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Av2 Direito Penal. resumo

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Resumão Av2 – Direito Penal I – Parte Geral.
Prof°: Elias Marcelo Barcucke.
Aula 1: Direito Penal – Definição.
Finalidades do Direito Penal:
Primária: Proteger os bens jurídicos mais importantes para a sociedade. Ex: Honra vida, patrimônio e etc.
Secundária: Preventiva: Prever os crimes e estabelecer as penas, evitando assim que os delitos aconteçam. 
Retributiva: Retribuir por meio da aplicação de pena o mal provocado pelo infrator a sociedade. 
Aula 2: Fontes Do Direito Penal
Fontes:
Direta: É a lei penal, ou seja, como assevera o art. 1° do C.P e o 22° da C.F, compete privativamente à união legislar matéria penal, sendo essa a principal fonte de toda a aplicação do Direito Penal.
Indireta: Os costumes (Hábitos socialmente aceitos reiterados no comportamento coletivo social), a jurisprudência, a doutrina e os princípios gerais do Direito (Premissas éticas que servem de base para a elaboração da lei penal.)
Regras de Integração e aplicação da lei penal:
Analogia: Utilização de determinado instituto penal em que se assemelha com situação fática a qual não regula, podendo ser essa aplicação a favor do réu (In Bonam Partem) ou contra (In Malam Partem), sendo certo que a lei penal só admite a analogia a favor do réu (In Bonam Parte) haja vista que o contrário feriria o princípio da legalidade.
Aula 3: A Norma Penal.
Conceito: Pode ela definir crimes, fixar penas e delimitar critérios para aplicação da lei penal. 
Norma incriminadora: Define o crime e fixa a pena (Preceito + Sanção).
Norma Não Incriminadora: interpreta e delimita o alcance da norma penal incriminadora. Estabelecem a licitude e a impunidade de determinados comportamentos permitidos pela lei penal, podendo ainda: a) Esclarecer determinados conceitos; b) Fornecer princípios gerais para a aplicação da lei penal; c) Tornar lícitas determinadas condutas; d) Afastar a culpabilidade do agente. 
Pode ainda a norma penal não incriminadora, se configurar sob três espécies: 
a) Norma Permissiva - determinam a licitude ou a impunidade de certas condutas, embora estas sejam típicas em face das normas incriminadoras.
 b) Norma Explicativa ou complementar - Limitam ou complementam as normas penais incriminadoras dispostas na Parte Especial. São as que esclarecem o conteúdo das outras, ou delimitam o âmbito de sua aplicação.
Norma penal em Branco: Necessita para sua aplicação de outro dispositivo legal, complementar, a fim de satisfazer a lacuna da abrangência de seus preceitos. Ex: Lei de Drogas. ‘
Conflito Aparente de Normas:
Conceito: Ocorre quando mais de um tipo penal se adéqua a conduta criminosa, sendo necessário a fim de evitar-se o bis in idem, a aplicação de um critério para a escolha do tipo penal, seja ele, a especialidade, a absorção ou consunção, ou ainda sim, a subsidiariedade.
Especialidade: possui todos os elementos da norma geral e mais alguns.
Exemplo: a lei penal que trata do infanticídio irá prevalecer sobre a lei penal que trata do homicídio, pois, além do elemento geral, possui o especializante.
‘Absorção e consunção: Nessa hipótese o crime fim absorve o crime meio.
Subsidiariedade: Se o crime fim não ocorreu, punir-se-á somente o crime meio. 
Aula 4: Princípios Fundamentais Do Direito Penal.
Humanidade Das Penas: As penas aplicadas aos agentes criminosos deverão sempre respeitar os Direitos Básicos do cidadão, garantindo-se a todos a dignidade da pessoa humana (Direitos Humanos).
Personalidade da Pena: A pena não deverá ultrapassar a pessoa do condenado.
Legalidade: Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.
Irretroatividade da lei penal: A lei penal é feita para o futuro, em regra, pois essa apenas retroagirá quando for a favor do réu, ou seja, benéfica com relação à lei anterior que regulou o fato ocorrido na sua vigência.
