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TCC GEORREFERENCIAMENTO Rafael Machado da Silva

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA 
CAMPUS SÃO GABRIEL 
CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL 
 
 
 
 
RAFAEL MACHADO DA SILVA 
 
 
 
 
GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS E REALIZAÇÃO 
DE LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS PLANIMÉTRICOS 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRILAR OBRIGATÓRIO 
 
 
 
 
 
SÃO GABRIEL 
2011 
 
 
 
Rafael Machado da Silva 
 
 
 
 
 
GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS E REALIZAÇÃO DE 
LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS PLANIMÉTRICOS 
 
 
 
 
 
Relatório de estágio obrigatório 
apresentado ao Curso de 
Engenharia Florestal, da 
Universidade Federal do Pampa 
(UNIPAMPA), RS, como requisito 
parcial para obtenção do grau de 
Engenheiro Florestal. 
 
 
 
 
 
ORIENTADORA: Profa. Dra. ANA CAROLINE PAIM BENEDETTI 
 
 
 
 
 
 
São Gabriel 
2011 
Rafael Machado da Silva 
 
 
 
GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS E REALIZAÇÃO DE 
LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS PLANIMÉTRICOS 
 
 
 
Relatório de estágio obrigatório 
apresentado ao Curso de Engenharia 
Florestal, da Universidade Federal do 
Pampa (UNIPAMPA), RS, como 
requisito parcial para obtenção do 
grau de Engenheiro Florestal. 
 
 
Área de concentração: Geomática 
 
Relatório defendido e aprovado em: 15/12/2011. 
Banca examinadora: 
 
______________________________________________________ 
Profa. Dra. Ana Caroline Paim Benedetti 
Orientadora 
Engenheira Florestal – UNIPAMPA 
 
 
______________________________________________________ 
Prof. Drª. Nirlene Fernandes Cechin 
Engenheira Florestal – UNIPAMPA 
 
 
 
______________________________________________________ 
Prof. M.Sc. André Carlos Cruz Copetti 
Engenheiro Agrônomo – UNIPAMPA 
 
 
______________________________________________________ 
Eng. Agrônomo Tiago de Carvalho Nobre 
Sócio Gerente – Responsável Técnico 
TCN Engenharia Ltda. 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 Lembrar de todos aqueles que contribuíram com este trabalho e a quem se 
deve agradecer é difícil. Deste modo, peço desculpas às pessoas que por ventura 
não serão citadas, pois foram muitos os que contribuíram com esse trabalho. 
Ao Engenheiro Agrônomo Tiago de Carvalho Nobre, sócio gerente da 
empresa TCN Engenharia Ltda. pela oportunidade de estágio, aprendizagem e infra-
estrutura fornecida, e aos demais colaboradores da empresa pelo conhecimento 
transmitido durante as atividades desenvolvidas. 
À professora e orientadora Dra. Ana Caroline Paim Benedetti pelo apoio, 
confiança, ensino, paciência e amizade. 
Agradeço, também, à professora Dra. Alexandra Augusti Boligon, 
coordenadora de estágios, por todo apoio fornecido. 
Aos meus pais, Maria Olina Machado da Silva e Valdemar Alves da Silva e ao 
meu irmão Daniel Machado da Silva pelo apoio e ensinamentos transmitidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
O presente estágio foi realizado na Empresa TCN Engenharia Ltda., sediada no 
município de São Gabriel, Rio Grande do Sul, no período compreendido entre seis 
de setembro e três de novembro de 2011, com o objetivo de realizar o 
georreferenciamento de um imóvel rural, desde a análise da documentação, a 
identificação das divisas, a implantação de marcos, o levantamento do perímetro do 
imóvel com a utilização do receptor GPS (Global Position System) (freqüência 
L1/L2), o tratamento de dados, a elaboração de plantas, os memoriais descritivos, a 
produção de tabelas e demais documentos necessários ao atendimento da Norma 
Técnica de Georreferenciamento de Imóveis Rurais e Lei 10.267/2001. Neste 
relatório consta a descrição dos levantamentos topográficos planimétricos e/ou 
planialtimétricos realizados pela empresa. 
 
 
Palavras-chave: georreferenciamento, receptores GPS, levantamentos topográficos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The present internship was conducted at company TCN Engenharia Ltda., based in 
São Gabriel, Rio Grande do Sul, in the period between September sixth and 
November third of 2011 , with the main purpose of running out the georeferencing of 
a countryside property, since the analisys of documentation, border identification, 
deployment marks, survey the perimeter the property with GPS receivers (Global 
Position System) (frequency L1/L2), data processing, plants development, 
descriptive memorials, tables and others documents necessary to meet the Technical 
Standard Georeferencing of Countryside Property and Law 10.267/2001. This report 
is also described the participation in the execution of planimetric surveying and / or 
planialtimetric made by the company. 
 
Keywords: Georeferencing, GPS receivers, surveying. 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ASCII - Código Padrão Americano para o Intercâmbio de Informação 
CAD- Desenho Auxiliado por Computador 
CTRS - Sistema de Referência Terrestre Convencional 
DoD -Departamento de Defesa Norte Americana 
DOP - Diluição da Precisão 
DWG - Development Working Group 
EUA - Estados Unidos da America 
GLONASS - Sistema de Navegação Global por Satélite 
GPS - Sistema de Posicionamento Global 
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária 
ITRF – Sistema de Referência Terrestre Internacional 
NTGIR - Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais 
PDOP - Diluição da Precisão no Posicionamento 
PPP - Posicionamento por Ponto Preciso 
PPS - Serviço de Posicionamento Preciso 
RADAR- Rádio Detection and Ranging 
RIBaC - Rede INCRA de Bases Comunitárias do GPS 
RINEX - Formato de Troca Independente de Receptor 
SGB - Sistema Geodésico Brasileiro 
SIRGAS - Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas 
SPS - Serviço de Posicionamento Padrão 
WGS 84 – World Geodetic System 1984 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
FIGURA 1 - Localiza da Fazenda Santa Lúcia, São Gabriel-RS, 
2011........................................................................................................................ 
20 
FIGURA 2 - Modelo de marco de concreto utilizado.............................................. 20 
FIGURA 3 (a;b) - Codificação das plaquetas, São Gabriel-RS, 
2011....................................................................................................................... 
21 
FIGURA 4 (a;b) - Fixação das plaquetas nos marcos com “veda calha”, São 
Gabriel-RS, 2011................................................................................................... 
21 
FIGURA 5 (a;b) - Vértices tipo M (marco), São Gabriel-RS, 
2011....................................................................................................................... 
22 
FIGURA 6 - Planta dos povoamentos da Empresas CMPC, São Gabriel-RS, 
2011....................................................................................................................... 
23 
FIGURA 7(a;b) - Colocação das plaquetas nos vértices tipo M (marco) na divisa 
da área pertencente a Empresas CMPC, São Gabriel-RS, 
2011....................................................................................................................... 
 
24 
FIGURA 8 - Coleta dos sinais GPS nos vértices na divisa da área pertencente a 
Empresas CMPC, São Gabriel-RS, 
2011....................................................................................................................... 
 
24 
FIGURA 9 - Coleta dos vértices tipo P (ponto) com GPS freqüência L1/L2 
“Hiper” da marca “Topcon” São Gabriel-RS, 
2011.......................................................................................................................25 
FIGURA 10 - Coleta de pontos para cálculos no programa AutoCAD e 
colocação dos marcos, São Gabriel-RS, 
2011....................................................................................................................... 
 
26 
Figura 11 - Programa de processamento de dados “Topcon Tools”.................... 28 
Figura 12 - Programa de processamento de dados “TopoEVN”........................... 29 
Figura 13 - Monografia do vértice de apoio na Fazenda Santa Lúcia.................. 32 
FIGURA 14 - GPS L1 PROMARK II E base, Cacequi-RS, 
2011....................................................................................................................... 
33 
FIGURA 15 - Mochila específica com receptor GPS móvel (ROVER) e antena 
acoplada, Cacequi-RS........................................................................................... 
34 
Figura 16 - Programa “Ashtech Solutions” com dados relativos ao trabalho 
desenvolvido.......................................................................................................... 
 
35 
FIGURA 17 - GPS L1 PROMARK II e a barra de inicialização, Cacequi-RS, 
2011....................................................................................................................... 
36 
FIGURA 18 - “Rover” responsável pelas linhas e estradas internas do 
povoamento, Cacequi-RS, 2011............................................................................ 
37 
Figura 19 - Visualização na forma de pontos no programa AutoCAD.................. 
 
38 
 
LISTA DE TABELAS 
 
TABELA 1- Cálculo analítico de área, azimutes, lados, coordenadas geográficas 
e UTM da fazenda Santa Lúcia no município de São Gabriel-RS, com sistema 
geodésico de referencia Sirgas2000, meridiano central 57 e Fuso 21J............... 
 
28 
TABELA 2 - Custos do Georreferenciamento da Fazenda Santa 
Lúcia....................................................................................................................... 41 
 
 
LISTA DE ANEXOS 
 
Anexo A - Classificação viária conforme o Plano Diretor do município São 
Gabriel - RS seguindo a Lei Complementar 002/2008.................................... 
 
45 
Anexo B - Relatório de Posicionamento de ponto preciso (PPP).................... 46 
Anexo C - Modelo de Memorial Descritivo....................................................... 47 
Anexo D - Modelo de declaração de respeito de limites.................................. 49 
Anexo E - Modelo da matrícula com Memorial Descritivo averbado............... 50 
Anexo F - Planta da área da empresa GRANFLOR referente aos novos 
plantios de Eucalyptus sp................................................................................ 
 
