radiograficamente e sem lesão 
periapical visível radiograficamente; 
 Retratamento. 
 
1a Sessão 
 
1. Anestesia; 
2. Remoção do tecido cariado e restaurações extensas; 
3. Início da Abertura Coronária 
4. Isolamento e anti-sepsia do campo operatório; 
5. Complementação da Abertura coronária; 
6. Neutralização do conteúdo do canal radicular: Tec. Mediata e Tec. Imediata 
7. Odontometria; 
8. Neutralização até o forame (desbridamento foraminal); 
9. Preparo do batente apical; 
10. Re-escalonamento (quando necessário); 
11. Durante o PBM: irrigação com NaOCl 1 a 2,5%; 
12. Após PBM: irrigação com sol. salina fisiológica; 
13. Secagem do canal 
14. Remoção da camada residual: EDTA – 3 a 5 min.; 
15. Irrigação com solução salina fisiológica; 
16. Secagem do canal; 
17. Curativo de demora: Ca(OH)2 + CLX 2% (mínimo 14 dias). 
OBS: 
a)Caso não termine o preparo ou a neutralização: Curativo: Pasta de Ca(OH)2 + soro ou 
Pasta de Ca(OH)2 + propilenoglicol 
b)Exsudato Persistente e Urgências: Curativo: Pasta de Ca(OH)2 + soro 
c)Se após várias trocas de Ca(OH)2 ainda persiste dor e exsudato: Curativo: Clorexidina 
gel 2% 
 
2ª Sessão 
1. Anestesia; 
2. Isolamento e anti-sepsia do campo operatório; 
3. Remoção do selamento coronário; 
4. Remoção do curativo de demora (irrigação com solução salina fisiológica); 
5. Momento da obturação: Canal preparado; Sem dor; Seco; Sem odor. 
6. Secagem do canal; 
7. Seleção do cone principal de guta-percha: Desinfecção; Prova clínica; 
Prova radiográfica 
8. Corte dos cones de guta-percha secundários no CT; 
9. Preparo do cimento; 
10. Assentamento do cone principal de guta-percha; 
11. Condensação lateral (ou técnica híbrida ou técnica do cone único); 
12. RX de constatação da qualidade da obturação; 
13. Condensação vertical; 
14. Corte da obturação; 
15. Selamento coronário; 
16. RX final. 
 
 
Retratamento 
É um novo tratamento, realizando remoção da obturação antiga, reinstrumentação e 
nova obturação dos canais radiculares. 
Objetivo  superar as deficiências do tratamento endodôntico anterior. 
Etiologia do insucesso endodôntico: 
1) Causas pré-operatórias 
a. Erros de diagnóstico 
b. Seleção dos casos 
c. Prognóstico – previsibilidade dos resultados 
2) Causas operatórias 
a. Falhas nos objetivos mecânicos 
b. Falha nos objetivos biológicos (limpeza e desinfecção, fatores 
microbiológicos, sobre instrumentação e/ou sob instrumentação, 
obturação deficiente) 
3) Causas pós-operatórias 
a. Trauma oclusal 
b. Fraturas verticais 
c. Restauração final deficiente 
d. Doença periodontal acentuada 
Falta de selamento coronário: 
 Ocorre a solubilização do cimento e permeabilidade da obturação. 
 Recontaminação  média de 29 dias (técnica de condensação lateral) 
 Após 90 dias  45-80% de contaminação. 
Indicações para o Retratamento endodôntico: 
1) Tratamento endodôntico inadequado e necessidade de tratamento protético 
2) Exposição do tratamento endodôntico ao meio bucal (falta de selamento) 
3) Clinicamente: persistência de sintomas  dor a percussão e palpação, fístula ou 
edema, mobilidade e dor ao mastigar. 
4) Dentes que serão submetidos a cirurgia perirradicular. 
Etapas: 
 Remoção do material restaurador 
 Remoção do material obturador 
 Reinstrumentação do canal 
 Medicação intracanal (mínimo de 14 dias para controle microbiano) 
 Obturação do canal radicular.

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