Anterioridade: Assim como o princípio da legalidade prediz, a lei deve ser anterior ao fato criminoso.
Intervenção Mínima: Não deve o Direito Penal criminalizar toda conduta antiética, também não ser esse utilizado como primeiro recurso a depender do ilícito, haja vista que é uma das áreas mais cinzentas do Direito, segundo a doutrina, cuja restrição chega incidir no Direito de liberdade dos cidadãos, deve ser esse, portanto a ultima ratio do Direito. 
Princípio da Fragmentariedade: O Direito penal se preocupa tão somente com as lesões mais graves aos bens jurídicos mais importantes, logo, constata-se que esse não se reserva a resguardar todo os bens jurídicos tutelados pelo ordenamento jurídico, muito menos todas as possíveis lesões a esses bens, portanto está ai o seu caráter fragmentário, se limitando a uma parcela restrita de ilicitude.
Princípio da Lesividade: O fato somente se entende como criminoso quando esse importa em lesão considerável à bem tutelado pelo Direito Penal. 
Princípio da Culpabilidade (Reprovabilidade Penal): Deve a conduta criminosa ser reprovável, reprovação essa legal, oposição real ao ordenamento jurídico vigente.
Princípio da Proporcionalidade: A pena deverá obter aplicação proporcional ao mal cometido pelo agente contra a vítima e consequentemente à sociedade.
Individualização da pena: Trata-se de relevar os aspectos pessoais de cada autor no momento da aplicação de sua pena, pois assim preleciona a constituição federal, punindo-se conforme as individualidades do agente criminoso.
Insignificância (Bagatela): Tem decidido em sede jurisprudencial, que certas condutas, ainda que Típicas, ilícitas, e culpáveis, não serão criminalizadas e punidas pelo simples fato de oferecerem ínfima e irrelevante lesão ao bem jurídico tutela pelo Direito Penal. 
Princípio da Adequação Social: Concebida por Hanz Welzel, preleciona que a conduta não será típica, ou seja, criminosa, se aceita e aderida pela massa coletiva que é a sociedade, será sim, concebida como um fato normal, social, comum e aceito.
Aula 5: Lei Penal No Tempo e Espaço
Retroatividade: Segundo a ressalva do parágrafo único do Art. 2°, C.P, deverá sim a lei penal retroagir nos casos em que favorecer o réu.
Ultratividade: É a possibilidade de lei penal revogada regular os crimes que ocorreram durante a sua vigência, não se aplicando a nova lei pelo motivo dessa ser mais severa. Obs. A lei temporária, ainda que extinta pelo decurso de seu prazo, valerá sim para aplicação legal aos casos ocorridos durante sua vigência.
Aula 6: Territorialidade e Extraterritorialidade da Lei Penal.
Abolitio Criminis: É a abolição de determinado tipo criminoso pela revogação de lei.
Lei Penal no Tempo: 
Teoria da atividade: O Direito Penal Brasileiro adotou em seu Art. 4°, C.P, a teoria da atividade, por proclamar que o tempo de crime se dará no momento da ação ou omissão do tipo criminoso, e não no do resultado.
Crime Permanente: A ação criminosa se perpetua no tempo, vindo a produzir efeitos sucessivos até que ação criminosa cesse. Obs. Súmula 711: STF Súmula nº 711 “Lei Penal Mais Grave - Aplicabilidade - Crime Continuado ou Crime Permanente - Vigência e Anterioridade    A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência”.
Lei Penal No Espaço:
Princípio da Territorialidade: Aplica-se a lei penal em todo o território Brasileiro, sem o prejuízo das convenções e tratado internacionais, sendo que assim, são considerados para fins legais, território e jurisdição Brasileira, os navios, embarcações e aeronaves públicas Brasileiras, no território em que elas estiverem da mesma forma ocorre com os navios, embarcações e aeronaves estrangeiras públicas, serão esses extensão de seu território, mesmo estando em alto mar ou no território nacional Brasileiro. Já as aeronaves, navios e embarcações privadas estrangeiras, estando no território nacional brasileiro, serão consideradas extensão territorial, porém, quando em alto mar, a jurisdição que prevalecerá, será a de sua bandeira.