51 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. ORGANIZAÇÃO .............................................................................................................. 11 
2. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 12 
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................. 14 
3.1 O Sistema de Posicionamento Global (GPS) ................................................................. 14 
3.2 Sistema de referência .................................................................................................... 15 
3.3 Coordenadas dos satélites e as observáveis GPS ......................................................... 16 
3.4 Técnicas de posicionamento GPS ................................................................................. 16 
3.5 Aplicações do GPS ........................................................................................................ 17 
3.6 Lei Federal n.º 10267, de 28 de agosto de 2001 ............................................................ 18 
4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ..................................................................................... 19 
4.1 Georreferenciamento da Fazenda Santa Lúcia, município de São Gabriel-RS .............. 19 
4.2 Medição de uma área com povoamento de Eucalyptus sp. da empresa GRANFLOR ... 33 
5. RESULTADOS OBSERVADOS ....................................................................................... 39 
6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES .......................................................................... 42 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 43 
8. ANEXOS .......................................................................................................................... 45 
 
11 
 
1. ORGANIZAÇÃO 
 
 A TCN Engenharia LTDA., inscrita juridicamente sob o número 
08.053.687/0001-35, é uma empresa do ramo de prestação de serviços e desde 23 
de agosto de 2006 exerce suas atividades no município de São Gabriel-RS e em 
vários municípios da região da campanha e fronteira oeste do estado do Rio Grande 
do Sul. Realiza serviços de georreferenciamento, topografia, cartografia e projetos 
rurais aos proprietários de imóveis rurais e às principais instituições financeiras. 
Atualmente, a Empresa dispõe de um funcionário, diversos colaboradores e o sócio-
gerente, o qual é engenheiro agrônomo e o responsável técnico da empresa. As 
questões financeiras são atendidas por um escritório de contabilidade terceirizado. 
Tais áreas de conhecimento, por sua vez, possuem segmentos que vão desde o 
georreferenciamento de imóveis rurais para a certificação junto ao Instituto Nacional 
de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), e ainda levantamentos topográficos 
planimétricos e/ou planialtimétricos, tratamento de dados, elaboração de plantas e 
memoriais descritivos, que também fazem parte das atividades e serviços oferecidos 
pela empresa. 
 As atividades descritas acima compõem o leque de atividades que a TCN 
Engenharia LTDA. oferece para os seus clientes de São Gabriel e região. Desse 
modo, a empresa compreende que tais ferramentas são a melhor forma de 
reproduzir e informar com fidelidade todos os elementos que podem compor o 
imóvel rural, seja para cadastro, registro ou qualquer outra finalidade administrativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
2. INTRODUÇÃO 
 
O georreferenciamento é um processo indispensável para vários trabalhos, 
sendo o principal na certificação dos imóveis rurais junto ao INCRA, possibilitando 
aos técnicos que desejam trabalhar com esse procedimento aumentar seu leque de 
atuação. Por isso, profissionais da área florestal procuram especializar-se nesse 
ramo de trabalho, visto que, muito dos equipamentos, materiais de estudos e 
técnicas utilizadas neste procedimento são visualizadas na graduação em 
Engenharia Florestal, tanto em aulas teóricas como práticas. 
O Sistema de Posicionamento Global conhecido por GPS ou NAVSTAR-GPS 
(Navegation Satellite With Time and Ranging) pode fornecer precisa capacidade de 
navegação tridimensional, em qualquer parte da Terra. Velocidade e altitude 
também podem ser obtidas. Utilizando técnicas diferenciais e minimizando erros, o 
Sistema pode oferecer a alta precisão requerida em algumas aplicações. 
A ideia da utilização de corpos celestes para navegação acompanha o 
homem desde os primórdios da humanidade e, ao que tudo indica, este continuará 
durante muito tempo utilizando tais corpos para se orientar e, agora, utilizando-os 
dispostos convenientemente no espaço e sob seu inteiro controle. 
A navegação astronômica possui sérios inconvenientes, dentre os quais 
dependerem da observação de astros que precisam estar à disposição do usuário 
em qualquer ponto e a qualquer hora, em tempo real,da posição de usuários em 
alta dinâmica. Em compensação, uma vantagem deste sistema é que ele pode ser 
utilizado por qualquer pessoa habilitada, sem necessitar qualquer tipo de licença. 
O caminho para uma solução ampla foi dado a partir de pesquisas realizadas 
nas décadas de 70 e 80, pela Força Aérea dos Estados Unidos, que levaram ao 
desenvolvimento de um sistema de navegação por satélites denominado GPS. O 
Sistema foi originalmente projetado para uso militar, mas em 1980, uma decisão do 
então presidente Ronald Reagan liberou-o para o uso geral. Na época, o 
Departamento de Defesa Norte Americana (DoD) implantou um erro artificial no 
Sistema chamado "Disponibilidade Seletiva", para resguardar a segurança interna do 
país. 
O sistema é baseado em uma constelação de 24 satélites que orbitam a 
Terra, numa altitude de aproximadamente 20.200 Km, sendo um empreendimento 
grandioso feito pelo governo dos EUA (PERONI, 2004). 
13 
 
Na segunda Guerra Mundial ocorreu o desenvolvimento do RADAR (Rádio 
Detection and Ranging) pelos Estados Unidos da América, estes se utilizaram de 
sinais de rádio para obter uma determinada posição, alcançando um avanço 
significante na navegação. Os sinais de rádio são emitidos de transmissores 
exatamente ao mesmo tempo e têm a mesma velocidade de propagação. Um 
receptor localizado entre os transmissores detecta qual sinal chega primeiro e o 
tempo até a chegada do segundo sinal. Se o operador conhece as exatas 
localizações dos transmissores, a velocidade das ondas de rádio e o lapso de tempo 
entre os dois sinais, ele pode calcular sua localização em uma dimensão (PERONI, 
2004). 
O GPS funciona com base nos mesmos princípios; Neste sistema, os 
transmissores de rádio são substituídos por satélites que orbitam a Terra e permitem 
conhecer a posição em três dimensões: latitude, longitude e altitude. A tecnologia 
atual permite que qualquer pessoa possa se localizar no planeta com uma precisão 
nunca imaginada por navegantes e aventureiros há até bem pouco tempo (PERONI, 
2004). 
O sofisticado sistema que tornou realidade esse sonho auxilia aos 
profissionais e as empresas que se utilizam desta tecnologia (PERONI, 2004), como 
por exemplo, a TCN Engenharia Ltda. nos levantamentos topográficos planimétricos 
e levantamento do perímetro do imóvel com receptor de sinais de satélites. Com 
essa tecnologia, a imensa maioria dos imóveis rurais está sendo georreferenciada 
para que estes estejam adequados à Lei 10.267. 
O presente relatório tem como objetivo principal descrever o processo de 
georreferenciamento de imóvel rural, compreendendo desde a análise da 
documentação, a identificação das divisas, a implantação de marcos, o 
levantamento do perímetro com receptor GPS (freqüência L1/L2), o tratamento de 
dados, a elaboração de plantas, memoriais descritivos, de tabelas e demais 
documentos necessários ao atendimento da Norma Técnica de 
Georreferenciamento de Imóveis Rurais (NTGIR) - 2ª Edição e Lei 10.267 de 2001 e 
ainda, descrever a realização de levantamentos topográficos planimétricos. 
 
 
14 
 
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
 
3.1 O Sistema de Posicionamento Global (GPS) 
 
 De acordo com Peroni (2004), o funcionamento do sistema GPS se baseia no 
princípio da triangulação, segundo o qual o observador conhece a posição de um 
conjunto de satélites em relação a um referencial inercial e a sua posição em relação 
a este conjunto, e obtém sua própria posição no sistema de referência. O sistema de 
referência utilizado pelo sistema GPS é o World Geodetic System 1984 (WGS 84). 
 O GPS é dividido em três segmentos principais: dentre eles o segmento 
espacial, este constituído pelos satélites, o segmento de controle constituído pelas 
estações terrestres que controlam o desempenho e, também, o funcionamento do 
sistema que é o segmento usuário, constituído pelos usuários do sistema (PERONI, 
2004). 
 Conforme Monico (2000), a concepção do sistema GPS permite que o 
usuário, em qualquer local da superfície terrestre, ou próxima à ela, tenha a sua 
disposição, no mínimo, quatro satélites para serem rastreados. Esse número de 
satélites permite que se realize um posicionamento em tempo real. Para os usuários 
da área de Geodésia, uma característica muito importante da tecnologia GPS, em 
relação aos métodos de levantamento convencionais, é que não há a necessidade 
de intervisibilidade entre as estações. Além disso, o GPS pode ser utilizado sob 
quaisquer condições climáticas. 
 No GPS há dois tipos de serviços, os quais não conhecidos como SPS 
(Standard Positioning Service – Serviço de Posicionamento Padrão) e PPS (Precise 
Positioning Service – Serviço de Posicionamento Preciso). O SPS é um serviço de 
posicionamento e tempo padrão que está disponível a todos os usuários do globo, 
sem cobrança de qualquer taxa e o PPS proporciona melhores resultados (10 a 20 
metros), mas é restrito ao uso militar e aos usuários autorizados (MONICO, 2000). 
 Segundo Castillo (2002), cada satélite GPS transmite duas ondas portadoras: 
L1 e L2, sendo elas geradas a partir da freqüência fundamental de 10,23 MHZ, a 
qual é multiplicada por 154 e 120, respectivamente. 
15 
 
 O sistema de controle é composto por cinco estações monitoras (Ascendion 
Island, Diego Garcia, Kwajalein, Hawaii, Colorado Springs), três delas com antenas 
para transmitir os dados para os satélites (Ascendion Island, Diego Garcia, 
Kwajalein), e uma estação de controle central Master Control Station (MCS) 
localizada em Colorado Springs (CASTILLO, 2002). 
 Conforme Monico (2000), a maioria dos modelos iniciou com receptores de 
simples freqüência, adotando a técnica de correlação do código C/A 
(Course/Acquisition) e medidas de fase da portadora L1, com capacidade de rastrear 
apenas quatro satélites. Num segundo momento, a opção da portadora L2 foi 
acrescentada, usando a técnica de quadratura do sinal, e o número de satélites 
passíveis de serem rasteados simultaneamente aumentou. 
 
3.2 Sistema de referência 
 
 Para Monico (2000), os sistemas de coordenadas envolvidas no 
posicionamento por satélites são o celeste e o terrestre convencionais, os quais são 
geocêntricos. 
 A definição, a implantação e a manutenção do Sistema Geodésico Brasileiro 
(SGB) são de responsabilidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE) (MONICO, 2000). O referencial horizontal do SGB é definido sob a condição 
de paralelismo entre o seu Sistema de Coordenadas Cartesianas e o do CTRS 
(Conventional Terrestrial Reference System – Sistema de Referência Terrestre 
Convencional). 
 Para McCarthy (1992), é oportuno salientar que a Associação Internacional de 
Geodésia recomenda o uso do WGS 84 para fins de mapeamento, navegação ou 
banco de dados digitais. 
Desde 2005 o IBGE, através da Coordenação de Geodésia, incorporou nas 
suas atividades o processamento semanal dos dados de todas as estações da Rede 
Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS – RBMC, com o objetivo 
de avaliar a qualidade das observações GPS e a manutenção do novo Sistema de 
Referência Geocêntrico para as Américas - SIRGAS 2000 - oficialmente em uso no 
país desde fevereiro do mesmo ano. 
16 
 
Após três anos de experiência e otimização destas atividades, em maio de 
2008, o IBGE passou a ser um dos Centros de Análise SIRGAS, com a 
responsabilidade de processar os dados das estações GNSS contínuas que 
participam da parte central da Rede SIRGAS-CON e combinar as soluções 
semanais de todos os centros de processamento SIRGAS, colaborando assim com 
as atividades do Grupo de Trabalho I (Sistema de Referência) do SIRGAS (IBGE, 
2011). 
 
3.3Coordenadas dos satélites e as observáveis GPS 
 
 Para facilitar o intercâmbio de dados foi desenvolvido o formato “RINEX” 
(Receiver Independent Exchange Format), o qual consiste de três arquivos em 
ASCII, quais sejam: arquivos de observações, dados meteorológicos e de 
mensagens de navegação. As observáveis GPS, tal como todas as outras 
observáveis envolvidas nos processos de medidas, estão sujeitas aos erros 
aleatórios, sistemáticos e grosseiros. Para obter resultados confiáveis deve ser 
válido o modelo matemático (funcional e estocástico) estabelecido para a realidade 
física que se tenta descrever, e capaz de detectar problemas. Dessa forma as fontes 
de erros envolvidas nos processos de medidas devem ser bem conhecidas 
(MONICO, 2000). 
 
3.4 Técnicas de posicionamento GPS 
 
 Para Monico (2000), o posicionamento diz respeito à determinação da 
posição de objetos em relação a um referencial específico. Pode, então, ser 
classificado em posicionamento absoluto, quando as coordenadas estão associadas 
diretamente ao geocentro, e relativo, no caso em que as coordenadas são 
determinadas com relação a um referencial materializado por um ou mais vértices 
com coordenadas conhecidas. 
Os diversos DOPs (Dilution of Precision), freqüentemente usados em 
navegação e no planejamento de observações GPS, são obtidos a partir do conceito 
17 
 
de posicionamento por ponto (MONICO, 2000). O DOP auxilia na indicação da 
precisão dos resultados que serão obtidos. 
 Segundo Rocha (2000), a observável normalmente adotada no 
posicionamento relativo estático é a dupla diferença da fase de batimento da onda 
portadora, muito embora possa também utilizar a dupla diferença de 
pseudodistâncias, ou ambas. Os casos em que se têm duas observáveis 
proporcionam melhores resultados em termos de acurácia. Nesse tipo de 
posicionamento, dois ou mais receptores rastreiam, simultaneamente, os satélites 
visíveis por período de tempo que pode variar de dezenas de minutos, até algumas 
horas. 
 Conforme Monico (2000), o posicionamento relativo estático rápido segue, em 
linhas gerais, o mesmo princípio que do posicionamento estático. A diferença 
fundamental diz respeito ao período de ocupação da estação de interesse. A 
utilização do método estático rápido é propícia para levantamentos em que se 
deseja alta produtividade, mas há muitas obstruções entre as estações a serem 
levantadas. Pode-se utilizar nestes casos receptores de simples (L1) ou dupla 
freqüência (L1 e L2). Já no posicionamento cinemático tem-se como observável 
fundamental a fase da onda portadora, muito embora o uso da pseudodistância seja 
muito importante na solução do vetor ambigüidades. Os dados desse tipo de 
posicionamento podem ser processados após a coleta (pós-processado), ou durante 
a própria coleta (tempo real). 
 
3.5 Aplicações do GPS 
 
 O GPS tem facilitado amplamente todas as atividades que envolvem 
posicionamento, de alta, média e baixa precisão (MONICO, 2000). Portanto, as 
aplicações do GPS são inúmeras e vêm crescendo continuamente. Segundo o autor, 
algumas atividades em que o GPS tem sido utilizado extensivamente são: 
geodinâmica; navegação global e regional, estabelecimentos de redes geodésicas 
locais, regionais, continentais e globais (ativa e passiva); levantamentos geodésicos 
para fins de mapeamento, apoio fotogramétrico, controle de deformações; 
determinação altimétrica. 
18 
 
 Para tal, é necessário estabelecer os preceitos técnicos aplicáveis aos 
serviços de agrimensura, relacionados com as atividades fundiárias, objetivando a 
caracterização e o georreferenciamento de imóveis rurais por meio do levantamento 
e materialização de seus limites e posterior certificação desse trabalho junto ao 
INCRA conforme a Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais 
(NTGIR) 2a ed. / 2010/ revisada. 
 
3.6 Lei Federal n.º 10267, de 28 de agosto de 2001 
 
 Esta tem por finalidade que o registro vise dar autenticidade, segurança, 
publicidade e eficácia real à aquisição do imóvel, provar o direito de propriedade, 
arrecadar impostos e obter a determinação física do imóvel com a constante da 
matrícula, princípio da especialidade/georreferenciamento, em substituição às 
descrições precárias, bem como a arrecadação de tributos. Além disso, tem por 
intuito possibilitar uma exata coincidência dos elementos físicos do imóvel com os 
assentos registrais, refletindo o imóvel no fólio real com exatidão, alcançando a 
segurança jurídica almejada e evitando a sobreposição de áreas (INCRA, 2011). 
A data de início de contagem dos prazos é 20 de novembro de 2003 e as 
novas data prorrogando os prazos de exigência para o georreferenciamento e 
criando novo escalonamento de áreas, conforme a Presidência da República: Casa 
Civil - Subchefia para Assuntos Jurídicos, 2011. 
 
 Dez anos, para os imóveis com área de duzentos e cinquenta a menos de 
quinhentos hectares; 
 Treze anos, para os imóveis com área de cem a menos de duzentos e 
cinquenta hectares; 
 Dezesseis anos, para os imóveis com área de vinte e cinco a menos de cem 
hectares; e 
 Vinte anos, para os imóveis com área inferior a vinte e cinco hectares. 
 
Sendo assim, até o dia 20/11/2013, continua sendo exigido o georreferenciamento 
para imóveis com área igual ou superior a 500 ha. 
19 
 
4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
 
Esta seção compreende o relato de todas as atividades realizadas durante a 
execução do estágio curricular obrigatório e, também, na descrição dos 
equipamentos utilizados no processo envolvendo o georreferenciamento de imóveis 
rurais e os levantamentos topográficos planimétricos, tais como: marco, plaquetas 
de identificação dos vértices e receptores de sinais de satélites. 
 
4.1 Georreferenciamento da Fazenda Santa Lúcia, município de São Gabriel-RS 
 
 O processo do georreferenciamento apresenta várias etapas a serem 
cumpridas, estas são: 
 
 Analise da documentação do proprietário do imóvel rural; 
 Organização dos materiais para a realização do georreferenciamento; 
 Identificação das divisas (limites) do proprietário do imóvel rural; 
 Colocação dos vértices tipo M (marco) nas divisas do imóvel rural; 
 Levantamento do perímetro do imóvel rural com receptor de sinais de satélite; 
 Tratamento dos dados; 
 Confecção de tabelas; 
 Elaboração de plantas; 
 Documentação final. 
 
 A Fazenda Santa Lúcia localiza-se no município de São Gabriel, distrito do 
Batovi, com extensão superficial registrada de 807 ha, com coordenadas 
geográficas: 30°33’12,12” Sul e 54°29,09’22” Oeste, elevação de 191 metros 
(FIGURA 1). 
 Para a execução do georreferenciamento desse imóvel, as atividades 
iniciaram-se pela confecção dos marcos na sede da empresa TCN Engenharia Ltda. 
As dimensões dos marcos são estipuladas pela NTGIR 2a ed./ revisada, conforme a 
FIGURA 2. 
20 
 
 
Fonte: Google Earth. 
FIGURA 1 - Localiza da Fazenda Santa Lúcia, São Gabriel-RS, 2011. 
 
 
 Fonte: NTGIR 2a ed./ revisada. 
 FIGURA 2 - Modelo de marco de concreto utilizado. 
 
 Nesses marcos foram colocadas as plaquetas de identificação contendo o 
código do credenciado (A9N) pelo INCRA e a numeração correspondente para cada 
vértice tipo M (marco) (FIGURAS 3a e 3b). Este código, A9N, é disponibilizado para 
cada profissional que trabalha com georreferenciamento, pois quando for preciso 
21 
 
maiores informações basta acessar o site do INCRA e digitar este código, onde 
fornecera todas as informações sobre o profissional. 
 A fixação da plaqueta no marco é feita com o produto denominado “veda 
calha”, para que essa não venha a ser removida,e por ser um produto de fácil 
aplicação (FIGURAS 4a e 4b). 
 
 FIGURA 3 (a; b) - Codificação das plaquetas, São Gabriel-RS, 2011. 
 
 
FIGURA 4 (a; b) - Fixação das plaquetas nos marcos com “veda calha”, São Gabriel-
RS, 2011. 
 
 Neste trabalho, a partir da utilização de imagens do aplicativo Google Earth, 
para a visualização da área, foi estimada a utilização de cinqüenta e dois marcos, 
incluindo um a ser usado como base. 
a b 
a b 
22 
 
 No local, foi realizado o reconhecimento dos vértices limitantes do imóvel, 
onde foram alocados os marcos, conforme o plano de trabalho proposto, para na 
seqüência ser estacionado o receptor GPS. Os vértices tipo M (marco) foram 
implantados de modo que ficassem aproximadamente quinze centímetros para fora 
da terra (FIGURAS 5a e 5b). 
 
 
FIGURA 5(a; b) - Vértices tipo M (marco), São Gabriel-RS, 2011. 
 
 No local, foi constatado que a área vizinha, pertencente à antiga Empresa 
Aracruz Celulose, hoje Empresas CMPC, já possuía marcos em seus vértices. Desta 
forma, entrou-se em contato com o escritório da empresa para saber se a área já 
estava georreferenciada. No local há plantios de eucaliptos, e os vértices tipo M 
(marco) apresentavam-se sem a plaqueta de identificação do responsável técnico 
pelo trabalho. Após alguns dias, obteve-se resposta da Empresas CMPC que a área 
não havia sido georreferenciada, mas apenas medida. A partir desta informação 
entrou-se em contato com o responsável pela medição da área, o qual autorizou, de 
forma escrita, a utilização de seus marcos para o trabalho e, também, encaminhou o 
arquivo digital da área contendo a planta da medição (FIGURA 6). O arquivo foi de 
grande valia, pois com ele foram identificados todos os trinta e um vértices limítrofes 
com a Fazenda Santa Lúcia e, a distância de um ponto para o outro, bem como os 
vértices de difícil acesso que se encontravam dentro da mata nativa. 
a b 
23 
 
 
FIGURA 6 - Planta dos povoamentos da Empresas CMPC, São Gabriel-RS, 2011. 
 
 Nos vértices que fazem divisa com a área que seria georreferenciada, os 
quais não possuíam nenhuma identificação, foram colocadas as plaquetas 
identificando o responsável técnico da TCN Engenharia LTDA. (FIGURA 7). Na 
seqüência, foi colocado o receptor GPS de freqüência L1/L 2 modelo “Hiper” da 
marca “Topcon” nos vértices do imóvel que fazem limite com a Fazenda Santa Lúcia, 
e este foi configurado a uma taxa de coleta de 5 segundos (FIGURA 8). 
 