Lugar do Crime: Segundo o art. 6°, C.P, o lugar do crime será aquele onde ocorreu a açãoou o resultado do crime, adotando assim a lei penal brasileira a teoria mista, ou, da ubiqüidade, valendo salientar que o mencionado dispositivo não define o fórum competente para o julgamento da ação, e sim se lei penal Brasileira será aplicada ou não, visto que essa se aplica, em regra, por todo o território nacional.
Princípio da Extraterritorialidade: Segundo esse conceito, elenca o Art. 7° as hipóteses em que se aplicará a lei penal em fato que ocorreu no estrangeiro, aplicação essa incondicionada (Art. 7°, C.P), ou, condicionada (Art. 7°, II).
Sentença Cumprida no Estrangeiro: Com o fim de se evitar a dupla punição desconta-se a pena já cumprida no estrangeiro quanto à sentença que ainda será cumprida no Brasil.
Eficácia de Sentença Penal Cumprida no estrangeiro (Art. 9°, C.P): Poderá ser homologada pelo STJ a sentença penal cumprida no estrangeiro somente nos casos de cumprimento de medida de segurança ou de reparação civil, caso contrário, jamais haverá essa hipótese. 
Aula 7: Teoria do Crime
Conceitos de Crime: 
Formal: Conduta humana que viola o ordenamento jurídico penal.
Material: Toda lesão ou risco de lesão á um bem jurídico penalmente tutelado pela lei criminal.
Analítico: Todo Fato típico + Antijurídico + Culpável.
	
			Crime
	
	Fato Típico
	Antijurídico
	Culpável
	Conduta: Dolosa/culposa – Comissiva/omissiva
	Obs. Quando o agente não atua em: Estado de Necessidade
	Imputabilidade
	Resultado
	Legítima defesa
	Exigibilidade de conduta diversa.
	Nexo de Causalidade
	Estrito Cumprimento do Dever Legal
	Potencial conhecimento sobre a ilicitude do fato.
	Tipicidade – Formal e Conglobante.
	Exercício regular de um Direito. Quando não houver o consentimento do ofendido como causa supralegal de exclusão da ilicitude.
	
Aula 8: Fato Típico
Fato Típico:
Conceito: Esta relacionado a um tipo incriminador penal. Ex: Matar alguém. Onde possui como elementos subjetivos, o dolo e a culpa. 
Conduta:
Conceito: O dolo e a culpa são elementos subjetivos do Direito Penal, ou seja, revelam a natureza da responsabilidade subjetiva que há no Direito Penal, em se tratando disso, quando não estão presentes esses, não haverá fato típico. 
Dolo ou Culpa
Crime Doloso: O agente quer o resultado, pode se manifestar essa vontade de maneira direta (dolo direto) ou na forma do dolo eventual (o agente prevê o resultado e assume o risco de produzi-lo, porém, desprezando a sua ocorrência).
Crime Culposo: O agente pratica o crime pela simples falta da observação do dever de cuidado, ou seja, pela imprudência, negligência ou imperícia.
Imprudência: é a culpa de quem age, ou seja, aquela que surge durante a realização de
um fato sem o cuidado necessário. Pode ser definida como a ação descuidada. Ex.:imprudente é o motorista que imprime velocidade excessiva em seu veículo ou o que desrespeita um sinal vermelho em um cruzamento.
Negligência: é um deixar de fazer aquilo que a diligência normal impunha. Ex.: o
motorista que não conserta os freios já gastos de seu automóvel ou o do pai que deixa
arma de fogo ao alcance de seus filhos menores.
Imperícia: é a demonstração de inaptidão técnica em profissão ou atividade. Consiste
na incapacidade, na falta de conhecimento ou habilidade para o exercício de
determinado senhor. Ex.: médico vai curar uma ferida e amputa a perna, atirador de
elite que mata a vítima, em vez de acertar o criminoso.
Espécies de Culpa:
1ª) Culpa inconsciente - é a culpa sem previsão, em que o agente não prevê o que era
previsível.
2ª) Culpa consciente ou com previsão - é aquela em que o agente prevê o resultado,
embora não o aceite. Há no agente a representação da possibilidade do resultado, mas
ele a afasta, de pronto, por entender que a evitará e que sua habilidade impedirá o
evento lesivo previsto.
Diferença entre Culpa Consciente e Dolo Eventual: 
Na culpa consciente, o agente prevê o resultado, mas acredita na sua não ocorrência; pois acredita que pode evitar o resultado que não é querido ou mesmo assumido pelo agente. 
Já no dolo eventual, agente não quer o resultado, mas assume o risco de produzi-lo e se vier a acontecer, pouco importa.
Crimes Preterdolosos: o agente pratica o crime com certos desejos, porém, supera esses vindo a alcançar, culposamente, um resultado que não desejava.
Obs. Para que a conduta criminosa seja culposa, o tipo incriminador deve assim estabelecer, pois em regra, os crimes são dolos, salvo se a lei penal prescrever sua forma culposa.
Ação ou Omissão
Crimes Comissivos: São aqueles em que para que se consume o resultado, há a exigência de um fazer, uma ação.
Crimes Omissivos: um deixar de fazer do agente, que configura na produção do resultado. 
Crimes Omissivos Próprios
(Puros)
São crimes de mera conduta. Ex: omissão de socorro, condescendência criminosa.
O fato de se omitir caracteriza o crime, independente de resultado.
Crimes Omissivos Impróprios - (comissivos por omissão)
Deve haver a prática de uma conduta que dê causa a um resultado.
Ocorre quando o agente estava obrigado a evitá-lo. 
Ex: Se um médico ao passar na rua, não atende uma pessoa que está passando mal, vai
responder pelo crime de omissão; já se ele estiver trabalhando num hospital e devido a
sua omissão o paciente vier a falecer, responderá pelo crime de homicídio culposo.
Pressupostos Fundamentais dos Crimes Omissivos Impróprios
 poder agir;
 evitabilidade do resultado;
 dever de impedir o resultado;
Resultado: 
Naturalístico: Alteração no mundo dos fatos provocada pelo agente, a qual é visível, física, material.
Jurídico ou normativo: Lesão ou risco de lesão que a conduta produz no bem jurídico, ou seja, todo crime possuirá esse resultado, porém nem sempre estará presente o resultado naturalístico.
Relação de Causalidade : É relação de causa e conseqüência entre a ação do agente criminoso e o seu resultado.
Causa: Toda ação ou omissão, dolosa ou culposa, que tenha dado resultado ao crime, e que sem ele, o referido não teria ocorrido. 
Tipicidade: É a adequação do fato criminoso ao tipo legal.
Aula 9: Antijuricidade (Ilicitude).
Conceito: É o fato que vai contra a lei jurídico penal, opondo-se ao ordenamento vigente. Pode ser questionada e discutida a licitude/ilicitude desse, haja vista que a lei coloca como possibilidade algumas situações em que será afasta a ilicitude do fato, ainda que típico e reprovável. 
Causa Excludentes da Ilicitude:
Estado de Necessidade: Sacrifício de um bem jurídico de maior ou igual valor, para salvar-se ou a terceiros de perigo atual que decorre de circunstâncias não provocadas essas pelo agente. 
Legitima Defesa: O indivíduo repele a injusta agressão de outro para salvar-se ou a terceiros.
Exercício Regular de um Direito: Age o indivíduo dentro dos limites autorizados pelo ordenamento jurídico. Ex: UFC.
Estrito Cumprimento do Dever Legal: Age o indivíduo amparado por um dever legal, como por exemplo, a atividade policial num mandado de busca e apreensão.
Consentimento do Ofendido: Trata-se de causa supralegal de exclusão da tipicidade válida somente com relação a bens jurídicos disponíveis.
Aula 10: Culpabilidade:
Conceito: Censurabilidade e reprovabilidade jurídico-penal do ato praticado, presente está essa quando preenchidos seus três elementos: Imputabilidade do agente + Exigibilidade de Conduta diversa + Potencial conhecimento da ilicitude.
Imputabilidade: É a capacidade pessoal e individual que tem o agente de responder pelo fato praticado, alcançada essa com a maioridade aos 18 anos de idade.