Divisa dos povoamentos da 
Empresas CMPC com a Fazenda 
Santa Lúcia 
24 
 
 
FIGURA 7(a; b) - Colocação das plaquetas nos vértices tipo M (marco) na divisa da 
área pertencente a Empresas CMPC, São Gabriel-RS, 2011. 
 
 
FIGURA 8 - Coleta dos sinais GPS nos vértices na divisa da área pertencente a 
Empresas CMPC, São Gabriel-RS, 2011. 
 
 Este tipo de receptor GPS, de dupla freqüência, tem por característica 
principal a resolução da ambigüidade em poucos minutos, pois o mesmo coleta os 
dados a partir de duas ondas portadoras (freqüências L1 e L2). Além disso, este 
receptor também coleta o sinal do sistema GLONASS (Sistema de Navegação 
A B 
GPS freqüência L1/L 2 “Hiper” 
 
Vértice tipo M (Marco) localizado na divisa da área pertencente 
a Empresas CMPC. 
25 
 
Global por Satélite), sistema russo com característica similar ao sistema GPS 
americano. Na teoria, um maior número de satélites facilitará o cálculo de uma 
posição mais precisa. 
 Após a realização desta etapa, foi necessário coletar os pontos nas estradas 
em torno da própria fazenda Santa Lúcia para que os vértices do imóvel, que fazem 
limite com as estradas municipais, sigam as diretrizes do Plano Diretor do Município 
conforme a Lei Complementar 002/2008, que classifica as estradas em principais e 
secundárias, determinando as suas faixas de domínio (Anexo A). Então, com a 
referência da faixa de domínio, ou seja, 30 metros para as principais e 20 metros 
para as secundárias, foram coletados vários pontos ao longo destas estradas 
(FIGURA 9). Para a coleta de sinais também foi utilizado o GPS freqüência L1/L 2 
“Hiper” da marca “Topcon”. 
 
 
FIGURA 9 - Coleta dos vértices tipo P (ponto) com GPS freqüência L1/L2 “Hiper” da 
marca “Topcon”, São Gabriel-RS, 2011. 
 
 Dentre os pontos coletados, coletaram-se sinais GPS onde existe divisa da 
propriedade com outros imóveis rurais e nestes locais, os vértices foram 
caracterizados como tipo M (marco). Para tal, foram utilizados piquetes, e nestes foi 
colocado o GPS freqüência L1/L 2 “Hiper” para que, posteriormente, com o auxilio 
do programa AutoCAD fosse calculado com melhor exatidão onde o marco seria 
GPS freqüência L1/L 2 “Hiper” 
26 
 
colocado, permanecendo em consonância com as faixas de domínio e com o 
alinhamento das divisas do imóvel rural (FIGURA 10). 
 
 
FIGURA 10 - Coleta de pontos para cálculos no programa AutoCAD e colocação dos 
marcos, São Gabriel-RS, 2011. 
 
 Após as coletas dos vértices tipo P (ponto) a campo, efetuou-se o download 
desses dados no computador e com o auxílio dos programas “Topcon Tools” para 
processar os dados e o AutoCAD para visualização destes pontos e cálculo da 
distância. Na seqüência, foram plotados os vértices tipo M (marco) no local mais 
exato possível que calculado pelo programa AutoCAD, então, foi verificado que 
estes ficaram em conformidade com o Plano Diretor do Município. Após esses 
procedimentos, a campo foram locados os marcos em todos os vértices da Fazenda 
Santa Lúcia e coletados os sinais GPS dos vértices tipo M (marco) restantes. 
 Com todos os dados obtidos, foi necessário fazer um “transporte de 
coordenadas” para amarrá-las a um sistema geodésico de referência na área onde 
seria desenvolvido o levantamento. Deste modo, havia a necessidade das 
coordenadas precisas da base, por isso foi utilizado à página do IBGE na internet, a 
qual fornece através da opção IBGE-PPP (Posicionamento por Ponto Preciso ou 
Posicionamento Absoluto Preciso), um serviço on-line para o pós-processamento de 
GPS freqüência L1/L 2 “Hiper” 
Piquetes auxiliando nos cálculos topográficos 
Área medida 
Divisa da área medida 
27 
 
dados GPS. Esse serviço permite aos usuários de GPS, obterem coordenadas de 
boa precisão no referencial SIRGAS 2000 e no ITRF (International Terrestrial 
Reference Frame). O IBGE-PPP processa dados GPS que foram coletados no modo 
estático de receptores de uma ou duas freqüências. 
Para tal, foram enviados os dados brutos do GPS para o IBGE em formato 
“RINEX” transformado no programa “Topcon Tools”, comprimidos em WINZIP, GZIP 
ou TAR-GZIP (o fato do arquivo estar comprimido reduz consideravelmente o tempo 
de recebimento das informações no sistema). O formato “RINEX” serve de 
intercâmbio entre os diferentes arquivos nativos, ou seja, um arquivo nativo de uma 
marca diferente de receptor pode ser aberto por qualquer programa de 
processamento de dados brutos. 
 No site do IBGE, na opção Geociências e em seguida PPP, foi anexado o 
arquivo já transformado em “RINEX”, único formato aceito pelo IBGE, o qual 
mandará um relatório do posicionamento por ponto preciso, contendo a Latitude, 
Longitude e a Altura Geométrica, conforme consta no Anexo B. 
 Também é possível usar esses novos dados corrigidos no aplicativo “Ashtech 
Solution” para o GPS modelo PROMARK II. Com o relatório de posicionamento de 
ponto preciso (PPP) transformou-se as coordenadas geográficas em UTM no 
programa “TopoEVN”. Após, foi realizado o processamento todos os dados no 
programa “Topcon Tools” (FIGURA 11), com a finalidade de observar se todos os 
vértices estavam em consonância com a NTGIR 2a ed./ revisada. 
28FIGURA 11 - Programa de processamento de dados “Topcon Tools”. 
 
 Com todos os dados processados foi utilizado o programa “TopoEVN” 
(FIGURA 12) para a elaboração da tabela de cálculo analítico de área, azimutes, 
lados, coordenadas geográficas e UTM (TABELA 1) correspondente à primeira 
Gleba do Imóvel Rural, conforme demonstrado na Figura 12. Este programa foi 
utilizado ainda para confeccionar o memorial descritivo (Anexo C). 
29 
 
 
FIGURA 12 - Programa de processamento de dados “TopoEVN” . 
 
 
TABELA 1 
Cálculo analítico de área, azimutes, lados, coordenadas geográficas e UTM da 
fazenda Santa Lúcia no município de São Gabriel-RS, com sistema geodésico de 
referencia Sirgas2000, meridiano central 57 e Fuso 21J. 
 
Estação Vante Coord. 
N(Y) 
Coord. E(X) Azimute Distância Fator 
Escala 
Latitude Longitude 
A9N-M-0464 A9N-M-0513 6.616.808,36 742.124,73 111°58'57" 6,03 m 1,00032322 30°33'24.255206"S 54°28'32.739196"W 
A9N-M-0513 A9N-O-0021 6.616.806,10 742.130,32 195°51'56" 87,38 m 1,00032325 30°33'24.324390"S 54°28'32.527617"W 
A9N-O-0021 A9N-O-0022 6.616.722,05 742.106,43 183°54'11" 21,65 m 1,00032311 30°33'27.069500"S 54°28'33.352766"W 
A9N-O-0022 A9N-O-0023 6.616.700,46 742.104,96 168°59'42" 49,74 m 1,0003231 30°33'27.771550"S 54°28'33.389874"W 
A9N-O-0023 A9N-O-0024 6.616.651,63 742.114,45 160°41'42" 78,73 m 1,00032315 30°33'29.349188"S 54°28'32.992775"W 
A9N-O-0024 A9N-O-0025 6.616.577,33 742.140,48 181°24'00" 4,14 m 1,00032331 30°33'31.741665"S 54°28'31.954255"W 
A9N-O-0025 A9N-O-0026 6.616.573,19 742.140,38 211°33'28" 4,19 m 1,00032331 30°33'31.875991"S 54°28'31.954569"W 
A9N-O-0026 A9N-O-0027 6.616.569,62 742.138,19 240°13'44" 203,49 m 1,0003233 30°33'31.993432"S 54°28'32.033786"W 
A9N-O-0027 A9N-O-0028 6.616.468,58 741.961,55 233°27'17" 30,05 m 1,00032224 30°33'35.401048"S 54°28'38.572838"W 
A9N-O-0028 A9N-O-0029 6.616.450,69 741.937,41 212°35'56" 20,44 m 1,0003221 30°33'35.999288"S 54°28'39.463129"W 
A9N-O-0029 A9N-O-0030 6.616.433,47 741.926,40 198°18'25" 251,89 m 1,00032203 30°33'36.566281"S 54°28'39.861732"W 
A9N-O-0030 A9N-O-0031 6.616.194,33 741.847,28 202°47'50" 117,86 m 1,00032156 30°33'44.384929"S 54°28'42.628092"W 
A9N-O-0031 A9N-O-0032 6.616.085,67 741.801,61 207°36'47" 468,61 m 1,00032129 30°33'47.944509"S 54°28'44.249582"W 
A9N-O-0032 A9N-O-0033 6.615.670,44 741.584,41 214°52'42" 33,97 m 1,00031999 30°34'01.578343"S 54°28'52.046887"W 
Continuação... 
Confecciona a tabela de cálculo 
analítico de área, azimutes, lados, 
coordenadas geográficas e UTM. 
Confecciona o Memorial Descritivo. 
GLEBA 1 
GLEBA 2 
30 
 
Estação Vante Coord. N(Y) Coord. E(X) Azimute Distância Fator Escala Latitude Longitude 
A9N-O-0033 A9N-O-0034 6.615.642,57 741.564,99 220°02'09" 710,76 m 1,00031987 30°34'02.496824"S 54°28'52.752003"W 
A9N-O-0034 A9N-O-0035 6.615.098,38 741.107,78 223°58'56" 44,58 m 1,00031715 30°34'20.489640"S 54°29'09.443786"W 
A9N-O-0035 A9N-O-0036 6.615.066,31 741.076,82 230°02'01" 156,04 m 1,00031697 30°34'21.553122"S 54°29'10.578037"W 
A9N-O-0036 A9N-O-0037 6.614.966,08 740.957,23 218°12'58" 15,37 m 1,00031626 30°34'24.892714"S 54°29'14.979740"W 
A9N-O-0037 A9N-O-0038 6.614.954,00 740.947,72 199°45'22" 13,55 m 1,0003162 30°34'25.291465"S 54°29'15.326220"W 
A9N-O-0038 A9N-O-0039 6.614.941,25 740.943,14 171°55'34" 14,83 m 1,00031617 30°34'25.708740"S 54°29'15.487367"W 
A9N-O-0039 A9N-O-0040 6.614.926,56 740.945,23 157°32'50" 175,69 m 1,00031618 30°34'26.183859"S 54°29'15.396933"W 
A9N-O-0040 A9N-O-0041 6.614.764,18 741.012,33 165°17'10" 13,09 m 1,00031658 30°34'31.405064"S 54°29'12.744157"W 
A9N-O-0041 A9N-O-0042 6.614.751,52 741.015,65 179°58'30" 11,61 m 1,0003166 30°34'31.813546"S 54°29'12.608852"W 
A9N-O-0042 A9N-O-0043 6.614.739,92 741.015,66 190°02'33" 12,95 m 1,0003166 30°34'32.190263"S 54°29'12.598942"W 
A9N-O-0043 A9N-O-0044 6.614.727,17 741.013,40 201°18'14" 10,41 m 1,00031659 30°34'32.605697"S 54°29'12.672956"W 
A9N-O-0044 A9N-O-0045 6.614.717,47 741.009,62 211°46'19" 11,65 m 1,00031657 30°34'32.923157"S 54°29'12.806676"W 
A9N-O-0045 A9N-O-0046 6.614.707,56 741.003,48 221°37'19" 122,67 m 1,00031653 30°34'33.249160"S 54°29'13.028549"W 
A9N-O-0046 A9N-M-0519 6.614.615,86 740.922,00 219°57'26" 15,55 m 1,00031605 30°34'36.284388"S 54°29'16.008013"W 
A9N-M-0519 A9N-O-0047 6.614.603,94 740.912,01 220°06'21" 32,81 m 1,00031599 30°34'36.678380"S 54°29'16.372539"W 
A9N-O-0047 A9N-O-0048 6.614.578,84 740.890,88 220°53'54" 177,59 m 1,00031586 30°34'37.508189"S 54°29'17.144384"W 
A9N-O-0048 A9N-M-0479 6.614.444,61 740.774,61 219°23'52" 16,88 m 1,00031517 30°34'41.948883"S 54°29'21.393262"W 
A9N-M-0479 A9N-M-0478 6.614.431,57 740.763,89 314°22'06" 403,64 m 1,00031511 30°34'42.379875"S 54°29'21.784120"W 
A9N-M-0478 A9N-M-0477 6.614.713,82 740.475,35 250°24'12" 376,02 m 1,00031339 30°34'33.428344"S 54°29'32.843059"W 
A9N-M-0477 A9N-M-0476 6.614.587,70 740.121,12 250°32'11" 18,70 m 1,00031129 30°34'37.777252"S 54°29'46.024743"W 
A9N-M-0476 A9N-M-0475 6.614.581,47 740.103,48 347°30'24" 181,88 m 1,00031119 30°34'37.992201"S 54°29'46.680869"W 
A9N-M-0475 A9N-M-0474 6.614.759,05 740.064,14 257°35'08" 115,45 m 1,00031096 30°34'32.257492"S 54°29'48.304824"W 
A9N-M-0474 A9N-M-0473 6.614.734,23 739.951,39 240°47'12" 161,35 m 1,00031029 30°34'33.144375"S 54°29'52.513312"W 
A9N-M-0473 A9N-M-0472 6.614.655,48 739.810,56 312°22'49" 140,25 m 1,00030945 30°34'35.801639"S 54°29'57.729815"W 
A9N-M-0472 A9N-M-0471 6.614.750,01 739.706,96 294°26'37" 317,08 m 1,00030884 30°34'32.808218"S 54°30'01.694524"W 
A9N-M-0471 A9N-M-0470 6.614.881,22 739.418,30 305°43'14" 157,80 m 1,00030713 30°34'28.757811"S 54°30'12.630942"W 
A9N-M-0470 A9N-M-0469 6.614.973,35 739.290,19 251°45'12" 167,37 m 1,00030638 30°34'25.859972"S 54°30'17.512905"W 
A9N-M-0469 A9N-M-0468 6.614.920,95 739.131,24 276°45'49" 99,48 m 1,00030544 30°34'27.675027"S 54°30'23.431267"W 
Continuação… 
 
 
31 
 
Estação Vante Coord. N(Y) Coord. E(X) Azimute Distância Fator Escala Latitude 
 
Longitude 
A9N-M-0466 A9N-M-0630 6.615.082,94 739.092,80 336°06'49" 31,58 m 1,00030521 30°34'22.445136"S 54°30'25.007389"W 
A9N-M-0630 A9N-M-0629 6.615.111,82 739.080,02 14°09'17" 215,54 m 1,00030514 30°34'21.517204"S 54°30'25.510994"W 
A9N-M-0629 A9N-M-0628 6.615.320,81 739.132,72 66°35'50" 59,60 m 1,00030545 30°34'14.696508"S 54°30'23.707678"W 
A9N-M-0628 A9N-M-0627 6.615.344,48 739.187,42 39°56'04" 89,11 m 1,00030577 30°34'13.888897"S 54°30'21.675830"W 
A9N-M-0627 A9N-M-0626 6.615.412,81 739.244,62 81°12'53" 44,60 m 1,00030611 30°34'11.630119"S 54°30'19.587120"W 
A9N-M-0626 A9N-M-0625 6.615.419,62 739.288,70 14°44'08" 44,86 m 1,00030637 30°34'11.377329"S 54°30'17.939507"W 
A9N-M-0625 A9N-M-0624 6.615.463,00 739.300,11 45°46'39" 43,56 m 1,00030644 30°34'09.961211"S 54°30'17.547632"W 
A9N-M-0624 A9N-M-0623 6.615.493,38 739.331,33 41°05'15" 117,63 m 1,00030662 30°34'08.952772"S 54°30'16.402083"W 
A9N-M-0623 A9N-M-0622 6.615.582,05 739.408,64 74°21'49" 70,06 m 1,00030708 30°34'06.019643"S 54°30'13.576171"W 
A9N-M-0622 A9N-M-0621 6.615.600,93 739.476,11 49°58'23" 110,56 m 1,00030748 30°34'05.358200"S 54°30'11.061317"W 
A9N-M-0621 A9N-M-0620 6.615.672,04 739.560,77 9°12'25" 16,23 m 1,00030798 30°34'02.989476"S 54°30'07.945186"W 
A9N-M-0620 A9N-M-0619 6.615.688,06 739.563,37 79°13'15" 66,29 m 1,00030799 30°34'02.467621"S 54°30'07.861115"W 
A9N-M-0619 A9N-M-0618 6.615.700,46 739.628,49 58°57'30" 70,57 m 1,00030838 30°34'02.018385"S 54°30'05.429192"W 
A9N-M-0618 A9N-M-0617 6.615.736,85 739.688,95 69°02'38" 30,12 m 1,00030874 30°34'00.793835"S 54°30'03.191831"W 
A9N-M-0617 A9N-M-0616 6.615.747,62 739.717,08 78°14'13" 20,44 m 1,0003089 30°34'00.423903"S 54°30'02.145727"W 
A9N-M-0616 A9N-M-0615 6.615.751,79 739.737,09 109°09'03" 60,56 m 1,00030902 30°34'00.274226"S 54°30'01.398579"WA9N-M-0615 A9N-M-0614 6.615.731,92 739.794,30 63°37'17" 108,97 m 1,00030936 30°34'00.877796"S 54°29'59.236367"W 
A9N-M-0614 A9N-M-0613 6.615.780,34 739.891,93 54°09'48" 201,58 m 1,00030994 30°33'59.236065"S 54°29'55.615191"W 
A9N-M-0613 A9N-M-0612 6.615.898,36 740.055,35 80°07'05" 196,46 m 1,0003109 30°33'55.287834"S 54°29'49.584445"W 
A9N-M-0612 A9N-M-0611 6.615.932,07 740.248,90 66°20'14" 73,84 m 1,00031205 30°33'54.053918"S 54°29'42.353809"W 
A9N-M-0611 A9N-M-0610 6.615.961,71 740.316,53 79°26'11" 29,82 m 1,00031245 30°33'53.043275"S 54°29'39.842087"W 
A9N-M-0610 A9N-M-0609 6.615.967,18 740.345,85 73°58'26" 112,53 m 1,00031263 30°33'52.844649"S 54°29'38.747065"W 
A9N-M-0609 A9N-M-0608 6.615.998,24 740.454,00 169°48'19" 28,30 m 1,00031327 30°33'51.758278"S 54°29'34.716789"W 
A9N-M-0608 A9N-M-0607 6.615.970,39 740.459,01 85°04'05" 110,74 m 1,0003133 30°33'52.658708"S 54°29'34.505654"W 
A9N-M-0607 A9N-M-0606 6.615.979,91 740.569,34 96°14'49" 34,91 m 1,00031395 30°33'52.269960"S 54°29'30.375653"W 
A9N-M-0606 A9N-M-0605 6.615.976,11 740.604,05 99°01'12" 112,30 m 1,00031416 30°33'52.368161"S 54°29'29.070914"W 
A9N-M-0605 A9N-M-0604 6.615.958,50 740.714,96 122°04'47" 53,69 m 1,00031482 30°33'52.859338"S 54°29'24.896635"W 
A9N-M-0604 A9N-M-0603 6.615.929,99 740.760,45 76°53'33" 66,49 m 1,00031509 30°33'53.751821"S 54°29'23.166726"W 
Conclusão… 
 
 
32 
 
Estação Vante Coord. N(Y) Coord. E(X) Azimute Distância Fator Escala Latitude Longitude 
A9N-M-0603 A9N-M-0602 6.615.945,07 740.825,20 89°02'33" 67,93 m 1,00031547 30°33'53.215630"S 54°29'20.750817"W 
A9N-M-0602 A9N-M-0601 6.615.946,20 740.893,12 38°27'21" 349,70 m 1,00031588 30°33'53.129628"S 54°29'18.204516"W 
A9N-M-0601 A9N-M-0600 6.616.220,05 741.110,60 69°28'07" 652,69 m 1,00031717 30°33'44.084623"S 54°29'10.277357"W 
A9N-M-0600 A9N-M-0465 6.616.448,96 741.721,83 69°35'34" 316,07 m 1,00032081 30°33'36.212049"S 54°28'47.546482"W 
A9N-M-0465 A9N-M-0464 6.616.559,17 742.018,07 23°10'21" 271,05 m 1,00032258 30°33'32.419920"S 54°28'36.529654"W 
 
 Conforme exige a NTGIR 2a ed./ revisada foi elaborada a monografia do 
marco de apoio para uma melhor descrição do local de onde está à base (vértice 
tipo M - marco) (FIGURA 13), bem como a declaração de respeito de limites (Anexo 
D), outra exigência da norma técnica. 
 Por último, é apresentado um modelo de matricula com Memorial Descritivo 
averbado (Anexo E) que é o objetivo da atividade de georreferenciamento de um 
imóvel rural. 
 