Inimputabilidade: É o oposto ao conceito anterior, sendo que a incapacidade Ex: Incapaz por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, nesse caso, exluir-se-a a culpabilidade, sendo o agente isento da pena.
Semi-inimputabilidade: São os que por desenvolvimento mental incompleto não eram inteiramente incapaz de compreender o ato ilícito, tendo-se a possibilidade de redução de sua pena de 1/3 a 2/3.
Obs. Embriaguez voluntária e emoçãonão excluem a culpabilidade, e quando essa primeira proveniente de caso fortuito ou força maior, extinta ou reduzida de 1/3 a 2/3 será a pena.
Consciência da Ilicitude: É o conhecimento do caráter injusto que possui o tipo criminal que o agente está praticando. 
Erro de Proibição: O agente atua amparado por uma falsa representação da realidade, achando estar agindo sem consciência do caráter injusto de sua pratica. Obs. Se o erro era evitável, a culpabilidade não será afastada, porém, cabendo a hipótese de redução de pena de 1/6 a 1/3. 
Discriminante putativa: O agente atua achando que sua ação é legitima por estar amparado por uma suposta causa de exclusão da ilicitude, achando que as circunstâncias justificam o seu agir. 
Exigibilidade de Conduta Diversa:
Conceito: Nesse instituto discute-se a possibilidade que o agente possuía ou não de agir de outro modo. 
Obediência Hierárquica: Caracteriza-se essa nas funções públicas, onde o agente, por motivos de hierarquia, atua obedecendo a ordem superior, a qual não é manifestamente ilegal, respondendo assim pelo fato criminoso o autor da ordem. 
Coação Moral Irresistível: O agente pratica o fato sendo coagido, não tendo como resistir a essa coação, respondendo pelo crime nessa hipótese, o autor da coação. 
Inexigibilidade de Conduta Diversa: Causa supralegal excludente da culpabilidade, onde, o agente pelas circunstâncias em que se encontrava, não poderia agir de outra maneira, a fim de resguardar-se. 
Causas excludentes da culpabilidade:
Inimputabilidade.
Erro de Proibição. 
Discriminante putativa.
Obediência Hierárquica.
Coação Moral Irresistível.
Inexigibilidade de Conduta Diversa.
Aula 11: Crime Consumado, Tentativa e arrependimento.
Crime Consumado: 
Conceito: Punido é o agente pela cominação completa do tipo, haja vista que o agente completou todas as fases do iter criminis:
Cogitação: Não é punida penalmente.
Preparação: Punem-se os atos de preparação apenas quando constituem infração penal autônoma.
Execução: Fase punível penalmente, já que o agente já inicia a pratica do crime colocando em risco o bem jurídico tutelado pelo Direito Penal.
Consumação: É o resultado alcançado pelo crime. 
Tentativa: 
Conceito: O agente não alcança a consumação, não sendo punido pela cominação completa do tipo, porém sim, obrigatoriamente, sendo punido pela cominação completa do tipo reduzida de 1/3 a 2/3, dependendo do grau de aproximação da consumação do delito, sendo assim, é combinado o tipo penal com o Art. 14 inc. II.
Tentativa Perfeita: O agente pratica os atos executórios, porém, não alcança a consumação por circunstâncias alheias a sua vontade. 
Tentativa Imperfeita: A ação do agente é interrompida, não esgotando ele sua potencial atitude lesiva.
Tentativa Branca: É a qual, segundo a doutrina, não produz quaisquer vestígios. 
Crimes que não admitem tentativa:
Mera conduta
Culposo
Habitual.
Omissivo próprio
Atentado
Desistência e Arrependimento:
Desistência Voluntária: O agente não chega à consumação por sua própria vontade, seu intento, respondendo penalmente somente se os atos que praticou até a preparação se esses configurarem crime autônomo.
Arrependimento Eficaz: O agente esgota o iter criminis, porém, arrependido, pratica uma conduta, impedindo a consumação de seu feito, respondendo ele agora, somente se os atos que praticou até a preparação se esses configurarem crime autônomo.
Arrependimento Posterior: Trata-se de restituição do objeto do crime a vitima, mesmo esgotado o iter criminis, restituição posterior, porém, ante da denúncia ou recebimento da queixa pelo juiz, sendo nessa hipótese cabível a redução de pena, além disso, vale ressaltar que esse instituto somente cabe aos crimes sem violência ou grave ameaça.
Aula 12: Crime Impossível e Flagrante.
Crime Impossível: 
Conceito: De acordo com o art. 17 não se pune o crime quando for ineficácia absoluta pelo meio de execução ou por impropriedade do objeto escolhido pelo agente do crime impossível, não há punibilidade porque a conduta praticada pelo agente, operar de sua intenção criminosa, não causa lesão ou risco de lesão ao bem jurídico.
Crime impossível por absoluta ineficácia do meio: Nesta hipótese, o agente fica impune apesar de sua intenção criminosa, pois executa o delito de maneira desastrosa, escolhendo uma maneira para realizar o crime que jamais lhe permitirá atingir a consumação.
Flagrante:
Flagrante preparado: onde a polícia induz alguém a praticar o crime, para que no momento da execução realizem o flagrante.
Flagrante esperado: A polícia é avisada do crime que está acontecendo, ou que está prestes a acontecer, e adota as medidas devidas para prender o flagrante criminoso no momento oportuno. O flagrante esperado é aceito pela jurisprudência, e não constitui crime impossível.
Flagrante forjado: A polícia “planta” provas contra alguém com a finalidade de incriminar a pessoa por um crime que não praticou o que obviamente é uma prisão legal. Nesta hipótese não se pune a tentativa, uma vez que a conduta do agente recai sobre um determinado o objeto que não é adequado para a consumação do crime. 
Aula 13: Crimes e suas Subspécies.
Sujeito Ativo: É aquele que pratica a conduta tipificada pela lei ou então aquele que colabora para a pratica do tipo penal.
Sujeito Passivo: O sujeito passivo é aquela pessoa contra quem é praticada conduta típica.
Obs. Crime próprio: é aquele que para se configurar exige uma qualidade especial do agente, ou seja, do sujeito ativo do crime. Ao contrário do crime comum, que é aquele tipo do crime que qualquer um pode praticar. Ex: Peculato.
Crime de Mão Própria: É aquele que o sujeito ativo pratica diretamente, e não tem como mandar alguém fazer em seu lugar. Ex: Prevaricação.
Obs. Crime vago: Os crimes vagos são aqueles em que o sujeito passivo é toda coletividade.
Objeto jurídico: Significa o bem jurídico que é tutelado pela norma incriminadora, o crime só se configura quando a conduta do agente produz lesão ou risco de lesão, ao bem jurídico, protegido pelo tipo penal.
Crime simples: È aquele que protege um único bem jurídico e o crime complexo, aquele que tutela mais de um bem jurídico. 
Crime Complexo: Ofende mais de um bem jurídico por possuir diversos núcleos na esfera de seu iter criminis.
Objeto Material: é a pessoa ou a coisa, sobre a qual recai a conduta criminosa. Todo crime tem objeto jurídico, mas nem todo crime tem objeto material.
Crime Material: São aqueles que necessitam da ocorrência do resultado descrito no tipo penal para que o delito seja consumado. Todos os crimes dolosos e materiais admitem tentativa e somente estarão consumados quando a alteração no mundo dos fatos prevista na norma incriminadora estiver configurada. Art. 121, Art. 157. E 155.
Crime Formal: É aquele que possui para a consumação do crime. Nesta espécie de crime. A descriminação típica da norma incriminadora prevê a consumação do delito mesmo que o resultado previsto no tipo não aconteça. Art. 317. (Também é chamado de crime de consumação antecipada uma vez que o crime formal está consumado antes mesmo de o resultado ocorrer. Ex: Art. 158. O crime Formal e doloso admite teoricamente à tentativa, mas na prática é muito difícil da tentativa se caracterizar.
Crime de mera conduta: Não possui nenhum resultado material previsto na norma incriminadora, onde a simples conduta adotada pelo agente já consuma o delito independente de qualquer resultado. Ex: Art. 14. Estatuto do desarmamento. Art. 135. Omissão de socorro.

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