 
 FIGURA 13 - Monografia do vértice de apoio na Fazenda Santa Lúcia. 
33 
 
4.2 Medição de uma área com povoamento de Eucalyptus sp. da empresa 
GRANFLOR 
 
 A empresa Granflor Gestão de Empreendimentos Florestais solicitou para a 
TCN Engenharia LTDA. a medição de uma área que contém povoamentos jovens de 
Eucalyptus sp. (Clone G23 e 2864), com aproximadamente um ano de idade, para 
que fosse estimada a área de efetivo plantio. Os povoamentos florestais estão 
localizados no município de Cacequi, Rio Grande do Sul. No local, com o auxílio do 
responsável pelos povoamentos da Granflor, foram identificadas as áreas que 
deveriam ser medidas. 
 Para a realização do trabalho foram utilizados três receptores GPS simples 
freqüência (L1), modelo PROMARK II, sendo que dois serviram de “Rover” (receptor 
GPS móvel) e o terceiro serviu como base (FIGURA 14). 
 O trabalho prosseguiu da seguinte forma: a base foi instalada em local 
apropriado, sem muitos obstáculos, para evitar a perda de sinal, sendo que esta 
ficou ligada coletando os sinais GPS por um período de oito horas. 
 
 
 FIGURA 14 - GPS L1 PROMARK II E base, Cacequi-RS, 2011. 
 
GPS L1 PROMARK II BASE 
34 
 
 Um “Rover” (receptor GPS móvel) foi usado para coletar os pontos das linhas 
externas dos povoamentos, ou seja, o contorno das áreas de efetivo plantio. O 
receptor, para um melhor rendimento do serviço, foi utilizada uma moto (FIGURA15), 
foi colocado em uma mochila específica para que o operador pudesse desempenhar 
melhor a atividade, pois assim emprega uma maior velocidade em relação aos 
deslocamentos a pé. O trabalho é pouco diferente do deslocamento a pé, pois com o 
veículo o operador anota somente os pontos iniciais e finais da área percorrida. Visto 
que, no deslocamento com a moto, o receptor móvel coleta sinais GPS de 2 em 2 
segundos (taxa de coleta), desenhando todo o percurso realizado. Posteriormente, 
com o auxílio do programa AutoCAD estes pontos podem ser visualizados. Após, os 
pontos são indicados na anotação para serem processados no programa “Ashtech 
Solutions”, específico para este tipo de GPS (FIGURA16). 
 
 
FIGURA 15 - Mochila específica com receptor GPS móvel (ROVER) e antena 
acoplada, Cacequi-RS, 2011. 
 
 
 
 
 
Mochila com GPS e antena 
35 
 
 
FIGURA 16 - Programa “Ashtech Solutions” com dados relativos ao trabalho 
desenvolvido. 
 
 Foi utilizada a barra de inicialização para ativar rapidamente o receptor móvel 
GPS L1 PROMARK II(FIGURA 17). A barra é montada sobre um tripé e junto à 
baliza, com a finalidade de fornecer uma linha de base para a inicialização, com a 
precisão de 0,2 metros. O adaptador de antena foi inserido na ponta livre da barra 
de inicialização e durante 5 minutos recebeu a antena móvel para a rápida 
localização do GPS móvel. 
 
Ponto do “Rover” (moto) descarregado 
MOV1 = “Rover” com tempo de trabalho 
BASE = Base com o tempo de trabalho 
 
Dados do trabalho como a coleta dos sinais GPS de 2 em 2 segundos 
36 
 
 
FIGURA 17 - GPS L1 PROMARK II e a barra de inicialização, Cacequi-RS, 2011. 
 
 O outro receptor móvel (ROVER) (FIGURA 18) foi utilizado para determinar as 
linhas internas dos povoamentos, ou seja, em cada linha de plantio dos 
povoamentos de eucalipto foram coletados dois sinas GPS. Um sinal coletado no 
início da linha de plantio e outro de 8 a 10 m à frente na mesma linha. Além disso, o 
receptor serviu para determinar as estradas internas dos povoamentos. 
Barra de inicialização Antena e GPS L1 PROMARK II 
37 
 
 
FIGURA 18 - “Rover” responsável pelas linhas e estradas internas do povoamento, 
Cacequi-RS, 2011. 
 
Após a realização da atividade, no escritório da TCN Engenharia, foram 
descarregados os dados dos três receptores GPS. A seguir, estes foram 
processados, então, foi verificado se os mesmos formavam vetores (mesmos sinais, 
mesmos satélites, na mesma hora de trabalho). Em seguida, os dados foram 
transformados no modo Development Working Group (DWG) para serem exportados 
e obter compatibilidade no programa AutoCAD. Após, foram visualizados todos os 
pontos coletados e feita a constatação que estes não se sobrepõem. Por isso, 
juntando os dados dos “Rover” (receptor GPS móvel), as áreasdas linhas de plantio 
e das estradas, foi visualizado, com exatidão, no programa AutoCAD (FIGURA 19) 
através da plotagem dos pontos. Posteriormente, foi confeccionada a planta para a 
empresa Granflor com as devidas definições das áreas de plantio e espécies de 
clones de eucalipto por área (ANEXO F). 
 
GPS móvel com a antena 
38 
 
 
 FIGURA 19 - Visualização na forma de pontos no programa AutoCAD. 
 
 
Preto pontilhado= Áreas de plantio 
Amarelo= Estradas do povoamento 
Magenta 
= 
Linhas 
de 
plantio 
Magenta = 
Linhas de 
plantio 
Verde = 
Área não 
plantada 
39 
 
5. RESULTADOS OBSERVADOS 
 
 O georreferenciamento de imóveis, por ser um procedimento relativamente 
novo, em vigor desde agosto de 2001, ainda apresenta problemas que podem ser 
classificados de dois modos: os problemas conjunturais e os problemas práticos. 
 
a) Conjunturais 
 
a.1) Profissionais mal preparados:em casos já observados por profissionais da área, 
há relatos que outros profissionais, mal preparados, assumem a responsabilidade 
de georreferenciar um imóvel rural e certificá-lo no INCRA. O produto final 
apresentado é o total desconhecimento das técnicas e dos procedimentos 
necessários para realizar o georreferenciamento e, como resultado, observa-se a 
não conclusão do que foi proposto, ou seja, o imóvel certificado no INCRA. 
 
a.2) NTGIR com item discutível: A Norma Técnica para Georreferenciamento de 
Imóveis Rurais se apresenta com esta característica, gerando dúvidas na realização 
do serviço. Como exemplo a norma ampara da seguinte forma: se forem 
aproveitados palanques ou mourões, as plaquetas poderão ser posicionadas no topo 
ou na lateral dos mesmos, objetivando a conservação e a identificação do vértice 
(NTGIR 2a ed./ revisada). Este é um item discutível em relação ao vértice tipo M 
(marco), pois com este procedimento em caso de uso do vértice por outro 
profissional, este não saberá onde estacionar o seu receptor GPS, pois não terá 
nenhuma certeza de onde o outro profissional coletou os sinais GPS, caso não 
tenha nenhuma identificação ou outro objeto (plaquetas) que demonstre que é o 
local correto para a coleta. 
 
a.3) Erros históricos nos cadastros (Registros): Os cartórios de registro de imóveis 
faziam uma matricula única para a propriedade, e mesmo que o proprietário 
comprasse mais hectares esta continuava única. De modo que, é errado, pois cada 
compra deverá ter uma nova matricula registrada no cartório de imóveis com o 
memorial descritivo mais completo. Assim, isto não foi feito no passado o que reflete 
40 
 
no futuro. Como exemplo, pode-se citar na região centro-oeste do país que existem 
áreas registradas no cartório muito maior que a área do próprio município. 
 
a.4) Burocracia no INCRA: O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária 
(INCRA) deveria disponibilizar um banco de dados dos imóveis já georreferenciados 
para diminuir a burocracia, pois cada vez que o profissional precisa obter 
informações de uma área lindeira a que ele vai trabalhar necessita procurar direto o 
profissional responsável pelo serviço ao lado do seu para obter maiores 
informações. 
 
a.5) Descrição das matriculas muito falhas: Estes problemas são muito recorrentes a 
medida que as matrículas são muito antigas, ou seja, não atualizadas. Também, são 
não precisas como exemplo já visto, é à descrição do imóvel rural esta confrontando 
com o vizinho ao Norte e na verdade é no Sul. Outro problema há muitas áreas em 
condomínios, sendo estes com má descrição dos condôminos, inclusive para a área 
interna e externa. 
 
b) Práticos 
 
b.1) Altura e local do marco no solo: O vértice tipo M (marco) deve ficar 
aproximadamente a quinze centímetros do solo e bem no vértice do imóvel rural 
(NTGIR 2a ed./ revisada). Deveria ficar pouco mais alto do solo, porque como passar 
do tempo este vai sendo aterrado por vários fatores o que dificulta a sua localização 
por outros profissionais quando necessário. No local há, também, o problema da 
confecção da cerca, pois esta inclui arames que ficam sob o solo e no momento da 
abertura do buraco para colocar o marco dificulta o serviço ou o marco não fica no 
local exato. 
 
b.2) Funcionários das propriedades que mexem nos marcos nas trocas de cercas 
(divisas): O problema do desconhecimento por parte dos funcionários dos vértices 
tipo M (marco), os quais retiram os marcos e recolocam em outro local na mudança 
da cercas. Estes desconhecem que aqueles objetos fazem parte de um sistema de 
coordenadas e que no futuro prejudicará o outro profissional que precisará utilizar 
estes vértices para coletar as mesmas coordenadas. 
41 
 
b.3) Perde de qualidade dos sinais GPS dentro da mata nativa: No receptor GPS, 
mesmo de freqüência L1 e L2 ocorrem grandes perdas na qualidade do sinal 
coletado, devido ao grande bloqueio de mata acima dele. Visualizado com os 
PDOPs ruins (Diluição da Precisão no Posicionamento) e nos desvios padrões mais 
altos. A solução adotada, e mais eficaz, é a permanência no local coletando sinais 
GPS em maior tempo. 
 
Além dos problemas conjunturais e práticos, o georreferenciamento demanda 
certo recurso financeiro inicial para a aquisição dos materiais necessários e outros 
gastos que são imprescindíveis, encarecendo todo o georreferenciamento do imóvel 
rural (TABELA 2). 
 
TABELA 2 
 Custos do Georreferencimento da Fazenda Santa Lúcia 
Despesas Quantidade 
Valor unit. 
(R$) 
Total 
(R$) 
Alimentação dos funcionários 8 15,00 120,00 
Combustível (viagens) 8 40,00 320,00 
Copia autenticada e atualizada da 
matrícula 1 26,70 26,70 
Funcionário (15% do V. bruto) 1 1815,75 1815,75 
Impressões 50 0,10 5,00 
Marcos (Vértice tipo M) 52 10,00 520,00 
Planta final da área 2 25,00 50,00 
Plaquetas de identificação 83 3,00 249,00 
Registro no cartório de títulos de 
documentos da declaração de 
respeito de divisas do memorial 
descritivo e planta 1 93,60 93,60 
Veda Calha (cola) 2 12,00 24,00 
Subtotal - - 3224,05 
Valor Bruto 
 
Valor cobrado por hectare - 15,00 - 
Área da Fazenda Santa Lúcia (ha) 807 - 12105,00 
Valor Líquido - - 8880,95 
 
 
 
 
42 
 
6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 
 
 O georreferenciamento é um processo que requer o conhecimento das 
técnicas a serem utilizadas, demandando tempo e recursos para o seu 
desenvolvimento. Entretanto, os custos do processo serão diluídos ao longo do 
tempo, visto que há a necessidade dos proprietários em ter as suas áreas 
georreferenciadas de acordo com a Lei 10.267, a qual exige que estas estejam 
certificadas junto ao INCRA e, principalmente, terem as descrições dos perímetros 
averbadas nas respectivas matrículas. Agindo conforme a lei, os proprietários terão 
a segurança de planejar as suas atividades conforme as suas demandas sem 
possíveis interdições e paralisações. 
O georreferenciamento tem muito a contribuir com cadastro nacional 
organizado e sério, não permitindo sobreposição de áreas registradas em cartórios, 
uma vez que a descrição do perímetro é única. 
Desta forma, o trabalho realizado durante o estágio obrigatório, oportunizou 
um maior aprendizado nas áreas da topografia e cartografia e ainda no 
procedimento de georreferenciamento, colocando em prática os conceitos vistos em 
sala de aula. Além disso, a experiência adquirida com o estágio será de grande valia 
para a minha formação profissional e proporcionará experiência para concorrer com 
outros profissionais em busca de oportunidades nesse mercado de trabalho que 
atualmente encontra-se em expansão. 
43 
 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
CASTILLO, D. R. M. Recepção de Sinais GPS: Simulação e Análise por 
Software. Dissertação (Mestrado em Engenharia Eletrônica e Computação) – 
Instituto Tecnológico de Aeronáutica. 2002.129p. 
 
 
IBGE. Geodésia: Posicionamento por Ponto Preciso (PPP). Disponível em: 
<http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/ >. Acesso em: 17 out 2011. 
 
 
IBGE. SIRGAS - Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas. 
Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/centros_apre 
s.shtm>. Acesso em: 31 out 2011. 
 
 
INCRA. Lei Federal n.º 10267, de 28 de agosto de 2001. Disponível em: < 
http://www.incra.gov.br/portal/index.php?option=com_docman&Itemid=295>. Acesso 
em: 31 out 2011. 
 
 
INCRA. Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais. Brasília, nov. 
2003. Disponível em: 
http://www.idam.am.gov.br/arquivo/recomendacoes/d5481f49d90f896dbf77a89c9f6df
419.pdf>. Acesso em: 28 dez 2011. 
 
 
McCARTHY, D. D. IERS Standards(1992), IERS Technical Note 13, Central Bureau 
of IERS - Observatoire de Paris, 150p., 1992. 
 
 
MONICO, J.F.G. Posicionamento pelo NAVSTAR-GPS: descrição, fundamento e 
aplicações. São Paulo: Ed. UNESP, 2000. 287p. 
 
 
NORMA TÉCNICA PARA GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS. 2 ed 
/ Revisada. p. 83. Agosto de 2010. 
 
 
PERONI, R. Apostila 4 – Fundamentos de GPS. 2004. 37p. Disponível em: 
<http://minx.com.br/manual_GPS.pdf>. Acesso em: 16 out 2011. 
 
 
Prefeitura Municipal de São Gabriel-RS, governo 2009/2012. Disponível em: < 
http://www.saogabriel.rs.gov.br/portal/index.php?Conteudo=plano_diretor>. Acesso 
em: 27 dez 2011. 
 
 
44 
 
Presidência da República: Casa Civil - Subchefia para Assuntos Jurídicos. 
DECRETO Nº 7.620, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2011. Disponível em:< 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7620.htm>. 
Acesso em: 28 dez 2011. 
 
 
ROCHA, C. H. B. Geoprocessamento: tecnologia transdiciplinar. Barra Rocha. 
Juiz de Fora, MG: ed. do Autor, 2000. 220p. 
45 
 
8. ANEXOS 
 
Anexo A - Classificação viária conforme o Plano Diretor do município São Gabriel - 
RS seguindo a Lei Complementar 002/2008. 
 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de São Gabriel-RS, 2011. 
 
 
 
 
 
46 
 
Anexo B - Relatório de Posicionamento de ponto preciso (PPP). 
 
 
Fonte: IBGE, 2011. 
 
47 
 
Anexo C - Modelo de Memorial Descritivo. 
 
MEMORIAL DESCRITIVO 
 
 
Imóvel: Fazenda do Talhaço Comarca: São Gabriel 
Proprietário: Espólio de Branca Menna Barreto Petrarca 
Município: São Gabriel U.F.: RS 
Matrícula: 19.308 Código SNCR: 864.110.033.952-2 
Área (ha): 708,2723 Perímetro (m): 12.547,95 
 
 
 Inicia-se a descrição deste perímetro no vértice A9N-M-0268, de coordenadas N 6.630.706,695m e E 
740.070,568m, situado na divisa da Agropecuária São Luiz, código INCRA 864.110.032.930-6, e da Cabanha do Talhaço, código 
INCRA 864.110.032.921-7; deste, segue confrontando com a Cabanha do Talhaço, com os seguintes azimutes e distâncias: 179°55'10" 
e 400,94 m até o vértice A9N-M-0269, de coordenadas N 6.630.305,757m e E 740.071,132m; 157°27'31" e 9,07 m até o vértice A9N-
M-0270, de coordenadas N 6.630.297,378m e E 740.074,609m; 170°12'42" e 21,84 m até o vértice A9N-M-0271, de coordenadas N 
6.630.275,853m e E 740.078,323m, situado na divisa da Agropecuária São Luiz, matrícula 22.684, de Luis Fernando Silva Lederes e 
outros; deste, segue confrontando com o referido imóvel, com os seguintes azimutes e distâncias: 171°49'45" e 22,37 m até o vértice 
A9N-M-0272, de coordenadas N 6.630.253,712m e E 740.081,502m; 193°46'06" e 7,19 m até o vértice A9N-M-0273, de coordenadas 
N 6.630.246,727m e E 740.079,790m; 242°53'42" e 6,26 m até o vértice A9N-M-0274, de coordenadas N 6.630.243,874m e E 
740.074,216m; 258°55'54" e 21,63 m até o vértice A9N-M-0275, de coordenadas N 6.630.239,721m e E 740.052,989m; 164°27'07" e 
349,27 m até o vértice A9N-M-0276, de coordenadas N 6.629.903,235m e E 740.146,610m; 97°28'14" e 970,56 m até o vértice A9N-M-
0393, de coordenadas N 6.629.777,044m e E 741.108,934m, situado na divisa da Agropecuária São Luiz, matrícula 22.684, com a 
margem direita da sanga sem denominação específica; deste, atravessa a referida sanga, com o seguinte azimute e distância: 
97°50'18" e 21,19 m até o vértice A9N-M-0277, de coordenadas N 6.629.774,154m e E 741.129,922m, situado na divisa da Cabanha 
do Talhaço, código INCRA 864.110.032.921-7 com a margem esquerda da sanga sem denominação específica que, a partir deste 
local, desenvolve-se em forma de um atacado; deste, segue pela cota máxima deste atacado da sanga sem denominação específica à 
jusante, com os seguintes azimutes e distâncias:130°29'48" e 34,39 m até o vértice A9N-P-0621, de coordenadas N 6.629.751,824m e 
E 741.156,070m; 115°24'30" e 16,66 m até o vértice A9N-P-0622, de coordenadas N 6.629.744,676m e E 741.171,119m; 101°39'24" e 
22,35 m até o vértice A9N-P-0623, de coordenadas N 6.629.740,160m e E 741.193,008m; 129°53'43" e 27,30 m até o vértice A9N-P-
0624, de coordenadas N 6.629.722,652m e E 741.213,951m; 75°09'54" e 29,38 m até o vértice A9N-P-0625, de coordenadas N 
6.629.730,174m e E 741.242,348m; 111°11'50" e 10,09 m até o vértice A9N-M-0394, de coordenadas N 6.629.726,525m e E 
741.251,756m, situado na margem esquerda do atacado da sanga sem denominação específica e divisa da Cabanha do Talhaço, 
código INCRA 864.110.032.921-7; deste, segue confrontando com o referido imóvel, com os seguintes azimutes e distâncias: 87°06'44" 
e 12,67 m até o vértice A9N-M-0395, de coordenadas N 6.629.727,163m e E 741.264,409m; 123°31'47" e 42,36 m até o vértice A9N-
M-0396, de coordenadas N 6.629.703,766m e E 741.299,718m; 156°46'55" e 70,81 m até o vértice A9N-M-0397, de coordenadas N 
6.629.638,687m e E 741.327,635m; 206°09'11" e 54,76 m até o vértice A9N-M-0398, de coordenadas N 6.629.589,537m e E 
741.303,500m, situado na divisa da Cabanha do Talhaço, código INCRA 864.110.032.921-7, com a margem direita da sanga sem 
denominação específica; deste, segue confrontando com a referida sanga à jusante, com os seguintes azimutes e distâncias: 
95°23'58" e 25,32 m até o vértice A9N-P-0626, de coordenadas N 6.629.587,154m e E 741.328,711m; 128°58'31" e 25,89 m até o 
vértice A9N-P-0627, de coordenadas N 6.629.570,867m e E 741.348,842m; 147°46'20" e 23,52 m até o vértice A9N-P-0628, de 
coordenadas N 6.629.550,974m e E 741.361,382m; 141°21'52" e 28,01 m até o vértice A9N-P-0629, de coordenadas N 
6.629.529,097m e E 741.378,869m; 124°51'45" e 56,66 m até o vértice A9N-P-0630, de coordenadas N 6.629.496,710m e E 
741.425,359m; 100°30'36" e 45,13 m até o vértice A9N-P-0631, de coordenadas N 6.629.488,479m e E 741.469,730m; 60°19'39" e 
21,19 m até o vértice A9N-P-0632, de coordenadas N 6.629.498,971m e E 741.488,145m; 32°20'00" e 34,53 m até o vértice A9N-P-
0633, de coordenadas N 6.629.528,150m e E 741.506,615m; 52°28'23" e 16,69 m até o vértice A9N-P-0634, de coordenadas N 
6.629.538,318m e E 741.519,854m; 80°01'10" e 38,55 m até o vértice A9N-P-0635, de coordenadas N 6.629.544,998m e E 
741.557,817m; 97°05'10" e 21,39 m até o vértice A9N-P-0636, de coordenadas N 6.629.542,360m e E 741.579,040m; 76°23'50" e 
28,06 m até o vértice A9N-P-0637, de coordenadas N 6.629.548,959m e E 741.606,313m; 30°10'39" e 42,06 m até o vértice A9N-P-
0638, de coordenadas N 6.629.585,321m e E 741.627,457m; 9°55'23" e 34,19 m até o vértice A9N-P-0639, de coordenadas N 
6.629.619,001m e E 741.633,349m; 60°58'47" e 15,79 m até o vértice A9N-P-0640, de coordenadas N 6.629.626,661m e E 
741.647,157m; 131°35'34" e 39,25 m até o vértice A9N-P-0641, de coordenadas N 6.629.600,604m e E 741.676,513m; 109°36'30" e 
48 
 
49,62 m até o vértice A9N-P-0642, de coordenadas N 6.629.583,953m e E 741.723,253m; 69°44'51" e 41,98 m até o vértice A9N-P-
0643, de coordenadas N 6.629.598,485m e E 741.762,637m; 99°20'18" e 18,80 m até o vértice A9N-P-0644, de coordenadas N 
6.629.595,434m e E 741.781,187m; 152°19'03" e 34,71 m até o vértice A9N-P-0645, de coordenadas N 6.629.564,695m e E 
741.797,313m; 102°36'35" e 18,03 m até o vértice A9N-P-0646, de coordenadas N 6.629.560,760m e E 741.814,904m; 80°29'06" e 
20,60 m até o vértice A9N-M-0278, de coordenadas N 6.629.564,166m e E 741.835,224m, situado na margem direita da sanga sem 
denominação específica e divisa da Granja Santa Terezinha, código INCRA 864.110.037.583-9; deste, segue confrontando com o 
referido imóvel, com os seguintes azimutes e distâncias: 167°40'06" e 594,59 m até o vértice A9N-M-0279, de coordenadas N 
6.628.983,292m e E 741.962,211m; 192°17'03" e 13,29 m até o vértice A9N-M-0280, de coordenadas N 6.628.970,306m e E 
741.959,384m; 185°42'25"e 23,75 m até o vértice AQ5-M-7042, de coordenadas N 6.628.946,677m e E 741.957,022m, situado na 
divisa da Fazenda do Batovi, código INCRA 864.110.020.940-8; deste, segue confrontando com o referido imóvel, com os seguintes 
azimutes e distâncias: 283°27'12" e 291,03 m até o vértice AQ5-M-7026, de coordenadas N 6.629.014,387m e E 741.673,975m, 
224°17'34" e 56,69 m até o vértice AQ5-M-7662, de coordenadas N 6.628.973,812m e E 741.634,390m; 275°00'53" e 31,93 m até o 
vértice AQ5-M-7269, de coordenadas N 6.628.976,603m e E 741.602,584m; 280°13'30" e 300,50 m até o vértice AQ5-M-7400, de 
coordenadas N 6.629.029,946m e E 741.306,855m; 254°31'45" e 163,43 m até o vértice AQ5-M-7207, de coordenadas N 
6.628.986,352m e E 741.149,348m; 228°19'55" e 218,90 m até o vértice AQ5-M-7676, de coordenadas N 6.628.840,824m e E 
740.985,827m; 221°40'35" e 168,58 m até o vértice AQ5-M-7351, de coordenadas N 6.628.714,911m e E 740.873,736m; 248°33'30" e 
308,60 m até o vértice A9N-M-0463, de coordenadas N 6.628.602,100m e E 740.586,494m; 248°33'28" e 132,54 m até o vértice AQ5-
M-7310, de coordenadas N 6.628.553,649m e E 740.463,130m; 180°45'20" e 230,49 m até o vértice AQ5-M-7641, de coordenadas N 
6.628.323,178m e E 740.460,090m; 217°43'55" e 293,37 m até o vértice AQ5-M-5700, de coordenadas N 6.628.091,160m e E 
740.280,561m; 208°35'05" e 74,16 m até o vértice AQ5-M-7337, de coordenadas N 6.628.026,039m e E 740.245,078m; 220°15'56" e 
351,17 m até o vértice AQ5-M-7617, de coordenadas N 6.627.758,075m e E 740.018,105m; 306°49'09" e 34,25 m até o vértice AQ5-M-
7253, de coordenadas N 6.627.778,603m e E 739.990,683m; 254°49'57" e 177,22 m até o vértice AQ5-M-7671, de coordenadas N 
6.627.732,236m e E 739.819,641m; 266°11'37" e 792,96 m até o vértice AQ5-M-7429, de coordenadas N 6.627.679,597m e E 
739.028,430m; 236°37'38" e 136,56 m até o vértice AQ5-M-7487, de coordenadas N 6.627.604,479m e E 738.914,390m; 265°15'56" e 
414,78 m até o vértice A9N-M-0373, de coordenadas N 6.627.570,244m e E 738.501,020m; 265°06'13" e 350,33 m até o vértice AQ5-
M-7663, de coordenadas N 6.627.540,342m e E 738.151,970m; 4°41'00" e 1.879,48 m até o vértice AQ5-M-7184, de coordenadas N 
6.629.413,551m e E 738.305,424m, situado na divisa do imóvel Posto Branco, código INCRA 864.110.033.421-0; deste, segue 
confrontando com o referido imóvel, com os seguintes azimutes e distâncias: 4°57'45" e 26,17 m até o vértice A9N-M-0368, de 
coordenadas N 6.629.439,620m e E 738.307,688m; 4°39'53" e 501,76 m até o vértice A9N-M-0350, de coordenadas N 6.629.939,717m 
e E 738.348,494m; 4°42'56" e 430,04 m até o vértice A9N-M-0267, de coordenadas N 6.630.368,299m e E 738.383,846m, situado na 
divisa da Agropecuária São Luiz, código INCRA 864.110.032.930-6; deste, segue confrontando com o referido imóvel, com o seguinte 
azimute e distância: 78°38'43" e 840,25 m até o vértice A9N-M-0352, de coordenadas N 6.630.533,730m e E 739.207,647m, situado na 
divisa da Agropecuária São Luiz, código INCRA 950.122.640.352-5; deste, segue confrontando com o referido imóvel, com o seguinte 
azimute e distância: 78°38'58" e 522,81 m até o vértice A9N-M-0353, de coordenadas N 6.630.636,625m e E 739.720,237m, situado na 
divisa da Agropecuária São Luiz, código INCRA 864.110.032.930-6; deste, segue confrontando com o referido imóvel, com o seguinte 
azimute e distância: 78°41'22" e 357,27 m até o vértice A9N-M-0268, início da descrição deste perímetro. Todas as coordenadas aqui 
descritas foram obtidas a partir do serviço disponibilizado pelo IBGE – Posicionamento por Ponto Preciso e encontram-se referenciadas 
ao Meridiano Central 57°00' WGr., tendo como datum o SIRGAS2000. Todos as coordenadas, azimutes, distâncias, área e perímetro 
foram calculadas no plano de projeção U T M. 
 
 
São Gabriel, 04 de outubro de 2011. 
 
 
Resp. Técnico Tiago de Carvalho Nobre 
Eng. Agrônomo / CREA: RS049484 
Código Credenciamento: A9N 
ART: 6050951 
 
49 
 
Anexo D - Modelo de declaração de respeito de limites 
 
DECLARAÇÃO DE RESPEITO DE LIMITES 
 
 Eu, Regina Helena Petrarca Teixeira, RG nº. xxxxxxxx, CPF nº. xxxxxxxx-xx, nomeada 
inventariante dos bens deixados por falecimento de Branca Menna Barreto Petrarca, proprietária do imóvel rural 
denominado Fazenda do Talhaço, matrícula nº.19.308, cadastrado no INCRA sob código 864.110.033.952.2, 
neste ato representada por Georges Kodayssi Filho, OAB/RS nº. 21.408, CPF nº. xxxxxxxx-xx, conforme 
procuração em anexo, e eu, Tiago de Carvalho Nobre, CREA/RS 49.484, credenciado pelo INCRA sob o código 
A9N, declaramos sob as penas da Lei que quando dos trabalhos topográficos executados na citada propriedade 
foram respeitados os limites de “divisas in loco” com os confrontantes abaixo relacionados, não havendo 
qualquer litígio entre as partes. 
 
Confrontantes: 
Nome Imóvel Rural Matrícula(s)/Transcrições Comarca Nome do Proprietário 
Agropecuária São Luiz Matr. 22.643 São Gabriel / RS Luis Fernando Silva Lederes e 
outros 
Agropecuária São Luiz Matr. 21.497 São Gabriel/ / RS Luis Fernando Silva Lederes e 
outros 
Cabanha do Talhaço Matr. 18.772 São Gabriel / RS Archanjo Menna Barreto Arleo 
Petrarca 
Agropecuária São Luiz Matr. 22.684 São Gabriel / RS Luis Fernando Silva Lederes e 
outros 
Granja Santa Terezinha Matr. 18.065, Matr. 18.064, 
Matr. 6.067 e Matr. 6.069 
São Gabriel / RS Hélio Vanderlei de Souza Silveira 
Fazenda do Batovi Matr. 19.823, Matr. 19.822, 
Matr. 16.663, Matr. 16.662, 
Matr. 7.887, Matr. 6.686, Matr. 
4.180, Matr. 2.357, Matr. 503, 
Matr. 364, Reg. 5.493, Reg. 
33.421, Reg. 29.378, Reg. 
29.376 
São Gabriel / RS Suc. Ernani Kurtz de Oliveira e 
outros 
Posto Branco Matr. 18.875, Matr. 18.576, 
Matr. 10.551 
São Gabriel / RS Odessa Menna Barreto Petrarca 
 
São Gabriel/RS, 03 de outubro de 2011. 
 
_________________________________ 
Regina Helena Petrarca Teixeira 
__________________________________ 
Tiago de Carvalho Nobre 
Engenheiro Agrônomo CREA/RS 49.484 
Código de Credenciamento junto ao INCRA A9N 
50 
 
Anexo E - Modelo da matrícula com Memorial Descritivo averbado. 
 
51 
 
Anexo F - Planta da área da empresa GRANFLOR referente aos novos plantios de 
Eucalyptus sp.

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